Pov Any
Subimos ao céu em uma velocidade absurda, e em quanto cada um seguia para um lado, indo pra longe da arena, eu continuei a subir.
Primeiro eu preciso ter uma noção de todo o espaço e ver se consigo avistar alguma bandeira do alto, isso vai facilitar a captura das bandeiras.
Quando já estamos praticamente da altura das nuvens, mexo meu pé no apoio da sela em um sinal para que Nebulosa se mantesse no alto por um tempo, parada.
Olhei em volta e já consegui avistar muitas bandeiras, 7 delas nas direções em que os outros forem e 3 em caminho livre.
As 3 que estão em caminho livre, estavam localizadas em lugares diferentes. Uma no topo de uma árvore, uma tô topo de um celeiro e uma grudada em uma rocha no meu da pequena floresta.
Já traçando um caminho, inclinei meu corpo pra frente, indicando pra Nebulosa descer, e assim ela vez. Comigo a guiando até as bandeiras.
Calculei bem a posição da bandeira da árvore, fazendo Nebulosa passar bem ao lado dela. Assim que passamos ao seu lado, eu inclinei meu corpo pro lado capturando a grande bandeira rapidamente.
Logo seguimos até a segunda bandeira, mas no caminho vi Sabina passar com uma bandeira em mãos, um sorriso rapidamente cresceu em minha face.
Enquanto decidíamos as regras da corrida, todos os participantes juntos, só conseguimos estabelecer uma regra que é: proibido derrubar uns aos outros dos dragões. Sabíamos que ninguém iria fazer isso, mas colocamos mesmo assim.
Estando ciente da única regra, observei Sabina passar com a bandeira um tanto longe do corpo, o braço esticado com a bandeira um tanto longe.
Rapidamente conduzi Nebulosa em silêncio até parar a poucos metros de Sabina, bem atrás dela. E logo induzi Nebulosa a ir mais rápido, passando por Sabina e arrancando a bandeira de sua mão.
Tive a visão de sua expressão incrédula antes de ultrapassá-la rápido, com sua bandeira em mãos e ouvi-la gritar meu nome inconformada.
Eu: Isso é seu?! Nossa, desculpa - gritei de volta me virando pra mesma que parecia me xingar
Sabina: Eu vou te matar Gabrielly - eu consegui entender essa parte
Gargalhei com duas bandeiras em mãos e disparei de volta para a arena.
O jeito pelo qual os gritos da torcida se instensificou quando eu coloquei as bandeiras em minha banca de pontos, foi como música.
Muitos deles rugiam em minha torcida, e eu me lembro de ter visto uma banca vendendo camisetas escrito "Vida longa a rainha" quando estava a caminho da arena.
Dou uma boa olhada nas bancas dos outros. Sina está com 2 também, Bailey com 1, Josh com 1 e Savannah com 1. Os demais ainda não tem pontos.
E Novamente, segui meu caminhos em busca pelas outras bandeiras. Se eu conseguir pegar mais umas 10, sequer irei precisar da bandeira negra.
Mas pegar 10 bandeiras não será nem um pouco fácil, constando que tem mais de 15 pessoas atrás dessas mesmas bandeiras.
Afastando esses pensamentos, disparo para onde havia encontrado. Me encontrando frustrada assim que vi a árvore em que ela estava, sem nem sobra dela.
E me dirigi para a outra bandeira, no topo de uma pedra. No caminho, vi Sold e Pepe.
Sold parecia ter acabado de tomar a bandeira do príncipe e estava no processo de escape.
Ri balançando a cabeça e confirmando que não fui a única a ter essa ideia, e me dirigi até o próximo lugar.
Para minha alegria, a bandeira ainda estava lá e eu não demorei a capturá-la.
Mas no caminho, enquanto passava por uma cachoeira, pude ver um vulto passar por mim.
Fingindo olhar para o lado a procura de algo, avisto Sina sob seu dragão atrás de mim, ela vai tentar pegar minha bandeira.
Vaca desgraçada, não sei se eu amo ou odeia essa filha da puta.
Espero uns momentos concentrada no som do bater de asas atrás de mim, e quando eles se intensificam. Faço um sinal para Nebulosa, e ela dá um giro de 360° graus enquanto Sina passa reto por nós.
Ri da sua expressão de surpresa e ela se virou pra mim enquanto eu tomava outro rumo.
Eu: Desista Deinert! Não irá pegar nada de um hoje!
Sina: Irei sim! A vitória!
Ela ri e segue seu caminho, e eu sigo o meu.
Por um momento, sinto uma tontura devido ao giro e levo a mão a barriga, por sorte, não passou disso.
Mas é normal, quem nunca ficou tonto depois de algo assim?
Eu: Vamos ganhar isso pontinho - murmuro para minha barriga me sentindo estúpida em seguida
Eu estou mesmo conversando com a minha barriga, ou melhor, com um feto? Bem, talvez não seja tão estranho, mais ainda sim é esquisito, não sei porque fiz isso.
Balanço a cabeça em negação e tiro a mão da barriga, sentindo um leve frio e o fim de uma sensação de proteção.
Conduzo Nebulosa para outra direção, a procura de outras bandeiras, mas então uma coisa corta meus pensamentos.
Uma alta sirene ressoa pelos meus ouvidos e eu sorrio.
A bandeira negra foi liberada.