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- Eu posso fazer uma pergunta tia? - falo assim que coloco a última batata cortada na panela com carne já temperada.
- Claro. Já terminou? - pergunta se referindo as batatas, aceno entregando a panela a ela que logo leva ao fogo - O que quer perguntar meu bem?
- Eu vinha muito aqui quando pequeno? Porque eu não me lembro, apenas de que você levava o Taehyung para brincar comigo lá em casa - me sento. Agora observando ela a preparar o almoço.
- Ah! você vinha aqui desde que nasceu meu bem, mais aí quando você começou a estudar. Bom, sua tia levou o Tae para estudar lá na mesma escola que você então ficara por lá mesmo, depois disso você nunca mais veio aqui - ela se virou para mim, sorrindo - Até ontem - confirmo com a cabeça olhando para mosca que acabara de aceitar na minha frente sobre a mesa limpa. Credo!
- Mais o Tae já estudava lá? - ela não olha dessa vez, ainda enchendo o arroz - Ou ele começou a estudar lá quando eu fui também? Porque ele é mais velho e tal.
- Sim, ele começou a estudar lá para ficar do seu lado, para não te deixar sozinho na escola. Assim como nós preferimos. - Péssima ideia já que ele vivia me enchendo com seus amiguinhos chato.
- Entendi - terminamos o assunto por ali, assim como o almoço aonde apenas eu e ela comemos tranquilamente.
A tarde eu fiquei mais entretanto em minha própria casa. Papai nunca foi um homem muito presente, mais apesar disso ele sempre tentou, mais agora aqui nem mesmo tenho uma piscina ou minha televisão para maratonar qualquer série da Netflix. Sem contar com a ausência da minha namorada.
A noite chegou mais lenta do que qualquer outro dia, e o que eu fiz durante esse tempo todo foi ficar navegando na internet é trocando algumas mensagens com Rose. Vida mais chata que esse eu não reconheço é em pensar que tá! apenas começando.
- Obrigada Jungkook. - Olho em direção a porta do quarto aonde a voz de minha tia soa do outro lado da porta. Olhei as horas no meu celular contando que já eram 6:24 da tarde. Eu estou perdido de fome, o pior é que as bananas já eram, já que quando fico sem fazer nada e trancado a única coisa que sinto em cada minuto é fome.
- Bom, já que a senhora está entregue. Eu já vou - a voz desconhecida e baixa responde.
- Não quer ficar pra jantar? Taehyung virá jantar com nosco essa noite - não acredito que vou ter que aturar aquele projeto de tormento no jantar - Ele anda muito ocupado esses dias e seria um jantar em família perfeito não acha? .
- Não, não acho - resmungo me levantando já sentindo minha pressão baixar pelas horas que passei deitado - Minha pressão! - resmungo fechando os olhos esperando a tintura acabar.
- Por que em família? - esse homem não vai embroa? Aposto que minha tia quer que ele fique para ficar falando de quando éramos crianças.
- Horas mais. Já se esqueceu que o Jiminie está aqui? Aposto que ele irá adorar te reencontrar - reviro os olhos me levantando, claro que iria né titia. - Ah! mais eu não me lembro dele tia Hyuna - o homem fala um pouco mais baixo - Mais hoje eu não posso, vou fazer o jantar por papai já que ele irá trabalhar no táxi no meu lugar.
- Sinto muito e qualquer coisa fala para o Jimin que eu sinto muito. Tanto faz Jungu. Não me importo mesmo.
- Tudo bem então! vá prepará o jantar do seu pai então. - ela se despede. Aproximo-me da porta ao menos para chegar a tempo de ver o tal Jungu mais assim que chego na sala vejo a porta se fechando. Menos mal, não estou com vontade de conhecer gente desse lugar.
- Ah! - salto por lado olhando para mulher baixinha que sorri com várias coisas nas mãos - O Jungkook acabou de sair, nem avisei para você poder vê-lo - ainda com a mão no peito e o coração quase saindo pela boca me aproximo da mulher que tenta segurar todas as compras nas mãos.
- Eu ajudo titia - pego duas enormes sacolas pretas com panos dentro acompanhando a mulher até seu quarto. Nunca entrara nele antes, mas também não faz tanta diferença já que só tem uma cama de solteiro e uma pequena cômoda com um espelho, vários produtos e Santos é alguns quadros.
Um tapete velho perto da cama e uma janela pequena com cortinas encardidas, porque ela vive assim? Papai vive oferecendo uma vida boa a ela mais ela nunca aceita, me pergunto o que ela vê nisso tudo.
- Aqui. Coloque aqui na cama meu amor - coloco as sacolas na cama, pelo menos seu quarto apesar de... bom é cheiroso, muito cheiroso. Diferente do Taehyung que fede a poeira e mofo. - São roupas que sempre recolho da vizinhança para levar ao pequeno orfanato que abriu aqui perto da Vila.
- A! Por que você não pede ao papai? Ele sempre faz parte desse tipo de coisa - falo observando ela retirar cada peça de roupa e dobrando sobre a cama.
- Sim, foi graças ao seu pai que abrimos o orfanato meu amor - ela sorri indo em direção a várias caixas grandes no canto do quarto pegando uma vazia e voltando para a cama.
Não sabia disso. Papai sempre foi um bom homem mais não sabia que ele vinha nesse lugar. - Seu pai sempre nos ajudou, agora temos um orfanato e um posto de saúde graças a ele, ele sempre insistiu para Jungkook voltar a estudar medicina para futuramente abrirem um consultório particular para consultas mais avançadas. - observava suas palavras e cada movimento gracioso dela, pensar de viver em um lugar assim, titia poderia ser facilmente manipulada por ricos em uma festa de ricos. Sua postura, a forma que ela fala sem gesticular, ao rir tão graciosamente. Mamãe deve ter ensinado ela a se portar assim.
- Titia - chamo ao perceber que ela já terminara com as roupas - Você já foi rica? Como mamãe? - pergunto me levanta seguindo seus passos para fora do quarto.
- Sim. Na verdade, sempre fomos ricos meu amor, seus avós eram gente importante, sua mão não contava a você? - ela me olha se sentando no pequeno sofá.
- Mamãe não gostava de falar sobre eles, muito menos papai. Só sei que eles morreram antes mesmo de eu nascer - me sento ao seu lado recolhendo minhas pernas para cima do sofá abraçando a mesma.
- Sua mãe não gostava muito deles, apesar do que eles fizeram a ela e a mim... - ela suspira soltando seus cabelos lisos e curtos, penteado eles com os dedos arrumando os pequenos fios desgrenhados - Na época em que seus pais se casaram, nós estávamos falindo, e como previsto era de se esperar que sua mãe se casasse com um homem rico para manter a empresa de nosso pai.
- Mamãe me disse que não foi fácil no começo do relacionamento com papai, mais eu não sabia que se referia a isso. - falo boquiaberto. Ainda porquê não é todo dia em que se descobre que seus pais se casaram por dinheiro é falência envolvido.
- Mais seu pai sempre fora apaixonado por sua mãe, e foi ele mesmo que se candidatou a ajudar papai com isso, em troca de se casar com sua mãe _ já com os cabelos presos ela sorri tocando meus joelhos nus - E não foi difícil dele conseguir o amor dela, ainda porquê sua mãe era uma mulher fácil de se apaixonar e seu pai sempre cuidou bem dela. Papai sempre soube cuidar de nós.
- Eles não me falaram sobre isso nunquinha titia - faço um bico. Apesar de ser uma história bonita, eles deveriam ter me contado. Ela sorri beijando minha bochecha se levantando.
- Eles nunca falam sobre isso. Sua mãe nunca conseguio perdoar papai por fazer tantas coisas para ela na época, ele era um pai muito duro, sempre mal-humorado e dominador. Olho para a estante cheias de fotos avisando um quadro da família Park.
- E você? Como veio para aqui? Você não herdou nadinha dos meus avós? - olho por cima do ombro para ela. - Seu tio não era um homem rico meu amor, e não. Eu não herdei nada dos meus pais, nem sua mãe - ela continua preparando o jantar - Papai tinha muitas dividas e o que restou depois de sua morte foi apenas dividas que seu pai teve que pagar.
Graças a Deus! mamãe morreu antes de ter que presenciar tudo isso. Que velho escroto! Me desculpe vovô mais eu já te odeio.
- Vovô seria o tipo de homem em que eu atropelaria sem querer, com todo respeito - mal fecho a boca e escuto a gargalhada dela da cozinha me fazendo rir junto.
- Por Que você atropelaria meu avô? - argh - boa noite mamãe - Reviro os olhos.
- Boa noite meu amor, como foi no trabalho? - aposto que ele nem trabalha.
- Cansativo, hoje teve campanha de vacinas mamãe, você deveria ter ido, era para idosos e criança - escuto um tapa estralado me virando na hora só para ver - Ai mãe - seguro o riso ao ver tae massageando o braço esbanjando uma careta.
- Velha é a sua avó, me respeite garoto - ela fecha a cara voltando para cozinha.
- Bem feito, se fosse eu mirava na cara titia - falo rindo da cara do homem que me olha vermelho de raiva - O que foi cachorro de rua? - pergunto já me levantando ao ver ele se aproximar rápido.
- Seu... - corro para a cozinha me proteger em minha tia - Mãe você ouviu o que ele disse? - ele aponta para mim, olhando indignado para titia que da de ombros. Mostro a língua. - Park Jimin eu vou-
- Taehyung porque você não vai ver o Jungkook? Ele acabou de sair daqui - titia fala me livrando dele - Ele me disse que você nunca mais foi falar com ele. - Ela empurra ele para fora da cozinha.
- Ma- mais mãe o Jimin - ele tenta se soltar dos empurrões da mãe enquanto me olhavam frustrado.
- Vai vai - sussurro dando tchau rindo de sua cara, não foi uma vou ideia já que ele ficou mais puto me ameaçando com sussurros que eu só entendi "Eu te mato Park Jimin" É nada mais
- Vem - chamo pegando uma colher de pau ficando em posição de ataque.
- Ninguém vai matar ninguém aqui - titia se aproxima de mim, tomando a colher - Me dá isso aqui garoto, eu tenho que mecher esse arroz - mostro um sorriso amarelo colocando as mãos atrás do corpo.
- Desculpa titia - falo fazendo minha melhor cara de inocente.
- Não bebê, não se desculpe seu primo é um chato implicante - ela me defende fazendo meu priminho marchar até a porta vermelho de raiva.
Depois de minutos preparando o Jantar resolvi tomar um banho aonde aproveitei para refletir por todos os meus pecados e qual foi o que o meu pai mais odiou por me fazer passar por isso. A água gelada tava acabando com meu juízo, eu preciso me acostumar com isso.
Deus eu não vou me acostumar com isso! Preciso ir ao salão par retocar meu loiro, sem contar na distração diária que faço, é ontem foi o dia. Tenho que mudar os dias só por esse tempo que vou ficar aqui.
- Meu Deus! - grito saindo do banheiro como se minha vida dependesse daquilo - Meu Deus do Céu tiaaaaa - grito correndo em direção ao quarto fechando a porta com tudo. Meu coração parece que vai sair pela boca, eu estou passando mal, eu vou morrer.
- O QUE FOI JIMIN? - escuto o grito da minha tia e logo batidas na porta aonde eu ainda estava escorado tentando acalmar os nervos - meu bem porque você saio pelado assim? Pelado?
- Jesus Maria José - cubro minhas partes íntimas olhando para cama aonde nem minhas roupas estavam.
- Eu vi sua bunda amarela Jimin - essa voz? Kim Taehyung eu te odeio. Não não não não não. Sinto lágrimas de vergonha descendo em meu rosto. Eu quero ir para casa, papai eu vou me matar só para você provar do seu veneno. E tudo por causa de uma festinha de nada ?! Papai não pode me castigar assim só porque eu fiz uma festinha enquanto ele estava trabalhando em outra cidade.
- Eu te odeio Park - choramingo me jogando na cama sem me importar com o corpo molhado. Aquele bicho horrível parecia um dinocario, meu corpo se arrepia só do imaginar aquele animal me olhando - TEM UM MONSTRO NO BANHEIRO TITIA - meu grito sai abafado por está com a cara enfiada no travesseiro.
- Taehyung vai ver que bicho foi esse que assustou o Jiminie - escuto os resmungos de Taehyung.
- Era só uma perereca inofensiva - ele grita do outro lado da porta. - Inofensiva minha bunda - rosno me levantando - Agora tenho que aguentar as brincadeirinhas dele até o fim do jantar.
Eu odeio minha vida.
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🍌
Até eu vou sentir pena do Jungkook nessa fic
O jimin é muito fresco Mano kkkk