I'll be there: uma segunda ch...

By jakesumoon

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O que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de I... More

Dedicatória
Prólogo
1. O apelo de Yeon
2. A nova vida de Rang
3. O acordo
4. Da água para o vinho
6. Nem tão bem quanto parece
7. No meu rosto bonito, não.
9. Brincando com fogo
10. Certezas e Incertezas
11. Um dia bom para recordar
12. Ligando os pontos
13. A rush, a glance, a touch, a dance.
14. A verdade dói
15. Prazo de Validade
16. Apenas sentimentos humanos
17. Tic- Tac
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 01)
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 02)
19. Brothers Reunited
20. Fique comigo (PARTE 01)
20. Fique comigo (PARTE 02)
21. A pequena grande Mi-rae
22. Of course, I laugh
23. A intrusa
24. Agindo como uma raposa.
25. Moonchild Ballad
26. Eu sou melhor que ele.
27. Sad Fate
28.Parting at the River of Three Crossings
29. I'll be there
30. Atos e consequências
31. Tudo tem um preço
32. É tudo culpa do Rang
32. Dias Dourados
33. That was everthing for me
Epílogo
I'll be there em "UM CONTO DE NATAL"
Um conto de Natal- Parte 1: Com amor
Um conto de Natal - Parte 2: O Karma
Um conto de Natal - Parte 3: Meu caro amigo secreto
Um conto de Natal: Epílogo

5. Eu sei do que estou falando

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By jakesumoon

Soo-ho não ia tão bem na escola. As disciplinas em si ele conseguia levar numa boa, suas notas eram sempre acima da média, mas o problema eram as pessoas. Quando se é uma criança que não tem pais, torna-se sinônimo para outras pessoas machucarem você.

Por mais que ele dissesse que estava com uma família boa agora, os valentões da sua turma sempre o perseguiam, roubando seu lanche ou exigindo que ele fizesse os deveres de casa para eles. Soo-ho estava cansado, poderia simplesmente contar para Yu-ri que ela resolveria tudo, mas ele não queria a deixar preocupada, assim como ele, Yu-ri estava tentando levar a vida sem Rang.

E hoje, assim como nos outros dias, não estava nem um pouco a fim de ir para a escola.

— Soo-ho, levanta, você vai se atrasar para a escola. — Shin-joo diz de forma gentil na porta do quarto.

— Desse jeito ele não vai levantar nunca. — Yu-ri fala empurrando Shin-joo levemente para ao lado. —Acordaaaaa. — ela diz puxando a perna de Soo-ho de leve para fora. O garoto reclama um pouco, e volta a dormir. Yu-ri o puxa um pouco mais, fazendo que ele tenha que se segurar na cama para não ser arrastado para o chão. Soo-ho começa a sorrir e gritar, achava graça da forma como Yu-ri o acordava, era impossível não cair na gargalhada sempre que ela fazia isso.

______֎______

Rang observava seu quarto minunciosamente. Precisava obter o máximo de informações possíveis sobre "ele mesmo". Abriu o guarda-roupa, dava para perceber a personalidade do antigo dono do corpo pelas roupas. Não havia nada colorido, todas as roupas eram sóbrias e de cores frias. Rang não achou de todo ruim, mas achou que precisava de umas peças vermelhas. Mexeu nas coisas da escrivaninha, remexendo os papeis, todos devidamente organizados e as pastas estavam etiquetadas por ano. Haviam dois porta-retratos: o primeiro era ele e Yu-na na Torre Namsan, alegres no meio da neve, e outra com os pais. Percebeu que em termos familiares era bastante sólido, e até o relacionamento dele com Yu-na era bastante firme, apesar de estarem numa crise.

Pensar na família, o fez lembrar da sua. Já havia passado quase um mês que tinha voltado e ainda não os tinha procurado. Achava que não correria risco se os observassem de longe, pelo menos para ter certeza de que estava tudo bem.

Rang deu uma olhada na estante, percebendo que a maioria dos livros entre as prateleiras eram sobre Direito. Em uma outra ocasião, ele teria que dar uma lida em algumas coisas se realmente quisesse continuar seguindo a direção a qual estava percorrendo. E pelo o que havia ouvido de Yu-na, era uma profissão que elevou o status da família, o que só estimulava o empenho dele.

Mandou mensagem para ela perguntando se ela sabia qual era a senha do computador e também quais dos livros de Direito ele deveria ler. Se arrependeu de ter mandado no momento seguinte, Rang não era de procurar fazer tudo corretamente, ia agindo conforme a situação mandava, independente dela ser boa ou não. E depois de toda essa análise sobre o antigo Jihoon, se deu conta que nunca seria o mesmo de antes.

Assim que entrou no carro, Yu-na mandou mensagem de volta com a senha (que era a data de aniversário dela) e avisou que teria aula daqui há uma hora, que não adiantaria muita coisa.

Rang percebeu o tom áspero vindo da mensagem, provavelmente Yu-na já estava se preparando para terminar o relacionamento com ele. No entanto, Rang ainda precisava dela, não ia deixar ela ir assim tão facilmente, sua ida a sua antiga casa teria que ser adiada.

Chegando na sala de aula, avistou Yu-na sentada próximo a parede, antes de chegar até ela, foi cumprimentado por vários colegas, tentou agir ao máximo como Jihoon agiria.

— Bom dia, Yu-na. — Rang disse. Yu-na endireitou-se na cadeira, rabiscando alguma coisa no caderno, respondeu o cumprimento do rapaz sem olhar para ele.

"Ela está bem motivada, pelo visto. ", Rang pensou. Ele deveria arrumar outros métodos além de conversa furada para que a humana adiasse seus planos de término.

— Bom dia pessoal, hoje vou mostrar um caso, vocês terão que debater para saber qual a seria a alegação para acusar o réu. — disse o professor ao iniciar a aula. O mestre era um senhor de idade que esbanjava carisma, ele facilmente atraia a atenção por onde passava. Os alunos ao ouvir os ditos do rapaz de fios grisalhos, cessaram as conversas paralelas e atentaram-se àquele que estava à frente. Rang tentava a todo custo não relaxar completamente na cadeira, não era a postura que Jihoon teria em sala de aula.

— O caso que vocês estão vendo na tela é de um homem desaparecido, no qual foi encontrado apenas uma mão. Como evidências nós temos 2 pares de pegadas no chão e a arma do crime, uma faca com cerca de 17 cm, com as digitais de um jovem de 20 anos, sendo o maior suspeito do crime. A perícia afirmou que a mão pertence a um homem adulto, com cerca de 90 kg. Podem começar as investigações.

Rang riu, a cena era completamente óbvia, será que só ele via aquilo? Olhou para Yu-na e ela estava presa em suas anotações, fazia diagrama com as informações dadas pelo professor. Ele não precisava de nada daquilo, ia seguir a sua intuição, já tinha visto muitos casos semelhantes a esse.

— Professor, pode nos dar mais dados sobre o local? A mão foi encontrada onde? — um aluno perguntou.

— Pergunta importante, a mão foi encontrada na beira de um lago. Foi feito uma busca e a polícia não encontrou nenhum vestígio do corpo.

— O suspeito foi encontrado perto da cena do crime? — Yu-na perguntou.

— Outra questão fundamental, o suspeito foi encontrado numa vila a dois quilômetros do local.

— Alguma testemunha? — o aluno da primeira pergunta tornou a falar.

— Sim, um senhor viu o suspeito correndo próximo a cena do crime.

Rang já havia montado o seu quebra cabeça, no entanto, precisava confirmar apenas algumas coisas, assim ele levantou a mão.

— Qual foi o horário do "encontro"? E no resultado da perícia diz que o pedaço do corpo teria sido cortado há quantas horas?

O professou deu um pequeno sorriso, estava orgulhoso dos questionamentos feitos por ele.

— A testemunha viu o acusado correndo nas redondezas do lago próximo das dez da noite. A polícia chegou no local no dia seguinte as 8 da manhã, fazendo a perícia constatou que a mão havia sido cortada a pelo menos dez horas.

— Tinha alguma câmera no local? — Yu-na tornou a perguntar. Seu caderno era uma tempestade de ideias e rabiscos.

— Sim, próximo a e entrada do lago. Nas imagens vimos um carro entrando por volta das nove da noite, e o suspeito entrando meia hora depois. Cerca de dez minutos depois vemos o suspeito voltar correndo, mas o carro da vítima não saiu.

Após a pergunta de Yu-na, não houveram mais perguntas, os alunos apenas faziam anotações e alguns debatiam uns com os outros.

— Vamos começar com as acusações. Quem quer ser o primeiro? — o rapaz que fez a primeira pergunta levantou a mão.

— De acordo com as evidências professor, o acusado tem grandes chances de ser o culpado do crime, como ele cortou a mão da vítima, há fortes indícios de que ele tenha cortado o resto do corpo e jogado no lago.

O professor assentiu, o jovem ficou cheio de si, achando que o seu pensamento era o mais correto. Rang deu um pequeno sorriso de canto e tornou a levantar a mão.

— Não concordo com tal teoria, professor.

— Com base em quê?

— Primeiro, o rapaz deve ser chamado de suspeito até o fechamento da sentença. — Rang falou olhando para o rapaz, sentia uma leve adrenalina tomando de conta do seu corpo. — Continuando, o rapaz do momento em que entrou até o momento em que saiu, levou apenas 10 minutos. É um curto período de tempo para que um rapaz com uma faca esquartejasse um corpo.

— Ele pode ter cortado com auxílio de outra faca... — o rapaz começou.

—Você já decepou alguém? — Rang não conseguiu evitar a pergunta. Ele mais do que qualquer pessoa daquela sala tinha certeza do que estava falando. — Por mais que ele tivesse auxílio de outra faca, seria humanamente impossível esquartejar um homem, aparentemente grande e ainda sumir com o corpo no próprio local, tendo em vista que a testemunha o viu passar correndo, caindo por terra a hipótese de que ele teria desovado o corpo em outro lugar.

— Qual a sua suposição? — o professor perguntou com os olhos cheios de admiração.

— Com base em todos esses indícios, minha teoria é que o suspeito caiu em uma armadilha, onde o outro envolvido armou para incriminá-lo. Cortando assim a própria mão e em seguida fugindo pelo lago. — Rang finalizou.

O professor ficou um tempo calado, até que com um sorriso no rosto disse:

— Vocês, como futuros advogados e promotores, devem estar atentos a todos os detalhes, não apenas aqueles que foram dados a vocês. Com isso, gostaria de parabenizar Jihoon por sua perspicácia e atenção aos detalhes, você foi esperto como uma raposa!

"Ah, professor... você não faz ideia do quanto esse comentário foi apropriado...", Rang pensou sorrindo mais uma vez e não deixando de agradecer o professor com um aceno de cabeça.

Yu-na observava como o namorado estava cheio de confiança e como conseguiu juntar as peças rápido, ela mais do que ninguém sabia o quanto ele era minucioso com os detalhes, sempre anotava todas as informações possíveis antes de dar um palpite. Ela o viu dar um sorriso ao colega da turma, com um ar levemente irônico.

Rang via que as pessoas estavam cochichando sobre ele. Com certeza por ter agido daquela forma, o rapaz que havia perdido os argumentos para ele, o observa com os olhos semicerrados de raiva.

A aula finalizou, e Rang viu Yu-na arrumar suas coisas rapidamente para evitar trocar alguma palavra com ele. Dessa vez Rang estava eufórico demais com o pequeno caos que havia causado, e resolveu deixar a garota com seus minutos de paz.

No estacionamento, esperava a mãe ir busca-la em seu carro quando ouviu uma conversa perto dela.

— Ei, Jihoon! — o rapaz do debate falou. — De onde você tirou essa confiança toda para falar na sala hein?

Yu-na virou imediatamente para direção que eles estavam. Si Won era um encrenqueiro, nunca havia puxado briga com Jihoon, mas já tinha ouvido do caos que ele já tinha causado para algumas pessoas. Andou em direção a eles antes que começassem a brigar.

Rang sorriu. O rapaz estava nervoso, seus punhos estavam cerrados, sabia que não adiantaria falar muita coisa, pois ele estava motivado a descontar sua raiva de alguma forma.

— Aish... — Rang resmungou sem dar muita importância. — Na próxima vez seria bom você usar mais a cabeça.

Si Won partiu pra cima de Rang o atingindo com um soco, no entanto foi apenas esse golpe que ele acertou. Rang mesmo com um dos brações imobilizados conseguiu se defender desviando de todos os outros, e o acertando algumas vezes. Conseguiu imobilizá-lo colocando um de seus braços para trás, fazendo força. Rang chegou mais perto dele e disse:

— Eu não sou aquele idiota que você conhecia. Acho que se você insistir com isso você vai perder.

— Jihoon, já chega! — Yu-na disse chegando perto da confusão e separando os dois. — E vocês parados aí? Foi preciso eu para separá-los? —Yu-na saiu puxando Jihoon pelo braço. Perto do carro dele parou para olhá-lo.

— Você se machucou? Tsc, isso vai deixar um hematoma. — ela falou examinando o rosto. — Você precisa colocar um gelo nisso.

— Quer carona? — Rang disse ignorando tudo que ela havia dito. Yu-na olhou de cara feia para ele, com os braços cruzados.

— Aceito, mas só porque agora você deu para ignorar os cuidados com você, se meter numa briga, sério? Mal saiu do hospital e já quer voltar pra lá? E outra, desde quando você luta?

— Isso foi apenas reflexo, não fiz nada demais.

Eles entraram no carro com Yu-na reclamando por ele mesmo com o braço imobilizado estar dirigindo. Ela olhou para a mão boa e viu como estava vermelha, em certos pontos uma camada fina de sangue aparecia.

— Jihoon, você viu o estado da sua mão? Vamos logo embora dar um jeito nisso.

Rang quase riu, a garota que estava ao seu lado ainda se preocupava com "ele" afinal. Enquanto saía da universidade, olhou para ela, que estava com uma expressão carrancuda olhando para a paisagem lá fora. Até que ele viu.

Na calçada pode ver um garoto sendo encurralado por mais três crianças, todas maiores do que ele. Rang sem nem pensar jogou o carro em direção a calçada e estacionou.

— Espera aqui um minuto, eu já volto. — Rang disse a Yu-na, saindo do carro com uma expressão séria no rosto.

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