Contos de Lucem - Ressurgir S...

By leticce_soares

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A queda de uma estrela em um continente infértil dá origem a cinco reinos abundantes de vida. Contudo, o impa... More

ZERO | A QUEDA
UM | HALINA SMARAGDINE
DOIS | SKADI ANTERIC
TRÊS | ZAIRE TERRAM
QUATRO | MALYA BASMAH
CINCO | A JORNADA
SEIS | KALE
SETE | ARDEN SMARAGDINE
OITO | O MAGO
NOVE | VIVIDAE
DEZ | O AFANADOR
ONZE | ONIRIUM SOMBRIA
DOZE | O REI
TREZE | A MURALHA
CATORZE | OS EKSILER
QUINZE | INFERNO ALBUM
DEZESSEIS | MAR ASIRI
DEZESSETE | PALLADIAN
DEZOITO | BOSQUE WERAU
DEZENOVE | DOLENT
VINTE | O VALE DAS BRUXAS
VINTE E UM | LABIRINTO ENTREMONTES
VINTE E TRÊS | A TRAVESSIA
VINTE E QUATRO | ANTIGOS INIMIGOS
VINTE E CINCO | O RETORNO DO ALGOZ
VINTE E SEIS | A INSURREIÇÃO
VINTE E SETE | KELAYA VIMONAR
VINTE E OITO | O PÁRAMO E TENEBRIS
VINTE E NOVE | A VERDADE
TRINTA | FRONTEIRA MORTEM
TRINTA E UM | A ESTRELA
TRINTA E DOIS | O DESFECHO DA BATALHA

VINTE E DOIS | A DAMA ALABASTRINA

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By leticce_soares

     Zaire pegou seu martelo assustado, não conseguiu empunhar a arma anteriormente, mas agora estava mais atento. A dama à sua frente parecia fluída, sua roupa e corpo pareciam ser feitos da mesma coisa. Um véu ocultava sua face, dando apenas a visão das sombras do que seria seu rosto. Ela destoava do ambiente, com sua matéria pálida.

       — Não se preocupe, não estou aqui para ti ferir. – ela não moveu um músculo. – Venho congratulá-lo.

       — Quem é você? – ele ainda estava receoso.

        — Eu sou a Dama Alabastrina. Comando esta parte do Labirinto Entremontes na busca por campeões. – sua voz era sedosa. – Sou um projeto de estrela, os seres celestiais me puseram aqui para provar os corações dos Lectus. E você provou o seu valor.

          — E como possa saber que está falando a verdade? – cerrou os dentes desconfiado.
       
         A dama ergueu suavemente a mão esquerda, fazendo uma imagem de Dália aparecer flutuando entre os dois. A estrela ainda estava no céu, sobre seu pedestal com os cabelos alvos e olhos de diamante. Uma lágrima solitária escorreu de seu rosto, havia tristeza estampada em sua feição e algo mais que Zaire não conseguiu identificar.

         — Acha que alguém mau poderia expressar esse tipo de poder? – perguntou a mulher.

         — É a estrela Dália? – o amaranto estava encantado com a projeção tão realista.
   
          — Sim, pouco antes de sua queda. – o tom era profundo.

         A imagem se dissipou no ar, deixando-os sozinhos outra vez.

           — Espere, tem uma coisa que não compreendo. Se este labirinto é uma criação celestial, por que todos dizem que é o lar do poder bruxo? – estava resistente.

           — Ilusões são instrumentos importantes para afastar curiosos incovenientes. Se todos soubessem que este lugar guarda um fragmento de estrela, centenas iriam se aventurar nestas paredes. – explicou.

           — E quanto o fragmento, quando eu o encontrarei? – Zaire insistiu nos questionamentos.

           — Você já o encontro, ele será mostrado na hora certa. – foi sucinta. – Agora devemos buscar seus companheiros de jornada.

          — Suponho que eles tenha se saído tão bem quanto eu. – o rapaz anunciou.

           — Na verdade, não. A cada um de vocês foi dado um desafio. O objetivo do labirinto é avaliar o maior medo de cada um, testando a resiliência. Para você foi mostrado a fonte de sua covardia, o temor pela morte.

          A imagem dos cadáveres de Zaire apareceu, assim como as imagens dele recebendo os golpes impiedosos.

           — Para celosiana uma prova de inteligência foi dada, seguida pelo confronto com o medo da rejeição e fracasso. Ela foi aprovada, mas apenas parcialmente. – prosseguiu relatando o desempenho.

      Malya apareceu na tela, segurando o corpo de Halina desacordado. O rosto da morena parecia inexpressivo, enquanto as dúzias de mariposas circulavam ao redor dela.

            — A princesa por sua vez, está sendo exposta às perdas. – moveu a mão mais uma vez. – Halina descobriu algo decisivo, veremos o que ela fará com tal informação. Uma escolha entre rancor ou compreensão ela deverá fazer em muito breve.

         Halina parecia num espiral de transes, nos quais Caspian e a Rainha Kaira eram mostrados. Arden também estava incluso nas visões, segurando o corpo do mãe, chorando inconsolável.

        — Seus outros dois amigos estão tendo a amizade testada, estão sofrendo com isso. Embora, nenhum grande dano tenha sido causado. O maior medo de ambos é perder um dos companheiros de viagem. Não quis ser tão explícita. – mostrou os dois.

         Skadi tentava acalmar Kale, o qual parecia mais nervoso do que nunca estivera. Pareciam ter caminhado por dias, o ivoriano trazia uma leve irritação na fronte.

        — Então, se eles não venceram os próprios desafios, significa que não saíram do Labirinto? – sua voz era alarmada.

         —  Todos saíram do Labirinto Entremontes, meu campeão. Alguns medos devem ser vencidos fora dessas paredes, a um prazo mais longo do que o requerido de você. Todavia, só você receberá o prêmio. – estendeu a mão para ele.

          O amaranto ainda estava apreensivo, mas ainda assim tocou na mão enluvada da Dama. O jovem sentiu seu corpo ser puxado para cima numa velocidade assustadoramente alta, viu as estrelas como borrões, parecia que estava prestes a encontrar uma delas. A mulher ao seu lado permanecia plácida e serena, como se estivessem em um passeio no bosque.

          — Chegamos. – o projeto de estrela informou.

         Estavam em cima de uma nuvem, o rapaz olhou para baixo e sentiu uma tontura. Podia ver todo o desenho do labirinto dali, até o resto da expedição era alcançável naquele ponto. Uma visão privilegiada, caso não estivesse temendo que as nuvens embaixo de seus pés se desfizessem e lhe deixassem cair sem barreiras.

          — Zaire. – ouviu a voz familiar chamar.

          Involuntariamente uma lágrima saiu de seu olho que possuía uma cicatriz, era ele quem o chamava.

        — Pai. – virou-se para a fonte das palavras.

         — Você é um campeão, afinal. – o homem falou, abraçando um filho de maneira terna.

         Jawari era calvo e tinha a pele tão escura quanto a do filho, usava suas roupas habituais de quando era vivo. Uma barba escura que começava a ficar branca tornava seu rosto partenal, assim como as rugas marcadas ao redor dos olhos.

       — Pai, por que você se foi? – o rapaz chorava no ombro do homem.

        — Eu havia completado minha sina, meu filho. – passou a mão das costas dele.

        — Deixou sua família desamparada. – soluçava, olhando para os olhos tão dóceis.

       — Deixei-a sob sua proteção, Zaire. E você se saiu muito bem, mais que isso tem sido o melhor para sua mãe e irmã. – consolou.

           — Sinto saudades. – enxugou o rosto.

          — Eu também, mas sinto sobretudo orgulho do homem que se tornou. Siga com a cautela e instrumentalize seu medo. – afastou levemente o filho. – Ser um herói não é se tornar um mártir, mas saber o valor de um sacrifício.

         Os dois se abraçaram mais uma vez, envolvidos num gesto terno e gentil. Zaire fechou olhos com força, querendo fazer aquele momento eterno. Todavia, sentiu seu pai sumir de seus braços e quando abriu os olhos outra vez, estava de volta no Labirinto segurando a mão da Dama Alabastrina.

          — Isso foi real? – perguntou ainda em choque.
 
          — Sim, meu campeão. Tudo que viu foi real, fizemos uma curta visita à entrada do limbo no Páramo. Podemos seguir para resgatar seus amigos? – o rapaz assentiu.

         A Dama Alabastrina teletransportou os dois para o ponto, no qual Skadi e Kale estavam. Os dois se assustaram com a repentina presença, o palladiano esmagava a flor manchada pela milésima vez. Estavam ambos quase conduzidos pela insanidade.

         — Vencemos o labirinto amigos e conquistamos o fragmento. Venham conosco, assim sairemos desse lugar. – o amaranto anunciou.

          Ivoriana e palladiano choravam de felicidade, trocando abraços apertados e pedindo perdões. Até Skadi não se importava em demonstrar emoções, o fim da tortura repetitiva era um evento válido para se perder o controle. Agora os quatro foram para o locatário, no qual as duas últimas Lectus estavam. No momento, em que chegaram a nuvem de mariposas sumiu. A Dama Alabastrina se aproximou das duas mulheres, tocando o rosto de Halina a tirando do transe.

        — Não se entristeza Malya, sua habilidade mais uma vez foi certeira. A redenção está próxima. – consolou a morena aliviada ao ver a princesa se levantar. – Para você Halina, o real desafio começa após as paredes do labirinto.

         Halina estava com olhos assustados, visivelmente afetada pelas visões que tivera. Seu coração doía, queria ver seu irmão o quanto antes. O grupo se juntou ao redor da Dama Alabastrina, curiosos com a figura etérea.

      — O que você é? – Skadi indagou.

      — Eu sou um projeto de estrela, um resquício de um núcleo estelar. Devem está familiarizados com presenças celestes. –  proferiu solene.

       — Um núcleo estelar. – Kale repetiu as palavras como se já as conhecessem.

       — Foi um núcleo estelar que criou os cinco reinos que vocês conhecem, e todos os outros além dele. O núcleo é a parte mais pura e poderosa de um estrela, além de ser autônomo. Não obedece às mentes celestiais. – relatou formal.

        — Por que está nos contando essas coisas? – Malya estava confusa com a exurrada de informações.

    — Chegaram ao fim deste desafio, conquistaram o fragmento e um de vocês alcançou até um prêmio. – a criatura falava intimamente, ignorando a pergunta anterior. – Preparem-se, pois tudo se tornará mais árduo depois daqui. Este labirinto não é o único que usa de ilusões. A maldade se esconde atrás das boas intenções.

           A Dama Alabastrina ficou no centro deles, enquanto eles seguravam as mãos uns dos outros. A mulher misteriosa começou a levantar o véu que cobria sua face, porém antes que seu rosto fosse revelado, seu corpo se desfez numa névoa pura que envolveu o grupo de forma reconfortante, levando os Lectus de volta para a entrada do labirinto. No centro, ao invés da mulher estava o fragmento.

      — Mais árduo? – Zaire repetiu para si mesmo, pegando o objeto que estava no chão.

       — Princesa, eu sinto por não ter esperado por você no labirinto. Se eu tivesse sido mais atenciosa...– Malya começou cabisbaixa.

          — Está tudo bem, Malya. – disse o nome da outra pela primeira vez. – Sei que fez o possível para me ajudar, o que eu enfrentei foi necessário.

         — Estão todos bem? – Arden veio correndo na direção deles.

         Eleina chegou logo em seguida abraçando o irmão mais novo, depois repetiu o gesto com Skadi. A felicidade do trio era contagiante.

           — Arden, venha. Vamos conversar. – a princesa pegou o irmão pelo braço, afastando-se dos outros.

           Obviamente, o resto da expedição ficou tentado a saber o conteúdo da conversa dos dois membros da realeza, embora soubesse que a discussão era íntima e pessoal. Seguiram para perto do acampamento, no qual os animais que serviam de transporte pastavam relaxados. O bosque prosseguia com sua beleza, Zaire iniciou uma narração cautelosa do que a Dama lhe disse, omitindo as informações relativas aos desafios individuais, não queria expor nenhum dos colegas. Então, relatou de maneira mais delicada que podia.

         Halina e Arden estavam alguns metros de distância deles, espaço suficiente para que não ouvissem o conteúdo da conversa. O príncipe ficou aflito com a seriedade da loira, ela não costumava tratá-lo com tanta sobriedade, exceto quando explodia de raiva. Em geral, nos últimos anos, desde a morte da mãe, os dois haviam mantido uma distância respeitosa.

       — Sei o que aconteceu. – começou ela, sentando-se na relva.

      Arden imitou a ação, ficando ao seu lado.

       — Não compreendo. – arqueeou as sombrancelhas confuso.

       — Eu vi a morte da mamãe. – segurou a mão dele.

       — Halina, eu posso... – afastou o toque com movimentos trêmulos.

        — Arden, eu entendo. – insistiu na aproximação. – Eu entendo. Fizestes o que era necessário, deste misericórdia para nossa mãe. Eu nunca seria tão forte para tal coisa.

         — Eu juro que não queria fazer aquilo. – suas órbitas estavam cobertas por uma camada de lágrimas. – Se eu soubesse uma forma de salvá-la, ainda que custasse minha vida, eu teria feito.

        — Eu sei. Não tivestes escolha. Tomaste a decisão correta, ela pediu o próprio fim. – a princesa também chorova.

         — Se eu tivesse sido mais cuidadoso...– lamentou-se.

          — Não, Arden. Não se culpe mais por isso. – olhou firme para o irmão. – Se tivesse me contado desde o início, teria sido tão diferente...

          — Não quis que soubessem a verdade, deves se lembrar da mamãe real, não daquela dos últimos suspiro. – explicou, suas orbes azuis límpidas como o céu azul.

          — E guardou toda a dor para si, tendo que viver na solidão. Eu fui uma irmã negligente, egoísta e não estive ao seu lado. – assumiu.
           
        — Tolice, tu nunca me culpaste. – discordou com veemência, tocando no ombro dela.

          — Conquanto, nunca lhe defendi a dor do papai. Eu não deveria ter me afastado de ti, afundei-me no meu próprio luto e ignorei o seu. Tu, meu irmão, viveste a pior das dores. Era quem merecia apoio e não a fúria ou indiferença que lhe foi dada. Perdoe-me, Arden. – cada sentença era preenchida de sinceridade.

           Os dois se abraçaram em meio ao pranto, sentindo a ligação fraterna se estabelecer mais uma vez. Sentiam-se como as crianças que um dia brincavam tão ingênuas nos jardins reais, nas fantasias heróicas e distantes. Os primeiros passos de Nesrin, os bailes dançantes, a mãe os colocando para dormir... Tudo isso parecia ter se rompido com a morte da Rainha Kaira, porém com a jornada novos fios de elo fraterno se ligavam, insistindo na luta contra o sofrimento. E agora, uma corda forte e robusta prendia os dois juntos outra vez.

         — Resgataremos Caspian, minha irmã. É uma promessa. – tocou no rosto dela.

        Recuperando-se das crises de choros, começaram a se aproximar dos outros, os quais conversavam animados. Keisha encarou os smaragdinos inquisidora, montando suposições em sua mente afiada. Malya permaneceu abatida, fraca de vontade.

          — A realeza é realmente chorona. – Aryeh debochou, notando os olhos vermelhos.

         Eleina deu um soco no braço do novoivoriano que reclamou com o golpe, desculpando-se logo em seguida pelas palavras grosseiras. Não fizera por mal, ele era naturalmente bruto. Kale foi na direção da princesa, dando-lhe um lenço, o qual foi bem aceito. Zaire repetiu mais uma vez a narração para os recém chegados, tomando os mesmos cuidados que na vez anterior. Os smaragdinos escutaram atentos, o príncipe traçava uma estratégia e esforçava a mente para mente para compreender o que a Dama Alabastrina quis dizer com tantas recomendações.

        — Não gosto dos modos das criaturas mágicas que enfrentamos até aqui, sempre nos dão conselhos muito subjetivos. Do que nos valem palavras tão multifacetadas?! – Skadi reclamou.

       — Acho que dizer tudo literalmente seria interferir no destino, sendo assim os Lectus não seriam plenamente testados. – Eleina argumentou.

         — Mais testado do que já fomos? A Dama ainda disse que as coisas ficariam mais árduas, temo o que mais irá nos encontrar no caminho. Devemos ser cautelosos. – Zaire interveio.

          — Ainda há a última frase dita por ela: Este labirinto não é o único que usa de ilusões. – lembrou a princesa.

          — Para mim, fica mais claro a cada instante que há um traidor. Mago Idrovras pediu atenção, a Dama repete o mesmo conselho... Alguém de Lucem está do lado de Nocti. Precisamos mais do que nunca saber a identidade do afanador. – Arden afirmou convicto.

         — Malya, você disse que o ladrão recitava os cânticos do Vale. Será que não pode descobrir mais nada além disso? – a princesa falava respeitosamente com a celosiana, uma mudança sútil no tratamento.

         — Infelizmente, não. Como eu disse, a magia dele era muita forte. Poderia ter matado a todos nós em Vividae naquele dia, mas por alguma razão não o fez. – continuou acuada.

         — Ele precisa de nós vivos, assim servimos de caçadores de fragmento. O afanador planeja nos atacar mais uma vez, acredito que depois de pegarmos a última parte do Coração de Dália. – o smaragdino supôs com maestria.

         — E por que ele não nos atacou outras vezes? Para pegar os fragmentos que já temos. – Skadi indagou um pouco cético.

          — Porque ele não esperava que eu soubesse mágica. Provavelmente conhece pouco dos poderes das Feiticeiras, o que fez com que ele recuasse, ao invés nos fragilizar pouco a pouco. – Malya refletiu, arrumando-se no chão.

          — Então ele pretende nos dá um único e mortal golpe. – Zaire completou apreensivo.

           — E se ele conseguir, não haverá mais Lucem para defender. Com o Coração, Tenebris será imbatível. – Kale desfez o sorriso.

          — Desse modo, não temos tempo a perder. Amanhã cedo, partiremos para Celosia. Será nosso desafio final. – Arden se levantou, dizendo com determinação.

        

      

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