Sr. Sprouse

Door jugsking

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Na Inglaterra, no século XIX uma linda mulher se preparava para escolher seu marido, ela estava no auge de se... Meer

Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 2

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Door jugsking

Ao chegar em minha casa, como suspeitei, meu pai já havia ouvido a fofoca de que eu estaria brigando com alguém na rua. Dessa vez inventaram que eu estava brigando pois o Cavalo Arrogante havia cortejado uma garota e eu fiquei com "ciúmes", a fofoca é algo asqueroso. Tive que explicar a ele tudo, que discutimos por ele ter sido mal-educado e derrubado minhas flores. Pelo menos ele acreditou em mim.

Hoje a noite aconteceria um baile, a família Mendes estavam de volta da sua viagem ao Brasil, junto com eles minha melhor amiga voltou também. Eles prepararam um baile para poder comemorar a sua volta, eu estava me comunicando com a minha amiga por cartas, morria de saudades dela, não vejo a hora de ve-lâ.

Meu vestido já estava na cama, me esperando. Terminei de me enxugar com a toalha e coloquei minha roupa de baixo, a porta foi aberta por Madelaine, uma moça de mais ou menos 25 anos que trabalhava aqui há cinco anos, a gente se dava bem, no começo ela era apenas uma simples criada que lavava as roupas mas criamos uma amizade, e ela ficou encarregada de cuidar de mim, como uma "babá".

― Quer ajuda para por seu vestido? ― ela pergunta tracando a porta.

― Sim, por favor. Mas antes me ajude com o espartilho.

Ela me ajuda a colocá-lo, mas na hora de fechar ela vai com calma, para não apertar muito. Quando termina, me ajuda com as meias e depois o vestido, o colocando-o e fechando os botões. Era um vestido vinho, na cintura ele era justo mas se soltava logo após ela, era manga longa que terminava com uma simples renda branca, bem pequena. Ele tinha detalhes brancos, eu o encomendei especialmente para essa noite. Finalizei com meus sapatos e luvas brancas.

Madelaine também me ajuda com o penteado, uma trança em cada lado que se juntavam atrás da minha cabeça e os fios se perdiam com os meus cabelos soltos, era simples mas eu amava esse tipo de penteado. Também me ajudou com a maquiagem, não muito forte pois eu odiava esse tipo de maquiagem. Depois com as joias, colares, brincos e pulseiras. Então, eu estava pronta.

Ela me olhava com um sorriso no rosto, fui até ela e a abracei.

― Muito obrigada por me ajudar. ― nos separamos. ― Eu queria tanto que você pudesse ir.

― Eu sei, mas sou uma simples criada. ― diz com uma voz triste.

― Não repita isso! ― digo com raiva. ― Você é uma irmã mais velha para mim, que ocupou o lugar de Chloe e me ajuda com conselhos e várias outras coisas. Você não é uma simples criada.

― De qualquer forma, meu lugar não é lá. ― antes que eu pudesse responder, alguém bateu na porta.

Respondi com um "pode entrar" e minha mãe aparece na porta.

― Você está atrasada! ― diz irritada.

Essa era uma das poucas coisas que irritaram minha mãe: atrasos.

― Oh, desculpe-me! ― me apresso. ― Novamente: obrigada Madelaine, e até mais!

Ela apenas acena e eu me afasto com minha mãe. Nossa conversa não saiu da minha cabeça durante a viagem até a propriedade dos Mendes, eu iria conseguir levar Madelaine a um baile, seria mais fácil se o baile fosse em minha casa. Mas qual evento seria tão importante para acontecer em minha casa? Eu não conhecia nenhum.

Minha mãe e meu pai estavam na minha frente, Tess estava ao meu lado, ela odiava bailes, eu nunca entendi o porquê, já que eram maravilhosos.

Meu pai havia dito antes de sair para eu observar bem e passar boa impressão, pois eu poderia arrumar um pretendente hoje a noite, oh, claro!

Meia hora depois já estávamos na propriedade dos Mendes, havia várias carruagens entrando e saindo da prosperidade, várias luzes que deixava o caminho mais claro, e uma linda melodia saia da casa dos Mendes.

Eu quase saí sem a ajuda de um dos mordomos dos Mendes que estavam ajudando as damas a saírem de suas carruagens. Mas me lembrei das boas maneiras que eu tinha.

Minha mãe e meu pai foram andando na frente, Tess estava ao meu lado e cumprimentavamos todos que estavam ali, quando entrei, me espantei com a decoração, estava magnífica! Com certeza teve uma mãozinha de Camila envolvida, ela sempre foi muito boa com decorações.

― Lili! ― uma voz me chama, me viro e vejo minha amiga.

― Cami! ― a abraço.

Ficar um ano sem ver sua melhor amiga é um saco, a pior coisa que existe. Nosso abraço foi demorado, mas deu para matar um pouco de nossa saudade.

― Você vai me contar tudo sobre o Brasil pessoalmente! ― o pouco que eu li nas cartas já me deixaram fascinada por aquele país.

― Sem problemas, mas outra hora. Agora eu quero te contar algo, acabei de conhecer um cavalheiro chamado Charles Melton. Ele foi super educado comigo, e ainda é muito lindo! ― diz animada, rio de sua reação.

― Será que você já tem seu pretendente? ― brinquei.

― Espero, ele é o cara que eu estive esperando minha vida toda. ― suspira. Camila diz isso para todos que ver.

― Espero um dia achar o meu, já entrevistei mais de 30, mas todos estavam ali pela mesma coisa: o dote e a empresa de meu pai. ― reviro os olhos.

Eu queria um marido que me amasse, que estivesse ali por mim, que conversasse comigo por mais de 5 minutos sem tocar no nome da empresa e do dote.

― Falando na empresa, como você está com tudo isso? Soube que o fato de que uma mulher irá comandar uma empresa está atraindo muitas pessoas, a maioria mulheres indignadas com isso. Por que não simplesmente aceitam que uma mulher possa cuidar de uma empresa? ― diz irritada.

― Concordo, já ouvi tantas mulheres que não tem nada além de fofocar sobre a vida das pessoas falando para meu pai que o melhor era ele passar a empresa para o meu futuro marido, e foi isso que atraiu mais homens interesseiros. ― um garçom passa por mim e me oferece um biscoito, aceito.

Quando olho para Camila, ela olhava para um canto específico do salão, para um homem que também a olhava. Talvez fosse o tal do Charles, ele é realmente lindo.

― Mila, vá conversar com ele. Eu vou para a mesa de comida. ― digo rindo, eu tinha que aproveitar o máximo, já que minha mãe estava ocupada com meu pai conversando com alguns conhecidos.

― Obrigada, até mais! ― respondo um "até" e me afasto.

Observo Tess conversando com uma garota, ela riam de algo. Era raro Tess rir com alguém em uma festa, meus pais estavam se afastando cada vez mais da mesa onde estava todos os biscoitos, bolos e tudo de doce que você possa imaginar.

Tiro uma de minhas luvas para não sujar  pego um pratinho e começo a escolher, várias pessoas me olhavam mas eu não estava ligando. Escolhi um de cada para não enxer minha barriga, assim eu poderia experimentar vários, e coloquei a luva que havia tirado nesse prato. Quando me viro para comer em outro lugar, esbarro em alguém e isso quase derruba meu prato.

― Merda! ― escuto essa pessoa dizer com uma voz baixa, e cooro. É falta de educação falar esses palavreados, quando alguém fala  perto de mim fico sem jeito.

Quando levanto meu olhar, meu rosto se fecha mais ainda. Era o Senhor Cole Cavalo Arrogante Sprouse, que me olhava com a mesma expressão que de manhã.

― Você aqui? ― ele diz grosso.

― Eu que me pergunto, como deixaram um cara tão pouco cavalheiro entrar em uma festa chique como essa? ― digo e como um pedaço de biscoito. Quase solto um gemido na frente desse mal-educado, aquilo estava uma delícia!

Termino de comer e vejo que o Sr. Sprouse ainda olhava para mim, só que dessa vez com um sorriso no rosto. Olhei para todos os lados para tentar entender, mas desisti.

― Posso perguntar o motivo desse sorriso? ― dou outra mordida em outro biscoito.

― Sabe o porquê de eu estar aqui? ― ele sussurra. ― Esse biscoito que está comendo agora, Senhorita Lili, foi feito por mim. ― paro de mastigar.

Ele era um padeiro? Que fazia bolinhos e biscoitos muito bons? Ele não parecia ser um padeiro, ele parecia ser um homem de alta classe, tirando a arrogância, claro.

― E por que está na festa de boas-vindas da minha amiga e sua família? ― não fui nem um pouco educada ao perguntar, mas ele não merece nem um pedaço da minha educação.  Já que ele não tem, ou se tem não usa comigo.

― Sabe todas as festas da família da sua melhor amiga que vem acontecendo desde... 1830? ― não respondo, não era uma pergunta para ser respondida. ― Fui eu quem fiz os doces, todos os bolos, bolinhos, biscoitos eu quem fiz. Sr. Mendes gosta bastante de meu trabalho, acabei virando amigo dele. ― diz com aquele sorriso idiota no rosto.

― Está ruim. ― ele não pareceu se ofender com a crítica, apenas cruzou os braços. ― Sr. Mendes sempre teve um gosto... peculiar, eu sempre achei os doces de suas festas um pouco ruim mesmo. ― continua sem parecer ofendido.

Eu não sei se sinto alívio ou fico revoltada.

― Ah, é? ― diz ainda sem parecer ofendido, e ainda sorrindo.

― Sim, peguei vários porque por um momento pensei que seriam bons, que ele poderia ter encomendado para outra pessoa, mas me arrependi e vejo que também me equivoquei. Poderia colocar na mesa novamente, por favor? ― estendo, ele pega o meu prato sem desviar o olhar de mim. ― Com licença.

Eu não poderia ficar ali, perto daquele cara irritante, ou vendo aqueles biscoitos e bolinhos deliciosos, eu não sei se aguentaria ficar mais um segundo perto dele, ou o estrangularia com minhas próprias mãos. Ele merecia.

Mas ao sair daquele salão e ir para o outro, esbarrei novamente em alguém.

Ah não, de novo não!

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