"Por que eu fiz isso?" Harry perguntou miseravelmente na manhã seguinte.
Severus arqueou uma sobrancelha. "Por que você fez o que, exatamente? Se envolver com Draco? Disfarçar sua identidade?"
Harry apoiou a cabeça nas mãos sobre a pequena mesa de jantar nos aposentos de Severus. Severus estava tentando pelo menos fazer Harry beber uma xícara de chá.
"Sim," Harry respondeu a ambas as perguntas. "Estou mentindo para todos."
"Você conhecia os riscos", Severus disse calmamente enquanto se sentava em frente a Harry.
"Eu sei disso e ainda conheço os riscos", admitiu Harry. "Por mais que eu odeie mentir para todos sobre quem eu realmente sou, ainda há muito perigo em realmente dizer a verdade."
Harry olhou para cima e encontrou o olhar calmo de Severus. "Eu estava errado em contar a Draco?" ele perguntou queixosamente.
Severus balançou a cabeça ligeiramente. "Não, eu acho que você provavelmente estava correto em informar Draco. Ele, mais do que ninguém, merecia saber sua verdadeira identidade, dadas as circunstâncias."
Harry exalou a respiração que estava segurando. Ele não tinha certeza de que era a resposta que ele esperava ou não. Ele se sentiu tão dividido. Ele não queria contar a Draco porque sabia que isso aconteceria. Mas por outro lado, ele estava se sentindo mais e mais chateado com o passar do tempo sobre o fato de que Draco não sabia.
Nesse ponto, realmente não importava de qualquer maneira. Draco sabia agora e o que precisava ser dito estava feito.
"Eu realmente não pensei que seria tão difícil", Harry sussurrou, quase para si mesmo.
"Você talvez ache que é muito jovem para se apaixonar de qualquer maneira?" Severus perguntou.
Harry o encarou por alguns momentos, mas então ele suspirou. "Você pensaria assim, não é? Tenho apenas dezesseis anos. Eu deveria estar jogando quadribol ou algo assim", disse ele amargamente, com um amplo aceno de seu braço.
Severus arqueou uma sobrancelha, mas se absteve de comentar.
"Mas eu não quero. Eu não quero mais ninguém", Harry lamentou. Seu humor mudava rapidamente de um momento para o outro, e nenhuma de suas atitudes era de natureza positiva.
"Quem se importa se eu tenho apenas dezesseis anos? Eu sei o que quero e sei quem eu quero. Parece completamente louco, mas eu sei que ele é o cara para mim", disse Harry. "Mas por que tinha que ser ele? Merlin, eu amo Draco Malfoy. Eu amo o bastardo ranzinza com quem lutei por cinco anos. Mas eu não deveria me apaixonar por ele!" Harry exclamou com raiva. "Eu deveria odiá-lo!"
Seu humor mudou mais uma vez. "Então por que eu não o odeio?" ele perguntou miseravelmente. "Ele ainda pode ser um bastardo ranzinza quando quer. Merlin me ajude, mas eu até acho isso atraente agora, apesar do fato de que às vezes pode me irritar pra caralho." Ele bufou. "Por mais estúpido que pareça, é parte de seu charme."
Ele apoiou um cotovelo na mesa e apoiou a cabeça com a mão, enquanto a outra mão agitava distraidamente o chá. Olhando para a xícara de chá, ele de repente soltou uma gargalhada, embora não parecesse exatamente divertido. "Aposto que Trelawney previu isso." 'O amor entre nós terá uma morte horrível', "Harry zombou.
Severus bufou divertido. "Se Trelawney previu isso, então devo dizer que as coisas provavelmente vão acabar para você e Draco, afinal."
Harry olhou para ele e piscou. Ele piscou novamente, olhando para seu pai, antes de voltar seu olhar para sua xícara cheia de chá. Tudo o que ele conseguia pensar naquele exato momento era que desejava que fosse verdade. Ele queria desesperadamente que as coisas funcionassem entre os dois.
"Você realmente acha que somos muito jovens?" ele perguntou baixinho a Severus.
Houve silêncio por vários longos momentos. "Não, Harry, eu não acho que você seja muito jovem," ele finalmente admitiu, mas seu tom soava distante.
Harry olhou para ele com curiosidade e ficou surpreso ao ver o olhar de Severus desfocado, vendo algo em sua mente que só ele podia ver.
"Não tenho certeza de quanto a idade em si é um fator no amor. Eu acredito que é muito mais uma questão de maturidade", Severus disse. Seu olhar focou em Harry novamente. "Você é extremamente maduro para um garoto de dezesseis anos, Harry. Muito mais maduro do que eu já fui na sua idade, e muito mais maduro do que a maioria dos seus colegas. Draco também."
Harry tentou compreender o que Severus estava dizendo. Ele entendeu as próprias palavras bem o suficiente, mas parecia haver algum significado oculto em algum lugar que ele não estava entendendo. Ele ouviu atentamente enquanto Severus continuava.
"Vocês são jovens muito fortes e determinados. Ficou claro para mim, assim como para todos que viram vocês dois juntos, que vocês se importam profundamente um com o outro", Severus disse. "Dê a Draco algum tempo para se ajustar. Eu acredito que ele vai mudar de ideia."
Harry bufou. "Você realmente acha isso? Eu sou 'Harry maldito Potter'. 'O Menino-Que-Draco-Ama-Odiar'."
Severus balançou a cabeça ligeiramente. "Não, você não é o mesmo garoto de quem ele era rival. Ele aprendeu a cuidar do jovem que você se tornou, não do garoto que você era. Qualquer que seja o nome que você usar, você ainda é aquele jovem. Ele é muito inteligente e acredito que ele vai perceber isso. Dê-lhe tempo para resolver tudo. "
Harry suspirou. "Espero que você esteja certo."
*
Harry havia pulado o café da manhã, evitando Draco ao conversar com Severus em seus aposentos. Agora, infelizmente, ele precisava ir às aulas. E o primeiro foi Defesa Contra as Artes das Trevas com Remus.
Harry lentamente fez seu caminho pelos corredores para a sala de aula, os olhos baixos e evitando qualquer interação. Ele realmente não queria falar com ninguém.
Ele tentou se concentrar em qualquer coisa além de pensamentos sobre Draco. Ele bufou suavemente enquanto voltava seus pensamentos à força para sua próxima aula. Algumas de suas preocupações em se tornar Dustin eram preocupações sobre estar perto de Remus. Pelo menos foi bem fácil voltar a chamar o homem de Professor Lupin, já que ele mal se acostumara a chamá-lo de Remus de qualquer maneira.
Quando Dumbledore o informou que Remus estaria ensinando novamente este ano, Harry ficou preocupado. Felizmente, o olfato de Remus só aumentava quando ele estava na forma de lobisomem, e nos dois dias antes e depois da mudança.
Ambos Dumbledore e Severus o tranquilizaram, porém, que não teria importância de qualquer maneira. Os feitiços que a mãe de Harry colocara nele mascaravam muitas coisas sobre ele. Eles haviam mascarado qualquer coisa a respeito de seu verdadeiro pai e sua verdadeira identidade - incluindo seu cheiro. Severus disse que era uma parte sutil do feitiço, mas com Remus como um de seus amigos, Lily faria questão de mascarar o cheiro dele também. Ela obviamente tinha sido muito meticulosa em fazer todas as coisas possíveis para proteger seu filho.
Enquanto Harry caminhava com dificuldade pelos corredores, a ironia o atingiu que ele estava usando a remoção dos encantos de sua mãe agora para se proteger, onde ela havia usado a adição dos encantos para protegê-lo. Toda a sua vida tinha sido uma mentira sobre quem ele era. Ele se perguntou desesperadamente se algum dia haveria um dia em que ele poderia simplesmente ser ele mesmo.
Ele fez uma pausa ao entrar na sala de aula. Normalmente ele estaria sentado ao lado de Draco. Ele pensou em sentar em seu assento normal, mas não tinha tanta certeza se estava realmente pronto para enfrentar Draco ainda. Na verdade, ele sabia que não estava pronto. Contar a Draco havia tirado mais proveito dele do que ele imaginava e, mesmo sabendo que isso aconteceria, a rejeição ainda doía terrivelmente.
Harry se sentou na parte de trás da sala, que normalmente estava desocupada. Ele manteve a cabeça baixa enquanto pegava seu material para a aula, esperando em silêncio enquanto os outros alunos entravam ruidosamente do café da manhã.
Blaise sentou-se ao lado dele. "Você está bem, Dustin?" ele perguntou baixinho.
Harry olhou para cima para ver a preocupação no rosto de Blaise. Olhando além dele, Harry viu Draco sentar-se em seu lugar de costume, com Pansy sentada ao lado dele. Pansy lançou um olhar preocupado na direção de Harry antes de se virar para sussurrar para Draco. Draco parecia estar fazendo o possível para ignorá-la. Ele certamente estava ignorando Harry. Harry voltou seu olhar para sua mesa.
"Estou bem, eu acho," Harry murmurou.
Blaise bufou. "Sim, você está tão bem quanto Draco. Simplesmente maravilhoso é como vocês dois estão" disse ele sarcasticamente.
Harry o encarou. "Apenas fique fora disso, Blaise."
"O que diabos aconteceu?" Blaise perguntou. "Draco está obviamente furioso com você, mas ele não vai dizer nada."
"Eu estraguei tudo e isso é tudo que você precisa saber", disse Harry.
"Mas o que você poderia ter feito de tão ruim?" Blaise perguntou melancolicamente. "Vocês dois sempre se deram muito bem, desde que se conheceram."
Harry estremeceu com a escolha de palavras de Blaise. Esse era exatamente o problema, não era? Na realidade, eles sempre lutaram desde que se conheceram.
"Apenas deixe como está", disse Harry cansado. "Draco tem todo o direito de estar com raiva de mim."
Blaise não teve a chance de dizer mais nada enquanto Remus chamava a atenção da classe. Harry não estava prestando muita atenção até que ouviu Remus trazer o Feitiço Patronus.
Puta que pariu!
Harry realmente não queria lidar com esse problema agora. A questão de seu Patrono era uma coisa para a qual ele não tinha sido capaz de descobrir uma solução. Ele estava evitando isso no DA até agora, precisamente porque assim que alguém visse seu Patrono, seu disfarce seria descoberto. Ele não tinha percebido que Remus iria ensiná-lo este ano, e ele estava se sentindo estúpido porque deveria saber que iria aparecer na aula. Remus foi quem ensinou o feitiço para ele em primeiro lugar.
Harry estava se sentindo muito mal enquanto tentava descobrir uma maneira de sair dessa. Já Remus havia dito que eles estariam praticando o feitiço mais tarde na aula, depois que terminassem de fazer anotações sobre ele. A mente de Harry girava enquanto ele procurava freneticamente por uma solução. Seu estômago embrulhou e ele se perguntou se isso poderia ser uma solução temporária, pelo menos. Do jeito que estava se sentindo, talvez nem precisasse de uma das caixinhas de salgadinhos dos gêmeos para sair da aula.
Ele não estava nem fingindo fazer anotações e percebeu que devia parecer um desastre completo. Ele sabia que seu rosto devia estar mortalmente pálido, e ele podia sentir o suor começando a escorrer de sua testa. Ele ignorou os olhares preocupados de Blaise enquanto tentava decidir o que fazer.
Seria melhor simplesmente desistir da charada? Draco já sabia quem ele realmente era e veja como isso estava indo bem. Todos os outros ficariam zangados com ele também, assim que descobrissem. E o mais longo tempo que ele esperou para dizer a eles não os deixaria mais bravos e magoados? Três das pessoas mais importantes em sua vida estavam bem ali na sala, mas eles não tinham a menor ideia de onde ele estava. Remus, Ron e Hermione certamente estavam preocupados com ele.
Mas se ele contasse a eles, estaria de volta ao ponto de partida. Ele estava fazendo isso em parte para protegê-los. Mas ele sabia que tinha muito mais chances de unir a escola como Dustin Snape do que como Harry Potter. Isso nem levou em consideração o fato de que quanto menos gente soubesse, melhor.
E Remus, Ron e Hermione certamente questionariam seu comportamento. Ron, em particular, ficaria furioso porque Harry era felizmente um Sonserino e namorava Draco Malfoy. Bem, estava namorando.
Harry exalou pesadamente. Por mais que soubesse que seus amigos provavelmente o odiariam quando finalmente descobrissem, ele sabia logicamente que precisava manter o fingimento o máximo que pudesse. Além disso, lidar com Draco era ruim o suficiente no momento. Harry poderia lidar com muita coisa, mas isso era demais.
Ele baixou a cabeça para a mesa, as mãos em punhos em seu cabelo em agitação. Ele não percebeu a atenção que o barulho alto trouxe dos outros na sala. Ele estava perdido em seus pensamentos sobre Draco novamente.
Ele se assustou quando sentiu uma cotovelada nas costelas. Ele ergueu a cabeça para encarar Blaise quando percebeu que todos os olhos estavam focados nele. Apenas Draco estava voltado para a direção oposta.
"Dustin?" Remus questionou. "Você está se sentindo bem?"
"Hum, não, não muito", disse Harry debilmente. "Eu acho que provavelmente deveria ir deitar."
Remus acenou com a cabeça em aquiescência. "Por que você não sobe para ver a Madame Pomfrey? Tenho certeza que você já conhece o feitiço do Patrono?" ele disse, ligeiramente questionando.
Harry fez uma leve careta, mas acenou com a cabeça. Esperançosamente, eles interpretariam a careta como se ele estivesse se sentindo mal, quando na realidade ele estava enlouquecendo com as pessoas descobrindo exatamente o que era seu Patrono - ou melhor, descobrindo que ele era realmente Harry Potter. Harry rapidamente juntou suas coisas e fugiu da sala.
*
Quando Harry entrou cautelosamente no Salão Principal na hora do almoço, ele estava se sentindo muito mais calmo. Ele não estava menos infeliz com a situação com Draco, mas havia recuperado sua determinação de seguir com seus planos. Draco estava bravo com ele, mas Harry não duvidava que Draco manteria seu segredo. Draco sabia tão bem quanto ele que havia muito em jogo.
Harry esperou apenas alguns minutos dentro das portas, tentando ignorar todos os olhares dirigidos em sua direção. Ele abaixou a cabeça quando Draco entrou e passou por ele sem nem mesmo reconhecer sua existência. Blaise e Pansy e alguns dos outros olharam para ele com simpatia, mas seguiram Draco até a mesa. Eles foram leais a ele primeiro e Harry reconheceu e respeitou isso.
Finalmente Hermione e Ron entraram no corredor e Harry rapidamente os agarrou e puxou de lado. Ele escolheu fazer esta pequena reunião como tal aqui, principalmente porque ele não queria arrastá-la. Hermione só o questionaria muito na frente de todos. Ele esperava.
"Você está bem, Dustin?" Hermione perguntou preocupada.
"Ouvi dizer que você teve uma briga com o seu namorado", Ron disse maliciosamente. Ele deu um grunhido alto quando Hermione o acotovelou.
Harry apenas suspirou em vez de ficar com raiva. "Não, não estou exatamente tendo o melhor dos dias", disse ele calmamente. Ele continuou rapidamente antes que Hermione pudesse dizer qualquer coisa. "É por isso que eu queria falar com você. Eu estava esperando que você pudesse dirigir as reuniões do DA esta semana."
"E o Malfoy?" Ron explodiu. "Ele vai desistir também?"
"Eu não estou desistindo", Harry respondeu, olhando feio para Ron. "E nem Draco."
Hermione e Ron olharam para a mesa da Sonserina incisivamente. O ponto deles foi entendido quando Harry seguiu a linha do olhar deles para ver Draco olhando friamente para os três.
Harry baixou o olhar para o chão e passou as mãos pelos cabelos em agitação. "Olha, Draco e eu meio que temos alguns problemas para resolver no momento, mas eles são pessoais e não têm relação com o promotor," ele disse calmamente. "Hum, eu não sei se Draco está disposto a ajudar ou não esta semana, na verdade, mas não estou me sentindo bem no momento. Eu só preciso de alguns dias pelo menos para me recompor e então, Eu prometo, estarei de volta para ajudar a administrar o DA. "
"O que aconteceu?" Hermione perguntou confusa. "Nós nunca nos demos exatamente bem com Malfoy, mas ele tem estado melhor desde que você está por perto. As coisas estavam indo bem, eu pensei. E agora ele está nos encarando do jeito que costumava fazer de novo."
"Ele está bravo comigo", disse Harry, com um rápido olhar para Draco através de sua franja. Sim, Draco estava definitivamente olhando para os três do jeito que sempre fez nos últimos cinco anos. Harry suspirou pesadamente. "Eu fiz algo que o machucou muito. Apenas ignore-o por enquanto o melhor que puder. Por favor?" ele perguntou, olhando suplicante para Hermione e Ron.
"O que você fez?" Ron perguntou curiosamente. "Malfoy sempre foi um idiota conosco, mas ele parecia realmente gostar de você."
"Apenas esqueça isso", Harry retrucou. Ele já havia tomado a decisão de não contar a Hermione e Ron qual era a verdadeira situação e só queria encerrar a discussão. "Vocês dois estão dispostos a dirigir o DA nas próximas reuniões ou não?"
Ambos ergueram as sobrancelhas surpresos. Dustin geralmente era temperamental com todo mundo. Hermione se recuperou primeiro.
"Sim, podemos fazer isso. Devemos continuar com os feitiços de escudo em que estamos trabalhando?" ela perguntou.
"Na verdade, eu estava pensando que todo mundo deveria aprender o feitiço Patronus. Seria uma boa hora para cobri-lo, já que Lupin está ensinando agora. Bom reforço," disse Harry.
Hermione e Ron estavam concordando com a cabeça. "Isso faz sentido. Você já conhece o feitiço?" Hermione perguntou.
"Sim, então não estou preocupado comigo mesmo perdendo essas reuniões.”
Harry encerrou as coisas com Ron e Hermione rapidamente depois disso e finalmente fez seu caminho para se sentar na ponta da mesa da Sonserina, longe de todos os outros. Cotovelos sobre a mesa, ele apoiou a cabeça nas mãos. Ele nem mesmo se incomodou em colocar comida no prato.
Ele ainda estava se sentindo muito mal. . . novamente . . . tanto faz. Ele estava usando o atual distanciamento entre ele e Draco para não lidar com o feitiço do Patronus. Harry estava realmente se sentindo um sonserino nojento no momento. Era o tipo de comportamento pelo qual ele sempre desprezava os sonserinos.
Ele realmente só queria um tempo sozinho. Seu pai já o havia ameaçado naquela manhã, porém, e Harry era obrigado a comparecer a todas as refeições e aulas, apesar da situação.
De repente, alguém agarrou o braço de Harry e o puxou para longe da mesa.
"Draco, o que você está fazendo?" Harry protestou.
Draco não se preocupou em responder, mas manteve um aperto firme no braço de Harry enquanto o arrastava para fora do Salão Principal e pelo corredor para uma sala de aula vazia. Harry permitiu que Draco o puxasse, sabendo que tudo o que Draco tinha a dizer deveria ser dito em particular. Empurrando Harry para dentro, Draco bateu a porta e lançou feitiços de bloqueio e silenciamento.
"Que porra você está fazendo?" Draco disse furiosamente.
"Eu não estou fazendo nada", disse Harry calmamente.
"Então qual era o problema com o maldito Trio de Ouro lá no Salão Principal?" Draco zombou.
Harry se encostou na parede mais próxima para se apoiar e fechou os olhos com força. "Eu pedi a eles que cobrissem as próximas reuniões da AD e pedi que ensinassem a todos o feitiço Patronus porque eu não posso fazer isso. Todos saberiam quem eu sou se eu executasse o feitiço."
"Vocês três estão brincando comigo todo esse tempo, não é?" Draco gritou, mas Harry podia ouvir a dor subjacente.
"Não!" Harry gritou de volta. "Eles nem têm ideia de quem eu realmente sou!"
Isso fez Draco parar. Ele piscou para Harry. "Eles não sabem?" ele perguntou confuso.
"Não, eles não sabem," Harry respondeu. "As únicas pessoas que sabem são você, meu pai e Dumbledore. É isso."
"Por que eu deveria acreditar em você? Por que eu deveria acreditar em qualquer coisa que você tem a dizer?" Draco retrucou, sua raiva ressurgindo.
Harry escorregou pela parede e deixou cair a cabeça sobre os joelhos. "Sinto muito, Draco. Eu realmente sinto. Mas é a verdade que Ron e Hermione não têm ideia."
Os olhos de Draco se estreitaram perigosamente. "Então você está apenas aproveitando a nossa briga e para que eles por você o feitiço do Patrono, sem que eles saibam o que realmente está acontecendo?"
"Sim," Harry sussurrou miseravelmente.
"Foda-se! Eu não posso acreditar em você!" Draco gritou.
"Não posso contar a eles", disse Harry. "Porra, não posso contar a ninguém ou coloco todos em perigo. Você sabe em quanto perigo Harry Potter sempre coloca todos. Estou condenado se contar e condenado se não contar. Mas pelo menos se ninguém souber, é mais provável que sejam protegidos. "
"Oh, então está tudo bem em me dizer. Eu não preciso de proteção," Draco zombou.
"Sim, não, porra, Draco!" Harry exclamou. "Não, eu não quero que você se coloque em mais perigo por estar perto de Harry Potter. Sim, eu tinha que te dizer. Eu quero ficar com você, mas eu não poderia continuar mentindo para você. Eu não quero quer um relacionamento baseado em um monte de mentiras. "
Draco bufou com raiva. "Você me enganou facilmente."
"Sinto muito", disse Harry novamente, tristeza evidente tanto em seu tom quanto em sua linguagem corporal.
Draco olhou para ele com desprezo. "Eu não acredito em você," ele disse lentamente, tom baixo e perigoso. "Você é um desgraçado miserável por fazer essa proeza. Eu disse que vou manter seu segredo, mas fique longe de mim."
Harry observou em silêncio enquanto Draco saía furiosamente da sala, as lágrimas começando a fluir sem controle.