Boa leitura! ❤😁
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A resposta de Theonel veio meia hora depois e foi ligeiramente surpreendente ver a caligrafia familiar e elegante de Tom Riddle com a linha simples de “ Ponto de encontro, 10h” .
Antes que Harry pudesse reagir, Voldemort o cobriu com sua capa de invisibilidade e os dois atravessaram os corredores de Hogwarts, conseguindo não encontrar nenhum professor ou Flitch já que a aula ainda estava em andamento.
Eles só tinham meia hora até as dez para sair de Hogwarts e conseguiram chegar ao Salgueiro Lutador sem problemas reais. Eles permaneceram em um silêncio confortável por todo o caminho até a Casa dos Gritos, onde Voldemort tirou a capa da invisibilidade de Harry. Harry se virou para onde Voldemort estivera quando a voz desencarnada de Voldemort ordenou, "Fique aqui e espere por mim."
"Você não quer dizer Marvolo?" Harry perguntou com um sorriso. Seu sorriso vacilou quando Voldemort não respondeu e ele sentiu os olhos de Voldemort nele.
Demorou alguns segundos antes de Voldemort finalmente responder, “Sim. Espere por Marvolo. ”
Harry ouviu os sons suaves dos passos de Voldemort, emitindo rangidos em algumas das madeiras mais duvidosas do chão. Harry permaneceu quieto, deixando o lento desaparecimento de seu núcleo mágico guiá-lo até a distância entre ele e Voldemort. Harry se encostou na parede, nem mesmo se incomodando com a forma como a cabana rangeu contra seu peso. Ele fechou os olhos e começou a cantarolar a mesma melodia que Luna sempre cantarolava. Ele não tinha certeza de quanto tempo estava esperando, mas seu zumbido lentamente se transformou em uma música com palavras que ele não entendia. Havia algumas palavras que soavam como inglês, francês e outras línguas com as quais Harry não estava familiarizado. Quase parecia que a música inteira era composta de diferentes línguas mescladas.
Ele podia sentir sua magia começando a deixar lentamente seu núcleo, mas ele estava tão imerso na música que não parou. Parecia que ele estava realmente puxando algo para mais perto de si e tinha uma forte sensação de que não era Voldemort.
Foi só quando sua magia finalmente voltou ao estado original que ele parou, abrindo os olhos. Ele se virou para olhar para a porta e viu Marvolo encostado na porta, olhando para ele com uma expressão pensativa no rosto. Eles se encararam por alguns segundos antes de Marvolo finalmente dizer: "Peço desculpas por me intrometer."
Harry encolheu os ombros ao responder: "Se não o fizesse, provavelmente repetiria a mesma música continuamente até perder minha voz."
“Nunca tinha ouvido tal linguagem antes.” Marvolo admitiu, caminhando em direção a Harry. Marvolo parou bem na frente de Harry e observou o garoto com óbvio interesse enquanto ele comentava: “Algumas das palavras eu reconheci como francês, gaélico escocês e italiano. Talvez até português, japonês e espanhol, mas não tenho a certeza. ”
Harry ergueu uma sobrancelha ao perguntar, "Você reconheceu isso?"
Marvolo encolheu os ombros ao comentar: “Viajar pelo mundo me expôs a muitos idiomas”.
Marvolo parou por um momento enquanto abaixava a cabeça. Harry piscou quando Marvolo manteve os olhos grudados no chão e abaixou a cabeça para ver o que quer que de repente tenha causado a reação de Marvolo. Harry piscou quando viu que um pedaço de madeira entre eles tinha um botão crescendo fora dele. Parecia tão fora do lugar com sua vibrante cor verde e Harry tinha certeza de que não estava lá antes, mas Harry não teve tempo de se perguntar de onde isso poderia ter vindo porque Marvolo de repente continuou, "Eu não vou dizer que estou fluente em todos eles, mas consigo lidar com uma conversa muito bem sem a ajuda de um encanto de tradução. ”
Harry ergueu a cabeça para encarar Marvolo, vendo que o homem agora o encarava mais uma vez. Ele sorriu enquanto comentava brincando: "Parece um prodígio para mim."
O sorriso malicioso de Marvolo era muito presunçoso para ser uma atuação. Harry riu levemente antes de dar um passo à frente. A cabana rangeu mais uma vez e Harry estremeceu ao sugerir: "Vamos lá fora."
Marvolo deu um passo para o lado e curvou-se levemente ao dizer: "Depois de você."
Harry sorriu para a ação do cavalheiro e respondeu enquanto passava por Marvolo, "Obrigado."
Marvolo seguiu Harry para fora da cabana quando ele perguntou: "Posso perguntar onde você aprendeu essa música?"
Harry encolheu os ombros, estremecendo ligeiramente quando eles saíram da cabana e foram para a brisa fria de Hogsmeade. Marvolo removeu suas vestes externas marrom-avermelhadas escuras e as colocou nos ombros de Harry, fazendo-o suspirar enquanto o feitiço de aquecimento lutava contra a brisa forte ao redor deles. Ele se virou para olhar para Marvolo, sorrindo levemente ao ver que o homem nem parecia notar o frio. Ele provavelmente já lançou outro feitiço de aquecimento ao seu redor. Harry continuou a encará-lo enquanto ele finalmente respondia, “Eu não sei. Eu nem sabia que conhecia a letra dessa música antes de começar a cantá-la. ”
Marvolo o olhou em silêncio por alguns momentos e Harry sabia que não era mais Marvolo. Voldemort estava olhando para ele e ele não sabia o que estava acontecendo na mente do bruxo mais velho agora.
Algumas semanas atrás, esse fato teria deixado Harry desconfiado. No momento, isso simplesmente o deixou curioso.
Ele queria saber o que Voldemort estava pensando.
Que estranho…
“Eu simplesmente acho que é curioso que você se lembre de uma música com uma letra tão interessante.” Marvolo explicou de repente e Harry soube que o homem estava realmente respondendo às suas reflexões internas.
Harry deu um passo à frente e perguntou: "Por que seria uma coisa tão curiosa?"
Marvolo sorriu levemente ao responder: "Eu admito, acho que a maioria das coisas sobre você é bastante curiosa."
"Você faz?" Harry perguntou, inclinando a cabeça ligeiramente.
"Sim." Marvolo acenou com a cabeça, dando um passo em direção a ele, seus rostos a apenas alguns centímetros de distância quando ele explicou: “Você é uma pessoa muito fascinante. Sua mente funciona tão diferente das outras e me sinto ... relaxada na sua presença. ”
"Por que tenho a sensação de que você normalmente não relaxa perto das pessoas?" Harry sussurrou, encarando os olhos de Marvolo e descobrindo que ele estava sentindo falta daqueles olhos vermelhos familiares.
"Você?" Marvolo perguntou de volta, fazendo com que os lábios de Harry se curvassem em um sorriso sardônico.
“Nunca me senti suficientemente relaxado com outras pessoas”. Harry admitiu, "Eu sempre me pergunto quando a bola vai cair."
Harry lentamente roçou seus dedos contra os de Marvolo enquanto pensava em voz alta, “O que o torna tão diferente? Por que sempre me sinto tão relaxado perto de você? ”
A cabeça de Marvolo abaixou lentamente, obliterando a lacuna entre seus lábios em um ritmo tão lento que era quase uma tortura. Marvolo parou a poucos centímetros dos lábios de Harry, fazendo-o estremecer ao sussurrar: "Isso não é normal, é?"
"Não, não é." Harry sussurrou de volta, mordendo o lábio inferior. Ele rangeu os dentes superiores contra o lábio por um momento antes de perguntar: "É estranho, eu não quero que você pare."
Marvolo riu baixinho enquanto sussurrava em tom divertido: "Você está atraído por mim."
Harry finalmente deu um passo para trás e respondeu com a mesma diversão em seu tom, "Eu posso dizer o mesmo para você."
Marvolo sorriu para ele quando respondeu: "Sim, eu sou."
Harry não teve tempo de responder porque Marvolo de repente ofereceu sua mão ao perguntar: "Você já tentou aparatar de lado antes?"
Harry balançou a cabeça, mas pegou a mão de Marvolo enquanto ele comentava com um tom divertido, “Eu não fiz, mas eu sinto que não vou gostar também. Por alguma razão, o meio de transporte das pessoas mágicas é sempre tão ... desconfortável para mim. ”
Marvolo riu e puxou Harry gentilmente em sua direção. Ele encarou os olhos de Harry enquanto admitia, "Muitas pessoas se sentiriam enjoadas ao aparatar, mas geralmente se acostumam com isso."
“Como flu e chaves de portal?” Harry perguntou com um sorriso sarcástico.
"Sim, muito parecido com esses." Marvolo respondeu antes de colocar a mão livre na cintura de Harry. Antes que Harry pudesse dizer qualquer coisa, ele de repente sentiu algo parecido com aquele momento em que acidentalmente usou sua magia para se teletransportar para o telhado da escola e fugir de Duda e sua gangue.
A experiência inteira durou apenas um segundo, mas o estômago e a cabeça de Harry pareciam ter estado em uma viagem de montanha-russa selvagem com muitos loops. Harry praticamente perdeu o equilíbrio e a única coisa que o impediu de cair de cabeça no chão foram as mãos de Marvolo em sua cintura e sua mão. Harry piscou algumas vezes antes de finalmente ficar lúcido o suficiente para notar que eles estavam em uma comunidade mágica não muito diferente do Beco Diagonal. O beco inteiro fervilhava de inúmeras conversas em um idioma que Harry não entendia. Havia muitas decorações de morcegos e dragões também. Havia até uma loja com sua vitrine cheia de pequenos dragões em movimento de diferentes formas e tamanhos. Demorou um pouco antes de Harry perceber que os dragões em miniatura eram feitos de tecido colorido e não dragões pequenos de verdade.
Harry continuou a olhar para os dragões e inclinou a cabeça enquanto perguntava: "Onde estamos?"
“Romênia.” A resposta de Marvolo apenas fez os olhos de Harry se arregalarem e ele se virou para encarar Marvolo.
“Romênia?” Harry repetiu, sua voz um tom mais alto do que o normal. Marvolo pareceu achar isso divertido quando começou a andar, arrastando Harry pelos dedos entrelaçados. Harry curiosamente olhou ao redor da agitada comunidade mágica estrangeira enquanto perguntava, "Você realmente nos teletransportou para a Romênia?"
Marvolo virou a cabeça para trás para sorrir maliciosamente para Harry em resposta, fazendo Harry cair na gargalhada enquanto corria em direção a Marvolo. Ele pressionou seu corpo contra o braço de Marvolo enquanto comentava: "Você é um homem muito estranho."
"Eu sou?" Marvolo perguntou com alegria dançando em seus olhos enquanto conduzia Harry em direção a um dos cafés mais isolados.
Harry acenou com a cabeça enquanto comentava, "Pessoas normais não sequestram menores de repente e os levam para a Romênia."
Marvolo riu e se inclinou na direção de Harry, sussurrando baixinho: "Não pode ser sequestrado quando você está disposto."
O sorriso de Harry cresceu enquanto uma mulher vestindo o uniforme do café se aproximava deles. Marvolo falava em uma língua estrangeira que Harry não entendia, mas, se ele tivesse que adivinhar, provavelmente era romeno. A mulher acenou com a cabeça para os dois e os conduziu para os fundos do café. Harry olhou ao redor com curiosidade, achando interessante que o tema do café eram dragões de diferentes origens.
A mulher abriu uma porta de mogno e deu um passo para o lado, curvando-se levemente para Marvolo e Harry. Marvolo acenou com a cabeça uma vez enquanto dizia algo à mulher antes de levar Harry para dentro.
Os olhos de Harry se arregalaram quando ele notou que todas as quatro paredes da sala que ele foi conduzido para dentro estavam cheias de livros de cima a baixo.
Caro Merlin. Se Hermione estivesse aqui, ela provavelmente teria se iluminado como uma árvore de Natal comercial.
A porta se fechou atrás de Marvolo e o mago mais velho sem varinha e não verbalmente encerrou seu glamour, seus olhos vermelhos misteriosos focados no jovem mago atualmente andando de uma estante para outra, simplesmente lendo o título de cada livro. Voldemort caminhou em direção ao centro da sala, onde um sofá confortável e uma mesa redonda estavam localizados. O tapete por baixo era macio e os travesseiros estavam espalhados por todo o tapete e sofá. Voldemort agarrou o cardápio da mesa e perguntou: "Há algo específico que você gostaria de comer no almoço?"
Harry finalmente se virou para Voldemort e seus olhos se arregalaram quando viu que Voldemort havia removido seu glamour, fazendo-o exclamar: "Você removeu seu glamour!"
Voldemort continuou a olhar para o menu em suas mãos enquanto explicava com desdém: “Esta é uma sala privada com alguns dos maiores encantos de privacidade ao redor. Nem mesmo Dumbledore seria capaz de nos espionar. "
"Que tal ..." Harry olhou em volta enquanto murmurava, "... você sabe ..."
Voldemort finalmente levantou a cabeça para encarar Harry. Demorou um segundo antes que Voldemort pudesse entender o que Harry queria dizer com 'você sabe' e respondeu: “Ah. A senhorita Skeeter não estava em você ou em mim quando eu aparatei. Ou ela vai ficar em Hogsmeade e esperar nosso retorno ou ela será o lixo chato que ela é e tentará encontrar outro escopo em Hogwarts. ”
Harry cantarolou antes de pular em direção a Voldemort. Em vez de ficar ao lado de Voldemort, Harry pulou no sofá, rindo quando ele saltou levemente, o que só fez Voldemort revirar os olhos. Harry agarrou um dos travesseiros e o abraçou, apoiando o queixo no travesseiro enquanto respondia à pergunta original de Voldemort, “O que você quiser, eu acho. Eu nunca comi comida romena antes. ”
Voldemort cantarolou, voltando sua atenção para o menu enquanto se sentava no sofá sem qualquer resposta verbal à resposta de Harry. Harry se virou para o lado para que suas costas estivessem contra o braço do sofá enquanto observava Voldemort. Voldemort usou seu dedo indicador para tocar em certos locais do menu que Harry presumiu ser um nome no menu. De onde ele estava sentado, era um pouco difícil ver o menu em si. Demorou apenas um minuto para Voldemort terminar e ele colocou o menu na mesa. Ele ficou no centro da sala e ergueu a mão até ficar da mesma altura que seu estômago. Harry sentiu a magia de Voldemort envolver a sala inteira, estremecendo sem seu consentimento enquanto a agradável magia negra o envolvia suavemente. Dois segundos se passaram em silêncio, então vários livros de repente saíram zunindo de suas respectivas estantes em uma velocidade perigosa. Todos eles pararam a um pé de Voldemort, flutuando em volta dele enquanto giravam lentamente e continuamente. Voldemort se virou para Harry e apontou sua mão estendida para a mesa. Os livros rapidamente se empilharam em cima da mesa enquanto Harry rapidamente saiu do sofá e caminhou rapidamente em direção a Voldemort, esquivando-se de alguns dos livros que estavam a caminho da mesa.
Harry fez isso principalmente porque queria estar ao lado de Voldemort, para observar o homem enquanto ele fazia tal façanha mágica sem quaisquer sinais de exaustão e perfeitamente. Ele também sempre quis tentar se esquivar das coisas rápidas.
… Foi muito divertido.
Harry ficou ao lado de Voldemort, observando o bruxo mais velho com uma curiosidade infantil. Era difícil não ficar curioso sobre um bruxo tão poderoso que estava disposto a educá-lo (ou regozijar-se seria um termo mais preciso?).
“Dominar feitiços sem varinha e não verbalmente pode ser difícil, mas a recompensa em fazer tal coisa supera em muito o tempo gasto em dominar cada feitiço.” Voldemort explicou, o orgulho crescendo nele quando sentiu toda a atenção de Harry nele. Voldemort se virou para encarar Harry enquanto explicava: “Embora seja fácil lançar feitiços consecutivamente com uma varinha, ainda se gasta tempo fazendo o movimento correto da varinha e dizendo a pronúncia correta do feitiço. Também é possível que seu oponente se esquive, lance um escudo ou um contra-feitiço durante esse tempo. Ao usar feitiços sem varinha e não-verbais, pode-se lançar feitiços rapidamente e surpreender seu oponente. Aqueles com grande domínio sobre feitiços sem varinha e não-verbais também podem ser capazes de lançar seu feitiço enquanto anunciam um feitiço diferente para confundir seu oponente. ”
Harry inclinou a cabeça ao perguntar, “Então por que não vejo muitas pessoas fazendo isso? Quer dizer, eu só vejo você se exibindo descaradamente. "
Dumbledore também gostou de fazer tal coisa, mas ele sabia que mencionar o Diretor só deixaria Voldemort de mau humor.
“O motivo oficial seria que é difícil de dominar. Cada feitiço deve ser dominado individualmente. Nem todo mundo tem dedicação ou talento para uma atividade tão longa. ” Harry podia ouvir claramente o sarcasmo no tom de Voldemort, mas permaneceu em silêncio enquanto o bruxo mais velho continuava, "Mas isso é o que a maior parte do Ministério da Magia propaga para seu rebanho estúpido."
"Então, qual é o verdadeiro motivo?" Harry perguntou, olhando para Voldemort com curiosidade.
“Eles o propagam para garantir seu controle sobre cada um de nós.” Voldemort explicou em um silvo raivoso, “Ao garantir nossa dependência em nossa varinha, eles serão capazes de nos manter na linha. Eles quebram a varinha como punição se formos considerados culpados e, sem domínio sobre pelo menos feitiços sem varinha, seremos facilmente subjugados e transformados em quase um aborto. ”
Harry cantarolou e se virou para olhar para as pilhas de livros à sua frente enquanto comentava: "Então, de alguma forma, eles estão oprimindo a possibilidade de serem melhores porque precisavam garantir seu domínio sobre nós?"
"Acorrentar o progresso em nome da ordem ..." Voldemort zombou, "É patético."
“Mas a alternativa não é pior?” Harry perguntou, virando-se para encarar Voldemort, "Se as pessoas aprenderem a dominar os feitiços sem varinha e não-verbais, será mais difícil capturá-los e detê-los quando necessário."
“Somente se o governo e seus executores forem fracos.” Voldemort sibilou apaixonadamente, “Se o rebanho é forte, então os pastores devem ser mais fortes. Só podemos proteger e defender os mais fracos do que nós. Aqueles mais fortes do que nós serão nossos maiores aliados ou nossos inimigos mais difíceis. A única maneira de continuar a manter um rebanho em progresso é sempre ser mais forte do que eles. ”
"Pode estar certo?" Harry se lembrou de um ditado trouxa muito famoso que só fez Voldemort revirar os olhos.
“O poder por si só não torna ninguém poderoso. O poder é uma ferramenta. O que torna alguém certo ou errado é a lei e a moralidade de sua sociedade. ” Voldemort encarou os olhos verdes vibrantes de Harry enquanto ele continuava, “Eu fiz muitas coisas que são consideradas erradas pela lei e pela moralidade de nossa comunidade. Não vou dar desculpas para eles. Eu farei tudo ao meu alcance para governar a Grã-Bretanha mágica. ”
Harry observou e ouviu em silêncio enquanto Voldemort continuava, “Eu admito, usar a força não foi minha primeira escolha. Eu estava preparado para usar minhas conexões e trabalhar meu caminho, mas Dumbledore e seus alegres bandos de apoiadores cegos e ignorantes frustraram todo e qualquer plano cuidadosamente elaborado que tínhamos. Eu fui um tolo."
Voldemort se afastou de Harry, olhando para o chão com olhos vermelhos furiosos enquanto admitia, “Eu percebi que a única maneira de governar nossa comunidade é tomando-a à força. Eu havia me tornado amargo e movido pela raiva e frustração. Eu pesquisei mais profundamente nas artes das Trevas mais proibidas, trocando minha sanidade e racionalidade com mais poder. "
Os lábios de Voldemort se curvaram em uma careta e ele de repente ficou em silêncio. Harry não disse nada, achando os pequenos vincos na máscara de Voldemort fascinantes. Seus intensos olhos vermelhos vibrantes denunciavam suas verdadeiras emoções, mas era difícil de detectar. Harry tinha certeza de que a única razão pela qual ele viu foi porque ele estava focando sua atenção no bruxo mais velho por dias.
Voldemort balançou a cabeça enquanto murmurava, "Agora não é realmente o momento para tais pensamentos."
Harry cantarolou com o comentário, mas não disse nada. Voldemort se virou para encarar Harry enquanto concluía, “Gellert Grindelwald, o Lord das Trevas derrotado por Dumbledore, era conhecido por seu mantra de 'para o bem maior'. Acho isso uma desculpa para justificar suas ações. ”
"Você não é o mesmo?" Harry finalmente falou, surpreendendo ligeiramente Voldemort. Não havia julgamento em sua voz. Até onde Voldemort podia ver, Harry estava realmente curioso ao comentar, "Você não se vê como o 'mal necessário' para revolucionar este mundo?"
Os lábios de Voldemort se curvaram em um sorriso divertido enquanto ele esclarecia, “Todos nós somos maus. O ministério é o mal que se esconde por trás de seu poder e domínio sobre as massas. Dumbledore é o mal se escondendo atrás das mesmas palavras de 'para o bem maior'. E eu sou mau. ”
Voldemort encolheu os ombros enquanto continuava, "Acontece que não sou um covarde me escondendo atrás de nada."
Harry sorriu ao comentar, "E assim você recebeu o papel de vilão."
Voldemort respondeu revirando os olhos: "Cada pessoa no mundo inteiro é o protagonista de sua própria história, um personagem coadjuvante em alguns e o antagonista em outros."
"Combina com você." Harry comentou com um sorriso brincalhão, ganhando uma zombaria de Voldemort.
Em vez de continuar a conversa atual, Voldemort apontou para as pilhas de livros na frente deles com a palma da mão para cima enquanto explicava: "Esses são todos os livros contendo todos os cinco dragões para serem usados na primeira tarefa."
“Todos os cinco ?!” Harry repetiu com os olhos arregalados.
"Acalme-se." Voldemort ordenou antes de explicar: “Cada campeão terá que enfrentar apenas um dragão. O dragão a ser enfrentado será decidido pelos campeões desenhando uma réplica em miniatura de seu dragão de uma bolsa. Cada dragão tem suas próprias características e comportamento. Eles também são dragões fêmeas que cospem fogo. Nosso melhor curso de ação é criar uma estratégia geral que será eficaz contra todos os cinco dragões, de forma que o fator aleatório de qual dragão você desenhará não terá sentido. Esta estratégia geral deve ser baseada no que você é bom. ”
Demorou um pouco antes de Harry conectar os pontos. Ele se virou para encarar Voldemort enquanto anunciava, "Você sabia."
"Sim eu fiz." Voldemort respondeu, fazendo os olhos de Harry se estreitarem ao perceber a falta de constrangimento ou culpa no tom de Voldemort.
Harry piscou por um momento antes de perguntar em um tom ligeiramente sarcástico, "Onde você planejou me contar ou onde você apenas esperava que minha sorte não natural me ajudasse a sobreviver a um ataque de dragão?"
As sobrancelhas de Voldemort franziram quando ele respondeu, "Eu queria garantir que seu conhecimento sobre a primeira tarefa seja ... facilmente acreditado e rastreado."
As próprias sobrancelhas de Harry franziram quando ele respondeu, "O que te faz pensar que eu não vou acreditar se você simplesmente me contou?"
Houve um segundo de silêncio entre os dois antes de Harry piscar e pensar, "Oh. Oh! OH!"
Voldemort observou divertido enquanto Harry estalava o dedo indicador e o polegar. Harry cutucou Voldemort no braço enquanto pensava em voz alta, "Você não se refere a mim! Você se referia a Dumbledore! Você queria ter certeza de que Dumbledore pudesse rastrear onde eu teria obtido a informação e acreditar que era plausível que minha fonte me ajudaria! "
Harry inclinou a cabeça para o lado enquanto perguntava, "Mas como você se certificou de que Forge e Gred me contariam?"
"Eu pensei que os nomes deles fossem Jorge e Fred?" Voldemort perguntou de volta com uma careta, obviamente não gostando dos nomes que Harry havia dito.
Harry revirou os olhos enquanto explicava rapidamente, "Sim, é realmente Fred e George, mas às vezes eles usam Forge e Gred. É um hábito que tirei deles."
Harry acenou com a mão com desdém enquanto continuava, "De qualquer forma, fale. Como você fez os gêmeos me contarem?"
"Eu não fiz." Voldemort respondeu, olhando fixamente para Harry.
Harry inclinou a cabeça mais uma vez enquanto repetia, "Você não fez?"
Voldemort acenou com a cabeça enquanto explicava, "Eu ordenei a Barty que sugerisse a Hagrid mostrar os dragões a você. Esse idiota é fácil de manipular e ele gosta muito do garoto chamado 'Harry Potter'."
Harry acenou com a cabeça enquanto colocava a mão no queixo, "E é por isso que Hagrid pediu a Ron para me dizer que queria falar comigo. Ele ia me mostrar os dragões."
Voldemort se virou para as pilhas de livros na frente deles enquanto continuava, "Eu não esperava que a festa do chá entre seus filhotes demorasse tanto. Eu também não levei em consideração nosso ..."
Harry percebeu a leve hesitação no tom de Voldemort enquanto o bruxo mais velho continuava, "... conversa."
Querendo ficar longe desse lembrete por qualquer motivo, Harry encolheu os ombros ao comentar, "Oh bem. Pelo menos os gêmeos me perseguem e eu aprendi os dragões com eles. Se Dumbledore alguma vez verificou, minha fonte será infalível, pois nem veio de Barty. "
"Sim." Os lábios de Voldemort se curvaram em um leve sorriso divertido enquanto ele comentava, "Suponho que sua sorte irritante mais uma vez o salvou de problemas futuros."
Harry sorriu ao perguntar, "É bom estar do mesmo lado dessa suposta sorte irritante?"
"Muito." Voldemort falou lentamente antes de sugerir, "Talvez possamos tentar aproveitar essa sorte em meus planos para governar a Grã-Bretanha Mágica?"
Harry zombou e respondeu, "Desculpe, amor torta, eu não consigo nem controlar essa minha sorte e ..."
Os lábios de Harry se curvaram em um sorriso malicioso quando ele acrescentou, "Acho que você é o tipo de pessoa que não confia em coisas como sorte."
Voldemort riu baixinho ao responder, "Eu admito, não gosto de deixar as coisas ao acaso."
Harry continuou a sorrir enquanto lembrava Voldemort, "Você nunca me disse qual era a primeira tarefa."
"Eu estava prestes a fazer, mas você interrompeu." Voldemort se defendeu, fazendo Harry revirar os olhos.
"Me desculpe por isso." Harry falou lentamente, "Posso saber como minha vida estará em perigo agora?"
“Haverá um ovo de ouro entre o ninho de ovos de cada mãe dragão. Você terá a tarefa de recuperar o ovo de ouro que o dragão acredita ser um dos seus. "Voldemort resumiu, fazendo os olhos de Harry se arregalarem.
"Espero estar errado sobre isso, mas uma mãe dragão não seria extremamente perigosa quando ela está protegendo seus ovos?" Harry perguntou com uma carranca.
"Uma mãe dragão protegendo seus ovos é a causa mais comum de mortes de domadores de dragão novatos." Voldemort informou Harry.
"Parece uma tarefa fabulosa para crianças em idade escolar." Harry comentou sarcasticamente, olhando para os livros mais uma vez enquanto perguntava, "Tudo bem então. Eu sou totalmente a favor de uma estratégia geral, mas por que ela precisa ser algo em que eu seja bom?"
"A primeira tarefa é amanhã." Voldemort lembrou Harry, fazendo Harry piscar estupidamente para ele. Voldemort ergueu uma sobrancelha ao perguntar, "Você se lembra que é amanhã, correto?"
Harry apontou para seu rosto enquanto dizia inexpressivamente, "Você vê esse rosto? Este não é o rosto de 'eu entendo o que você está dizendo'. Este é o rosto de 'oh Godric, esqueci da minha morte iminente'."
Voldemort revirou os olhos enquanto falava lentamente, "Vou me esforçar para lembrar disso."
Harry sorriu enquanto Voldemort finalmente continuou, "Como você pode ver, não temos tempo para que você estude magia avançada. Também é mais importante que você fortaleça seus laços com seus novos cães, bem como adquira uma impressão menos negativa de seus companheiros campeões e colegas de escola. "
Harry se virou para encarar Voldemort, observando silenciosamente o bruxo mais velho por alguns minutos antes de perguntar, "Você está me dizendo para contar aos meus companheiros campeões sobre a primeira tarefa?"
"Sim." Voldemort respondeu com um aceno de cabeça.
"Eu tenho que?" Harry resmungou e fez beicinho ao admitir, "Eu realmente estava ansioso para ver seus rostos assustados quando fosse anunciado que dragões seriam a primeira tarefa."
Voldemort revirou os olhos enquanto retrucava, "Victor Krum e Fleur Delacour provavelmente já sabem sobre os dragões. Apenas seu companheiro campeão, aquele lufa-lufa, provavelmente está no escuro."
Harry ergueu uma sobrancelha ao perguntar, "Como você pode ter certeza?"
A expressão de Voldemort só poderia ser descrita como uma fusão de aborrecimento e adoração resignada quando ele perguntou de volta: "Você honestamente acredita que as outras escolas não farão nada para ganhar vantagem neste torneio e que deixarão seu campeão no escuro? ? "
Harry encolheu os ombros ao responder, "Dumbledore parece inclinado a fazer exatamente isso comigo e com Cedrico."
"Dumbledore é um velho bode manipulador que está usando você para descobrir quem colocou seu nome no cálice." Voldemort retorquiu acaloradamente, "Ele não apoiará nenhum de vocês neste torneio, da mesma forma que não os ajudou a sair deste torneio, da mesma forma que não os ajudou quando tentei roubar a pedra e o mesmo maneira que ele não me ajudou q- "
Voldemort parou no meio da frase, respirando pesadamente. Harry olhou para ele silenciosamente enquanto ele se afastava de Harry. Voldemort colocou a mão na testa enquanto calmamente continuou, "Ele usará essa primeira tarefa para observar você e aqueles ao seu redor. Tenho certeza que ele encontrará uma maneira de pensar nisso como uma espécie de teste para você e para um bem maior."
"Parece a velha cabra." Harry comentou indiferentemente com um encolher de ombros. Harry se virou para encarar os livros enquanto perguntava, "Então ... como vou conseguir um ovo de um dragão asqueroso cuspidor de fogo? Você parece já ter um plano em mente ..."
Voldemort se virou para encarar Harry, um sorriso malicioso decorando seu rosto, enquanto respondia, "Tenho certeza que você vai gostar do que tenho em mente, meu querido."