Violet Gilbert
Havia se passado alguns meses desde o dia da confusão que envolveu as bruxas e a Sophie, após isso ela decidiu retirar o feitiço que ligava nossos corpos, Marcel estava morto, as bruxas podiam praticar magia novamente, lobisomens eram bem-vindos na cidade e Klaus havia recuperado o posto de rei de New Orleans.
E meu bebê estava a ponto de nascer, pois eu estava quase no nono mês, mais conhecido como o último mês. De acordo com a irmã bruxa de Klaus, Freya, o bebê nasceria entre o final de setembro e o começo de outubro.
Seria perto do nosso casamento, pois é, ele havia tomado vergonha na cara e me pedido em casamento.
flashback on
- Niklaus, eu juro que isso for mais uma palhaçada sua eu arranco a sua cabeça fora! - Ameacei enquanto andava pela casa a procura dele.
Eu havia recebido uma mensagem vinda do celular dele que dizia que novamente ele havia se metido em confusão e estava em perigo.
Tudo de bom pra uma mulher grávida, não é?
E aqui estava eu, andando pela casa com cuidado segurando uma frigideira em mãos pronta pra tacar na cabeça do primeiro que me aparecesse.
Ouvi um barulho vindo do quintal e automaticamente fiquei atenta a isso e fui em direção ao lugar, respirei fundo e quando eu ia passar pela porta senti duas mãos cobrindo meus olhos.
Minha primeiro reação foi gritar e puxar o braço da pessoa, digamos que nesse processo eu quebrei o braço dela, mas entrei em pânico assim que reconheci a voz feminina gritar de dor.
Olhei para trás assustada e vi Rebekah caída no chão com o braço torto. Dei um sorriso amarelo quando ela me olhou irritada, logo a loira havia conseguido recuperar o braço quebrado após colocar o osso no lugar e se levantou ajeitando o vestido azul.
- Você é mesmo um lobo salvagem, hein? - Ouvi uma risada e olhei pro meu lado esquerdo, vendo Kol segurando dois balões brancos enquanto Elijah estava ao lado dele com um saxofone em mãos, Freya segurando uma cesta, Hayley com uma vela em mãos e Matt com um lança confete.
Ah, talvez eu tenha esquecido de mencionar isso, mas Matt estava namorando com Rebekah, pois é, havia se passado apenas alguns meses mas para mim era quase anos. Tudo havia acontecido muito rápido.
E Klaus estava me olhando aparentemente chocado pelo fato de provavelmente ter visto eu quebrando o braço da irmã dele.
Resolvi me recompor e ajeitei meu vestido amarelo e olhei pra ele.
- Então, qual é a emergência? - Perguntei e ele fez uma cara confusa, mas logo desfez a feição e olhou para Kol.
- Que foi? Você pediu pra chamar ela, eu pensei em colocar um pouco de drama. - Ele deu de ombros e eu revirei os olhos percebendo que tudo não passava de uma armação de Klaus pra fazer eu ir até o quintal.
- Esqueceu que ela tá grávida, bocó? - Rebekah o repreendeu.
- Acredito que o clima não esteja se tornando agradável no momento, então peço que continuem nosso objetivo aqui pois tenho assuntos para resolver em alguns instantes. - Elijah avisou enquanto ajeitava a gravata preta do terno com a mão esquerda, já que a direita estava ocupada com o saxofone.
- O assunto mais conhecido como Hayley Marshall. - Kol murmurou e o irmão nobre olhou sério pra ele.
Klaus coçou a garganta, o que fez nós olharmos para ele novamente.
- Eu vou ser rápido com isso, eu realmente gostaria de ter feito algo melhor mas eu não tenho paciência pra isso. - Ele falou e veio em minha direção.
Elijah começou a tocar uma música no saxofone enquanto Kol mexia os balões brancos e os braços como se fosse uma líder de torcida do ensino médio, parecendo estar entediado, e eu estava com muita vontade de rir mas me controlei ao ver Rebekah quase chorando e Freya quase dormindo em pé, ela parecia estar cansada.
Klaus parou na minha frente e respirou fundo, quando eu vi ele já estava ajoelhado em minha frente com uma caixinha que tinha um anel brilhante aberta.
- Violet Corin Gilbert, você aceita se casar comigo? - Ele perguntou pegando em minha mão e eu arregalei os olhos.
Eu não sabia o que fazer. Fiquei em silêncio por alguns instantes e percebi que ele estava ficando nervoso.
- Anda logo, mulher, esse anel foi caro. - Kol falou abanando as mãos em minha direção.
Eu revirei os olhos e olhei para Klaus que estava a ponto de ter uma síncope de tanta ansiedade.
- Eu... - Ele me olhou agoniado. - ACEITO! - Gritei sorrindo e ele sorriu também.
Ouvi os gritos animados dos presentes no quintal enquanto a bagunça começava, Matt havia disparado o lança confete em nossa direção, deixando a gente cheio de papéis coloridos, Hayley havia assoprado a vela e Freya havia jogado penas brancas em nossa direção, eu havia aprendido com a loira que isso era uma espécie de feitiço para abençoar casais.
Enquanto isso Elijah estava sofrendo, no momento em que aceitei o pedido Kol e Rebekah comemoram e gritaram animados e correram pra abraçar o irmão nobre junto com Hayley e Freya e agora estavam pulando em círculos.
Nem parecem que tem mais de 1000 anos de idade.
Niklaus colocou o anel em meu dedo e nós nos beijamos ouvindo os aplausos dos irmãos e o choro de Rebekah enquanto Matt tentava acalmar ela.
flashback off
Tudo estava perfeito, nós havíamos descoberto a poucos meses que nosso bebê era uma menina que emanava muita magia, Freya disse que a possibilidade dela ser uma tribrida de lobo, vampira e bruxa eram grandes por causa das duas famílias, eu só esperava que ela não fosse uma duplicata também por causa da Elena ou uma caçadora de vampiros por causa de Jeremy.
E não, nenhum dos dois sabia, na realidade ninguém de Mystic Falls sabia sobre isso, eu pretendia contar daqui a algumas horas, já que ao anoitecer seria o aniversário de 18 anos da Elena e obviamente nós iríamos até a festa dela na casa dos Salvatore.
A reação de Niklaus com tudo isso sobre a bebê foi a melhor que eu poderia esperar.
flashback on
- Pelo amor de Deus, que coisa demorada. - Klaus voltou a reclamar, mas assim que eu o fuzilei com o olhar ele calou o bico.
- Não se preocupe, Sr.Mikaelson. - A médica disse olhando pra ele e eu fiquei envergonhada pelo show que ele estava dando durante o consulta pra descobrir o sexo do bebê.
Eu realmente acredito que Klaus precisa aprender a ser mais paciente.
Ele ficou em silêncio e nós duas também, após alguns minutos ela olhou para mim e sorriu.
- Meus parabéns, vocês serão pais de uma linda menininha! - Ela falou apontando para o telão onde aparecia o ultrassom da nossa bebê.
- Meu deus, Klaus, olha isso, você... - Virei minha cabeça em direção dele mas estranhei ao vê-lo estático sem piscar. - Klaus? - Chamei ele.
Apenas vi o corpo dele caindo pra trás e um barulho ecoando pela sala, ele havia acabado de desmaiar no meio da consulta.
flashback off
Eu estava rindo ao lembrar dessas lembranças mas fui retirada de meus pensamentos quando ouvi a voz de Klaus ecoando pela sala de estar.
- Eu gostaria de saber qual é a piada do dia também, amor. - Ele disse se aproximando da cadeira de balanço de madeira aonde eu estava sentada.
Minha situação estava relativamente péssima, uma barriga enorme, pés inchados, enjoos, dores por causa dos chutes da bebê, acho que minha filha iria ser uma lutadora, já que pelo visto ela gostava bastante de chutar minha barriga como se estivesse chutando um saco de pancadas.
- Não é nada, apenas estou lembrando de algumas coisas. - Nós dois sorrimos.
- A Elena ligou hoje, perguntou se nós realmente iríamos até a festa dela. - Ele avisou parecendo preocupado.
- Ei, eu não posso esconder isso para sempre dela, uma hora ela vai saber, e isso vai ser hoje. - Mordi o lábio e ele concordou com a cabeça.
- Tudo bem, eu vou pegar um pouco de café, daqui a pouco Rebekah vai vir ajudar você a se arrumar. - O híbrido ia em direção a cozinha mas parou assim que eu soltei um murmúrio de dor e veio rápido em minha direção. - Que foi? Vai nascer? - Ele perguntou entrando em desespero me olhando com pavor.
Eu realmente tinha medo do tipo de pai que ele seria, digamos que Klaus era um pouco desesperado quando se tratava de crianças.
- Acho que ela quer sentir você. - Eu falei fechando os olhos me referindo ao bebê que chutava minha barriga várias vezes.
Ele engoliu em seco e tocou minha barriga por cima do vestido branco e logo os chutes pararam e eu abri meus olhos novamente respirando fundo.
- Papai está aqui, meu bebê, não precisa machucar sua mãe pra tentar chamar minha atenção. - Ele sussurrou pra minha barriga e eu revirei os olhos.
- Ela gosta de ouvir a sua voz. - Falei enquanto ele acariciava minha barriga.
- Todos gostam da minha voz, amor. - Ele me olhou e eu dei um tapa de leve na cabeça dele.
- Tá se achando demais. - Eu semicerrei os olhos e nós dois rimos.
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Gente eu tô a ponto de chorar aqui, os próximos capítulos serão intensos, estamos quase no final da história.
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