Trewsky Brothers

By bruhnah

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Romance de época. Vários capítulos já prontos e em revisão. Não é hot. Sinopse: os gêmeos mais lindos e rebel... More

Apresentação
1 - O julgamento
2 - Deserdados
3 - Um Arrendatário
4 - Interesse
5 - O Duelo
6 - Dourado Noivado
7 - Déjà vu
8 - Chama Travessa
9 - O Banqueiro
10 - Grávida, eu?
11 - A proposta
12 - Porta Do Inferno
13 - Grande Descoberta
14 - O Primeiro Passo
15 - Segunda Chance
16 - Manipulador-aproveitador
17 - Esposa Perfeita
18 - Predileta
19 - Vida de rainha
21 - Vingança Abalada
22 - Verde Musgo
23 - A coisa certa
24 - Dor de cotovelo
25 - Fórmula do Sucesso
26 - Especificamente
27 - Matrimonial
28- Controle
29 - Primeiro beijo
30 - A Mudança

20 - Amante Fujona

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By bruhnah

Então amorecos, este capítulo marca o fim do nosso hiatus, voltaremos às postagens regulares semanais.

Temos Liana saindo da casa que ganhou de Derek, e Erik sendo assediado pelas convidadas do baile, uma em especial vai conseguir abalar nosso gêmeo lindo, não deixe de conferir!
( ˘ ³˘)❤

➡➡➡➡➡➡➡➡➡➡➡➡➡➡

Liana montou no cavalo com um novo peso da consciência. O valor que pagara pelo animal devia ser a provisão mensal que Derek teria deixado à sua criada.

"Que se dane, e ache um novo emprego!" pensou. Não seria amante para manter o emprego da mulher, que absurdo a própria consciência lhe acusar de uma coisa dessas.

De qualquer forma, o peso conseguia acompanhar firme os passos dos cavalo, feito uma corrente que a manteria ligada àquela casa.

"Sua casa" a mente a corrigia. Ela balançava a cabeça tentando afastar tais pensamentos. Não queria aquela propriedade.

Pensar na noite anterior fazia seu corpo inteiro estremecer. Não lembrava de nada depois do teatro, seu estômago vazio reivindicava algum conteúdo para poder vomitar, como se isso pudesse libertar seu espírito

Enquanto a noite fora uma vasta escuridão,embrava agora nitidamente de alguns dos poucos ensinamentos de sua mãe. Ela tinha um grande complexo com esses assuntos, dizia que qualquer relação fora do casamento era uma forma de prostituição.

A boa ética cristã que aprendeu mais tarde, dizia que o sexo fora do casamento era pecado de fornicação e poderia levar qualquer alma ao inferno.

"Bobagem!" ouviu em sua mente a voz de Derek ecoando.

Embora não se lembrasse, acreditava ter experimentado a promiscuidade nos braços do homem que amava e era uma sensação um tanto assustadora.

Tentou se consolar dizendo a si mesma que era perfeitamente natural e acontecia com muitos casais. "O que tem de mal? Todo mundo faz, é bom..."

Mas este consolo não funcionava com ela. Não era o tipo que se justificava pelas atitudes dos outros.

Precisava se sentir livre daquilo, não voltaria a por os pés naquela casa nunca mais. Não sairia da fazenda assim, se Derek a amasse tanto quanto dizia, entenderia.

Passou em frente a uma igreja e considerou se uma confissão seria capaz de libertar seu espírito dos pesares.

Entrou e desajeitadamente cutucou uma senhora que estava ajoelhada fazendo suas orações.

- Desculpe interrompê-la senhora, poderia me dizer onde encontro o padre?

- Sinto muito senhorita, está na igreja anglicana e a igreja católica mais próxima está a dois dias de viagem, mas pode falar com o ministro, está lá em cima em seu gabinete falando com alguns fiéis, depois que alguém sair da sala poderá entrar caso não haja mais ninguém esperando.

- Obrigada, senhora.

Haviam cinco pessoas na fila, Liana considerou se a consulta deles demoraria pois pretendia chegar na fazenda durante o dia, não era seguro viajar de noite sozinha.

Para sua surpresa, quando a porta se abriu e um casal com uma mulher chorosa saiu, todas as cinco pessoas entraram juntas, seria uma confissão coletiva, considerou surpresa.

Quase uma hora depois todas as pessoas saíram de cara amarrada. Ficou com medo do que viria a seguir.

Considerou se era apropriado entrar sozinha já que as pessoas locais aparentemente tinham o costume de se confessar em grupo.

- Já pode entrar moça - disse uma mulher que ia atrás dos outros quatro homens à sua frente.

O homem do outro lado da mesa não era o velho que esperava vestindo algo parecido com um vestido. E sim um homem de meia idade, com aliança de casamento no dedo e trajado de roupas quase comuns.

- Bom dia filha, em que posso ajudar?

Liana não conseguiu responder, nada diferenciava aquele homem dos aldeões que conhecia, com ele confessar estava fora de questão.

* * *

Tudo pronto na mansão, o baile estava marcado para a noite mas já haviam tantos convidados que o clima já era de festa.

Derek tomava café da manhã com sua noiva em uma mesa de ferro provençal no jardim, e em várias outras mesas recém colocadas estavam algumas convidadas conversando animosamente.

Erik rodou sobre os pés, teria que fugir de casa àquela manhã, não queria estar perto de nenhuma debutante casadoira.

De volta ao corredor lateral da mansão Erik esbarrou em algo pequeno e firme, cheirava flores frescas recém colhidas, a gatinha ciamesa Hellen Lammet.

- Perdão senhorita, não pretendia ser bruto assim... - disse ele se tocando que a mantinha segura pelos braços, se não fosse isso ela teria caído com o esbarrão.

Foi então que reparou que ela tinha um sorriso convencido no canto dos lábios como se soubesse de algum segredo.

A deixou, meio sem graça pediu licença e pretendia seguir seu caminho quando ela o puxou pela manga do paletó.

- Não pretendia me convidar para ir contigo?

- Onde pensar que vou estará enganada, senhorita. Certamente não vou convidá-la à cozinha.

Hellen sorria vitoriosa e Erik se sentiu um lixo, não pretendia participar do flerte mas a moça parecia entender tudo errado.

- Então pode me acompanhar a um lugar que eu particularmente gostei muito da sua casa - ela disse puxando-o pelo braço.

Ele se perguntou quando foi que pegaram intimidade assim para que ela se comportasse tão à vontade com ele.

- Sabe jovem Trewsky, eu preciso lhe confidenciar que adorei esse seu jeito todo sério, misterioso - ela dizia enquanto o puxava pelo braço pelo caminho da biblioteca, Erik percebeu atrasado em seu raciocínio.

Quando ele deu por si Hellen fechava a porta da biblioteca atrás dele. A gatinha tinha sumido e em seu lugar havia uma leoa com olhar voraz.

- Todo esse mistério me atiça -ela disse se aproximando rapidamente- me faz querer descobrir todos os seus segredos.

E juntou seus lábios aos dele.

* * * *

- Parece encabulada, o que lhe aflige a paz? Não sabe falar senhora? Pode se comunicar escrevendo?

- É, é, desculpe, senhor. Eu queria um padre, preciso confessar.

- Está numa igreja anglicana, moça. Aqui, este ministro não faz questão de angariar confissões.

- Pensei que talvez pudesse me ouvir, mas pelo visto me enganei.

- Por que precisa confessar, alguma ansiedade lhe aflige?

- Eu tenho uma culpa. Algo que parece me prender, preciso me libertar disse pesar. O senhor não poderia me receitar algumas penitências? Estou falando de orações sabe, não sou adepta e chibata, sabe como? Senhor ministro, por favor tenha piedade, minha alma está tão aflita.

- Infelizmente não posso ajudá-la, mas conheço alguém que pode.

Ela o olhou com frustração.

- Já me disseram que o padre mais próximo está a dois dias de viagem.

- O padre e o pastor, cada um a seu modo, servem ao mesmo Deus. Já está no lugar certo, minha jovem. Eu é que não posso ajudar.

- Como posso estar no lugar certo, se não pode me ajudar? - ela perguntou irritada.

- Não sabe o que dizem as escrituras? Esta casa será chamada casa de oração.

Ele folheou o livro preto, grande que só agora ela reparou estar sobre a mesa, e mostrou lhe um verso do livro de Mateus.

Liana piscou desorientada, precisava de ajuda urgente e aquilo parecia não parecia que ia funcionar.

- É o que fazemos aqui, oramos.

- Se o senhor não pode me ajudar devo planejar dois dias de viagem então - ela disse já se levantando.

- Espere moça, quero mostrar algo - ele voltava a folhear o livro com frenesi. - É cristã?

- Como? - ela perguntou vincando a testa.

- Crê em Cristo? - ele tentou ser mais objetivo.

- Sim, mas isso não vem ao caso, eu vim para falar da minha vida e de meus pesares, não de Cristo!

- Não conhece as escrituras, acha mesmo que uma lista de penitências vai libertar sua alma da aflição?

- É essa a intenção, se eu cumprir direitinho tenho fé que vai funcionar.

- Dê-me alguns minutos, lhe mostrarei um caminho mais excelente para empenhar sua fé.

Ela assentiu, precisava que aquele homem a ajudasse. Não poderia viajar sozinha até o padre.

- Na carta de I São Pedro 5.7, somos ensinados a Lançar sobre ele toda a nossa ansiedade porque ele tem cuidado de nós. Simples assim.

- E como posso fazer isso?

- Através da oração, obviamente.

- O senhor devia mandar fazer um confessionário para este gabinete, seria bastante útil...

O homem meneou a cabeça, folheava o livro sem parar.

- Certo dia os amigos de Jesus lhe perguntaram: Mestre, como devemos orar? E ele lhes ensinou a mais bela de todas as orações, a oração que nos reaproximou do criador não apenas como criaturas, obras das suas mãos que somos, mas como algo mais íntimo, mais forte, nos aproximou dele como filhos. E ele disse: "orareis assim: Pai nosso, que estais no céu."

- Não, - ela o interrompeu. - Este Jesus já sofreu demais com a cruz, pobrezinho! Me corta o coração vê-lo pregado na cruz de braços abertos ainda por cima! Minhas culpas não são para afligir ao Senhor, somente a mim mesma. - Ela disse já se levantando.

- Minha jovem, não deve tomar como certo tudo que mandam fazer.

- Qual é o certo então? Eu confio muito no julgamento de minha consciência!

Ela estava convencida que aquele homem à sua frente era um ignorante e não faria nada por sua consciência.

- Como bom cristão que sou, me oriento pelo que está escrito de Jesus. E está escrito que se o Filho de Deus vos libertar, então verdadeiramente sereis livres.

- Como pode ser isto?

- Através da oração.

Liana baixou a cabeça frustrada, definitivamente não era aquilo que esperava ouvir.

Aquele dia era uma frustração completa, ela esperava amanhecer como noiva de Derek Trewsky, a mulher que desbancaria Princesa Aranteli, e em vez disso, era a amante fujona.

* * *

Uma buzina psicológica despertou Erik do transe, Hellen tinha um beijo feroz, do tipo que fazia um homem se interessar pelo que viria a seguir.

Mas ele não podia continuar e a afastou de si de uma vez só, e seus olhos pousaram no movimento do belo decote que subia e decia com a respiração ofegante da moça.

Reparou também nos delicados lábios borrados de carmim da moça à sua frente, seu sorriso angelical, e seus olhos, felinos.

- Com licença - foram as duas únicas palavras que formulou enquanto a deixava sozinha na biblioteca, sua mente embaralhando palavras que não poderia dizer.

Era um homem com força de vontade colossal, acabou de provar isso a si mesmo. Saiu rindo pelo corredor, muito satisfeito.

"Pode ser que ela me tenha confundido com meu irmão!" Pensou.

Ela teve sorte de pegá-lo em um momento saciado, em outro momento e circunstâncias talvez ele a tivesse apreciado.

Erik não se importava de frustrar a moça, não ligava para o que ela estivesse sentindo, só queria sossego àquela manhã.

Outra convidada lhe sorriu no corredor e ele teve certeza que precisaria sair de casa o mais rápido possível. Não era o Erik que elas queriam, e sim o sobrenome com o matrimônio.

Pela janela do corredor lateral reparou na atenção que Princesa dispensava à Derek. Agora entendia porque ela tinha chegado à mansão ainda na sexta feira.

Moças casadoiras como Hellen eram irracionais, às vezes pelo menos. Princesa devia já saber disso e podia tê-lo alertado na noite anterior. Fez uma anotação mental para reclamar com a cunhada na próxima oportunidade.

Passou direto pela cozinha rumo ao estábulo, ouviu risadinhas atrás de si, não muito longe duas mocinhas fingiam não estar seguindo-o.

Pegou o primeiro cavalo selado e passou por elas cavalgando rapidamente, nenhum lugar nos arredores da casa era seguro.

Seu estômago embrulhou quando viu que sua mãe bloqueava o caminho com uma expressão séria, não podia dar meia volta.

- Erik, meu filho. A senhorita Lammet - a leoa com cara de gatinha que estava logo atrás de sua mãe na sua face mais gentil - disse que você a convidou para um passeio à cavalo, imagino que tenha mandado selar mais um.

Ele abriu a boca para falar mas Hellen foi mais rápida.

- É que eu disse a ele que não sei montar senhora, ele terá que me carregar em seu cavalo...

* * *

Espero que tenham gostado, próximo capítulo até domingo, bjks.

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