contraditório [Junhao]

By Bobylly

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"Garoto pelo dia e garota pela noite. O que era de ser um segredo, acaba saindo do controle quando Xu Minghao... More

primeiro capítulo
segundo capítulo
terceiro capítulo
quarto capítulo
quinto capítulo
sexto capítulo
sétimo capítulo
nono capítulo
décimo capítulo
décimo 1° capítulo
décimo 2° capítulo
décimo 3° capítulo
décimo 4° capítulo
décimo 5° capítulo
décimo 6° capítulo
décimo 7° capítulo
décimo 8° capítulo
décimo 9° capítulo
vigésimo capítulo
vigésimo 1° capítulo
vigésimo 2° capítulo
vigésimo 3° capítulo
vigésimo 4° capítulo
vigésimo 5° capítulo
vigésimo 6° capítulo
vigésimo 7° capítulo.
vigésimo 8° capítulo

oitavo capítulo

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By Bobylly

Voltei dnv na mesma semana, gostaram?
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Jun ficou meio perdido em seus pensamentos, eu pude ver o medo e a curiosidade em seu olhar durante todo o trajeto até a casa do Jeonghan que é a onde eu passarei a noite hoje. 

Jun parou o carro na frente da casa dos meus amigos e logo eu dei uma olhada na hora, são quase quatro da manhã, daqui a pouco o dia amanhece então tentarei ser breve, eu pensei bastante em uma desculpa plausível que fará o mais velho acreditar sem me odiar, sim, eu irei mentir pra tentar consertar uma mentira.

Mandei uma mensagem ao Jeonghan avisando que estava a caminho, o mesmo sabia que eu chegaria tarde e precisaria de algum ombro amigo.

– eu estou muito agradecida pela madrugada inesquecível. - digo lembrando da noite que eu jurei que levaria um bolo e se não fosse pelo Jihoon eu estaria morta de fome mas felizmente o resto da madrugada foi bem agradável.

– eu que te agradeço por ter passado essas últimas horas ao meu lado. – ele responde me arrancando um sorriso e um acelerar no coração.

Assim você só complica as coisas Wen Junhui.

– enfim, infelizmente eu tenho uma notícia para te dar.

– infelizmente? - ele pergunta franzindo a sobrancelha - o que aconteceu?

– eu vou me mudar - digo de uma vez.

– se mudar? Isso é ruim? 

– sim, eu vou me mudar para fora do país. - digo e vejo o olhar do Jun se perder em algum canto do carro.

– você vai para qual país?

– Canadá, eu irei para o Canadá. - digo o primeiro país que veio em minha mente. - vou cursar artes visuais.

– então isso significa...

– isso é um adeus, Junhui. - falo recebendo o olhar melancólico e brilhante do mais velho. Senhor! Ele não vai chorar na minha frente, né?

– você não vai mais voltar? 

– talvez eu volte, mas não tenho previsão e eu não quero te prender a mim. - digo pausando a canhota em seu rosto deixando um carinho ali. - então é melhor assim, espero que você encontre alguém que te complete.

– alguém melhor que você para isso não existe, Mingue. - e ele deixou uma lágrima escapar escorregando até a minha mão.

Eu tô me sentindo um mostro!

– claro que existe e eu tenho certeza que essa pessoa vai te amar bastante do jeitinho que você merece. - digo me segurando ao máximo para não cair em lágrimas também.

– e se essa pessoa não existir?

– vai por mim...- digo enxugando os seus olhos. - existe, mas infelizmente não pode ser eu. - digo logo fungando para não chorar.

– Mingue...– o interrompo com um último selar.

– adeus Junhui, dirija com cuidado. - falo saindo do carro sem olhar para trás  apertando os olhos deixando que as lágrimas escorressem.

Assim que eu coloco o pé na casa de Jeonghan eu o vejo levantar do sofá e vir em minha direção com o olhar preocupado, logo me puxando para os seus braços, me permitir chorar até a última gota.

...

Encontrar Jun no trabalho foi uma das piores coisas que poderia acontecer, eu sabia que ele era apaixonado pela Mingue mas eu não imaginava que era tanto, principalmente que não houve tanto contado entre ele e Mingue. O primeiro dia que eu tive trabalho após o encontro, o Jun chegou atrasado e com a carinha triste e olheiras fundas nos olhos, e foi assim durante a semana, isso de certa forma acabou ainda mais comigo, eu não poderia me sentir uma pessoa pior do que eu me sinto agora.

– sem carinhas tristes nessa casa, a partir de agora eu quero somente sorrisos, okay? - Boo diz com as bochechas molhadinhas.

– Seungkwan, ele tá tão caidinho, - digo fungando - hoje ele foi de pijama pro trabalho, eu acho que deixei o garoto com depressão - digo limpando as lágrimas.

– para de chorar, caralho, você sabe que eu sou um molenga, eu vou acabar chorando mais.

Isso era um fato, Seungkwan chorava com facilidade, toda vez que ele lembrava do seu cachorro que mora com seus pais ele chorava, ele chora assistindo qualquer filme de romance/comédia romântica, ele chora de medo também, assistindo filmes de terror; ele chora vendo outra pessoa chorando - que é o caso no momento -. Lembro do dia que ele chutou um gato sem querer na rua e começou a chorar desesperado assim que ouviu o grito do bichano.

– okay...eu vou parar, aliás a consulta com o psicólogo é hoje e eu estou atrasado.

– a eu tinha até me esquecido, você quer que eu te levo e busco? 

– sim, por favor, tô sem cabeça para dirigir hoje.

– então vamos. - diz abrindo um breve sorriso

...

Chego no consultório faltando uns cinco minutos para a minha consulta, que não demorou muito para me atendessem.

Entro na sala aconchegante meio apreensivo, a sala tinha tons escuros e acolhedores e no meio dela tinha uma poltrona e um divã, e bem ali sentado na poltrona havia o psicológico que olhava para uma postila com os óculos de grau na ponta do nariz, a visão era tentadora mas a vontade de sair correndo era maior e como eu não sabia se aquele belo homem já havia me anotado ali, eu aproveitei para dar meia volta de fininho pra tentar sair correndo daquele lugar. 

– rapaz, Eu já te vi.- o homem de cabelos negros jogados para trás diz me fazendo engolir em seco.

– a...já me viu? - rio nervoso.

– sim, agora você poderia fechar a porta? se você se sentir confortável é claro. - fecho a porta em minha frente logo me virando com um sorriso amarelo nos lábios.

– sente-se. - dita apontando para o divã. - faço o que ele pede e me sento em sua frente. - olá...então essa é a sua primeira consulta em um psicólogo, certo?

– certo. - respondo com os músculos rígidos.

– relaxe, garoto, isso é uma consulta e não uma entrevista de emprego. - diz simples deixando a sua postila de lado e pegando um caderninho de couro.

– é que isso ainda é estranho para mim.

– está bem, mas eu realmente preciso que você relaxe.

– okay...

- então, qual é o seu nome? - ele pergunta me deixando confuso já que eu pude ver o meu nome na postila que o mesmo lia.

- eu achava que você já sabia...

- eu sei mas preciso que você me responda. - fala abrindo o seu caderninho e apertando uma caneta.

- Minghao.

- prazer Minghao, o meu nome é Choi Seungcheol.

– prazer.. - respondo e vejo o moreno anotar alguma coisa em seu caderninho.

– então...me conte mais sobre você.

– a...eu tenho vinte e três anos e sou chinês.

– chinês? E você mora aqui desde criança?

– sim, mas ainda vou a China de vez em quando.

– e como é visitar a terra natal? 

– é bom, tem alguns familiares que não vão com a minha cara mas eu não me importo muito.

– não se importa mesmo?

– por que eu me importaria?

– me diz você, Minghao, por que você se importaria? - ele rebate me fazendo respirar fundo e encostar as costas no divã.

– por que talvez eu fique desconfortável com os olhares ruins que eu receberia ou por saber o que eles falam de mim, mas isso não me importa.

– então você não se importa com as críticas? Está bem. – diz mais uma vez anotando algo na folha daquele caderno. – eu já me importei muito com as críticas já me moldei muito nas opiniões dos outros e eu sei como isso interfere na vida pessoal.

– e como você resolveu isso?

– indo ao psicólogo - diz simples.

– a sim. - falo soltando uma risada baixa.

– é estranho de se ouvir, "um psicólogo que vai ao psicólogo", mas terapia é uma coisa que todos devem fazer até os mais profissionais necessitam. Agora me diga, como que vão os seus sentimentos?

– de mal a pior. 

– conte-me.

Respiro fundo.

– meus sentimentos estão conturbados eu me sinto uma pessoa ruim e falsa, e ao mesmo tempo eu me sinto fora de mim como se eu não me encaixasse.

– encaixasse em quê?

– em mim mesmo é como se fosse duas almas completamente diferentes disputando um único corpo e eu não aguento mais sentir isso. 

– entendo.- ele diz atento a cada palavra minha com uma feição acolhedora, aos poucos eu vou me sentido mais calmo.

– não tem mais perguntas?

– talvez, eu preciso te ouvir primeiro.

– okay...- murmuro logo prosseguindo - eu me aventurei pelo sentimento do amor nesses últimos dias.

– isso é bom.

– não - falo rindo sem graça.

– por que não?

– como eu disse, é como se fosse duas almas disputando o mesmo corpo e infelizmente a pessoa se apaixonou só por uma. – falo dando uma pausa para o Seungcheol anotar mais palavras.

– e essas duas almas se dão bem? 

– nem um pouco.- falo lembrando das noites mal dormidas e dos medicamentos não receitados - Eu sei que seria mais fácil acabar com uma delas mas eu necessito das duas, infelizmente.

...

Após mais alguns desabafos e perguntas a minha consulta já chega aos últimos minutos eu estou deitado falando sem parar enquanto encaro o teto branco e opaco.

– é tão irritante, sabe? Ter que ficar o tempo todo trocando de pronome, feminino pra masculino, masculino pra feminino, isso é um inferno mas eu sou uma pessoa muito confusa, eu não consigo me olhar no espelho com roupas masculinas e falar "olha como eu estou linda" não dá, mas quando eu me visto com roupas femininas eu me sinto tão mais tão melhor e não consigo me ver como "ele".

isso deve ser muito complicado pro seu dia a dia.

– pra caralho... desculpa o palavreado.

– sem problemas.- sorri - continue.

- okay...no meu trabalho por exemplo, nem fodendo eu poderia me apresentar como "ela", com a família também eu acho que preciso ter calma. Eu só tenho essa liberdade com amigos e conhecidos, eu só quero acabar com isso de uma vez por todas.

– Minghao, ter pressa só atrapalha tudo e as consequências podem ser drásticas.

– então o que eu faço, cheol?

– venha me ver todas as semanas e faça o que os seus médicos propõem, com o tempo a sua mente vai clariando e o caminho fica mais fácil.

– tá bom.

– enfim, Minghao, passaram-se 10 minutos do seu horário, sua sessão já está finalizada por hoje. - diz se levantando.

– 10 minutos?! - pergunto alarmado - o Boo deve tá me esperando na recepção, meu deus. - me levanto também seguindo o mais velho que abre a porta.

De onde eu estou já posso ver uma cabeleira loira se levantar de uma cadeira vindo em nossa direção.

– Jeonghan? Cadê o Seungkwan? - pergunto passando pela porta.

– trancado no quarto do Hansolie dele. - diz revirando os olhos - e como eu não sou um empada foda...- diz me olhando brevemente levando o olhar até o meu psicólogo logo abrindo um sorriso, já cheol tinha um olhar simples em nós dois. Sim, eu estou com medo do que o Jeonghan pode falar.

– a tchau, cheol, até mais. - despeço puxando o braço de Jeonghan — que não desgruda o olhar do de cabelos escuros— tentando evitar a ação do meu amigo.

– até, Minghao, te vejo semana que vem. - cheol responde.

– Minghao...você não vai me apresentar o seu psicológico? - Jeonghan diz se soltando do meu puxão me fazendo revirar os olhos, como eu conheço o Jeonghan, se eu não apresenta-los a minha vida vira um inferno.

– Jeonghan esse é o Seungcheol, Seungcheol esse é o Jeonghan - apresento de qualquer jeito.

– olá Jeonghan. - cheol cumprimenta gentil.

– oii, Seungcheol, prazer. - diz sorrindo largo.

- vamos? - Digo tentando acordar o Jeonghan.

– Haozinho...- lá vem. - você pegou o número do psicólogo? É importante ter né? - Jeonghan diz baixo mais perto de mim.

– eu não. - digo óbvio.

– se você quer o meu número não seria mais convincente pedi-lo à mim? - Cheol interfere fazendo o de cabelos descoloridos arregalar os olhos me arrancando uma risada baixa.

– eu deveria perguntar? - jeonhan  diz com certa duvida.

– talvez.

– então me passa o seu número? - pede mostrando interesse.

– é claro. - o Choi diz me fazendo olha-lo incrédulo, logo entregando um cartão preto para o meu amigo que o olha sem piscar.

– ui, tem até cartãozinho, que excitante. - Jeonghan sorri com o papel entre os dedos.

– Jeonghan! - o chamo perplexo - puta merda - murmuro.

– estarei aguardando a sua mensagem. - Seungcheol diz por fim entrando na sala e fechando a porta atrás de si.

– eu não acredito. - falo ainda abismado começando a caminhar para fora do local.

– e tá chovendo homi gostoso no meu quintal, baby.- diz saltitando - Deus que me perdoe mas com esse homem a minha cama vai quebrar. - diz me arrancando uma cara de nojo.

– que simpatia você tá fazendo pra conseguir homem? Chamou um pai de santo? Amarrou uma galinha com uma cueca? - digo arrancando uma risada do mais velho.

– além de ser bonito... - diz me fazendo responder com um "uhum" - uma simpatia das boas, lá em casa eu te mostro.

...

Junhui

– Jun, já faz uma semana, vamos superar? - wonu diz me entregando um copo de café.

– eu não consigo. - fungo sentindo a minha cabeça latejar.

– por que você se apaixona com tanta facilidade?

– por que eu sou carente, caralho.- digo bebericando o café - e a Mingue é tão perfeitinha.

Digo enquanto passa um pequeno filme na minha cabeça com todas as cenas em que eu e Mingue estávamos juntos e era tudo tão lindinho.

– oh meu pai, bora esquecer essa mulher, eu não aguento mais.

– o sorriso dela, Wonwoo! O sorriso! Eu nunca mais vou ver.

Digo lembrando do seu sorriso, do som agradável da sua risada e lembrando dos tapinhas que ela dar enquanto ri. Começo a chorar de novo.

– hui, se cure. Por Deus...

– você que precisa de se curar, parece que não tem coração.

– ainda bem, se for para parecer que tenho e ficar sofrendo desse jeito, eu nem quero.

– aff sua vez vai chegar. - resmungo - eu tô cheio de trabalho, meu deus, só quero dormir, e chorar...e dormir mais um pouquinho .

– faça tudo de uma vez pra terminar mais cedo e ir para casa. 

– tá certo, antes eu preciso falar com o Minghao, chama ele para mim?

– chamo.

– obrigado.

~Wonwoo sai da sala de Jun e vai até a mesa de Minghao que tinha a sua atenção na tela do computador a sua frente.

– Minghao - Wonwoo chama e Minghao logo olha.

– pois não?

– Junhui está lhe chamando na sala dele. - wonu diz e logo vê Minghao concordar engolindo em seco.

Minghao levanta e vai até a sala do Jun enquanto wonu se direciona até a mesa de mingyu dando dois toquinhos na mesma chamando atenção do homem.

– na minha sala em cinco minutos. - Wonwoo diz simples e mingyu sorri em concordância.~

Minghao entra na minha sala meio desconfortável logo se sentando na cadeira em minha frente. 

– me chamou, Junhui? - diz baixo enquanto me olha, seu olhar é um pouco triste mas imagino que o meu esteja pior.

– sim - falo passando os dedos nos olhos - eu estou com muitos trabalhos e alguns deles eu irei precisar da sua ajuda.

– como eu posso ajudar?

– são contratos e negociações de fora, faz uma cópia de todos e guarde para mim - falo folheando uns papéis logo entregando alguns para Minghao.

– de fora? - pergunta simples passando os olhos nas folhas.

– sim, nós vamos para a china.

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Minghao recebendo essa notícia:

Jeonhan é terrível véy kskskskssk


Seungkwan day 😎 parabéns pro consagrado 👏👏

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