Amor à segunda vista • COMPLE...

By autoramillyferreira

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(EM CORREÇÃO) Conseguir um bom apartamento em Nova York com uma vista incrível, um ótímo espaço e por um preç... More

Prólogo
um
dois
três
quatro
cinco
seis
sete
oito
nove
dez
onze
doze
treze
catorze
quinze
dezesseis
dezessete
dezoito
dezenove
vinte
vinte e um
vinte e dois
vinte e três
vinte e quatro
vinte e cinco
vinte e seis
vinte e sete
vinte e oito
vinte e nove
trinta
trinta e um
trinta e dois
trinta e três
trinta e quatro
trinta e cinco
trinta e seis
trinta e sete
trinta e oito
Epílogo
Felizes para sempre
Livro novo
AVISO
DEAN

trinta e nove

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By autoramillyferreira

Eu ainda não posso acreditar que Tyler se inspirou em mim para desenhar a sua primeira coleção de roupas. Mas eu soube no momento em que eu vi; todas aquelas cores não fazia nem um pouco o seu estilo. Eu não queria parecer tão presunçosa enquanto aquelas mulheres maravilhosas desfilavam pela passarela usando roupas que era a minha cara, mas aí então ele disse… E meu peito parece que vai explodir de tanta felicidade. 

Ninguém jamais me tratou com tamanha devoção. Eu estou acostumada a ficar nas sombras, em sempre passar despercebida ou ser tratada como segunda opção, mas com Tyler eu sinto que sou a número um. Ele me olha como se eu fosse uma obra de arte a ser admirada, e mesmo que essa sensação nova seja, no mínimo, estranha, eu gosto. Com ele por perto eu me sinto bonita, desejada, amada… Sei que é cedo demais para falar de amor, mas não posso negar que estou me apaixonando por ele cada vez mais. 

Está um silêncio no carro. Tyler parece estar bastante concentrado na estrada, mas pela forma como seus dedos estão firmes ao redor do volante, percebo que ele está tenso. Acho que ainda temos muitas coisas mal resolvidas, e mesmo que tenhamos deixado aquele episódio em Londres no passado, sinto que estamos distantes um do outro nos últimos dias. Ter mudado de apartamento só piorou as coisas entre nós. Mas agora podemos conversar… e espero poder definir a nossa relação por completo. Eu gosto e quero ficar com ele, mas para isso preciso saber se ele está disposto a me aceitar do jeito que eu sou e quero que todos saibam que eu sou sua, assim como quero que ele seja meu. 

Coloco a mão na coxa dele, recebendo um olhar de soslaio. 

— Está tudo bem? — pergunto. 

— Está — responde. 

— Mesmo? Você parece… tenso — insisto. 

— Eu estou com a mulher mais bonita de Nova York sentada ao meu lado. Eu não deveria estar tenso? 

Deixo escapar um risinho baixo. 

— Tyler, nós dois sabemos que isso não é verdade. Eu não sou feia, mas também não sou um espetáculo como você faz parecer. 

Ele dá de ombros. 

— Bom, eu não sei a opinião das pessoas, mas isso é o que eu acho. 

— Tudo bem — decido aceitar o seu elogio.

Ficamos em silêncio por um tempo. 

— Tyler, eu… — faço uma pausa, tentando encontrar palavras para me expressar. — O que você fez por mim hoje foi… especial. Ninguém nunca fez algo parecido por mim. — Tento não parecer tão emocionada, mas é impossível. 

— Não, minha querida. O que você fez por mim foi especial; me fez descobrir a mim mesmo. 

Suas palavras me tocam. 

— Pelo visto, nós dois saímos ganhando. 

Ele não olha para mim, mas posso ver a sombra de um sorriso no canto da sua boca. Espero até ele me levar até esse local misterioso, e fico surpresa quando o carro para no Central Park. Olho para Tyler em busca de explicações, mas o mesmo permanece com aquele olhar misterioso e sorriso travesso de quem está aprontando algo. 

— Achei que iríamos jantar — digo depois que ele me ajuda a descer do carro. 

— Mas vamos — segura a minha mão e começamos a andar. 

Uma nova onda de emoção me invade. 

— Loeb Boathouse? — Não consigo esconder meu entusiasmo. 

— Gostou? 

— Eu sempre quis comer lá! 

— E por que não comeu? — pergunta enquanto caminhamos tranquilamente pelo parque, com os braços enlaçados. 

— Ah, você sabe… a grana sempre foi curta para mim. 

— Mas agora as coisas estão melhorando. 

— Estão mesmo — afirmo. — Aliás, eu queria te dar algo. 

— É mesmo? — Tyler parece curioso. — E o que é? 

— O dinheiro das roupas — replico. — Lembra? Combinamos que, quando eu começasse a ganhar dinheiro com a galeria, eu te devolveria o dinheiro. 

— Nem pensar — balança a cabeça. 

— Mas esse foi o combinado — insisto. 

— Foi um presente — retruca ele. — E também, a boutique da Malorie só lida com moda feminina. Com quem eu poderia gastar aquele dinheiro em roupas? 

Seu argumento parece bastante aceitável. 

— Tem certeza? — pergunto, hesitante. 

— Absoluta. 

Continuamos andando. A grama e as árvores estão cobertas de geadas, e o chão sob nossos pés está cheio de neve. É preciso ter cuidado para não escorregar. O caminho à nossa frente é iluminado por luzes, assim como os troncos das árvores. O Natal é em poucos dias, e a cidade toda já está no clima da data festiva. É a melhor época do ano. 

Avisto o Loeb Boathouse bem diante do lago congelado, glorioso. É uma vista e tanto, e me sinto completamente lisonjeada de estar presenciando algo do tipo. Parece um ótimo cenário para começar a colocar todos os sentimentos mais profundos para fora. 

Somos recebidos na porta por uma mulher muito elegante. Por um momento, sinto-me aliviada pelas roupas que estou usando. Ela nos guia pelo grande salão cheio de mesas, e estranho o fato do restaurante estar completamente vazio. 

— Uma mesa com vista para o lago — diz a mulher, parada ao lado da mesa. 

— Perfeito — Tyler sorri enquanto puxa uma cadeira para mim. 

— Que tal um pouco de vinho tinto para começar a noite? — sugere a moça. 

— Seria ótimo — ele concorda, sentando-se à minha frente. 

— Ok. Logo uma pessoa virá servi-los e trazer o menu. Aproveitem a noite. 

— Obrigada — sorrio para ela. 

A mulher nos oferece um último sorriso antes de se retirar. Espero que ela se afaste um pouco antes de questionar: 

— Por que somos os únicos no restaurante? 

Tyler dá um sorrisinho. 

— Achei que um pouco de privacidade seria bom no nosso primeiro encontro. 

Fico boquiaberta. 

— Você… reservou o restaurante? O restaurante inteiro?! 

Ele ri. 

— Não exatamente. O restaurante não está aberto hoje, mas um amigo estava me devendo um favor, então… 

Meu queixo está no chão. 

— Tyler… não precisava… 

— Eu só quero que a nossa noite seja perfeita — diz ele. — Não gostou? — parece apreensivo por um instante. 

— Muito pelo contrário — sorrio. — Eu amei. De verdade. 

O garçom se aproxima e nos serve duas taças de vinho tinto. Ele deixa o menu sobre a mesa antes de se afastar, nos dando a liberdade de avaliar as opções de jantar. Enquanto Tyler escolhe — deixo essa responsabilidade com ele —, permito-me observar o lago congelado bem ao nosso lado. As luzes espalhadas por todo o Central Park faz tudo parecer muito mágico. 

— Você quer alguma entrada ou prefere pular direto para o jantar? — pergunta ele. 

— Jantar — replico. 

— Certo… e o que me diz de espaguete ao sugo? 

— Humm. Eu amo massa. 

Ele sorri. 

— Eu também. Pode ser esse? 

— Sim, claro. 

Tyler sinaliza para o garçom que vem anotar o nosso pedido e aproveito para saborear o vinho tinto que é uma verdadeira explosão de sabores na ponta da língua. 

— Como você está? — pergunta ele, de repente. 

— Estou bem. — Faço uma pausa. — Por que a pergunta? 

— Não temos nos falado muito, e agora que não estamos mais morando juntos, quase não te vejo. Fico preocupado de você tropeçar na sua própria bagunça e se machucar feio. 

Dou risada.

— Há! Engraçadinho… E só para você saber, eu não estou mais tão bagunceira assim. 

Ele me olha como se não acreditasse muito nas minhas palavras. 

Há um momento de silêncio enquanto o jantar é serviço. O cheiro está ótimo. 

— Para ser sincera — retomo o assunto depois que o garçom vai embora —, eu me sinto… incrivelmente bem. 

— Ah, é? — Tyler enrola um pouco de macarrão no garfo e leva à boca. 

— É. — Faço o mesmo. Depois de mastigar e engolir, acrescento: — Finalmente eu acho que estou vivendo a minha própria vida. Antes eu me sentia meio deslocada, mas agora eu sinto como se tivesse entrado no eixo. Acho que ter aberto mão de morar com você foi essencial. 

Ele ergue o olhar rapidamente, alarmado. 

— Não estou dizendo que morar com você era ruim — esclareço. — Eu gostava da sua companhia, gostava mesmo, mas de alguma forma, eu me sentia dependente de você, assim como eu me senti a vida toda da minha família. E agora que eu estou morando sozinha, sinto que posso cuidar de mim mesma. Eu sei que é besteira…

— Não é besteira — diz ele. — É independência. E eu fico muito feliz que você tenha encontrado a si mesma nessa jornada. 

— Eu encontrei muitas coisas nessa jornada, Tyler, não apenas a mim mesma, e uma delas foi você. 

Ele sorri. 

— Isso é bom? Porque se me lembro bem, você me odiava. 

— Eu nunca te odiei, Tyler — digo sinceramente. — Foi difícil no começo, mas quando deixamos nossas diferenças de lado, eu percebi que poderíamos ter sido uma ótima dupla. 

— Ainda podemos ser. 

Não consigo segurar um sorriso. 

— Tenho certeza que sim. 

Ele segura a minha mão por cima da mesa sem cerimônia alguma. 

— Não há nada que nos impeça agora, Teri. Eu gosto de você; quero ficar com você pelo resto da minha vida. 

Meu coração acelera em um ritmo louco. 

— Eu também. 

Um sorriso ainda maior cresce em seu rosto. 

— Então… 

— Então…? — arqueio a sobrancelha. 

— Estamos juntos? — ele hesita. 

— Sim, estamos — afirmo, convicta. 

Tyler beija a minha mão, mas tenho a sensação de que queria estar com a boca em outro lugar. Eu daria tudo para estar neste exato momento em um lugar reservado, a sós. 

— Dança comigo? — pergunta ele. 

— Claro. — Aceito. 

Está tocando um pouco de jazz. Ficamos por ali mesmo, na varanda, com vista para o lago, um pouco afastados da mesa. Tyler me puxa para mais perto e rodeia os seus braços fortes diante do meu corpo enquanto enlaço os meus braços ao redor do seu pescoço. Eu estou sorrindo feito uma boba apaixonada, e fico aliviada que ele também. Então finalmente entendo que aqui é o lugar onde eu sempre deveria estar; no calor dos seus braços. 

Estamos nos divertindo. Tyler me guia no ritmo da música, às vezes me jogando para longe do seu corpo e me trazendo de volta com um rodopio. 

— Você está linda essa noite — diz ele no meu ouvido. 

— Você já disse isso. 

— E vou continuar dizendo todos os dias. 

— Até quando eu estiver toda descabelada e usando um daqueles pijamas horríveis com estampa colorida? — provoco. 

— Olha, o cabelo eu posso aceitar, mas o pijama? Acho que é um pouco demais. 

Bato no braço dele por brincadeira, e ele sorri. 

— Se você me quer, vai ter que me aceitar como eu sou. 

— Eu amo quem você é.

Ficamos mais um tempinho dançando, e no final da música, o meu namorado inclina o meu corpo para baixo, de modo que eu fique com pescoço inclinado para trás, e aproveita a deixa para depositar um beijo malicioso no decote entre os meus seios. 

Olho para ele com os olhos ardendo em chamas quando sou erguida novamente. Seu olhar não se encontra muito diferente. 

— Passe a noite comigo — ele pede.

— É tudo o que eu mais quero. 

Ele se aproxima e pressiona os lábios nos meus antes de enlaçar os nossos dedos e nos conduzir para fora dali. Tyler nem sequer se preocupou com a conta, mas algo me diz que o mesmo planejou essa noite muito bem. 

Agora estamos indo para o seu apartamento, o lugar que foi a nossa casa por muito tempo. Mas eu sei que as coisas são diferentes agora. 

Pertencemos um ao outro, como deve ser. 

NOTAS DA AUTORA

Penúltimo capítulo, hein? estou logo preparando vocês para o próximo, o final, antes que digam que eu não avisei... 😂👀
Ai, gente, não preparada... Mas vou deixar o discurso pra depois. Por ora, comentem o que acharam dessa reconciliação.

VÃO CONHECER MEU NOVO LIVRO! 😂💜

Até muito breve. ☄

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Essa história é continuação do primeiro livro ( Meu Popstar livro 1 : Férias com um Popstar), então você tem que ler o primeiro para entender melhor...