Chicago 1945

By stylesg1rl_

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Deena Jones foi obrigada a largar sua vida e seus sonhos para se dedicar ao seu casamento com James Harringto... More

CHICAGO 1945.
CHAPTER I
CHAPTER II
CHAPTER III
CHAPTER IV
CHAPTER V
CHAPTER VI
CHAPTER VIII
CHAPTER IX
CHAPTER X
CHAPTER XI
CHAPTER XII
CHAPTER XIII.
CHAPTER XIV
CHAPTER XV
CHAPTER XVI
CHAPTER XVII
CHAPTER XVIII
CHAPTER XIX
CHAPTER XX
CHAPTER XXI
CHAPTER XXII
CHAPTER XXIII
CHAPTER XXIV
CHAPTER XXV
CHAPTER XXVI
CHAPTER XXVII
CHAPTER XXVIII
CHAPTER XXIX
CHAPTER - XXX
CHAPTER XXXI
CHAPTER XXXII
CHAPTER XXXIII
CHAPTER XXXIV

CHAPTER VII

164 15 42
By stylesg1rl_

Chicago, Illinois
Estados Unidos

Deena Jones P.O.V

Terça-feira

James coloca sua mãos direita no final da minha cintura e caminhamos em passos lentos até salão principal do hotel, onde ocorrerá uma reunião super importante com os chefes de outras famílias

Diversos homens com seus ternos e charutos carrinhos conversam com outros homens importantes ao lado de suas acompanhantes brancas e siliconadas, que muitas das vezes são amantes.

A atenção do salão se vira para nós no exato momento em que colocamos nossos pés no salão. Algumas das mulheres ali presentes me encaram com um olhar de raiva e nojo, afinal, eu sou a única mulher negra presente nesse ambiente rodeado de pessoas brancas.

Por mais que todos sentissem uma certa repulsa de mim, ninguém iria comentar nada, já que todos sentem medo e devem muito respeito a James.

— James Harrington. — Um velho branco barrigudo aparece cumprimento James com um aperto de mão. Ao seu lado está uma loira que com toda certeza é mais de 20 anos mais nova do que ele.

— Marco Bellini. — James dá um sorriso para o homem. — Essa é minha esposa... Deena Jones. — Aponta para mim e os olhos do homem me analisam de cima a baixo como se eu fosse um prato a ser servido.

— Encantado — Segura minha mão deixando um beijo nela.

Respiro fundo dando um sorriso forçado.

— Prazer em conhecê-lo. — Respondo por fim.

— Marco é chefe da família Bellini. Ele é muito importante na Itália e aqui nos Estados Unidos. — James diz orgulhoso. — É uma honra tê-lo como meu aliado.

Me seguro para não revirar os olhos diante dessa cena. Belini apresenta a mulher ao seu lado de forma muito superficial e sai logo em seguida.

Cada vez mais homens entram no salão ao lado de mulheres bem vestidas. Fico um pouco atrás de James que cumprimenta alguns.

Encaro meu anel de diamantes por cima da minha luva preta e penso no quanto essas mulheres que transitam por aqui dariam para ter um desses.

Dinheiro e joias nunca encheram meus olhos. Por muito tempo eu acreditei que ser presenteada era uma forma de amor e carinho, mas com o tempo descobri que não adianta muita coisa viver um relacionamento falido e ganhar joias como pedido de desculpas.

James se vira para mim deixando um beijinho no meu pescoço e entrelaça nossas mãos, nos levando até a enorme mesa de jantar.

Ele se senta na ponta e eu me sento ao seu lado esquerdo. Haviam mais de cinco homens importantes ali, todos eles chefes de família de cada parte dos Estados Unidos.

— É uma honra ter as cinco principais famílias dos Estados Unidos presentes aqui hoje. Espero que esse ano nós possamos expandir nossos negócios e destruir aqueles que nos ameaçam. — James discursa e eu respiro fundo.

— Esse será um grande ano para os negócio, James. — Bellini levanta seu copo de whiskey e James assente com um sorriso confiante no rosto.

— Iniciei o ano sofrendo ameaças por uma pessoa ou uma família desconhecida. Assassinaram pessoas importantes para mim sem deixar rastros. Não quero que meu legado seja ameaçado. — James cruza suas mãos.

— Estamos juntos nessa, James. Você não está sozinho, iremos descobrir quem está por trás disso e caçaremos um por mim — Um homem branco baixinho responde ao fundo.

Me sinto completamente enjoada com esse assunto. Todos esses homens não passam de homens egocêntricos que pensam apenas em si mesmo e em sua fortuna. Eles não são capazes de sentir nada além de uma busca por poder. São completos monstros.

O jantar ocorre tranquilamente e eu em todo momento decido ficar em silêncio apenas observando todos a minha volta. Os homens conversam sem parar sobre suas conquistas e seus próximos investimentos.

Após o jantar, me levanto da mesa e vou até o bar, pegando uma taça de vinho para mim. James faz sinal para que eu fosse até ele e assim eu faço.

— Deena, este é Jack Gordon da familia Gordon de Manhattan. — James aponta para o homem que sorri, porém seu sorriso não me passa confiança nenhuma. — Jack, esta é Deena, minha esposa.

Uma mulher com um vestido amarelo e olhar triste aparece ao lado de Jack. Analiso cada detalhe da mulher, que de alguma forma me parece familiar e a mesma sorri fraco para mim.

— James, talvez você deva se lembrar da minha esposa, La Toya. — Jack aponta para a mulher que sorri intimidada e aperta as mãos de James.

— Como esquecer? — James dá um sorriso maldoso e La Toya engole seco. Mas o que é que está acontecendo aqui?

La Toya se afasta novamente indo para um canto afastado e eu fico quieta atrás de James que conversa com Jack.

— Quem você acha que está envolvido por trás disso? — Jack beberica seu copo de Whiskey.

— Não sei... diversas pessoas me odeiam. Mas isso é um caso de vingança. Você acha que os Jacksons podem estar envolvidos por trás disso? — James pergunta baixo e Jack ri como se James tivesse contando uma piada.

— Os Jacksons nem existem mais, James. Desde que aquilo aconteceu, eles fugiram e nunca mais deram notícias. — Jack ri ainda mais.

— Você acha que La Toya sabe de alguma coisa?

— La Toya não mantém contato com eles há muitos anos. Ninguém sabe por onde eles andam, só sei que eles se espalharam e nunca mais se envolveram em nada. — Jack encara La Toya que está sentada em uma mesa sozinha.

— Há mais alguém que queria se vingar de você? — Jack pergunta analisando James.

— Só o Copolla, mas ele morreu há dois anos. Deve ter mais alguns, mas agora eu não me lembro. — Dá de ombros.

Peço licença e me retiro dali. Caminho até o banheiro e me encosto na pia, analisando o meu rosto por alguns segundos.

Abro minha bolsa retirando meu batom vermelho e a porta do banheiro se abre revelando La Toya, que sorri tímida e para ao meu lado também abrindo sua bolsa e retirando um batom.

Enquanto eu retoco meu batom, não posso deixar de analisar La Toya. Seu rosto está marcado por uma maquiagem escura e um batom vermelho. Sua pele era escura, mas se torna mais clara com o tanto de pó e base que há em seu rosto. Debaixo do seu olho direito há uma mancha escura, como se sua maquiagem estivesse borrada, mas os olhos tristes de La Toya me garantiam que não é maquiagem.

— Você está bem? — Pergunto a La Toya me encara assustada.

— Estou sim — Desvia o olhar.

Antes mesmo que eu possa dizer algo, La Toya sai rapidamente do banheiro. Eu queria tanto dizer que ia ficar tudo bem e que ela não merecia passar por aquilo, mas eu estou no mesmo barco que La Toya e não fazia a mínima ideia de como sair. Talvez La Toya e eu tivéssemos coisas em comum: nós só iremos sair dessa vida, mortas.

. . .

Quinta-feira.

Dois dias. Aquele é o tempo que estamos nesse hotel no centro de Chicago. Dois dias resumidos a reuniões com pessoas importantes e distribuições gratuitas de sorrisos falsos.

Encaro o corpo nu de James deitado ao meu lado e respiro fundo retirando lençol de cima de mim e indo em direção ao banheiro.

Entro no banheiro ligando a água da banheira e logo em seguida entro sentindo minha pele relaxar ao entrar em contato com a água quente.

Minha mente voa até a noite de ontem, onde James e eu transamos. Sexo com ele há muito tempo não tem mais emoção, mas desde que conheci Michael parece que agora transar com James não tem mais nenhum sentido. Michael e eu nunca transamos, por falta de oportunidade talvez, mas nunca por falta de vontade.

Afundo meu rosto na água prendendo a respiração por um tempo e logo volto a superfície. Saio da banheira me enrolando na toalha e abro a porta do banheiro encontrando James em pé de cueca.

James não é um homem feio, muito pelo contrário, ele tem um rosto bonito e um corpo extremamente definido. Mas suas atitudes não deixam que eu me aproxime dele e isso nos torna como óleo e água.

James entra no banheiro e eu visto meu vestido preto com um sobretudo por cima. James sai do banheiro logo depois vestindo um terno marrom e pega seu chapéu em cima da cômoda, colocando-o na cabeça. Pego nossas bolsas e vou embora dali.

Assim que chegamos em casa, James diz que precisa resolver algo com Josh, me deixando ali sozinha. Aproveito todo o momento para arrumar as roupas nas gavetas e passar um pano na casa.

Assim que termino de arrumar a cozinha, observo o telefone no canto da sala. Meu coração diz que eu deveria ligar para Michael e matar a saudade de sua voz, mas minha consciência diz que uma hora ou outra James irá descobrir tudo.

Afasto a ideia da minha cabeça e desisto de ligar para Michael. Término de arrumar a casa e tomo um banho, saindo de casa logo em seguida.

Dirijo pelas ruas de Englewood em direção ao apartamento de Annie pensando em qual seria sua reação assim que eu contasse sobre minha disposta relação com Michael. Com certeza Annie surtaria.

Viro meu volante fazendo o carro entrar na rua de Annie e diminuo a velocidade. Pisco algumas vezes ao ver Annie em pé na entrada de seu prédio conversando com um homem no qual alisa o rosto dela. Mesmo se eu estivesse há milhões de quilômetros de distância, ainda reconheceria aquele homem. James.

Encaro a cena cena uma última vez e acelero o carro saindo dali. Desde quando Annie está envolvida com James? Desde quando eles mantinham contato?

Durante a manhã do dia seguinte, James viaja com Josh para Las Vagas antes mesmo que eu pudesse confrontá-lo sobre a cena.

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