Voltar no banco traseiro do táxi é uma tortura. Percebo que Tyler está se segurando para não me beijar ali mesmo. Foi difícil manter o autocontrole a impassividade enquanto estávamos na casa dos seus pais, mas está cada vez mais complicado me manter longe dele. Eu quero ele; eu preciso urgentemente dele.
Entramos em casa em silêncio. Está tudo escuro; os cômodos iluminados apenas pela luz da rua que adentra as janelas. Arrisco olhar para ele. Tyler está parecendo um leão escondido na grama alta, prestes a pular e atacar a sua presa fácil em um golpe fatal; seus olhos brilham.
Um segundo parece durar uma eternidade, dando-me a dimensão exata da tensão palpável que há entre nós. Ele finalmente acaba com o espaço que há entre a gente com passos longos na minha direção e segura cada lado do meu rosto, me beijando com força. Arfo quando minhas costas vão de encontro com a parede.
Meu blazer é a primeira peça de roupa a sair. Gosto a sensação causada na minha pele quando suas mãos sobem suavemente pelos meus braços. É um arrepio gostoso que faz todos os meus pêlos enrijecerem, e estremeço em seus braços.
Sedenta, enfio a mão dentro da sua camisa. É a sua vez de arfar. Seus músculos são firmes e definidos, o que me faz ficar ainda mais ansiosa pelo momento em que vou estar montada em cima dele, apoiando-se em seu peito delicioso.
Afastamo-nos apenas o suficiente para ajudá-lo a tirar a camisa. Uau. A imagem é, sem sombra de dúvidas, espetacular! Passo a mão pelo seu peito — não consigo resistir — e ele aproveita para arrancar a minha camiseta.
Um segundo depois estou montada em seu colo. Beijo-o mais uma vez. Tyler está se esfregando em mim, se movimentando entre as minhas pernas, e eu posso senti-lo ficando cada vez mais rígido. Gemo baixinho, sentindo uma umidade se espalhar pela minha calcinha.
— Tyler, eu preciso… — sussurro, puxando o seu cinto.
— Shhhh… — chia contra os meus lábios. — Não precisamos ter pressa. Tenho várias ideias de como vou te comer essa noite.
Estremeço mais uma vez; o meu corpo ansia profundamente por isso. Tyler beija o meu pescoço, deixando uma trilha molhada até o decote do meu sutiã. Sem mais delongas, ele puxa o bojo e prende um dos mamilos entre os lábios. Gemo. Sua habilidade com a boca é impressionante, e só me resta mergulhar as mãos em seus cabelos como uma forma de apoio e aproveitar.
— Eu posso sentir o quanto você está molhada — murmura ele contra a artéria pulsante do meu pescoço. — Sabe o que isso significa, hum? Eu posso deslizar facilmente para dentro de você… assim…
Afundo minhas unhas em seus ombros quando sinto-o afastar a minha calcinha e introduzir um dedo na minha entrada. Apoio a cabeça na parede, os lábios entreabertos, enquanto ele movimenta o dedo em uma velocidade não muito lenta; gostoso…
— Meu Deus, Tyler — balbucio.
Ele olha para mim enquanto continua trabalhando, como se quisesse observar cada reação minha.
— Mal posso esperar para estar dentro de você — começa a distribuir beijos pelo meu queixo, usando outro dedo para massagear o meu clitóris.
A sensação é totalmente nova e me faz se remexer em busca de um contato maior. Sua boca desce novamente para o meu mamilo, alternando entre um e outro, e preciso me controlar para manter as pernas firmes ao redor dos seus quadris.
— Eu vou… — aviso, com a voz esganiçada.
— Não. — Afasta-se com a voz carregada de rouquidão. — Ainda não.
Então ele me põe no chão; minhas pernas parecem ter perdido completamente as forças, pois preciso ficar apoiada nele para conseguir ficar de pé.
— Vem cá.
Tyler me leva até o meio da sala, parada exatamente atrás de um dos sofás. Ele me vira de costas para ele e desprende o fecho do sutiã com facilidade. Essa peça também fica pelo chão. Prendo a respiração quando sinto-o se ajoelhar atrás de mim — sei disso porque sinto sua respiração pesada nas minhas nádegas — e ele desprende o fecho das minhas sandálias, e fico agradecida por poder me livrar delas.
Mordo o lábio inferior, sentindo seus beijos subirem pelas minhas pernas e arquejo quando Tyler mordisca uma das minhas nádegas.
— Apoie-se no sofá — ordena ele; a voz carregada de firmeza.
Apenas obedeço, ficando um tanto inclinada. E então sinto a língua dele exatamente ali… Jesus Cristo. Seguro-me com mais força nas costas do sofá, inclinando-me ainda mais contra ele. Seus lábios sobem pelas minhas costas e o mesmo segura o meu cabelo em um firme rabo de cavalo, inclinando a minha cabeça para trás apenas para sussurrar no meu ouvido:
— Vou te foder agora. Com muita força. Vou fazer você gritar, implorar e gozar de uma forma que ninguém jamais fez, e quando terminar, vou começar tudo de novo, de novo e de novo, até não termos mais energia para manter os olhos abertos.
— Por favor… — suplico baixinho.
— Não precisa implorar — ele solta o meu cabelo e escuto enquanto o mesmo mexe na calça, seguido de um barulho de plástico. Preservativo. — Te darei tudo o que você quiser e um pouco mais. — Segura o meu cabelo novamente. — Pronta?
Preciso tomar fôlego antes de responder.
— Pronta. — Garanto.
Tyler se enterra de uma só vez em mim, firme e forte, fazendo-me gritar, entorpecida. Ele sai novamente só para depois penetrar novamente. Outro grito. E assim se segue até que o mesmo ganhe ritmo, entrando e saindo de mim com força e avidez. Consigo sentir a sua respiração quente no meu pescoço, e suas mãos seguram os meus quadris com firmeza, ajudando-o nos movimentos. Gosto do som toda vez que nossos corpos entram em contato; é prazeroso.
E então eu chego ao meu limite, e tenho certeza que ele também, a julgar pela tensão que seu corpo assume atrás de mim. Permanecemos um momento assim, nessa posição, estáticos, enquanto tentamos ajustar as respirações descompassadas.
Ele sai de dentro de mim e eu sinto um beliscão lá no fundo. Ainda zonza pelo orgasmo, viro-me e encontro os seus lábios à minha espera, preenchendo a minha boca com um beijo doce.
Tyler se curva, ainda me beijando, e ergue o meu corpo nos braços. Passo a beijar o seu pescoço enquanto ele me carrega por aí.
— Adoro o seu perfume — sussurro, inspirando o seu cheiro amadeirado delicioso.
— O seu também não é nada mal.
Descanso a minha cabeça em seu peito e o deixo me levar para aonde quer que seja. No andar de cima, ao adentrarmos um cômodo, noto pelos tons escuros dos móveis que estamos no seu quarto. Sinto minhas costas afundaram em um colchão macio, mas Tyler se ergue e permanece lá aos pés da cama. Sento-me e me arrasto até a ponta do colchão, agarrando, mais uma vez, o cinto da sua calça. Enquanto termino de abrir o zíper, passo a língua pelo seu tanquinho — eu sempre imaginei como seria fazer isso.
Finalmente consigo puxar a sua calça e fico encantada com todo o seu aspecto masculino. Tyler é… incrível. Dos pés à cabeça. Ele é grande e macio quando o toco. Coloco-o na boca. O mesmo parece gostar disso, pois resmunga e enfia a mão por entre os fios do meu cabelo, segurando firmemente enquanto o chupo.
— Porra, Teri — rosna. — Não pare…
Ele me deixa ir até onde eu consigo alcançar, e isso me estimula a ir cada vez mais fundo, e o que não dá para colocar na boca eu massageio com as mãos. A sucção parece deixá-lo maluco, pois o mesmo começa a resmungar coisas incoerentes, seguidos por "não pare…".
E então, mais uma vez, ele está em cima de mim. Arranho suas costas, a fim de deixar a minha marca, e Tyler continua com seus beijos incendiários, devorando a minha boca. Ergo os quadris na direção dele, querendo mais. Seu gemido soa baixinho contra os meus lábios.
— Diz que você tem mais camisinha aqui… por favor… — suplico, sem conseguir aguentar mais.
Sinto um sorriso no canto da minha boca.
— Hmmm…. Será? — ele faz movimento lentos entre as minhas pernas, se esfregando em mim.
— Tyler… — choramingo.
— O quê? — agora ele ergue o rosto para me ver, os olhos rubros de desejo, enquanto intensifica o movimento.
Meu lábios estão entreabertos, estou tentando desesperadamente não enlouquecer com essas provocações.
— Preciso de você… — sussurro.
— Sou todo seu.
Finalmente o meu desejo é atendido. Tyler vasculha a gaveta na mesa de cabeceira ao lado da cama e tira de lá uma pequena embalagem prateada que o mesmo rasga nos dentes. Prendo a respiração nos minutos que se seguem, e solto todo o meu fôlego em um suspiro quando o sinto se enterrar dentro de mim novamente. Escondo o rosto na curva do seu pescoço e deixo que ele me envolva e me embale a cada estocada.
— Olha pra mim — pede com a voz rouca, segurando cada lado do meu rosto e olhando dentro dos meus olhos.
Prendo minhas pernas ao redor dos seus quadris e dou um impulso para colocá-lo embaixo de mim. Tyler sorri, parecendo gostar disso. Desço sobre ele novamente e apoio-me em seu peito, subindo e descendo, subindo e descendo… A visão dele embaixo de mim não é nada, nada mal.
Tentada, toco os seus lábios cheios. Para minha surpresa, ele chupa o meu dedo e eu fico completamente fascinada com a cena erótica que se forma bem à minha frente. Tyler segura cada lado da minha bunda, me ajudando a ir cada vez mais fundo, às vezes rebolando…
— Eu… — balbucio, mas minha mente fica completamente inebriada quando um orgasmo violento me atinge, fazendo-me ver estrelas.
Caio sobre o corpo forte embaixo de mim, mas continuo me movimento, mesmo sem força, e mais duas estocadas é o suficiente para Tyler atingir o seu orgasmo.
O momento que se segue é preenchido apenas pelo som descompassado das nossas respirações. Consigo sentir o coração dele batendo forte, e tenho certeza que o mesmo consegue ouvir o meu batendo forte também.
Seus braços forte rodeiam o meu corpo com carinho antes dele virar sobre a cama, me fazendo deslizar para o colchão. Agora, deitados um de frente para o outro, parece que não existe nada além de nós dois em um planeta tão grande. É meio estranho me sentir assim, mas tão bom…
Tyler afasta alguns fios do meu cabelo para poder olhar o meu rosto e quando nossos olhares se encontram, ele sorri, me induzindo a fazer o mesmo. Acho que nós dois estamos nos sentindo meio bobos agora.
— Oi — diz ele.
— Oi — sussurro.
— Está tudo bem? — seus olhos avaliam o meu rosto com cuidado.
— Acho que me sinto… ótima.
Tyler parece respirar aliviado.
— É mesmo? Isso é bom, não é?
Balanço a cabeça, concordando.
— E você? — quero saber.
— Acabamos de ter uma trepada sacana deliciosa, e você ainda quer saber como estou me sentindo?
Dou-lhe um tapa no braço.
— Tyler! — sinto minhas bochechas esquentarem. — Não foi uma trepada sacana…
— Foi, sim — sussurra a centímetros da minha boca. — E estou pensando em repetir a dose…
Observo seus olhos animalescos no escuro.
— Tyler… — começo, baixinho. — Você acha que isso vai estragar tudo entre a gente? Quero dizer… se envolver dessa forma?
Ele afaga o meu rosto.
— Por que não pensamos no agora ao invés de ficar supondo o que será? — sugere. — Eu nunca fui bom em fazer planos quando se trata de relacionamentos.
— Eu gosto do que nós temos — confesso. — Sem rótulos.
— É, eu também — concorda. — Eu só quero foder com você esta noite.
Abro um sorrisinho.
— Quem é você e o que fizeram com o Tyler rabugento e sem graça?
Ele se move até estar em cima de mim novamente.
— A pergunta é: o que você fez comigo?
Seguro cada lado do seu rosto.
— Você é meu esta noite?
Tyler aproxima o rosto ainda mais do meu e olha dentro dos meus olhos.
— Acho que já sou seu há muito tempo.
NOTAS DA AUTORA
CHEGUEEEEI! Gente, sumi, mas... o importante é que voltei. E com um capítulo explosivo, hein? 👀
Como foram de Natal? Espero que muito bem! E esse aqui é meu presentinho para vocês... o capítulo tão esperado...
Me contem o que estão achando. 💜