I'll be there: uma segunda ch...

By jakesumoon

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O que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de I... More

Dedicatória
Prólogo
1. O apelo de Yeon
2. A nova vida de Rang
3. O acordo
4. Da água para o vinho
5. Eu sei do que estou falando
6. Nem tão bem quanto parece
7. No meu rosto bonito, não.
10. Certezas e Incertezas
11. Um dia bom para recordar
12. Ligando os pontos
13. A rush, a glance, a touch, a dance.
14. A verdade dói
15. Prazo de Validade
16. Apenas sentimentos humanos
17. Tic- Tac
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 01)
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 02)
19. Brothers Reunited
20. Fique comigo (PARTE 01)
20. Fique comigo (PARTE 02)
21. A pequena grande Mi-rae
22. Of course, I laugh
23. A intrusa
24. Agindo como uma raposa.
25. Moonchild Ballad
26. Eu sou melhor que ele.
27. Sad Fate
28.Parting at the River of Three Crossings
29. I'll be there
30. Atos e consequências
31. Tudo tem um preço
32. É tudo culpa do Rang
32. Dias Dourados
33. That was everthing for me
Epílogo
I'll be there em "UM CONTO DE NATAL"
Um conto de Natal- Parte 1: Com amor
Um conto de Natal - Parte 2: O Karma
Um conto de Natal - Parte 3: Meu caro amigo secreto
Um conto de Natal: Epílogo

9. Brincando com fogo

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By jakesumoon


Rang havia se cortado, foi um corte superficial, mas ele desconfiava que não deveria sangrar daquele jeito, já tinha colocado duas vezes a mão debaixo da torneira, e por mais que pressionasse o sangue continuava a sair. Achou alguns curativos no armário do banheiro, colocou uma gaze e a prendeu com esparadrapo, não ficou muito bem feito, pois fez tudo com a mão esquerda. Ligou para o médico apenas para tirar a dúvida da sua suspeita, e como previsto, o médico havia aconselhado ele a fazer uns exames, porque poderia ser algum problema de coagulação no sangue.

Ele duvidou muito que fosse, na verdade isso já vinha preocupando Rang há algum tempo, teria ele um prazo de validade dentro daquele receptáculo? Ele desconfiava cada vez mais que sim, e não tinha nada que ele pudesse fazer no momento.

Foi até o balcão da cozinha e sentou no banco, ficou vendo a senhora Kang cozinhar, ela realmente fazia uma boa comida, não havia um prato que Rang não tivesse gostado. A mulher quando percebeu que ele a observava já perguntou se ele queria um pouco do kimbap, e imediatamente serviu um pratinho com alguns para ele. Assim que ele pegou, a senhora viu o curativo malfeito em seu dedo.

- Filho, o que foi com o seu dedo? Deixe o kimbap aí, vamos fazer esse curativo direito. - ao dizer isso, deu a volta na bancada e saiu puxando o filho pelo pulso.

Rang deixou-se levar pela mãe, sentir-se cuidado por alguém pela primeira vez. Sim, ele reconhecia tudo que Yeon já tinha feito por ele, mas todas as vezes Rang teve que provocar algo para que o irmão viesse. Ficou ali observando a senhora passar um remédio no pequeno corte e envolver o dedo com um curativo bem feito.

Na mesa do café da manhã, o senhor Kang falava bem animado sobre um caso que tinha sido bem resolvido no Tribunal, com um brilho nos olhos ele falava orgulhoso do trabalho, realmente gostava muito do que fazia. Se serviu de um de kimchi de rabanete, e assim que o filho se sentou na mesa junto com a mãe, começou a falar:

- Não tenha planos para sábado à noite, fomos convidados para um jantar de aniversário de uma grande colega dos meus tempos de escola. Chame a Yu-na para vir conosco. Inclusive, vocês já têm algum compromisso? Já estão juntos há bastante tempo...

Rang estava com a boca cheia de kimbap e quase engasgou, ao entender o que o senhor Kang estava querendo dizer. Até onde ele sabia, já estavam juntos há três anos e eram bastante íntimos, mas a família não fazia ideia de que o casal estava passando por uma crise. Então era totalmente normal, que questionassem quando eles iam dar um próximo passo, mas ele nunca se imaginou namorando alguém quanto mais tendo uma relação um pouco mais séria do que isso. Ele bebeu um pouco de água e deu um pigarro antes de responder.

- Estamos conversando, afinal, eu não lembro de nada do que a gente viveu. - certo dia, mexendo no computador, Rang encontrou uma pasta de fotos do casal, e pelo modo que se comportavam de forma descontraída e sem receios, ele tinha certeza que Jihoon a pediria em casamento. Mas a noiva não pensava do mesmo jeito, e Rang precisava saber o que exatamente aconteceu na noite do acidente, já imaginava, mas precisava fazer com que Yu-na dissesse.

- Faço muito gosto do relacionamento de vocês.

- Yeobo, nosso Jihoon está ficando vermelho, vamos parar com essa conversa. - disse a senhora Kang, e os dois ficaram sorrindo da cara que o filho estava fazendo.

Depois de toda aquela cena no café da manhã, Rang pensava em como fazer o que o senhor Kang havia pedido, Yu-na estava distante, e ele sabia a intenção, mas não sabia o por que dela tomar essa atitude.

Se Rang acreditasse em coincidências aquela seria a oportunidade perfeita para confrontar Yu-na e saber de alguma coisa. A garota estava parada em frente ao elevador próximo a entrada do Tribunal, sua baixa estatura a deixava com um ar mais delicado do que Rang achava que ela tinha. Usava um vestido que a deixava com um ar mais sério, combinando com o local em que estavam, e mesmo com os saltos médios que usava, quando ele se aproximou percebeu que ainda era bem mais alto que ela.

- Bom dia, Yu-na. - Rang falou bem próximo ao ouvido dela, fazendo ela quase dar um pulo.

- Nós estamos num tribunal, Jihoon. Bom dia.

A porta do elevador abriu, Yu-na torceu até o último minuto que alguém aparecesse, mas as portas se fecharam e ninguém entrou no elevador além deles dois. A garota ficou mais afastada possível do rapaz, sacudia impacientemente uma das pernas, geralmente as subidas no elevador eram rápidas, mas essa parecia estar levando horas.

Rang observava o jeito nervoso da moça ao seu lado, ali naquele espaço fechado, o perfume de Yu-na tomava de conta do lugar, não sabia dizer se era esse o motivo que o fazia sempre provocá-la e a querer por perto. Mas gostava de ver a reação que causava nela e lá estava ele se aproximando outra vez, fazendo com que ela ficasse encostada na parede espelhada do elevador.

- Eu estou te deixando nervosa? - a cada palavra que ele dizia, se aproximava mais, como um felino prestes a atacar, ficando frente a frente, apoiou os braços na parede, fazendo com que Yu-na não pudesse escapar.

- Não. - a garota respondeu. De fato mantinha uma expressão tranquila, mas Rang viu que perto do fino colar que usava, uma veia saltava compassadamente igual as batidas de um coração.

- Precisamos conversar. - ele disse.

O elevador sinalizou que haviam chegado no andar, o tempo para mais respostas havia acabado. Rang olhou para ela de maneira travessa, deu uma piscadela e saiu relaxado com as mãos nos bolsos.

Yu-na respirou fundo antes de sair atrás dele, com certeza aquele não era o Jihoon que havia conhecido, e agora ela se sentia cada vez mais convicta disso. Precisava pesquisar mais sobre o assunto, porque todas as soluções para essa mudança de comportamento tão notória eram fantasiosas e para ela só existiam em dramas.

Ao chegar na sala de julgamento fez questão de sentar longe dele, precisava colocar as ideias no lugar e pelo pouco que conhecia desse novo Jihoon, ele não a deixaria fazer isso se sentasse perto.

Rang deixou escapar um sorriso quando o promotor começou a falar sobre o réu, que havia cometido crime de identidade falsa e se passado durante quase 20 anos por outra pessoa. Ele se questionava se conseguiria assumir a vida do Jihoon assim, durante tanto tempo, sabia que estava cometendo um crime, não para as leis humanas, e sim no Pós Vida. Qual seria a sua sentença quando retornasse? Passaria a eternidade num castigo sem fim? Ou voltaria para aquela escuridão? Pensar nisso lhe causou arrepios.

Yu-na olhou para o namorado de soslaio, parecia concentrado no julgamento, ali da forma que estava até parecia o velho Jihoon. Mas ela sabia que era apenas uma impressão, por fora ele continuava o mesmo, mas por dentro era completamente diferente. O modo de agir, de pensar, se expressar e até mesmo a forma de falar havia mudado. Jihoon tinha uma fala branda, até quando precisava falar mais sério não aumentava o tom de voz, já agora ele falava de um jeito provocante, cadenciado, de uma forma quase cantada.

Seu relacionamento já não ia bem, e agora Yu-na não estava disposta a reconstruir seus laços com ele, mas algo nele a deixava curiosa, e era por isso que ainda estava por perto, descobria a todo custo o que estava acontecendo. E a aula de hoje havia lidado muito o que pensar.

Yu-na arrumou suas coisas para sair rápido do tribunal, depois teria que ler sobre o assunto, pois passou tanto tempo pensando em sua relação com Jihoon que quando se deu conta, o juiz já estava dando a sentença. Viu ele andando apressado a seu encalço, mas não esperou por ele. Depois daquela cena no elevador, não fazia ideia do que ele seria capaz, então era melhor evitar.

- Yu-na ssi. - ela já estava na porta do tribunal quando ouviu a voz dele. A forma como pronunciou seu nome fez com que ela parasse imediatamente, seu coração tinha errado algumas batidas. Lá estava ele de novo mexendo com sua cabeça.

Yu-na virou para encará-lo, em sua face não demonstrava nenhum um pouco a bagunça que estava por dentro.

- Sim? - respondeu calmamente.

De repente Rang se viu meio embaraçado. Como deveria falar com ela sobre o jantar sem parecer que ele está convidando só por um pedido do pai, mas também sem dar a impressão de que queria que ela fosse? A garota olhava para ele com a expressão de que estava esperando.

- Fomos convidados para um jantar no final de semana.

- Jantar? De quem?

- Uma colega de escola do se... - ele se corrige antes de completar a frase - do meu pai. Parece que faz um tempo que não se encontram e etc...

- Ah, sim. Compreendo... - Yu-na já havia acompanhado Jihoon em vários desses jantares em família, assim como ele também já havia sido seu acompanhante. - Eu te dou uma resposta depois, tenho umas coisas para resolver.

Rang deu de ombros e foi embora passando por Yu-na sem dizer uma palavra, já tinha feito sua parte e se ela não quisesse ir - o que ele duvidava - não era um problema seu. Entrou no carro e respirou fundo, não imaginava que era tão cansativo participar de um julgamento, mesmo que só como plateia.

Lembrou-se do irmão, se ele teria voltado humano, como estaria levando a vida? Tal lembrança o fez perceber que ficou um pouco atarefado com sua nova vida, e ainda não tinha ido vê-lo. Se fizesse como fez com Yu-ri e Soo-oh, observasse Yeon de longe também não haveria problemas.

Deu partida no carro e foi em direção ao prédio que o irmão morava, suas mãos suavam no volante, estava realmente muito ansioso para vê-lo.

֎

Nam Ji-ah acordou com o cheiro maravilhoso de arroz recém cozido, se virou e encontrou o lado de Yeon na cama vazio. Será que ele já teria levantado há muito tempo? O que estaria aprontando?

Ela foi andando preguiçosamente pela casa, vestia um moletom de Yeon, achava sempre as roupas dele mais confortáveis, talvez pelo fato de serem maiores, aquele moletom, por exemplo, era quase um vestido. Deu uma espiada em Mi-rae, que ainda dormia profundamente, abraçada com seu ursinho de pelúcia.

Ficou parada na soleira da porta vendo Yeon mexer alguma coisa na panela. Adorava como ele ficava bagunçado na cozinha, e como o seu cabelo castanho avermelhado tinha a capacidade de mudar de cor, agora mesmo, iluminado pelos raios de sol que escapavam pelas vidraças da janela, eles pareciam mais vermelhos do que realmente eram. Yeon estava concentrado, com a boca entre aberta, a testa um pouco franzida.

Ji-ah sabia que ele não era tão bom na cozinha, mas ele já havia melhorado muito, era praticamente ele que fazia todas as refeições de Mi-rae e ela não reclamava de nada que o pai fazia. Ela reconhecia como o esposo estava sempre tentando melhorar, por mais que as vezes servisse pratos que Shin-joo tivesse preparado alegando que ele quem tinha feito. Ji-ah não se incomodava, achava divertido, inclusive. Olhou para a bancada da cozinha e viu um pote de sorvete de menta aberto, por mais que brigasse contra isso, esse hábito de Yeon, ela ainda não tinha conseguido mudar.

- Bom dia, amor. - Ji-ah diz abraçando Yeon por trás. - O que está fazendo aí?

- Ji-ah. - o rosto de Yeon se iluminou ao vê-la. - Nada de especial, uma sopa de legumes que a sogra me ensinou.

- Como está o seu ombro?

Yeon desligou a boca do fogão e se virou para vê-la, não cansava de se admirar de como ela ficava bonita até com as suas roupas. Como resposta à sua pergunta ele a levantou fazendo com que Ji-ah quase soltasse um gritinho, ela entrelaçou as pernas ao redor de sua cintura.

- Como pode ver, meu ombro está ótimo.

Ji-ah foi traçando um pequeno caminho de beijos no rosto de Yeon, quando finalmente se aproximava de onde Yeon queria, foram interrompidos por uma voz.

- Papai! Eu também quero que você me carregue que nem a mamãe.

- Mi-rae! - os pais disseram em uníssono. Yeon colocou Ji-ah no chão imediatamente, completamente sem jeito pelo flagra da filha.

- Minha princesa, desde quando você consegue descer do berço sozinha? - Yeon perguntou carregando ela no colo, a mamadeira já estava pronta, ele sabia que a filha estava prestes a acordar, mas não imaginava que fosse descer sozinha.

- Hoje. - a garotinha abriu um sorriso para os pais, enquanto tomava o seu mingau da arroz favorito, era mimada pelo casal por mais um feito.

֎

Rang já esperava em frente ao prédio de Yeon há quase quarenta minutos, será que o irmão tinha assumido outra forma e teria passado por ele sem o reconhecer?

Suas dúvidas foram sanadas quando viu Ji-ah aparecendo na porta do prédio, com Yeon e uma garotinha logo atrás. O coração de Rang acelerou, então o seu sacrifício pelo irmão tinha realmente dado certo. "Esse idiota só pode ser muito sortudo", ele pensou ao ver que Yeon tinha voltado exatamente como era.

E o que era aquela pequena criatura tentando se pendurar na perna dele? Rang notou como a garota era parecida com o irmão, até o jeito de dar tchau a Ji-ah eles faziam da mesma forma.

Saiu do carro e foi andando calmamente em direção a Yeon, ia apenas passar por eles, tinha cem por cento de certeza que o irmão não o reconheceria, não havia mal algum. A garotinha dava pequenos gritos enquanto o pai a jogava para cima. Estava aproximadamente uns quinze passos de distância dos dois até que viu a figura de Hyun Eui-ong indo até eles. Rang deu meia volta e foi o mais rápido possível para dentro do carro.

A presença do homem ali só fez com que tivesse duas certezas: que Yeon ainda era uma raposa, e que sabia que ele havia escapado.

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