Chicago 1945

stylesg1rl_ tarafından

5.9K 549 2.5K

Deena Jones foi obrigada a largar sua vida e seus sonhos para se dedicar ao seu casamento com James Harringto... Daha Fazla

CHICAGO 1945.
CHAPTER I
CHAPTER II
CHAPTER III
CHAPTER IV
CHAPTER V
CHAPTER VI
CHAPTER VII
CHAPTER VIII
CHAPTER IX
CHAPTER X
CHAPTER XII
CHAPTER XIII.
CHAPTER XIV
CHAPTER XV
CHAPTER XVI
CHAPTER XVII
CHAPTER XVIII
CHAPTER XIX
CHAPTER XX
CHAPTER XXI
CHAPTER XXII
CHAPTER XXIII
CHAPTER XXIV
CHAPTER XXV
CHAPTER XXVI
CHAPTER XXVII
CHAPTER XXVIII
CHAPTER XXIX
CHAPTER - XXX
CHAPTER XXXI
CHAPTER XXXII
CHAPTER XXXIII
CHAPTER XXXIV

CHAPTER XI

143 15 66
stylesg1rl_ tarafından


Lowell, Indiana
Estados Unidos.

Michael Jackson's P.O.V

Retiro o lençol do meu corpo e me sento na cama encarando o corpo nu adormecido de Rachel ao meu lado. Respiro fundo passando minhas mãos pelo o meu rosto e vou em direção ao banheiro, onde tomo um banho quente.

Abro a porta do banheiro encontrando Rachel de calcinha e sutiã em pé olhando o dia que começava a clarear. Olho para o relógio na parede e o mesmo marca 05:30 da manhã.

— Acho que vai chover. —Digo e Rachel concorda passando por mim e indo até o banheiro.

Espero Rachel terminar o seu banho e descemos as escadas até a cozinha, onde preparamos um café da manhã. Observo o tempo nublado através da janela e suspiro, por algum motivo o dia está com um aspecto triste.

— Vou acorda-lá para dar o remédio das seis. — Rachael deixa um beijinho na minha bochecha e sai me deixando na cozinha.

Termino de preparar o café da manhã e deixo tudo arrumado na mesa. Me sento comendo uma torrada com geleia de amendoim e ouço Rachel descer as escadas.

— Ela disse que está indisposta hoje e que prefere comer na cama. — Rachel passa por mim pegando uma bandeja na bancada.

Assinto com a cabeça e assisto Rachel colocar algumas torradas e um copo de suco na bandeja.

Enquanto Rachel sobe as escadas novamente, não posso deixar de pensar em Deena. Eu não a vejo há mais de um mês, e por mais que eu não esteja perto fisicamente, eu fiz questão de pedir para que Janet se aproximasse dela para sempre protege-la de tudo. Janet também havia convencido a fazer meus irmãos darem uma pausa no plano de vingança por conta da saúde de nossa mãe, assim, Deena teria mais alguns meses em segurança antes que Jackie e Jermaine aprontasse algo.

Termino de comer, e levo minhas louças até a pia, onde eu os lavo rapidamente. Sinto dois braços me rodearem e suspiro ao sentir o perfume de Rachel.

Rachel e eu temos uma diferença de seis anos, nos envolvemos a primeira vez há três anos atrás, quando eu tinha vinte e seis e Rachel vinte. Eu estava de férias na faculdade, fiquei alguns dias em Lowell e acabou rolando. Não foi nada além de amor de verão.

— Você está tão lindo hoje... — Sinto beijos em meu ombro. — Acho que deveríamos passar o resto do dia na cama.

— Fizemos isso ontem a noite. — Rio me afastando de Rachel que faz biquinho.

Passo por ela indo até a sala e escuto os seus passos pesados atrás de mim. Me sento no sofá e fecho meus olhos aguardando o que viria a seguir.

— Por que você anda tão pensativo? — Ouço sua voz.

— Nada. — Respondo ainda de olhos fechados.

— Algo me diz que é uma mulher. — Sinto o sofá se afundar.

— Não é nada. — Bufo começando a me irritar.

— Eu desisto. — Ela se levanta indo até a cozinha.

As horas se passam rapidamente e eu observo a garoa fina cair através da janela de madeira enquanto ajudo Rachel a cortar alguns legumes para o almoço.

— Você quer que eu frite batatas? — Ela surge ao meu lado com algumas batatas em mãos.

— Seria uma boa. — Sorrio voltando a cortar os legumes.

— Lembro quando costumávamos a correr pelas plantações do seu pai. — Rachel sorri enquanto começa a cortar as batatas.

— Eram bons tempos. — Sorrio me lembrando.

— Você pretende voltar para a faculdade?

Respiro fundo e me afasto indo até a pia, lavando os legumes. Eu amava minha universidade, mas falar sobre ela é algo que ainda mexe muito comigo.

— Desculpe. Foi apenas uma curiosidade boba. — Ela gesticula nervosa.

— Tá tudo bem. — Sorrio para ela. — Provavelmente nunca mais botarei meus pés naquela universidade.

— Tudo bem. — Ela se aproxima de mim. — Deixe que eu cuido daqui. — Retira os legumes das minhas mãos.

Me afasto encostando meus quadris na bancada enquanto assisto Rachel preparar o almoço com o seu cabelo preso em um coque bagunçado e um robe cinza. Seus olhos castanhos percebem que eu estou a encarando, então ela solta uma risada tímida.

— Pare com isso. — Ela joga um pouco de água em cima de mim, me fazendo rir.

— Desculpe. — Levanto as mãos em rendição e me dá uma encarada antes de se aproximar do fogão de lenha.

— Seu nariz ficou bom, não é? — Ela me encara e eu assinto.

— Depois da segunda cirurgia ficou mesmo. — Dou de ombros.

— Eu lembro que você passou boas noites sem conseguir respirar depois da primeira cirurgia. — Ela solta uma risada nasalada enquanto mexe na panela de barro.

— Oh, sim. Foram dias difíceis. — Sorrio fraco. — Mas agora eu estou feliz com o meu nariz e consigo respirar normalmente.

Ela sorri e eu suspiro encarando o chão rapidamente.

— Por que você não foi embora? — Pergunto e ela me encara confusa. — Você sabe... quando todos nós fomos embora, você decidiu ficar aqui e cuidar da mamãe.

— Eu nunca tive uma mãe, Michael. Sua mãe sempre me criou como uma filha. — Ela sorri fraco jogando algumas verduras dentro da panela. — Não seria justo que eu a deixasse sozinha depois de tudo o que ela fez por mim. Vocês tinham muito mais motivos para ir embora do que eu. — Dá de ombros.

— Mas se você tivesse ido, você poderia vivido a sua vida. Você merece muito mais que isso, Rachel. Você poderia ter ido embora com Janet.

— Janet ia ficar com a sua mãe, mas você sabe como ela é. Ela ficou anos da vida dela vivendo nesse mundo da família. O sonho dela sempre foi viver como uma pessoa normal.

— Você desistiu da sua liberdade pela Janet?

— Eu não desisti de nada porque eu nunca tive nada, Michael. Eu disse para Janet que ela deveria ir, que eu cuidaria muito bem de Katherine, já que ela foi a única coisa que me restou desse pesadelo todo. É o mínimo que eu poderia fazer por ela e por mim.

— Todos nós saímos perdendo nessa batalha. — A encaro e ela solta uma risada incrédula.

— Mas vocês faziam parte disso tudo e sempre souberam das consequências. Vocês sempre tiveram uns aos outros e eu tenho quem? Ninguém! — Ela eleva o tom de voz.

— Tudo bem. Eu só estou preocupado com você, Rachel. — Me aproximo tocando seus ombros e ela suspira. — Eu quero que você seja feliz. — Deixo um beijinho em seu pescoço e ela sorri juntando nossos lábios rapidamente.

Damos fim a nossa conversa e minutos depois o almoço fica pronto. Me sento na mesa sozinho enquanto Rachel sobe para alimentar minha mãe.

Corro meus olhos pela cozinha observando os móveis de madeira escura, os azulejos brancos e o pequeno lustre em cima da mesa da jantar.

Absolutamente tudo nessa casa me lembra o passado. Em certos momentos, ficar andando por aqui se torna uma tortura.

Diferente de nossa mansão em Chicago, essa era a casa que Joseph mais gostava de vir para passar o verão ao lado da família. Costumávamos a correr pelas plantações durante o dia, brincar no quintal, subir em árvores como todas as coisas que crianças gostavam de fazer.

Termino de almoçar e Rachel aparece na cozinha, indo até o armário superior e pegando um prato. Me levanto indo até a pia de mármore, lavando meu prato em seguida.

Dou um sorriso fraco para Rachel e saio da cozinha, passeando pela sala até o sofá florido, onde assisto um pouco de TV e adormeço.

. . .

— Michael? Michael? Acorde! — Abro meus olhos sentindo as pequenas mãos de Rachael me balançarem.

— O que houve? — Pergunto baixo analisando a expressão desesperada de Rachel.

— A sua mãe.... — Seus olhos enchem de lágrima e eu me levanto correndo as escadas acima com Rachel atrás de mim.

Tudo parece ficar em câmera lenta de repente. Meus pés correm em passos largos pelo corredor e eu abro a porta de madeira branca encontrando minha mãe, deitada na cama, com o seu pijama florido e os olhos fechados.

Seguro o batente da porta sentindo minhas pernas enfraquecerem. Me aproximo em passos lentos e me ajoelho no chão segurando suas mãos.

Um choro alto escapa dos meus lábios e eu abaixo minha cabeça segurando suas mãos firmemente.

— Eu sinto muito. — Sinto as mãos de Rachel nos meus ombros. — Quando eu cheguei aqui para vê-la, ela já estava sem pulso.

— Ela descansou. — Digo analisando sua expressão serena como de alguém que acabou de dormir. — Ligue para os meus irmãos. — Rachel assente e sai do quarto.

Choro por mais alguns minutos ao lado do corpo sem vida da minha minha mãe e beijo suas mãos uma última vez, saindo do quarto em seguida.

Fecho a porta do quarto atrás de mim e encaro o corredor a minha frente, revestido por um papel de parede florido com alguns quadros de decoração.

Encaro a porta de madeira escura no final do corredor e respiro fundo caminhando em passos até a pequena cômoda no corredor. Abro a gaveta e encontro uma pequena chave dourada.

Encaro a chave por alguns minutos e depois encaro a porta de madeira escura novamente. Ando em passos largos até ela, e a destranco rapidamente.

A porta se abre e eu encaro o cômodo escuro empoeirado a minha frente. Dou três passos para frente entrando no cômodo e acendo o pequeno abajur ao meu lado.

Uma mesa de madeira escura, uma poltrona de couro preta e atrás, duas estantes de madeira escura repletas de livros decoram o antigo escritório de Joseph Jackson, meu pai.

Passeio pelo escritório vendo algumas fotos empoeiradas da minha família espalhadas na escrivaninha e sorrio lembrando do momento no qual uma das foto foi tirada.

Abro as cortinas tossindo um pouco por conta da poeira e abro as janelas, encarando a rua calma por alguns segundos. Me viro indo a escrivaninha, e me sento na poltrona de couro.

— Michael? — Rachel aparece na porta do escritório. — Uau, quando anos que eu não entro aqui. — Ela entra.

— Acho que ninguém entra aqui há muitos anos. — Sorrio me balançando na poltrona.

— Depois que seu pai morreu sua mãe costumava a vir aqui limpar para que tudo ficasse do jeito que ele sempre gostou. — Ela sorri encarando o porta retrato. — Mas até que ela ficou debilitada e nunca mais pôde vir limpar e também não deixava que ninguém limpasse.

— Ela era a única pessoa que Joseph confiava. — Encaro os papéis em cima da mesa.

— Eu liguei para os seus irmãos e eles já estão a caminho, assim como a funerária. — Diz enquanto mexe em uns objetos de decoração.

— Tudo bem. — Suspiro. — Posso ficar alguns minutos sozinho?

— Certo. — Ela concorda com um sorriso tímido. — Vou ficar lá embaixo esperando a funerária.

Ela sai do quarto e eu aproveito para encarar os papéis novamente. Assopro a poeira e pego os papéis amarelados.

Leio os papéis percebendo que são comprovantes de compras de galpões em Indiana, Texas e Ohio. Suspiro e coloco os papéis em cima da mesa novamente.

Bato os meus pés no chão e passo minhas mãos pelo o meu rosto. Que inferno!

Me levanto da poltrona e passeio pelo escritório. Encaro o tapete debaixo da mesa e me ajoelho no chão, o levantando e analisando o chão de taco.

Dedilho os tacos até que meus dedos param em um, um pouco elevado. Faço pressão com a mão e me assusto quando ele se levanta.

Retiro o taco do chão e sorrio ao ver o cofre no mesmo lugar que meu pai costumava a deixar. Digito a senha de segurança, que era nada mais e nada menos do que a data de aniversário da minha mãe e ele faz um "bip", abrindo logo em seguida.

Arregalo os meus velhos vendo todo o dinheiro e barras de ouro que restaram da família ainda ali. Pego todos os conjuntos de notas, as diversas barras e as coloco em cima da mesa.

Antes de morrer, meu pai me disse que se algo acontecesse, ele teria mais de três milhões de dólares guardados em seu cofre debaixo do tapete do escritório.

Saio do escritório e corro até meu quarto, pegando minha bolsa vazia e voltando para o escritório.

Coloco todo o dinheiro na bolsa rapidamente e ouço passos e vozes de homens entrando na casa. A funerária chegou.

Encaro a bolsa cheia de dinheiro e fecho o cofre, colocando o taco e o tapete no lugar para que ninguém perceba. Pego a bolsa e desço as escadas rapidamente indo até o lado de fora, onde meu carro está estacionado.

Observo a ambulância da funerária rapidamente e suspiro abrindo a porta do meu carro e jogando a bolsa lá dentro. Fecho a porta e apoio minhas mãos no teto do carro, abaixando minha cabeça.

A porta principal se abre e os funcionários da funerária saem carregando o corpo sem vida da minha mãe até a ambulância. Assisto toda a cena e fecho meus olhos assim que eles saem.

Meus olhos correm até Rachel parada na varanda e caminho até a ela, a envolvendo em um abraço apertado.

— Eu sinto muito, Michael. Eu sinto muito. — Ela chora.

— Shi, tá tudo bem. — Sussurro em seu ouvido.

Entro dentro de casa ao lado de Rachel e me sento no sofá encarando o chão.

As horas se passam e o relógio duas e quatro da manhã. Ouço o som de um carro parar no lado de fora e Rachel se levanta indo até a janela.

— Janet. — Ela diz indo abrir a porta.

Me levanto e paro ao lado de Rachel assistindo Janet correr até nós e envolver o corpo pequeno de Rachel em um abraço apertado. Soluços escapam de seus lábios e eu respiro fundo.

Ela se afasta de Rachel e corre até meus braços, chorando em meus ombros. Acaricio seu cabelo e fecho meus olhos, sentindo o seu cheiro adocicado.

— Eu sinto muito, J. — Sussurro.

— Eu também sinto muito. — Ela sussurra também.

— Vou preparar um café. — Rachel diz indo até a cozinha.

— Como isso aconteceu? — Janet limpa suas lágrimas se desvencilhando.

— Rachel subiu para dar o remédio da dez e quando chegou lá, ela simplesmente já estava morta. Sem dor, sem gritos e nem nada. Ela morreu dormindo.

— Com ela sempre quis. — Ela diz com a voz
embargada.

— Pensei que viesse com os meninos.

— Eles foram buscar Tito e Rebbie. — Ela sorri fraco.

Abraço os ombros de Janet e caminho com ela até a cozinha, onde nos sentamos o tomamos o café preparado por Rachel. Elas engatam uma conversa na qual eu não presto a atenção por estar com a mente bagunçada.

Conversamos durante mais um tempo e observo que o céu através da janela começar se transformar em tons de azul. Sons de carros são ouvidos no lado de fora e Janet se levanta rapidamente indo até a sala e eu a sigo. Ela abre a porta principal e nós caminhamos até a varanda.

Assisto os dois carros estacionarem e a porta de um deles se abre revelando Jackie, Marlon, Jermaine e Randy. Suspiro e cruzo meus braços vendo as portas do outro carro se abrir.

Tito desce do carro e sorri para nós, indo até o banco do passageiro. Cruzo meus braços sentindo meu maxilar tensionar e então Janet me encara com um sorriso fraco.

Rebbie desce do carro com o auxílio de Tito e sua pequena bengala. Ela abraça nossos irmãos e logo eles a ajudam a subir as escadas de madeira.

— Olá, J. — Ela abraça Janet.

— Rebbie, como é bom te ver. — Elas sorriem.

— Olá, Michael. — Ela sorri fraco e eu me aproximo, a abraçando fortemente.

— Fico feliz em ver que você está bem. — Sorrio.

Conversamos mais um pouco e logo seguimos em direção ao cemitério, onde fazemos um pequeno velório para que todos os filhos tenham oportunidade de se despedir da mãe. Rebbie e Janet choram o tempo inteiro, enquanto eu fico mais afastado observando.

Logo após o pequeno velório, abraço Janet de lado e seguimos junto com os nossos irmãos até a cova.

Observo o céu em uma cor cinza escuro indicando que irá começar a chover a qualquer momento. O caixão desce lentamente na cova e Janet me abraça, chorando mais um pouco.

— Nossos irmãos nunca mais foram unidos depois do que aconteceu. Provavelmente esse é o fim dos Jacksons. — Ela diz com a voz embargada e eu nego com cabeça.

— Esse é só o início dos Jacksons. — Respondo assistindo os coveiros jogarem a terra por cima do caixão.

Okumaya devam et

Bunları da Beğeneceksin

13.8M 849K 69
Mais uma história de amor, ou dor.
1.1M 78.5K 52
Emma, aos 10 anos de idade, nutre sentimentos pelo filho da melhor amiga de sua mãe. Porém, o mesmo a rejeita na época, por considera-la uma irmã. El...
234K 17.2K 70
A garota da arquibancada pelo qual Kenma se apaixonou. Ela não teve uma infância das melhores, mas sua vida melhorou muito após conhecer seus amigos...
97.3K 5.5K 95
Amanda, com os seus inocentes dezassete anos, achava ter emoção suficiente na sua vida, até que o conheceu. A descoberta do primeiro amor, tornou-se...