[Eu amei, esse foi meu pecado]
SEREN não conseguia olhar para Klaus sem temê-lo. Ela não consegue se lembrar em qual ponto do amor fraterno que sentia pelo Klaus, começou a também ter medo dele, e quando amor e medo se misturam, não é bom e nem saudável.
Ainda conseguia se lembrar perfeitamente da primeira vez em que viu aquelas malditas adagas usadas para apunhalar seus irmãos e trancafiar-los em caixões como animais. A primeira vez que as viu, foi quando foram usadas em Finn, há 900 anos, se passaram tanto tempo, tanto tempo que não ver seu irmão, que Seren não consegue se lembrar de Finn.
Ela também consegue se lembrar de, após apunhalar Finn, Klaus lhe olhou e disse:
Não se preocupe irmã, eu jamais farei isso contigo, não há nada que você faça que me fará fazer isso.
Um grande mentiroso.
E ela viu, cada um de seus irmãos irem para caixões. Logo após Finn, Kol foi mandado para lá, seu constante descontrole com a sede por sangue estava criando um rastro e atraindo Mikael até eles, e Klaus nunca permitiria. Seren se lembra de Kol gritar por ajuda e ela não conseguir se mover para ajudar, enquanto Elijah a segurava.
Alguns anos depois, Rebekah foi mandada para o caixão. Se apaixonara por um homem humano, e pedira a Klaus para transformar ele, Klaus não aceitou, matou o homem e apunhalou Rebekah. Mas ele sempre dizia a Seren, eu nunca farei isso com ela.
Em algum ponto, ficou apenas Seren e Klaus, todos estavam em caixões por terem irritado ou ido contra Klaus, e Seren parecia estar pisando em ovos constantemente, com medo de Klaus, ela tinha medo até mesmo de dizer algo e acabar irritando Klaus.
Ela amava seu irmão, mas tinha tanto medo dele quanto de Mikael. Na verdade Mikael nunca fora agressivo com Seren, pelo contrário, ele a amava, a pessoa que tinha uma grande aversão por Seren era Esther, talvez ciúmes da atenção e amor que Seren recebia de Mikael.
Não entenda mal, ela sabia que o pai era um monstro que machucou seus irmãos, principalmente Klaus, mas ele nunca fora mal com ela.
E então ele mentiu, ele a colocou em um caixão por 300 anos, a deixou sozinha, mesmo depois de prometer que nunca a machucaria, que nunca a apunhalaria, mas ele fez.
E como confiar em alguém que mente tanto?
E aqui está ela, em 2011, em um mundo do qual ela não sabe nada, da última vez que esteve acordada, as pessoas andavam em carruagens e não em carros, havia mais florestas do que prédios e casas, e as roupas eram extravagantes e grandes.
Ela agora estava em um quarto de hotel, havia se passado alguns dias e ela já havia entendido toda a situação atual, em alguma cidade do qual não sabia o nome, com Klaus e Stefan, o homem de quem se alimentara, no quarto ao lado.
Klaus até tentara se aproximar ou conversar, mas ela se negava a sair do quarto e encarar o irmão.
E dado ao fato de que os outros não estão presentes, significa que estão em seus caixões, sozinhos, na escuridão e a única companhia sendo suas mentes. Depois de passar três séculos em um caixão, ela entendeu porque Kol tinha tanto medo de ir para lá, e sentiu a dor de Finn por passar nove séculos preso, sozinho, na escuridão, abandonado.
Ela queria tanto ajudar seus irmãos.
Ouvira uma batida na porta de seu quarto, e caminhou até a porta, abrindo apenas uma fresta da porta, dando de cara com Stefan.
- Oi.- Ele falou timidamente, ainda tentando lidar com o fato de que deixara aquela garota desconhecida se alimentar dele.- Klaus pediu para lhe entregar isso.- ele mostrou as diversas sacolas nas mãos.
Se conhecesse as marcas atuais, saberia que são todas roupas caras demais para uma pessoa poder comprar.
Chanel, Louis Vitton, entre outras marcas caríssimas, das quais ela desconhecia.
- agradeço-lhe..- Ela agradeceu timidamente, e Stefan percebera que ela ainda usava um dialeto antigo.
Stefan olhou para sua figura, ela parecia tão pequena e inocente, que o fazia duvidar de qualquer parentesco sanguíneo com Klaus. Mas ele não conseguia confiar 100% nela, porque era difícil confiar em alguém ligado ao Klaus, ele havia confiado em Elijah, e no final, ele escolheu proteger o Klaus.
Ele estava pronto para fechar a porta e deixar a garota sozinha, deixá-la se virar sozinha e resolver suas coisas, mas algo dentro dele dizia para dizer algo a ela, tentar conhecer ela melhor, já que aparentemente passariam algum tempo juntos com Klaus.
- Gostaria de ir tomar um café? - ele perguntou e logo se arrependeu quando a viu olhar para ele com um olhar questionador.
Então ele se lembrou que há 300 anos não existia cafeteria e se sentiu um pouco bobo.
- Eu ficaria encantada.- Ela respondeu formalmente, ainda teria que se acostumar com o fato de que as pessoas não falam mais assim.
Stefan esperou do lado de fora de seu quarto enquanto a garota trocava de roupa. Abandonando aquele vestido extravagante e vestindo roupas atuais. No momento em que ela saiu do quarto, ele não pôde evitar olhar, ela estava adorável. Ela usava um suéter branco e um blusa listrada azul clara, uma saia um pouco acima dos joelhos e um saltinho.
Ela estava com suas bochechas levemente coradas, não acostumada em mostrar tanto suas pernas, há 300 anos, mostrar as pernas era algo muito sexual para mulheres, mas não hoje, não mais.
- Me sinto estranha.- Ela revelou.- As garotas se vestem assim? - questionou ainda admirando sua própria roupa.
- Algumas vestem bem menos do que isso.- Stefan riu levemente e ela assentiu.
Ele andaram lado a lado pelas ruas da pequena cidade e logo chegaram a um cafeteria, não estava muito lotada, eles entraram e se sentarem um pouco mais no fundo, não queriam chamar atenção.
Durante toda a caminhada, Seren observou as ruas fascinada, tudo estava bastante diferente. Não havia tantas árvores e florestas como antes, mas tinha diversas casas, lojas e prédios enormes, tudo ao seu redor era bastante barulhento, motores de carros, pessoas apressadas indo de um lugar ao outro, crianças indo para escola, e a diversidade era o que mais lhe agradara.
Há 300 anos, negros eram escravos, não podiam andar lado a lado, o que Seren sempre foi contra e lutara fortemente para a abolição da escravidão, mas vendo agora, que coisas brutais como aquelas, já não existem, lhe fez acreditar que talvez haja um pouco de esperança.
- Eu conheci Elijah.- Stefan falou, chamando a atenção da garota.- antes de Klaus te tirar do caixão, Elijah estava com ele.
- acredito que agora meu irmão esteja ocupando seu caixão, correto? - Seren sentiu uma pontada no peito, ela queria tanto ver seus irmãos.- o que meu irmão fizera para irritar Niklaus? - Seren questionou e tomou um gole do café que havia pedido.
- Ele tentou trair, Klaus.- Stefan revelou e Seren ficou surpresa.
- Meu irmão nunca tentou trair, Klaus.- Seren falou surpresa.- De todos nós, Elijah sempre fez suas vontades e desejos.
Seren nunca foi contra Klaus, mas nunca fez coisas que ele fazia ou contribuiu com seus atos.
- Klaus o fez acreditar que havia jogado vocês todos ao mar.- Stefan começou a explicar.- Elijah acreditou que todos estavam "mortos" perdidos e tentou se vingar.- Stefan contou.
Seren sorriu triste, seu irmão mais velho, assim como ela, só queria os irmãos reunidos e por causa disso, está preso em um caixão.
- O que você fez? - Stefan perguntou.- Quero dizer, Klaus coloca seus irmãos em caixões, quando fazem algo que ele não gosta, o que você fez?
Seren o encarou, ela via uma semelhança em Stefan e Edward, ambos tinham essa aura de "herói" e isso a fez se sentir triste, e sentir falta de seu amado, ele fora seu primeiro amor e lhe foi arrancado.
Um sorriso triste apareceu em seu rosto, lembranças das diversas vezes em que esteve com Edward, ou como ela chamava, Eddie, vieram em sua mente, a forma como ele a segurou em seus braços de maneira protetora, a forma como a amou sem se importar com suas imperfeições e falhas.
Ela não conseguia parar de sentir a falta dele.
Edward havia sido seu pecado e isso lhe condenara a 300 anos em um caixão e mesmo assim, ela não se arrependia de tê-lo amado, mas se arrependia de não ter conseguido fugir de Niklaus.
- Eu amei, esse foi meu pecado.- Ela falou simples, Stefan não pôde deixar de notar o tom de voz deprimente.
Um silêncio de instalou e Stefan percebeu que entendia aquela garota melhor do que imaginava. Ela havia perdido alguém que amava e ele havia vendido a alma para o diabo, Klaus, por alguém que amava.
- Mas e você, senhor Salvatore? O que lhe fez se aliar ao meu irmão? Você não parece o tipo de pessoa que concorda com os atos de Niklaus.- Ela questionou e ele sorriu de lado.
- Por favor, senhor Salvatore era meu pai, um grande idiota.- Ele riu.- está tão visível que não gosto de Klaus?
- Como água cristalina.- ela sorriu.
- Estou fazendo isso por alguém que amo, e para salvar ele, precisei me juntar a Klaus.- ele explicou.
- Irmão?
- Irmão.- Ele assentiu.- Damon foi mordido por um lobisomem, e a única cura era o sangue de Klaus, eu não poderia deixar ele morrer, estão..- Seren o interrompeu.
- Vendeu sua alma ao diabo.- Ela completou.- Eu entendo, faria qualquer coisa por meus irmãos mais velhos.- Seren sorriu empática.
Era claro que essa não era a verdade total, ele também estava fazendo isso por Elena, mas ele não contaria a Seren, era uma informação que ela não precisava saber.
- Por que não consegue beber sangue? - Stefan questionou, mudando de assunto.
- Eu não sei, acredito que talvez meu corpo tenha rejeitado o máximo possível a imortalidade ou talvez minha mãe tenha mostrado o quanto me odiava e tenha me feito diferente.- Ela lamentou, um arrepio ao mencionar a mulher que lhe trouxe ao mundo.
- eu não bebia sangue humano.- Stefan contou.- Eu parei a muito tempo atrás, mas seu irmão me forçou a voltar, eu odeio e ao mesmo tempo gosto.- Ele suspirou.
- Estripador? - Ela questionou e ele assentiu, estripadores são basicamente alcoólatras, mas ao invés de serem viciados em álcool, são viciados em sangue, eles nunca conseguem controlar, assim como um alcoólatra não consegue controlar o álcool.
Serem estava familiarizada.
- Meu irmão, Kol, é um.- Seren explicou.- Kol nunca conseguiu ter controle, e estamos vivos a mil anos, ele devastou vilas e matou milhares de pessoas inocentes..- Ela suspirou cansada.
- Não gosta disso, não?
- Abomino os atos dos meus irmãos? Certamente, porém não existe nada que eu faça para mudar eles, eu não gosto de mortes, aceitei que viverei para sempre, mas não acho que eu tenha o direito de dizer quem vive e quem morre.- Seren explicou.- consigo contar nos dedos quantas pessoas eu matei, mas seria impossível contar quantas salvei.- ela sorriu orgulhosa de si mesmo.
- Você é o que chamamos hoje em dia de Ativista.- Stefan sorriu divertido.
- Não sei o que é, porém gostei do nome.- Ela sorriu.- Stefan, posso lhe fazer uma pergunta? - Ela questionou, era algo que ela queria perguntar quando eles estivessem a sós.
- Claro.- ele falou entusiasmado, não pensou que gostaria de conversar tanto com Seren.
Ela lhe olhou, um pouco mais séria, ele jurava que ela conseguia ler sua mente e saber sobre todos seus segredos, ela sorriu levemente e se inclinou para dizer próximo ao seu ouvido, causando um leve arrepio no Salvatore, ela então falou:
- Até quando acha que Niklaus acreditará que a duplicata está morta?
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Primeiramente, O ESTILO DA SEREN É CLARAMENTE SOFT ACADEMY,
change my mind:
Quem é vivo sempre aparece e aqui estou eu, ressurgindo dos mortos como se nunca tivesse indo embora, eu faço a egípcia mesmo kkkk
Capítulo pequeno pela falta de criatividade, porém sentia que devia um capítulo.
Deixe-me esclarecer algo: Seren é um doce, amorzinho, fofinha e gentil com todos, mas ela não é burra kkkkk Stefan que se cuide
Isso não foi revisado, então caso haja erro ortográfico, me avise!
✨Bye bye✨