Mostrei para o Kaio a escola, aonde que ficava cada sala com a sua matéria e entre outras coisas menos importantes.
Kaio: a escola até que não é grande, vou me acostumar fácil.- assenti sorrindo.- vem cá, o que aquele menino quer tanto com você?- respiro fundo e continuamos a caminhar até o pátio.
Marcella: uma crise de ciúmes boba minha. Não temos nada e eu fico assim, igual uma trouxa.
Kaio: então quer dizer que vocês tem algo?
Marcella: não, não é isso.- riu tímida.
Kauã: já sei, tu gosta dele né?- engulo seco.
Marcella: eu não sei. Ele é muito galinha e é o melhor amigo do meu irmão.- ironizo e o mesmo ri.- desculpa botar isso para fora.
Kaio: de boa, afinal obrigado por apresentar a escola.- paramos na porta da entrada.- só vou resolver algumas coisas lá na secretária e já volto lá com vocês.
Marcella: que isso, tamo junto. Fica de boa, se demorar lá eu espero.
Kaio: não precisa não. Só me manda mensagem dizendo aonde vai ser a aula por favor.- me entregou o seu telefone e anoto, devolvo.- se cuida vida.- fizemos soco bate e saiu. Ando em direção a galera.
Ele acabou de me chamar de vida? É isso mesmo produção? Eu heim, depois fofoco isso com as meninas porque boiei legal.
Me sento a mesa junto com o Enzo. Apoiou o seu braço em cima do meu ombro e deu um beijo na minha bochecha.
Enzo: quem é o gato que está te provocando?- perguntou no meu ouvido, mas as meninas prestam atenção.
Marcella: o Kaio.- respondo simples.
Enzo: atá, é ele.
Maysa: olha disfarçadamente atrás de vocês.- ordenou e olhamos bem disfarçados.
Breno e Esthefani estavam brigando, ele está surtando tentando explicar e ela coçando o braço nervosa. Queria saber o real motivo da briga, a mesma da um tapa forte e assustamos chocados com o ato. Ele olhou para nós e viramos normalmente.
Debora: eita porra, está vindo furioso para cá.- fico suave.- e bem em nossa direção.
Marcella: é porque vai sentar aqui uai.- assusto com uma mão pesada e viro.- que foi assombração?
Breno: quero conversar com você. Agora!- gritou.
Enzo: ei ei Breno, fica calmo cara.- foi colocar a mão nele e o mesmo bate.
Breno: não atrapalha porra! Vamos Marcella.- pegou o meu pulso.
Gael: que porra está acontecendo aqui?!- saímos sem deixar nenhuma resposta.
Fomos atrás da quadra e me jogou na parede, ficou bem na minha frente e eu sem entender nada do que está acontecendo. Do porque desse surto, principalmente comigo.
Breno: você, não se intromete mais nas minhas confusões. Tá bom?- apontou o dedo na minha cara bravo.
Marcella: oul! Tá louco tio? Que confusões? É o primeiro dia de aula e tu vai perder? Você me disse uma vez que ama o primeiro dia de aula, por isso fui te acordar e vou lá saber que essa vagabunda estava lá. Se toca idiota.- saiu, mas Breno me segura e me volta no mesmo lugar.
Breno: não terminamos ainda.- disse abaixando o tom.
Marcella: mas eu já.- tento sair, só que o mesmo põem as mãos um em cada lado.- fala logo porra, tá me estressando já.- cruzo os braços bufando e os seus olhos lacrimejam.
Breno: ela drogou a minha bebida ontem.- apoiou a sua cabeça no meu ombro e fico perplexa.- ela me chamou para ir numa festa ontem, perguntou se eu queria um drink e disse que sim. Me entregou e depois disso não lembro de mais nada, acordei com você batendo a porta com força e percebi que ela estava ao meu lado. A escondi iria perguntar depois o que houve porque eu literalmente esqueci de tudo o que rolou por isso não queria vir, no carro ela me disse a verdade e precisava contar para alguém. E só veio você na minha cabeça.- meu ombro estava encharcado.- estou me sentindo imundo e estranho.
Marcella: Breno eu, eu não sei o que dizer.- literalmente. Estou chocada, achei que em homem não acontecia essas coisas. Porque nessa caralha de mundo só as mulheres sofrem e a culpa é da roupa que usamos e agora não podemos confiar em mais ninguém, nem de nós mesmas.
Breno: apenas me abraça.- o abraço confortavelmente.
Ele foi deixando as lágrimas caírem, sentamos no chão e logo ele deitou, inicio um cafuné o mesmo dorme. O sinal tocou e não saímos do lugar, percebo que Breno não está nada bem ele está encolhido e bem desconfortável e Jurandir apareceu com a Debora, Maysa, Ravy e Gael.
Ravy: o que houve?- neguei triste.
Maysa: ficamos andando pela a escola inteira. Pedimos ajuda até para o Jurandir porque não achávamos vocês e só ele soube.
Gael: e como você sabia que eles estariam aqui Jurandir?
Jurandir: ele de vez em quando fica aqui triste e fica desabafando comigo. Pelo jeito encontrou um refúgio que faz até dormir.- rimos baixos e olho para Breno.
Debora: está tudo bem com ele?- neguei.- que contar?- olho para eles que estão bem tensos.
Marcella: acho que é melhor dar um tempo para ele e quem sabe alguns dias conta. É de arrepiar.- assentiram.
Gael: acho melhor vocês irem para casa.- apontou para nós dois e ficamos surpresos.- o que foi gente? É o meu melhor amigo e minha irmã, eles tem uma conexão e Breno quando fica triste ele gosta de uma companhia que o faça bem. E esse bem é ela.- apontou para mim e sorri agradecendo o meu irmão por essa atitude.- vamos Ravy, levar ele para o carro.
Jurandir: eu levo eles de carro e aí eu volto. Pode ser? Porque vocês estão perdendo aula.
Debora: é apresentação Jurandir, tá suave.- olhou de cara feia para as duas.- vamos Maysa, estamos bem atrasadas.- saíram correndo de lá e rimos.
Marcella: heim, Breno acorda. Vamos para casa.- se remexeu e sentou ainda tentando acordar.
Os meninos colocou os braços dele nos ombros de cada um e o levaram. Fui para a sala aonde deixei a minha bolsa para a aula seguinte. Bati na porta e o professor abriu.
Professor: está atrasada. Vai para a direção.- esqueci que é o professor braço direita do diretor.
Marcella: só vim pegar a minha bolsa. Eu e Breno vamos embora ele está passando bem mal e quer que eu vá junto com ele.- minto, o mesmo revira os olhos e dá espaço para eu entrar.
Kaio está junto com as meninas, ele me olha confuso e apenas pego a bolsa me retiro. Ouço cochichos e apenas ignoro.
Apareço no carro e eles já estão lá, Breno está deitado no banco de trás e o Jurandir no motorista.
Gael: Jurandir já avisou o diretor e se cuidem viu? 17:00 aparecemos lá e provavelmente o pessoal vai lá.- assenti e dei um abraço no meu irmão.
Marcella: obrigada.- falo baixo em seu ouvido e separamos. Mando beijo no ar para o Ravy e entro na frente.
Chegamos no apartamento, Jurandir me ajudou a levar ele até o sofá e agradeço pela a sua ajuda. Se retirou.
Coloco as bolsas no canto da sala e vou me trocar. Volto e me sento ligando a TV.
Breno•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Acordo e me assusto sentando tentando entender aonde eu estou, suspiro aliviado por saber que estou em casa. Olho para o lado e vejo Marcella que está dormindo toda encolhida.
Levanto e vou ao quarto, tomar banho e me trocar.
Apoio as minhas mãos na parede e deixando a água cair para aliviar o estresse e a vontade que estou de socar alguém. Ainda não acredito que aquela cretina fez isso comigo, vou ter que fazer denúncia porque ela literalmente me abusou sem eu estar consciente. Não vou negar, queria algo com ela mas iríamos com calma, dei um gole na bebida e acordei no meu quarto sem roupa e ao lado dela.
Só vou deixando as lágrimas caírem o máximo que eu cansar, preciso de um alívio.
Marcella: Breno?- bateu na porta chamando a minha atenção.- está tudo bem?
Breno: está sim, já estou saindo.- digo com a voz embargada.
Marcella: certeza? Faz uns vinte minutos que está aí.
Breno: estou sim porra e disse já vou sair.- o merda, só faço merda é isso que eu faço.- Marcella, desculpa!- fico sem resposta.
Saiu do banho desesperado, não vou deixar ela fugir. Não mesmo.
Troco de roupa rápido e vou até a sala. Não a vejo e vou ao seu quarto e nada, vou a cozinha e respiro aliviado. Ela está com o nariz vermelho, olhos inchados e mordendo os lábios para conter as lágrimas enquanto mexia a carne.
Vou até ela que desliga o fogão e a abraço. Marcella tenta recuar mas não deixo, preciso dela, preciso do seu toque e de tudo. A mesma se rendeu e me abraçou com força chorando.
Marcella: eu...eu não queria...de novo...- a interrompo e faço olhar para mim.
Breno: eu que devo pedir desculpas. Tô muito estressado ainda e acabei descontando em você.- limpo as suas lágrimas e olho atentamente aos seus olhos castanhos escuros e as suas pintas tão lindas, queria saber porque ela tanto odeia.
Meu coração parecia uma escola de samba e o meu estômago cheio de borboletas. Colo as nossas testas e ficamos a poucos centímetros, ela tomou a atitude de iniciar o beijo.
Como eu senti falta, quero ela na minha vida e muito. Ainda estou galinha e a mesma não merece esse ser babaca aqui, que vai fazer ter uma dor de cabeça do caramba.
Paramos o beijo por causa da bendita falta de ar e nos olhamos, meus dedos polegares acariciam as suas bochechas e ela ri se acalmando, sorriu junto. Marcella se encosta no meu ombro e me abraça.
Breno: deixa que eu faço a comida e a gente almoça lá na sala.- separamos e dou um beijo em sua testa.- só vou precisar de ajudar.- ela ri e que risada gostosa.
Foi explicando o que fazer primeiro, benza Deus criaram essas máquinas que fazem tudo sozinhas. Porque com certeza o arroz estaria queimado, ponho o catchup, mostarda e o creme de leite mexo tudo fazendo um belíssimo strogonoff. Ela pegou os pratos, talheres e os copos que encheu de coca.
Pegamos a comida e fomos para a sala. Coloquei Monstros S.A porque é o filme preferido dela e como sempre, falando as falas junto com os personagens e sem zueira, é quase todas as falas do filme.
Marcella: nuuuu ficou bom. Arrasou!- sorriu envergonhado e fizemos hi-five.
Breno: menos mal.- dou uma garfada e...- meu Deus, né que ficou bom mesmo. Ata fui eu que fiz.- ironizo e ela revira os olhos rindo.
Marcella: menos, menos.- ela pula de felicidade.- essa parte eu sei, se liga.- apontou para o filme.- bom dia ross, minha lesminha de jardim suculenta, quem vamos assustar hoje? Wazowski esqueceu de entregar a papelada de ontem a noite! U danada essa papelada, não sei mais fácil se jogassemos fora pela, a janela.- imitou ele.- não quero que se repita.- fez a voz da Ross.- tá bem, eu não vou deixar me descuidar. Tô de olho em você Wazowski, todo dia, todo dia.- e parou sorrindo para mim.- não tenho culpa se já assiste trilhões de vezes e sei as falas.- riu.
Breno: não disse nada louca!- dou a última garfada e ela também.- meu Deus eu vou explodir.- assentiu.
Marcella: eu acho que nem o chocolate cabe.- disse deslizando o corpo e abrindo o short.
Me levanto e levo as coisas para a cozinha. Abro os armários e acho o chocolate que ela mais ama e eu também, volto e abro o pacote em sua frente. Ela me olha pidonxa.
Breno: nem vem, você disse que não cabe.- me olha brava.
Marcella: disse brincando.- veio para cima de mim e eu estico o braço para ela não pegar.- Breno! Me dá um pouco.- riu e consigo esconder atrás de mim. Me sento e ela acaba ficando no meu colo sem querer.
Me olhou com aquele olhar sedutor e atraente que eu não vou cair. Porque eu sei que vai pegar o chocolate.
Breno: eu não vou cair nessa.- foi chegando mais próximo de mim e começo a beijá-la. Sinto o chocolate sair e não deu tempo.
Marcella: eu não vou cair nessa.- me imitou com a voz grossa minha e eu reviro os olhos.
Sentou ao meu lado e começou a comer o chocolate. E como boazinha ou por obrigação me deu alguns pedaços.
Passamos a tarde todinha só assistindo filmes e conversando, até que foi incrível.
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Desculpem pela a demora, ano passado não estava bem para escrever os livros e até tive que dar um tempo neles e só agora estou voltando aos poucos escrever.
E se liguem nas datas que vão voltar:
19.02- Adorada
20.02- Voltarei por você, por mim e por nós
28.02- A Mafiosa Escaldante
É isso, se cuidem!!