Contos de Lucem - Ressurgir S...

By leticce_soares

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A queda de uma estrela em um continente infértil dá origem a cinco reinos abundantes de vida. Contudo, o impa... More

ZERO | A QUEDA
UM | HALINA SMARAGDINE
DOIS | SKADI ANTERIC
TRÊS | ZAIRE TERRAM
QUATRO | MALYA BASMAH
CINCO | A JORNADA
SEIS | KALE
SETE | ARDEN SMARAGDINE
OITO | O MAGO
NOVE | VIVIDAE
DEZ | O AFANADOR
ONZE | ONIRIUM SOMBRIA
DOZE | O REI
TREZE | A MURALHA
CATORZE | OS EKSILER
QUINZE | INFERNO ALBUM
DEZESSEIS | MAR ASIRI
DEZESSETE | PALLADIAN
DEZOITO | BOSQUE WERAU
DEZENOVE | DOLENT
VINTE | O VALE DAS BRUXAS
VINTE E UM | LABIRINTO ENTREMONTES
VINTE E DOIS | A DAMA ALABASTRINA
VINTE E TRÊS | A TRAVESSIA
VINTE E QUATRO | ANTIGOS INIMIGOS
VINTE E CINCO | O RETORNO DO ALGOZ
VINTE E SETE | KELAYA VIMONAR
VINTE E OITO | O PÁRAMO E TENEBRIS
VINTE E NOVE | A VERDADE
TRINTA | FRONTEIRA MORTEM
TRINTA E UM | A ESTRELA
TRINTA E DOIS | O DESFECHO DA BATALHA

VINTE E SEIS | A INSURREIÇÃO

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By leticce_soares

        — Pashan?! – a celosiana exclamou ao ver o rosto amigo.

      O restante da manada parou em frente a eles, mostrando os rostos e sorrindo simpáticos. Não estavam ali para lutar contra eles, mas com eles.

       — Malya, seu camundongo do deserto! Nem um mísero bilhete você teve coragem de me enviar?! – ele apresentava uma irritação cômica no tom.

        Abraçou a mulher, afetuosamente. Pensou que nunca mais veria a amiga viva outra vez. Os outros recém chegados arfaram contentes, vendo o reencontro amistoso. Malya e Pashan trabalharam lado a lado durante anos no distrito da tecelagem.

       — O que estão fazendo aqui? Por que não estão nas fábricas? – indagou, reconhecendo os rostos familiares. Eram seu colegas de trabalho.

      — Tomamos as fábricas. – Hooda informou, ela costumava trabalhar nos aviamentos. – Somos uma insurreição agora.

     — Insurreição? – repetiu a palavra confusa.

      A mulher que disse aquele termo, tinha como passatempo fazer pães para os colegas laborais. E agora, segurava uma faca.

       — Sim, nós estamos aqui para ajudá-los. – Kalil, um dos que trabalhavam no setor de cargas, contou. Ele era jovem, mal chegava aos trinta anos.

        — Chegaram atrasados.– Skadi afirmou indiferente, recolhendo as flechas dos corpos mortos ou aquelas que ele errara e estavam enterradas na areia.

       — Nós percebemos. – Pashan devolveu sarcástico. – Ao menos deixem-nos oferecer um pernoite em nossa sede.

       Os integrantes da jornada estavam receosos em aceitar o convite, a última vez que fizeram isso inocentes morreram. Todavia, precisavam de um abrigo e o deserto estava longe de ser um lugar seguro. Além disso, Pashan se mostrou uma figura bastante resiliente no convite, deixando-os sem opções. A sede da Insurreição ficava há apenas um par de horas de distância do ponto, no qual estavam. Chegaram no local no pôr do Sol.

      Era uma gruta no deserto, que dava para um complexo de formações rochosas dentro de um cânion. A cor das pedras se camuflava com o resto do ambiente, dando a vantagem de discrição para os insurgentes que ali trabalhavam. Havia muitas pessoas dentro do local, de variadas idades e vindas de distritos distintos. Existia uma nascente de água numa das pedras, fraquinha, mas suficiente para suprir as demandas deles. A expedição foi recebida com alvoroço, aqueles que ficaram no locatário não esperavam que o bando volante conseguisse sair bem sucedido da missão.

     Pashan os levou para uma mesa baixa, na qual almofadas serviam de assentos. Novos insurgentes se juntaram a eles, enquanto outros saíram do espaço, buscando organizar a curta estadia dos visitantes. O local era escuro, apesar das inúmeras velas.

     — Então, este é nosso abrigo. – Pashan olhou a sua volta.

      O local era surpreendemente arejado, considerando a quantidade gigantesca de rochas que os rodeavam.

       — Não acreditamos quando ouvimos os boatos. – Hooda estava sentada numa das almofadas. – Uma celosiana operária tinha sido escolhida como uma Lectus, impossível pensamos. Mas depois as histórias foram se espalhando e você não apareceu mais para trabalhar, então ligamos os pontos.

       — A aristocracia tentou se aproveitar das fofocas, capturar nosso orgulho como forma de alienação. Contudo, uma de nós ter ascendido era o sinal de que poderíamos ser mais que animais de carga. – Samir, um velho senhor de barbas e cabelos grisalhos, falava gentilmente para a jovem.

       Malya se sentia mal por ter se tornado a fonte de inspiração daquelas pessoas, as sombras que guardava em seu coração faziam com que se enojasse. O que eles pensariam dela, caso soubessem das últimas palavras de Lappam?

       — Você foi nossa faísca, Malya. A energia de ativação para que nos revoltássemos contra a aristocracia de Celosia. Os nobres não se importam com nossas mortes nas mãos dos contaminados crescentes, são cadelas dos smaragdinos. – Pashan lançou um olhar de desdém para os dois membros da realeza.

      — E-eu não sei... N-não sei o que falar. – ainda processava os últimos acontecimentos.

      Os revolucionários admiravam ela como uma heroína, mas horas atrás ela descobrira que passou quase toda a vida sendo um Portal para Tenebris.

       — Agradeça, eles gostam de você! – Kale comia pão e as frutas cristalizadas da mesa, sugeriu com a boca cheia.

       — Sempre gostamos. – Hooda usou um tom maternal.

       A morena se lembrava que a senhora sempre lhe dava pães recheados durante o intervalo, em gratidão às lebres que vez ou outra caçava para a família da costureira.

       — Vocês pretendem derrubar a aristocracia? Lutar contra Tenebris? Expulsar Smaragdine? Eu soube dos bestiais. – as informações pulsavam na cabeça agitada dela.

        — Planejamos tudo isso. Entretanto, temos nossas prioridades. E agora é proteger nosso povo dos contaminados e dos mercenários que se aproveitam do medo. Além de irritar os bestiais, evidentemente. – Pashan interveio. – É claro que eliminamos alguns smaragdinos no caminho. – encarou Arden, o qual permaneceu indiferente.

         — Há quanto tempo fazem isso? – a princesa questionou interessada.

         — Desde os boatos da base amaranta, no qual foi dito que uma celosiana ajudava aos Lectus. Nos organizamos e tomamos a fábrica, expulsando os senhores do distrito. Foi difícil, alguns Ophidios queriam tomar nosso lugar. – Kalil explicou, arrumando-se na almofada.

         — Impossível, teríamos sabido alguma coisa em Smaragdine. – Arden franziu o cenho.

        — Ah, aí é que está! – provocou Pashan. – Os informantes smaragdinos não estão chegando bem em casa.

         O tom sarcástico tirou o conforto daqueles que ouviam, era claro que Smaragdine fora terrivelmente cruel para com Celosia no passado. No entanto, o cenário atual necessitava do máximo de união e soldados possíveis.

        — Seu bastardo! Está matando nossos homens! – o familiar de Halina voou sobre a mesa, bicando o homem careca.

       — Halina, controle-se! – seu irmão tentou pegar a ave.

       — Que matando o quê? – Pashan vociferou em meios aos ataques da coruja. – Não somos covardes como vocês, seus informantes ficam presos. Só isso.

        A princesa ordenou que a familiar voltasse para suas mãos, ainda querendo infligir mais dor no celosiano atrevido.

      — Não precisarão ser como nós, hoje mesmo farei uma declaração a punho para que Smaragdine não interfera em vossa Insurreição. Ela será enviada por um dos informantes que está sendo mantido em cárcere, caso permitam, é claro. – Arden falou convicto.

       — De acordo. – a princesa se aliou ao irmão.

      Para os dois, a jornada tinha deixado muito claro que Smaragdine precisava mudar a conduta com seus irmãos. Ver os outros reinos e lutar ao lado de pessoas que faziam parte de uma realidade diferente da deles, transformara a perspectiva que possuíam da vida. O tempo de imperialismo smaragdino devia acabar, era possível manter o povo do reinos das pedras próspero sem ferir a dignidade daqueles que não nasceram nas fronteiras esmeraldas. Os dois irmãos estavam dispostos a enfrentar o pai para concretizar os novos ideais conquistados nas viagens, descobriram enfim que aqueles que não eram a prioridade smaragdina também eram pessoas. Não poderiam seguir com o mesmo comportamento, depois de tanto terem sofridos ao lado de outros que não dividiam a nacionalidade.

      — Estamos em guerra, um amigo uma vez disse que a Aliança entre os reinos vem antes de qualquer coisa. – o príncipe prosseguiu.

      Halina segurou a mão do irmão, lembrando que a frase era de Caspian. Seu noivo que muita vezes lhe tirara a paciência com os devaneios de solidariedade aos outros reinos, a argumentação que muitas vezes soava para a princesa como um recital tirado de um livro religioso. Caspian sempre estivera certo, ele era portador de uma sensibilidade que a criação da realeza smaragdina nunca permitiu florescer nos irmãos.

      — Se eu puder ler a tal declaração, tudo certo! – Pashan bateu os punhos no tampo de madeira.

       — Certamente. – confirmou o príncipe.

      Os celosianos urraram de felicidade com a conquista, trocando abraços desengonçados e bebendo goles longos do néctar. Foi bom para o grupo de guerreiros ver uma exaltação positiva depois de tanto tempo de amargura.
       
      — Acalmem-se, crianças! Ainda temos muito o que discutir. – Hooda interrompeu as risadas. – Vamos escutar o que os guerreiros têm a nos dizer. Como anda a busca pelo Coração de Dália? – o silêncio pairou na sala mais uma vez.

       — Acho que eu sou a pessoa que deve fazer isso, certo? – Keisha pediu permissão com olhar para seus companheiros.

       Todos assentiram e amaranta disparou o falatório, narrando as aventuras e desafios que tinham vivido até então. Omitia algumas partes, especialmente aquelas nas quais Malya e sua natureza duvidosa estavam envolvida. Se a amaranta tivesse um alaúde, provavelmente teria feito uma canção sobre a jornada. Enquanto ela relatava as ocorrências, pratos foram postos na mesa e uma refeição quente e saborosa foi disponibilizada. A entonação da voz da narradora obedecia ao fato contado, assim como os semblantes daqueles que escutavam refletiam as emoções nascidas. Admiração, curiosidade, entusiasmo, medo e desespero...

     Quando a história acabou, a refeição também tinha sido finalizada e as decisões burocráticas começaram a ser tomada. O grupo de viajantes foi poupado da discussão política sendo levado para locatários, nos quais poderiam descansar. Uma vez que no dia seguinte pretendia prosseguir com a própria missão, cuja a prioridade era máxima.

      — Falamos muito sobre você. – Pashan acompanhava a amiga.

      — Você tem visto as feiticeiras? – ela fugiu da enunciação anterior.

       — Não muito. Saímos do distrito há algum tempo, ficamos perto da fronteira, pois estamos em troca de informações com uma base amaranta. – repetiu o que já tinha dito na reunião, durante o jantar.

       — No fim das contas, o retorno de Tenebris serviu a Celosia de alguma forma. – refletiu a moça, suspirando.

      — Planejamos um reinado, Malya. Não uma monarquia opressora ou uma tirania. Uma organização que possibilite a autonomia de nosso povo, com uma figura central, na qual as pessoas confiem. Alguém que demonstre o poder de cada celosiano e proteja nosso reino. – seu semblante era sonhador.

       — Espero que consigam. – desejou com sinceridade.

       — E nós esperamos que você aceitasse a honra de ocupar o trono que estamos construindo. – Pashan falou rápido com medo da reação que receberia.

       — Seu asno! Não diga tamanha tolice! – aquilo era inconcebível. – Você não sabe de nada, Pashan. De nada. Sequer sabe se sairei viva disso tudo.

        Malya sentiu suas mãos tremularem nervosas, queria socar a cabeça do amigo para lhe pôr um pouco de juízo. Conhecia os próprios méritos, mas ser da realeza? Isso era um devaneio patético e impossível de ser realizado. Ela não tinha nada, nunca teve e agora era apontada como um líder. O que poderia ser fonte de orgulho, era também motivo para medo. Simbolizava a confiança daquelas pessoas nela, eles acreditavam numa virtude que a celosiana confiava não possuir nenhum resquício.

     — Seus feitos nesta jornada que tem vivenciado foram o suficiente para discutimos essa possibilidade. Você é uma heroína. – apertou o ombro da amiga.

     Passaram por Skadi que mais uma vez tinha seu voldsom cercado por crianças, Kale lhe acompanhava ainda comendo. Parecia descontar os dias de jejum no luto. Os ex colegas de trabalho se calaram até ficarem a uma distância apropriada, voltando a falar aos cochichos.

      — Eu sou uma ladra, Pashan. Órfã, vendida como escrava, objeto de magia negra, criada por Feiticeiras... Eu sou coisas que sequer me lembro. Uma bagunça e um fracasso. Não se deixe levar pelos contos apaixonados de Keisha. – revelou, o outro não sabia metade das coisas que ela falara.

      — Bem, você me surpreendeu um pouco. De qualquer modo, ainda confio em você. – estava sendo sincero. – Eu sei que é uma boa pessoa.

       — Encontre outro líder. – devolveu desanimada.

      Pashan deixou a moça seguir sozinha, sabia que ela precisava descansar. Malya seguiu andando pelos corredores de pedra, buscando um lugar vago para deitar o corpo cansado. Ainda não sabia o que outros pensavam do episódio com Lappam, agora eles sabiam o que ela era. Embora já não fosse mais. Se ela estivesse do outro lado, também não confiaria em si mesma depois da cena brutal. No momento em que achou uma cama confortável, ouviu no aposento ao lado grunhidos de dor. Queria ignorar os sons, mas eles eram tão insistentes que teve buscar a fonte. Sabendo que de todo modo não conseguiria dormir, resolveu se levantar e ver quem era.

      — Está fazendo errado, deve usar a outra superfície para limpar os machucados. – Malya recomendou, rompendo pela cortina que servia de porta.

       Era Zaire quem gemia, tentando limpar as feridas com um sabonete de xerófitas que fora cedido pelos anfitriões. Escutando a recomendação da companheira de jornada, tornou a atividade bem menos lamuriante. Ela não chegou a entrar no quarto, receosa da reação que o outro teria.

      — Obrigado. – disse, sentindo o toque macio da substância na pele doída. Estava apenas de calça.

       — Disponha. – já ia se retirar, quando sentiu o amaranto atrás de si.

       Ele respirava cálido na nuca dela, fazendo com que se voltasse para ele abruptamente.

       — Malya, e-eu não me importo com aquilo que aconteceu. Eu s-sinto que... Hum... Quero dizer... – gaguejava nervoso.

       — Eu digo que está na hora de descansarmos, companheiros. – Arden despontou do quarto na frente.

        Já estava sem armadura e com os cabelos bagunçados, aparentemente todo o grupo dormiria em cavernas sequenciais. A cortina da entrada de sua toca jazia escorada no seu braço másculo, mas experiente que o outro seus machucados já haviam sido cuidados.

          — Tem razão. – assentiu Zaire, retornando para seu aposento. Despediu-se com embaraço.

         — Precisa que eu vá dormir no seu quarto? – Malya perguntou alheia aos últimos instantes, pensando apenas na coisas ditas por Pashan e no Portal que ela carregara.

         — Hoje, não. – retorquiu. – Faleremos com Kelaya amanhã cedo sobre sua situação. – referiu-se as coisas ditas por Lappam.

          Ambos entraram em suas respectivas tocas. Não demoraria tanto para que o dia seguinte começasse, cada minuto de descanso era ouro. Minutos pouco aproveitados pela celosiana, a qual manteve os olhos abertos durante toda a noite, pensando em si mesma.

➵➵➵

      Uma hora antes da prevista para a partida a expedição foi acordada, dando tempo suficiente para que tomassem café, e se banhasse num dos lagos que não tiveram acesso no dia anterior. Seria exagero afirmar que estavam de posse de uma energia renovada, ainda se sentiam exauridos e com sono acumulado. Deixaram a gruta tristes, mas um lar que se afastava em nome de um desafio inesperado.

      Planejavam chamar a meia bruxa perto do meio dia, quando já estivessem fora do alcance da Insurreição. Esperavam que dessa vez a mestiça atendesse, trazendo notícias e ponderações. Além de explicações a cerca da ausência dela e do Mago Idrovras, a quem Arden tinha mandado uma carta no último posto smaragdino. Temiam o que a moça poderia lhe dizer, especialmente sobre a condição de Malya. Ainda que vissem a celosiana como uma aliada essencial, lembravam-se de como ela ficou sob o controle do bruxo, agora morto.

      — Acho que aqui já está bom. – Keisha sugeriu, depois de algumas horas de viagem.

       Estavam próximos a um paredão de rocha, o qual proporcionava um abrigo regular para que fizessem contato. Arden tirou o saco de perto da bainha, restavam apenas duas pedras. Gastaram muito nas tentativas frustradas. Amassou o cristal com o pomo da adága contra o chão. O portal de Kelaya se abriu quase instantemente, fazendo-a surgir segundos depois da aparição.

       — Vinhestes rápido desta vez. – Halina apontou.

       A feições da mestiça eram neutras e taciturnas, parecia está dominando bem o poder de abrir portais agora.

       — Perdão?! – parecia não saber do que a princesa falava.

        — Chamamos tu incontáveis vezes, enquanto estávamos na base amaranta. Não recebemos respostas, assim como minha carta ao Mago Idrovras Thaqirax foi ignorada. – Arden explicou, ansioso por notícias.

          — Oh, temo ter uma má notícia. – contorceu o rosto.

           — O que aconteceu? Há algo errado em Nesta? – a princesa se preocupou com o bem-estar da família.

           — O rei e a princesa Nesrin estão bem, mas o Mago Idrovras... Ele partiu, suas forças não suportaram tanta demanda por proteção. – abaixou os olhos.

           A fraqueza do líder do conselho de magos smaragdino era visível em todas as visitas, mas ainda assim a informação lhes pegou de surpresa. O príncipe abaixou a cabeça entristecido, tecia um certo afeto pelo velho mágico.

         — Oh, Arden eu sinto muito. – Kelaya pôs a mão no rosto dele, fazendo suas pulseiras tilitarem.

         O som chamou a atenção de Malya, ele era conhecido. Vasculhou sua mente para descobrir onde ouvira anteriormente, as pulseiras da mestiça eram sempre presentes em suas visitas. No entanto, a memória mais recente da celosiana que trazia aquele tilintar era a do momento em que o afanador lhe lançou um feitiço mortífero durante a disputa na base amaranta.

      

         

      

     

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