Hall of Fame ✅

By ohlulis

255K 22.9K 6.5K

Sky Howard gostava dos flashes, tapetes vermelhos e de estampar capas de revistas. Em uma cidade que vive pel... More

0. Be our guest
Prólogo
1. Backstage
2. Front Row
3. All of the lights
4. Stay
5. Broken Family Portrait
5.1. New Affair?
6. Safe Inside
7. Stole the Show
8. Shame on Me
9. Sky Full of Stars
10. Hold Me Close
10.1 Things they said about her
11. Fire Breather
12. Won't You Stay?
13. Quelqu'un m'a dit
14. Mess
15. Eyes for You
16. I'll be a storm
17. Masks
18. Memories on the Ground
19. Heal
19.1. Rumors
20. And you say that it's hard
21. You're Somebody Else
22. Forgiveness
23. Sirens
23.1. Picture Perfect
24. Bridges
25. The Last Fall
25.1. Dear Benjamin,
26. Empire
26.1 And I was like 'why you're so obsessed with me?'
27. With The Lights Out
Epílogo: Curtains Down

extra: happily ever after

2.8K 209 95
By ohlulis

POR ONDE ANDA A GAROTA DA CAPA?
Saiba tudo o que reunimos do sumiço da loirinha mais querida de Nova Iorque.

Ela continua ganhando prêmios, acumulando seguidores e chamando a atenção da mídia. Mas, agora, o mundo não escuta dela há um tempo. No começo da quarentena, Sky Howard (30) ficou ainda mais ativa nas redes sociais: seu blog ColorfulSky era atualizado duas vezes por dia e a loirinha amava mostrar nas suas redes sociais os bastidores por trás da quarta coleção da sua marca — e a primeira que seria vendida exclusivamente online. Ela também usou sua voz e sua influência com os mais de vinte milhões de seguidores que acumula no Instagram para relembrar a importância dos americanos votarem e se mobilizar junto ao movimento Black Lives Matter. Apesar de fora das ruas, Sky soube se reinventar. Por seis meses, lançou um igtv amador de culinária que acontecia na sua própria cozinha, manteve seu canal no Youtube atualizado e lançou uma coleção de sucesso para sua marca de roupas. Até que, depois de nos acostumar com conteúdo novo praticamente todos os dias, sumiu. Sky não atualiza suas redes sociais há quase quatro meses. Nas festas de fim de ano, apenas uma mensagem no seu blog para seus leitores. Nada nas redes sociais dos seus familiares, nem um flagra pelas ruas de Nova Iorque. Na verdade, uma fonte diz que o apartamento que Sky e Benjamin Marlowe (35) dividem na quinta avenida está fechado. "Os porteiros não os vêem faz um tempo", acrescenta a fonte, "assim como nenhum paparazzi". A última vez que vimos Sky e Ben juntos foi em fevereiro do ano passado, quando os dois passeavam pelas ruas de Nova Iorque de mão dadas enquanto voltavam de uma corrida no Central Park. Depois disso, Ben só foi visto rapidamente no canto de uma das lives da blogueira — e os fãs mais fervorosos dizem que sua risada fora escutada no fundo da live do dia 28 de junho. Depois disso, o silêncio. Dela e dele, que ainda mantém uma conta privada no instagram com apenas 128 seguidores. Os rumores cada vez se tornam mais intensos.
Será que uma separação sentimental levou Sky para longe das redes sociais? Alguma coisa estaria acontecendo com nossa loirinha favorita da cidade? Iremos escutar dela em breve? Nós também queremos saber. E boatos que uma foto de qualquer um dos dois em Nova Iorque hoje está valendo muito. 

O silêncio completo era um dos únicos sons passíveis de serem escutados para quem se aproximava da propriedade que estava mergulhada quase em um breu total.

Não costumava ser assim, Sky pensou, se recordando de um tempo que tudo sempre era muito barulhento. Mesmo que todo mundo estivesse em silêncio — ou ela estivesse sozinha, o que não era comum —, o barulho de Nova Iorque sempre invadia seus ouvidos. O trânsito do Upper East Side, mesmo trancada a vários andares de altura. O barulho das buzinas, de conversas, do apartamento de cima. De alguém no telefone na sala do lado, da televisão, do aparelho de som. Tudo sempre tão barulhento.

Agora era tudo tão diferente, naquela fazenda do interior da Pensilvânia — alguns minutos de distância da cidade grande. Não tinha vizinho, ou ao menos não considerava os cavalos que moravam no celeiro ao lado seus vizinhos, ou os bodes que vez ou outra escapavam do lugar que deveriam ficar para cumprimentar os donos da casa principal. Não havia trânsito perto, muito menos buzinas incômodas. A televisão quase nunca estava ligada e as luzes, como naquele momento, quase sempre apagadas.

Ela esticou os pés enquanto pensava nisso, apoiando as mãos atrás do corpo. Uma única luz do canto da sala estava ligada e, também, velas acesas em potes estavam espalhadas pelo chão. Para relaxar, Gale tinha dito quanto a visitara no dia anterior, sem pressa de voltar para a cidade. Apesar de questioná-la, mais de uma vez, como estava lidando com aquela nova vida.

Incrivelmente bem, Sky respondeu naquela oportunidade e repetiria para qualquer pessoa que a questionasse. Surpreendente bem.

Sua atenção caiu para o tabuleiro à sua frente. Checkmate. De novo.

— Isso está começando a perder a graça! — reclamou, risonha. Era a sexta ou sétima partida que disputavam naquela noite. Sky ainda não tinha conseguido tomar o rei nenhuma vez. — Como você consegue?

Ben sorriu junto, sentado na frente dela com as pernas cruzadas, vestindo o mesmo moletom cinza surrado que ela conhecia de outras vezes. Invejou-o por uns segundos. A peça de roupa dele parecia mais quentinha que a dela, o pijama de unicórnios rosas que não era grosso o suficiente para vencer as temperaturas baixas daquela época do ano.

— Você não pensa antes de jogar, amor — Ben retrucou, colocando as peças de volta ao tabuleiro. — Você faz a jogada que vem à sua cabeça.

— Eu não sou Beth Harmon, Ben — ela choramingou, fazendo biquinho. — Estou quase arrependida de ter te implorado para comprarmos um tabuleiro de xadrez depois da maratona do Gambito da Rainha.

— Das suas milhares de compras da quarentena, essa deve ter sido a mais útil.

Sky rolou os olhos, apertando os lábios rosados em uma fina linha para que não pudesse sorrir exatamente como Ben estava fazendo. Não era uma mentira. Seu primeiro conforto, assim que ficaram dentro do apartamento de Nova Iorque, era passar seu cartão de crédito na maioria de anúncios que chegavam até seu e-mail. Demorou um tempo — dois dias — até que as caixas começassem a chegar e Ben notar que eles definitivamente não precisavam de mais tapetes. Ou luminárias. Ou porta-retratos, que permaneceriam embalados por semanas inteiras.

Foi um pouco antes de quando decidiram deixar a cidade grande e compraram uma fazenda na Pensilvânia, sem que nenhum jornal ficasse a par disso. Depois dos eventos miseráveis que os assolaram no primeiro ano de relacionamento, Ben e Sky descobriram que há um jeito de fazer coisas sem que o mundo todo ficasse sabendo. James Marlowe orgulhosamente os ajudou a criar seu lugar secreto.

Já fazia quase nove meses — naquela altura — que tinham a fazenda. O lugar favorito dos dois. Onde o céu parecia mais perto da Terra, as estrelas mais brilhantes e a grama, definitivamente, mais verde. O apartamento dos dois permanecia mobiliado, mas não andavam lá há alguns meses. Estavam se mantendo seguros, como podiam, longe da cidade que nunca dormia.

— Já está na hora de irmos para cama? — Sky perguntou, apontando para o relógio que o marido tinha no pulso. — Estou tão cansada... Meus pés estão me matando, minhas costas...

Skylar parou de falar quando percebeu as sobrancelhas arqueadas de Ben assim que ele abaixou os olhos para o relógio. Alguma notificação preocupante, pensou. Estava vivendo em alerta nos últimos meses. Qualquer coisa a deixava de cabelos em pé.

— O que foi, Ben?

Benjamin levantou os olhos em direção a blogueira, o tom azul como o mar bem visível mesmo na pouca luz. Sky sentiu o ar faltar antes de um pequeno sorriso invadir os lábios dele.

— Hoje é quatorze de fevereiro, Skylar — falou baixo, deixando uma risada escapar pela sua boca. — Hoje é dia de São Valentim e tudo o que nós fizemos foi cuidar dos animais, jogar xadrez e comer as sobras de ontem.

Sky pareceu não acreditar nas palavras de Ben, perdida no calendário. Mal olhou seu celular durante o dia também. Estava diminuindo cada vez mais seu tempo de tela, como tinha sido recomendado por seu médico naqueles meses que ela teria de descanso. Estava longe, também, do barulho silencioso das redes sociais.

Outrora teria sido impossível. Agora, era até fácil. A nova rotina a conquistara totalmente. Acordar antes das sete, aninhar-se ao corpo de Ben até que ele levantasse para fazer café e servi-la na cama, tomar um banho demorado e vestir as roupas mais confortáveis e quentes que havia em seu armário — que certamente não estavam nos desfiles de moda. Passar no celeiro e no cercado para garantir que todos os animais estavam bem, alimentados e aquecidos. Preparar o almoço junto a Ben, dando petiscos para Mocha discretamente sem que seu marido percebesse. Os dois seguiam para o escritório compartilhado da casa antes das duas, trabalhando ainda mais arduamente que antes. Benjamin e seus fones sem fios enquanto andava de um lado para o outro, conversando com fornecedores ou com Theo que tinha ficado em Nova Iorque. Ela desenhando ou, ainda, escrevendo. Preparando posts, mandando e-mails ou rabiscando palavras de amor que nunca mostraria para Ben — mas que eram todas sobre ele.

Apesar de odiar que o capitalismo tivesse transformado o dia de São Valentim em um dia de dar presentes, Ben tinha enchido o quarto de Skylar de rosas vermelhas no primeiro ano que passaram juntos. Se era importante para ela, era para ele também. No seguinte, uma viagem paradisíaca para Maldivas, já casados. No quarto, diversas fotos dos dois formando um mosaico na janela de vidro do apartamento dos dois e, ao mais tardar, uma cerimônia de fogos que puderam assistir do seu terraço. Ao cair da noite, beijos roubados e a promessa de um amor eterno. Na manhã seguinte, a lembrança de que não precisavam de um dia ou de presentes caros para saber que se amavam. Inteiramente. Intensamente.

Naquele ano, nada além da rotina de todos os outros dias que estavam vivendo na nova casa. Sem grandes gestos românticos. Sem conteúdo para as redes sociais. A internet, com certeza, fervia de teorias da conspiração sobre a relação dos dois naquele momento.

— Não acredito que esquecemos — Sky falou, colocando uma mão sobre os lábios. — Feche os olhos, Ben. Vou colocar um vestido sexy, um batom vermelho e fazer... Alguma coisa com meu cabelo — apontou para os fios loiros presos em um rabo de cavalo, dobrando as pernas. — Nós podemos assar aqueles biscoitos em formato de coração e estourar um champagne. Sem álcool, óbvio. Eu tenho certeza que temos alguma coisa do tipo aqui.

Ben jogou o rosto para trás ao dar risada, negando com a cabeça ao voltar a atenção para Sky. Ela o encarava com um bico, os braços cruzados e uma ruguinha de preocupação entre as sobrancelhas. A loira, como uma planejadora nata, não podia acreditar que tinha deixado passar a única época do ano que podia ser brega com Benjamin sem que ele reclamasse.

Você está sexy — respondeu, escondendo uma risada quando Sky rolou os olhos. — Pantufa e pijama são o novo sexy, meu amor.

— Cale a boca — Sky reclamou, apesar de sorrir quando percebeu que Ben se aproximava e a envolvia com seus braços, despejando uma trilha de beijos pelo seu rosto. — Você não vai me comprar assim, Benjamin Elliot! Coloque os biscoitos no...

Foi interrompida quando os selinhos seguiram para os seus lábios, colocando ambas as mãos no rosto de Ben para apreciar o carinho, sorrindo antes que ele pudesse abraçá-la pela cintura e beijá-la de verdade. Com língua, arrepios e as dezenas borboletas que naquela altura já viviam há muito tempo no seu estômago, despertas toda vez que Ben estava próximo.

— Feliz dia de São Valentim, Sky — Ben murmurou assim que se separou minimamente dela, encarando os olhos castanhos que brilhavam em sua direção. — Eu te amo. Muito. Eu te amo muito.

Skylar sorriu sem mostrar os dentes, acariciando as maçãs do rosto de Benjamin com o polegar. Amava cada detalhe daquele rosto. Desde os olhos azuis que a lembravam do mar — ou do céu em um dos seus melhores dias — até as rugas que se acumulavam ao seu redor. Amava as sardas, as manchas pelo pouco uso de protetor solar — mesmo quando ela insistia que ele usasse um dos seus — e a barba que ele tinha deixado crescer nos últimos meses. Amava o sorriso e era grata por recebê-lo com certa frequência, diferente de todas as vezes que ele era fotografado com a cara fechada. Tinha uma coleção inteira de polaroides — mais uma das suas compras de quarentena — guardada na gaveta do seu quarto com fotos de Ben sorrindo. Para ela. Por ela.

— Eu te amo também — soprou de volta, piscando demoradamente na direção dele. Estava emotiva. Os últimos meses inteiros tinham sido assim. — E feliz dia de São Valentim. Ainda não posso acreditar que esquecemos... Estamos ficando velhos, Benjamin...

— Nós estamos ficando experientes — Ben a corrigiu no mesmo instante, levantando-se do chão em um pulo, estendendo uma mão em direção a esposa. — Nós deveríamos dançar para comemorar. Dance comigo, Sky.

— Nós não temos música para uma dança lenta, Ben — murmurou, sentindo a nostalgia atingir seu corpo assim que as palavras deixaram seus lábios. Recordava-se muito bem de quando vivenciaram a mesma cena em uma cenário diferente. Muitas luzes, confetes coloridos que caíram do teto e se prenderam em seus cabelos e Coldplay. A Sky Full of Stars. O começo de tudo. — Você não se importa, não é?

Ele negou, ajudando Sky a se levantar antes que pudesse rodopiá-la, levando os dois a sorrisos nada contidos e olhos brilhantes. Era um daqueles momentos. Um daqueles importantes, que nunca iriam se esquecer. A fogueira acesa, a neve caindo do lado de fora, as poucas luzes que circulavam os dois. Os pijamas de flanela, os pés descalços, as mãos dadas. Quatorze de fevereiro.

Sky apoiou o rosto no ombro de Benjamin, fechando os olhos enquanto aproveitava o momento, sentindo os dedos gélidos do marido na sua cintura. Ele também mantinha os olhos fechados, movendo o corpo de um lado para o outro enquanto dançava a melodia que só estava na sua cabeça, junto com os milhares de pensamentos que o atingiam. Gostava de pensar no quanto sua vida tinha mudado depois de conhecer a garota das capas de revistas de Nova Iorque.

Agora, seu pai ligava diariamente para Ben e visitava os dois duas vezes por mês. Willa, sua madrasta, mandava flores, mesmo que houvesse várias delas no seu jardim, na estufa de vidro a poucos passos da casa principal. Aaron e Emma, seu irmão e sua cunhada, faziam longas ligações por vídeo que contava com a presença de Penny, agora com dez anos completos e mais mandona que nunca. Tinha assumido parte do império de hotelaria Marlowe, assim como era do gosto do seu pai, mas continuava com a E!vents — que estava com suas atividades paralisadas por um tempo.

Mas a melhor parte de toda sua história — sem precedentes — estava ali, bem à sua frente. Não tinha dúvidas sobre isso. Não eram perfeitos, como todos os casais tinham seus dias. Sabiam, porém, resolvê-los sem deixar que a brisa se tornasse uma ventania de bater portas. O começo da quarentena fora difícil e, depois, Ben leria uma reportagem que dizia que uma porcentagem alta de casais não aguentaria passar tanto tempo juntos.

Não eles. Se aquela era uma maioria, eles faziam parte da exceção.

Viviam em um mundo tão cheio de luxos, viagens e trabalhos em outros continentes. Quando tiveram que parar, perceberam que amavam as pequenas coisas. Os detalhes. O interesse de Benjamin em aprender a fazer pão. A devoção de Skylar de assar bolos, biscoitos, cupcakes e fazê-lo de cobaia. As noites em claro observando o céu da varanda da fazenda. As tarde monótonas assistindo a todos os filmes das princesas da Disney — ideia de Sky. As noites agitadas em que se amavam, se aninhavam e ficavam em silêncio, agradecendo por mais um dia.

Se os jornais diziam que o silêncio dos dois queria dizer algo ruim, podiam provar que era exatamente o contrário. Era nas noites de maior silêncio que eles percebiam, junto aos seus pensamentos, que estavam no caminho certo.

Era em silêncio que eles cresciam o maior amor que já haviam vivenciado.

— Você sentiu isso? — Sky perguntou baixinho, abrindo os olhos e se afastando de Ben. — O bebê chutou!

— Ele chutou — Ben falou, abaixando o olhar para a barriga de quase nove meses de Sky, colocando sua mão em cima da dela, que já descansava ali em uma mania que a loira não sabia quando tinha começado. Ao sentir novamente, Benjamin sorriu. Nunca iria se acostumar com a sensação de plenitude que o envolvia toda vez que isso acontecia. — Oi, bebê. Seus pais estão aproveitando os últimos momentos sozinhos antes que você possa chegar e bagunçar tudo...

Sky sorriu, sentindo os olhos encherem de lágrimas mais uma vez quando Ben se abaixou e deixou um beijo carinhoso na sua barriga enorme. Já deveria estar acostumada com aquelas conversas, mas algo liberava seus canais lacrimais toda vez que Benjamin começava a falar com o bebê que estava dentro da sua barriga.

— Nós estamos ansiosos para te conhecer — continuou, sorrindo sozinho. — Só estamos esperando o seu sinal agora, ok? Sua mãe... — levantou o olhar, rindo assim que percebeu que Sky fazia o mesmo, limpando as lágrimas que se acumulavam no canto dos seus olhos. — Sua mãe está pronta para te ver fora da barriga. Os médicos dizem que você é bem grandinho, então você está dando trabalho para ela. Ou grandinha, desculpe.

Levantou o olhar novamente para Sky, abraçando-a assim que ela se aninhou ao seu corpo, sem controle nenhum das suas lágrimas. Culparia os hormônios. Não costumava ser a chorona antes de ganhar a barriga, os quilos extras e a notícia que ela e Ben teriam um bebê. Não era um segredo para a família ou para os amigos mais próximos, mas era para o resto do mundo inteiro.

Sky e Ben queriam que o pequeno — ou a pequena, tinham escolhido não saber até a hora do parto — pudesse escolher como seria a sua vida. Se ele queria brilhar na frente dos holofotes como sua mãe ou se queria crescer atrás deles, como seu pai.

Teria tempo para descobrir. Seria, certamente, ensinado pelos melhores.

— Nós estamos prontos para você, meu amor — Sky falou baixinho, usando uma mão para acariciar a barriga enquanto abraçava a cintura de Ben com a outra. — Nós iremos te amar com a nossa vida.

— Nós já amamos — murmurou, deixando um beijo carinhoso no topo dos cabelos de Sky. — Nós realmente amamos.

Não demoraram muito para dormir. Segundo Sky, não tinham mais idade — ou disposição — para virar a noite como faziam quando se conheceram. Subiram, apagaram as luzes e velas que estavam acesas e permitiriam que Mocha entrasse no quarto, ocupando seu lugar ao pé da cama que os dois dormiam, coberta de lençóis brancos.

Não muito tempo depois, em uma noite tão fria quanto aquela, Sky daria a luz naquela mesma casa onde haviam feito seu lugar de paz. Dezesseis horas de parto domiciliar, da forma que tinha sonhado. Sentiu a dor mais forte da sua vida, mas estava completamente regenerada quando o som do primeiro choro chegou até seus ouvidos, quando ela ainda estava com os olhos fechados e a mão de Ben — posicionado logo atrás dela, por fora da piscina de plástico escolhida para aquele momento — amassada entre seus dedos.

Os dois choraram quando a doula colocou o bebê no colo de Skylar, entre soluços e sorrisos de que tinham descoberto a maior forma de amor. A deles e, agora, a daquele pequeno pacote que chorava a pleno pulmões em seu colo. Não conseguiam desviar os olhos do bebê mas, assim que fizessem, encarariam um ao outro e trocariam o sorriso mais cúmplice de toda sua relação. Os dois sabiam.

Sabiam que tinham um céu inteiro de estrelas em seus braços.

ESPERO.NÃO.TER.MATADO.NINGUÉM.DO.CORAÇÃO!!!!!!
Então, oi!!!! É tão estranho abrir esse livro finalizado para postar alguma coisa, mas a verdade é que a história de Ben e Sky nunca saiu da minha cabeça. Em comemoração aos 200K (MEU DEUS DO CÉU MEU SONHO), ao dia dos namorados e cumprindo uma enquete que fiz lá no meu Instagram, trago o 'depois do felizes para sempre' de Benjamin e Sky. Essa é uma história que eu já tinha pensado para os dois há muito tempo mas nunca tinha escrito e achei uma delícia poder compartilhar com vocês, que continuam dando tanto amor a essa história mesmo após quase 3 anos do final dela. Obrigada demais pelo carinho, pelos votos, pelas leituras e pelos comentários. Nem nos meus maiores sonhos eu achei que minha primeira original seria tão bem recebida assim. Apenas gratidão <3
Ainda tenho planos para o Ben e para a Sky, então, se vocês quiserem me acompanhar e não me perder de vista (ou acompanhar minhas outras histórias) me sigam nas redes sociais!
twitter: ohlulis e instagram: lulisescreve
Sempre estou atualizando lá e deixando todo mundo a par das novidades que surgem na minha cabecinha. 
Espero do fundo do meu coração que tenham gostado. Fiz com todo o carinho do mundo para aquecer o nosso coração nesses tempos complicados ❤
Um beijão!
(ps.: cês acham que o baby deles é menino ou menina? isso é algo que eu já tenho resolvido, mas quis deixar o mistério no ar hahahaha).

Continue Reading

You'll Also Like

737K 46.4K 51
"Mas será que os 10 anos nunca mais passam?" Perguntei-me mentalmente, tal como faço todos os dias desde que vim aqui parar. // {h.r.: #3 in ff a...
2.2K 98 3
Alina routledge virou a obsessão de Rafe Cameron desde o dia que ele a conheceu fazendo a vida da garota virar de cabeça para baixo
212K 10.8K 57
Katherine Jones,mora em Holmes Chapel,tem 17 anos,está fazendo música em uma faculdade menor na cidade,mas ela está pensando em tentar uma bolsa para...
9.7K 1.3K 18
•°HUALIAN AU°• Há séculos atrás, o grande Dragão Branco foi morto pelo impiedoso General Hua, um guerreiro formidável e abençoado com a vida pelo deu...