ℭ𝔬𝔯𝔭𝔲𝔰, ℭ𝔬𝔱 𝔈𝔱 𝔄𝔫�...

Od MorangoSenpai01

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Quando a Morte me deu uma segunda chance depois de tantas mentiras e manipulações eu pensei que finalmente ha... Více

Finalmente adeus...
Os quatro reinos....
As Deusas...
A dor de uma lembrança
O lobo e o vampiro...
Yule na companhia de um vampiro (Prt.01)
Yule na companhia de um vampiro (Prt.2)
Conversação....
Recta Sacri...
Luna Mica...
Oráculo...
Leãozinho...
Banshee...
Templo da Senhora do Véu...
O templo da Mãe da Magia...
𝒮𝓊𝓈𝓉ℴ...
Aviso pra quem me acompanha
𝐶𝑢𝑙𝑝𝑎...
Período de organização
𝓢𝓾𝓮𝓽𝓮𝓻 𝓓𝓮 𝓛𝓪̃✔︎
𝓘𝓷𝓬𝓮𝓷𝓽𝓲𝓿𝓸✔︎
𝓑𝓮𝓶 𝓥𝓲𝓷𝓭𝓸 𝓜𝓮𝓾 𝓒𝓮𝓾✔︎

Ritual de Yule...

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Od MorangoSenpai01

 - Há uma base no norte, em Bishop¹, para ser mais específico. - James apontou no mapa sobre a mesa da cozinha - Tenho bons homens lá, mas também tenho traidores. - o alfa conteve a vontade de rosnar.

- Isso é um problema. - Severus deu a volta na mesa, se sentando perto de James - Traidores são uma praga difícil de lidar. Quem controla a sua base no norte?

- Arthur Weasley. - James se surpreendia com a forma tão aberta a qual ele falava com Severus. Saber que o vampiro poderia ser seu outro parceiro lhe deixava tranquilo para confiar de maneira tão aberta.

- Weasley. De Molly Weasley?

-  São casados.

- Ele é confiável?

- Sim, o problema é Molly. - James suspirou. Severus olhou o mapa novamente - O governador do Norte ainda é Matthew Loewen?

- Sim. - Severus assentiu - No Leste também há uma pequena base, mas é muito incompleta ainda. Frank Longbottom cuida de lá. No Oeste, as coisas são boas até, mas apesar de tudo, ainda somos um número ridículo se comparados á Dumbledore e seus aliados.

- Isso pode mudar, lembre-se. - James sorriu em direção ao vampiro - As coisas que me disse são informações importantes e que agradaram meu rei. - Severus olhou para a porta dos fundos – Há um alfa vindo aqui. - James se levantou e foi até a porta, entreabrindo-a minimamente.

- É Sirius. - James suspirou aliviado.

- Ele é confiável?

- Sim! Ele é meu irmão. Sirius é extremamente confiável. - Severus ergueu uma sobrancelha

- Ele pode me ver aqui então? - James assentiu abrindo a porta.

- Pontas! - o cacheado correu e pulou contra James. O castanho riu da animação do irmão.

- Saudades almofadinhas? - James deu breves tapinhas nas costas de Sirius.

- Sim! Saudades da comida de Líli. - James o empurrou com raiva fingida. Sirius riu, mas logo parou quando viu alguém sentado na cozinha - Quem é o moreno?

- Ah sim, venha. - os dois caminharam para dentro – Sirius me deixe lhe apresentar ao Lord Snape. Milorde, esse é Sirius, meu irmão.

O lobo e o vampiro se olharam de cima a baixo. Ambos tendo impressões um tanto curiosas um do outro, sem motivos aparentes. Severus se levantou.

- Satisfação em conhecê-lo, senhor Sirius.

- Digo o mesmo, Lord Snape. - Sirius franziu o cenho - Snape? - ele olhou para James - O Lord Slytherin?

- Esse sou eu. - Severus assentiu, ainda avaliando o outro - Eu já o vi em um algum lugar?

- No castelo, provavelmente. - James disse, tentando ignorar o sentimento amargo que surgiu ao ver Severus olhando com tanto interesse para Sirius.

- É um soldado. - Sirius assentiu - Isso explica bastante coisa, senhor Potter. - Snape finalmente tirou os olhos do alfa, para a tranquilidade de James – Eu acredito que queiram conversar a sós. - Severus enrolou o mapa sobre a mesa - Vou sair. Talvez encontrar Lady Potter.

- Ela deve estar com a curandeira. Siga a direita e depois de alguns minutos encontrará a enfermaria. - o vampiro assentiu.

- Com licença. - Severus acenou e saiu. Sirius olhou para James.

- Estou vendo que a conversa com o estrangeiro foi bem produtiva. Afinal, ele ainda está aqui.

- Nós conversamos. Ele é um intermediário entre mim e Você-Sabe-Quem.

- Mesmo? Isso é bom?

- Sim. O rei dele está disposto a nos ajudar. - James serviu um pouco de água fresca para Sirius.

- Tem certeza disso? Eles ainda são sonserinos.

- O inimigo do meu inimigo é meu amigo, Sirius. Eu, sinceramente, prefiro Você-Sabe-Quem a Dumbledore. E outra coisa: o rei Slytherin não quer o trono.

James se pôs a explicar as coisas corretamente para Sirius.

♡♡♡

Severus chegou a um grande celeiro depois de alguns minutos. Ele ouviu vozes e sentiu o cheiro de ervas pungentes. Ele bateu levemente nas portas duplas e entrou. Dentro do celeiro, haviam camas improvisadas de ambos os lados. Em um canto, tinha caldeirões fervendo. Lílian mexia em um deles. Uma senhora já idosa arrumava as camas. Harry estava sentado em uma delas.

- Oi Sev! - Severus caminhou até o menor.

- Olá Harry. Lady Potter. - a ruiva lhe sorriu.

- Lílian. Por favor, milorde, me chame por Lílian. - Severus assentiu e depois de alguns segundos disse.

- Severus. Me chame por Severus. - Lílian assentiu um tanto ruborizada - Está vazio por aqui.

- Por enquanto. Há uma enfermaria do outro lado da aldeia e normalmente as duas estão sempre cheias. James sempre resgata um número grande de pessoas dos campos. - Lílian olhou as camas vazias - Tenho certeza que em breve receberemos mais alguns feridos, o que se torna um problema, pois já há muitas pessoas. - Severus olhou em volta novamente. A senhora veio até eles.

- E esse quem é?

- Esse é Severus, Sra. McDonald. Severus, essa é Natália McDonald, nossa curandeira. Suas mãos são abençoadas por Cassandra.

- É um prazer Sra. McDonald. - Severus beijou as costas das mãos da senhora.

- O prazer é todo meu. - a senhora lhe sorriu simpática.

- Sra. McDonald, por favor, não diga a ninguém sobre a presença de Severus aqui. Severus é um amigo, mas por ser de outro reino, as pessoas podem gerar uma grande confusão.

- Não se preocupe querida, sabe que me esqueço de rostos e nomes com muita facilidade, infelizmente. - Lílian riu.

- Sim senhora, eu sei.

- Eu vou voltar para o outro lado. Consegue dar conta de tudo aqui?

- Sim senhora, não se preocupe. - Lílian acenou para a mais velha e se voltou para Severus, que analisava o conteúdo de um dos caldeirões.

- Bom preparo. - o vampiro elogiou. Ele ajudou Lílian a engarrafar todo o conteúdo do caldeirão - Sirius está aqui.

- Oh! Isso é bom. Já faz um tempo que não o vejo. - ela olhou para Harry, que os fitava curiosamente - Seu padrinho está aqui, Lupol mic.

- Almofadinhas! - Harry riu.

- Pode levá-lo de volta Severus? Eu vou demorar mais um pouquinho aqui.

- Está bem. - Severus pegou o garotinho nos braços - Com sua licença Lílian.

- Toda Severus. - Lílian gostara do quão íntimo era chamar o vampiro pelo primeiro nome - Tchau Harry.

- Tchau mamãe!

Os dois saíram, caminhando até a casa.

- Harry. - Severus parou no meio do caminho - Como aprendeu a fazer magia sem varinha?

- Eu sempre soube. - Harry respondeu sincero.

- Como aprendeu a ver através do vodu?

- Eu só sei. A magia me diz. - Severus assentiu.

- Vamos fazer alguns testes. - Severus se desviou do caminho, se afastando.

Ele caminhou para longe, até não ver mais o celeiro. Deixou Harry no chão e pegou uma pedra.

- Veja. – Severus, com um movimento de pulso, transfigurou a pedra em uma esmeralda - Como seus olhos. - Harry olhou a pedra e sorriu. Severus transfigurou a joia em pedra novamente - Faça igual. Imagine essa pedra se transformando em uma esmeralda e tente. - ele entregou a pedra nas mãozinhas do menino.

Harry olhou para Severus, se perguntando se deveria parecer ignorante ou exibido. Ele decidiu ser exibido. Ele imitou os movimentos de Severus e a pedra na sua mão se transformou em uma ônix.

- Como seus olhos. - Harry disse. Severus fitou a joia surpreso. Ele não esperava que o ômega conseguisse de primeira; ele ficou bem impressionado.

- Muito bem. - ele deu tapinhas no topo da cabeça do menor - Faça voltar ao normal agora. - Harry o fez - Faça de novo, mas tente transfigurar em alguma outra coisa. - Harry pensou um pouco e transformou a pedra em um pequeno leãozinho de pelúcia.

Severus olhou a pelúcia com atenção. Algo nele reconheceu aquilo de algum lugar, mas ele não conseguia lembrar-se de onde. Harry lhe ofereceu o brinquedo. O vampiro pegou cuidadosamente e analisou. A pelúcia era pequena e o pelo falso era macio ao toque. Severus nunca tinha visto algo parecido, mas ainda achava extremamente familiar.

- É muito bonito. - Severus acariciou a pelúcia e entregou novamente a Harry - Fique com ele. - Harry abraçou a pelúcia - Tente levitar o brinquedo ou fazê-lo voar. - Severus fez os movimentos e fez Harry repeti-los. E de novo, o menino fez de forma excelente - Muito bem. - a pelúcia voltou para os braços de Harry - Você é um menino muito especial. Agora, me estenda suas mãos. - Harry colocou o brinquedo no chão e estendeu suas mãos - Isso não irá doer não se preocupe. - Severus segurou as mãos do menino e apontou sua varinha, recitando e fazendo movimentos complicados.

A pele de Harry esquentou e formigou, fazendo cócegas. Depois de recitar o feitiço, Severus viu que nada havia aparecido nas mãos do menino. Curioso, ele levantou as mangas da camisa de Harry e paralisou quando viu a Marca da Morte.

Ele ergueu os olhos e fitou os olhos esmeraldas com espanto e depois fitou novamente a marca. Seu polegar esfregou a mesma curiosamente e temerosamente. Um fio frio como uma navalha atravessou sua magia. Sua respiração se prendeu contra seu pulmão.

Ele afastou seu toque. Uma pequena mão acariciou sua bochecha. Seus olhos negros viram os olhos do menino com quase espanto antes de se acalmar. Ele cobriu aquela marca novamente e voltou a procurar por outra marca específica.

- Sente algum lugar formigando? - Harry apontou para sua barriga - Me deixe ver? - Harry assentiu, levantando sua camisa.

Severus viu o desenho na barriga do menino. Era uma mulher, com os braços erguidos acima da cabeça, formando um círculo. Em ambos os lados de seu corpo, havia a metade de uma lua. Em seu ventre, havia um círculo com linhas – como um redemoinho. Era um desenho simples, sem detalhes, mas com um significado poderoso.

Severus olhou bem o desenho antes de lançar outro feitiço para esconder aquilo. Abaixou a camisa de Harry e lhe entregou o brinquedo.

- Vamos voltar. - ele segurou a mão da criança e começou a andar em direção ao caminho da casa.

Harry olhou para Severus. Ele sabia que um homem estava pensativo. Harry se perguntava o que era aquilo na sua barriga. Ele perguntaria se não soubesse que o vampiro precisava de um tempo para digerir seus novos pensamentos. Harry não estava preocupado com mais nada. Ele confiava em Severus.

Severus pensava no tesouro de Deus que estava ao seu lado. Uma criança que carregava o símbolo da Senhora do Véu. Aquela criança foi abençoada pelas Deusas. Em seu ventre havia a esperança de uma linhagem santa. Uma Recta Sacri. Severus sentiu o medo cerca-lo só de imaginar o que fariam com aquele doce menino se descobrissem sobre seu corpo puro em magia santa. Não. Severus não permitiria que tocassem na sua criança. Seu pequeno filhote.

"Filhote?".

Ele olhou o menino, que abraçava seu leãozinho, balbuciando alguma coisa com seus lábios rechonchudos. Seu olhar puro estava em seus pequenos pés.

"Sim. Meu filho".

Remus procurou por todos os lados. O quarto estava completamente revirado, mas ele ainda não achara.

- Sirius... - ele rosnou. O homem foi o único que entrara em seu quarto antes da chave desaparecer. Era óbvio que tinha sido ele - Aquela proposta de se deitar comigo era apenas para me roubar! - ele comprimiu os lábios e saiu do quarto, a procura do soldado.

Ele procurou por todos os corredores que já viu o alfa, mas ninguém sabia dizer onde ele estava. Suspirando, ele voltou para seus aposentos. A solução era esperar o homem voltar de Deus sabe onde.

Sirius estendeu sobre a mesa o mapa que copiou, junto a listas de nomes e criaturas mágicas.

- São muitos nomes. - James olhou a lista, seus olhos se desviando para Harry e Severus. Ele franziu o cenho ao ver a expressão séria do vampiro - Está tudo bem?

- Precisamos conversar. - Severus sentou Harry no banco ao lado da mesa - O que é isso? Por que um mapa para Ravenclaw?

- É o que queremos saber.

- Essa é uma cópia de outro mapa, que está no escritório de Bartolomeu Crouch. - Sirius disse, indo até Harry e lhe abraçando apertado, deixando lambidas na sua bochecha. O menor riu.

- O que quer falar? - James se aproximou do vampiro.

- Pode esperar. O que são os nomes?

- Lista de condenados. Eu acho que Dumbledore vai manda-los á Ravenclaw.

- Por quê?

- Também não sei milorde.

- Severus. Me chame de Severus. - ele disse enquanto ainda analisava o mapa, não vendo assim o pequeno sorriso do alfa - Essas pessoas, quem são?

- Criaturas mágicas. - Severus o olhou.

- Irá resgata-los, imagino eu.

- Essa é a ideia, mas temos um problema: a aldeia está cheia e são muitos para transportar.

- Irá chamar a atenção. - o vampiro franziu levemente o cenho - Eu vou ajudá-lo. Podemos fazer de um jeito que não chame tanto a atenção.

- Não quero que se arrisque. Principalmente por que nada foi estabelecido entre nós ainda.

- Besteira. Ajudando-lhe, estou cumprindo as ordens de meu rei. Preciso saber e ver tudo nos mínimos detalhes. - James concordou – Agora, sobre o problema da quantidade de pessoas, não poço opinar.

- Quanto a isso, eu tenho uma solução temporária.

- Solução temporária para que? - Lílian perguntou entrando pela porta da cozinha, carregando um balde de madeira cheio de água - Olá Siri.

- Líli! - Sirius deixou um beijo na testa da ruiva e retirou o balde de suas mãos. Severus franziu levemente o cenho para os toques entre os dois.

- O que é isso? - ela se aproximou olhando para a mesa.

- Prisioneiros. - foi tudo que James disse, mas foi o suficiente para fazer a ômega ficar pálida - Vamos resgata-los lírio, não se preocupe.

- Certo. - ela respirou fundo e olhou para Sirius - Ficará para celebrar conosco?

- Não posso. Preciso voltar antes que a lua cubra o sol. - ele tirou do bolso do seu casaco uma chave de cor prata - Daqui a quatro dias, aqueles que vieram de Hufflepuff retornaram para lá e levaram com eles um presente de Dumbledore para Diggory. Isso é a chave do tal presente. - ele entregou nas mãos de James.

- O que é o presente? - James olhou a chave antes de ela ser pega por Severus. O alfa não se importou.

- Não sei. Dumbledore está usando membros da ordem para guarda-lo.

- Isso tem o emblema de um nobre da corte Hufflepuff. Como conseguiu? - Severus olhou o cacheado curioso. Sirius sorriu ladino.

- Tenho os meus truques, Lord Snape.

♡♡♡

Quando a noite chegou, Sirius voltou á cidade. Infelizmente, seria muito suspeito se ele não estivesse no castelo.

Lílian notou que Severus estava ainda mais atencioso com Harry hoje. O olhar do homem era preocupado, apesar de sua face continuar indiferente. Severus tentava entender os sentimentos complexos pela criança ao seu lado. Ele nunca sentira isso antes, mas não tinha aversão a essas emoções.

- Onde estamos? - Harry perguntou olhando o mapa sobre a mesa. Era um mapa de Gryffindor.

- Estamos fora das muralhas da capital. Essa floresta não tem nome. - Severus apontou para a grande mancha verde separada no mapa, mas nem ele mesmo conseguia se localizar naquela imensidão verde - Esse lugar tem nome? - ele pergunta á Lílian.

- Um dia teve. Esse lugar era chamado de Vale de Carrier² - ela sorriu - Os poucos centauros que vivem por aqui, dividiam essa floresta com as ninfas e os elfos.

- Suas irmãs ancestrais. - ela assentiu.

- Quando Dumbledore se tornou rei, ele ordenou que o vale fosse queimado. As criaturas aqui sacrificaram suas magias para salvar suas casas, morrendo no processo, mas salvando esse lugar. Graças ao sacrifício deles, Dumbledore não consegue entrar aqui ou achar a aldeia. A floresta arma diversas armadilhas para manter longe os inimigos, sem falar que, quem está do lado de fora, acredita que esse lugar é amaldiçoado. E os que sobreviveram, foram levados pela ordem.

- Onde fica o castelo? - Harry voltou a perguntar, desviando a atenção para si novamente.

- Aqui. - Severus apontou - O castelo fica em Boyman³. É a capital do reino. - Harry assentiu.

- Acho que já podemos começar o ritual. - Lílian se levantou, indo até a sala. Já era tarde e na sala estava James.

Um pouquinho mais cedo, naquele dia, os quatro juntos queimaram a tora que ficava em cima da simples lareira do chalé e enfeitaram uma nova tora de carvalho com fitas verdes e vermelhas e três velas: duas verdes e uma vermelha.

A tora simbolizava o nascimento do Sol e invocava Cer’4 – assim como as velas, que também simbolizam ambos. A tora foi colocada na sala em frente da lareira, sendo esse local o de maior destaque na casa. No canto da sala, havia uma pequena árvore enfeitada com pequenos sinos de prata e fitas também vermelhas e verdes. No topo da mesma, havia uma estrela de cinco linhas, feita de gravetos e pedrinhas coloridas. Harry que fez.

Também havia bolinhas de algodão coloridas e debaixo da árvore havia presentes, mas não eram para nenhum membro da família específico e aquilo deixou Harry curioso. As flores, os frutos e os lindos bonequinhos de palha feitos por Lílian eram presentes para os espíritos da natureza.

Enquanto você oferece proteção á eles em sua casa, eles retribuem fazendo o mesmo por você.

Os quatro se sentaram sobre seus joelhos, formando um círculo. No meio, Lílian construiu um pequeno altar. Ela colocou um pequeno caldeirão na frente do mesmo. Dentro do caldeirão, estava uma vela dourada, uma vela verde do lado esquerdo do altar e uma vermelha do lado direito e no centro uma vela branca. Logo depois, ela traçou um círculo mágico no chão.

Virtutes, spiritus invoco hodie lumine. Mihi magicae vires unio virtute solis, et renasci per repromissionem (Hoje, invoco os poderes do Espíritos da Luz. Uno minha força mágica à energia da Criança da Promessa, para que o Sol renasça). - disse a ruiva enquanto traçava o círculo. James, com a ajuda de uma pequenina tocha, acendeu a vela vermelha.

- Hoc accendit, animos ignemque veneror (Com esta vela, eu honro todos os espíritos do fogo). - James também recitou, entregando a tocha cuidadosamente para Harry e o ajudando a acender a vela verde.

- In hac lucerna, non honoris spirituum omnis natura (Com esta vela, eu honro todos os espíritos da natureza). - Harry estava sentindo sua magia formigar. Ele sempre gostava quando isso acontecia. Na sua primeira vida, Harry quase não teve chances de comemorar o Yule e as poucas chances que teve, nunca lhe deram essa sensação, pois não havia mais magia em seu corpo. Ele entregou a tocha para Severus e viu que, antes de pegar, o vampiro tremulou levemente e seus lábios se apertaram. “Severus tem medo do fogo?"

Se fosse isso, Harry não se surpreenderia, levando em conta que, na vida passada, o homem morreu queimado como as bruxas ancestrais ou as milhares acusadas de bruxaria.

- In hac lucerna, non celebramus spiritus hiems (Com esta vela, eu celebro o Espírito do  inverno). - Severus acendeu a vela branca, passando a tocha para Lílian, que acendeu a vela dourada.

- In hac lucerna, quae dea est, in tenebris est utero ego gloriam per repromissionem natus est qui autem de, reditu ignotaque prodit in lucem (Com esta vela, que se encontra na escuridão do ventre da Deusa, eu honro a Criança da Promessa, que nasce agora e traz o retorno da luz). - Lílian apagou a tocha e deixou a casa ser iluminada apenas pelas velas.

Elevando os braços aos céus, os quatro recitaram.

- Et cornu illud celebre per lumen, ut receperint per repromissionem quia resurget, in solis regeneratis inter vallis et fluminibus montibus. Salve, o Divini Infantis! (Pelo chifre e pela luz, celebro e dou boas-vindas à Criança da Promessa, ao Sol renascido que nasce entre os vales, rios e montanhas. Seja bem-vinda, Criança Divina!).

Em seguida, cada um deles pegou uma folha de louro e as amassou entre os dedos e palmas e faziam um desejo a Cer e ao Sol. Depois, deixaram as migalhas caírem dentro do caldeirão. Ao lado do mesmo, James pegou um sino e tocou três vezes.

- Benedictus Deus qui est et dea convertat, O vitae quondam iterum. Motus naturalis aeterni excipio Yule celebrarent. May luceat lux Dei, et ut omnes in ea (Abençoados sejam a Deusa e o Deus, que giram mais uma vez a Roda da Vida. Dou as boas-vindas a Yule e celebro o movimento eterno da natureza. Que a luz do Deus brilhe e que todos sejam por ela).

Do lado de ambos, havia um copo de barro com vinho. Eles ergueram seus copos e disseram:

- Et vinum bibo deae puerum solis (Eu bebo deste vinho em homenagem à Deusa e à Criança do Sol). - eles beberam a metade do vinho. Obviamente, no copo de Harry tinha menos. Em seguida, ofereceram a outra metade para os espíritos, deixando os copos dentro do círculo.

Harry foi até Lílian. A ruiva começou a cantar e girar de mãos dadas com o menor. Severus e James batendo palmas no ritmo da tão antiga canção.

- “Azi sărbătorim, astăzi primim cu recunoștință, copilul care strălucește pe câmp, cu picioarele mici pe pământ își ia rămas bun de la iarnă, aducând lumină și căldură celor care îl primesc .. Micul domn amarelo este binevenit ... Mic domnul amarelo este binevenit” (Hoje celebramos, hoje recebemos com gratidão, a criança que brilha sobre os campos, com seus pequenos pés no solo ele se despedi do inverno, trazendo luz e calor para aqueles que o recebem... Pequeno senhor amarelo seja bem vindo... Pequeno senhor amarelo seja bem vindo) - Harry cantou junto a ela.

Com sua audição, Severus conseguia ouvir outras vozes ao longe. As outras famílias também cantavam e dançavam. Ele voltou a fitar os dois ômegas, que pulavam graciosamente pela casa. Lílian ria das bochechas vermelhas do filhote. Ao seu lado James, sorria. O vampiro também se permitiu sorrir.

O ar harmonioso ficou até que o Sol nascesse.

- O senhor amarelo! - Harry apontou para a luz dourada que surgia no horizonte por cima das árvores. Os quatro estavam na varanda da casa, esperando o nascer do sol enquanto contavam suas histórias.

- Está nascendo. - Severus acariciou os fios castanhos avermelhados do menino.

Lílian se aproximou, se sentando ao lado do vampiro na parede da varanda. James, ao seu lado, deitou a cabeça sobre seu ombro. Uma de suas mãos sendo segurada por Harry, que estava no colo de Lílian. O filhote puxou a mão de Severus, deixando junta a de James sob a sua pequena barriga. Lílian abraçou seu filho, também juntando suas mãos a dos outros homens. Severus aos poucos relaxou e se aconchegou ao lado de Lílian.

Harry suspirou contente. Sua família estava aos poucos se completando. E com esse pensamento, Harry fechou os olhos, abraçando os outros três com sua magia.




 Continua...

Betado por @Alexander_Angel

1'Bridget Bishop ➡ foi a primeira mulher a ser condenada a morte em Salem no ano de 1692, ela tinha 60 anos.

2'Martha Carrier ➡ (nascida Martha Allen; morreu em 19 de agosto de 1692) foi uma das 19 pessoas acusadas de bruxaria que foram enforcadas durante os julgamentos de bruxas de Salem no século XVII.

3'Jenet Boyman ➡ foi uma mulher escocesa acusada de bruxaria ; ela foi julgada e executada em 1572, embora o caso contra ela tenha sido iniciado em 1570. Sua acusação foi descrita por estudiosos modernos, como Lizanne Henderson , como o registro mais antigo e abrangente de bruxaria e crença em fadas na Escócia .

4'Cer ➡ seria Céu em romeno, segundo a criadora do universo das Deusas, Cer é a mãe das estrelas e do sol, seria também a mãe de Sakura a Deusa da vida

Ia gostaram?

Gente esse ritual de Yule deu trabalho viu, espero que tenham gostado.

Lembrando que em cada reino o Yule não é comemorado da mesma forma e no próximo capítulo vcs perceberam isso.

Beijos e até a próxima 💋💚💋❤💋💙💋💛

Pokračovat ve čtení

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