The Son of Stark!

By BellaViking

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Nem tudo que ocorre nas nossas vidas, pode ser considerado péssimo... e uma prova disso, era a história de Pe... More

Prólogo
A New Life!
Shopping.
Bedroom!
Engagement?
Dinner!
Karen
Are you a Stark?
Nightmares?
Avengers?
Doubts...
Meeting!
Gwen and Spider-Man
Academic Decathlon!
Sinister Sixth
Dad!
Memoirs?
My Father Will be Back!
The Comeback!
Family Moment!
Mystery?
Final Match!
GoodBye
Epílogo

Spider Brat.

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By BellaViking


Existe diferentes palavras ou expressões que poderiam muito bem descrever a situação do pequeno Stark, naquele exato momento. Encrencado, enrascado, lascado, com sérios problemas, sem saída, entre a faca e o queijo, em uma situação difícil de escapar, e diversas outras expressões. Entretanto, a mais correta para se aplicar nesse momento, era que Peter Benjamin Parker Stark, estava completamente ferrado!

O garoto continuava olhando apavorado para a direção do pai. Ele podia ouvir os próprios batimentos cardíacos acelerados, e a respiração entre cortada. Suas mãos estavam suando, igualmente as axilas e a face. E se isso não fosse o suficiente, o menino sentia o nervosismo e ansiedade começar a invadir seu interior, junto com o medo do que acabou de acontecer.

Seu pai, realmente descobriu a verdade? Mas ele foi tão cuidadoso, em todos os momentos, incluindo no resgate! Quer dizer, ele nem olhou ou deu pistas ao pai, apenas falou uma simples frase. Céus, a sua voz, era a única explicação lógica! Tony havia descoberto sobre o filho, através da voz do mesmo – o que era assustador na opinião do Stark Junior, pois apenas indicava que o pai havia memorizado o seu timbre vocal.

Engolindo em seco, Peter desvia o olhar do pai, e tenta agir normalmente, talvez ele consiga despistar Tony. É, não era nada impossível, apenas complicado... Ele apenas iria omitir ao pai sobre o Homem Aranha, não era nada demais, apenas iria tentar enganar o maior gênio da face da terra – e vale ressaltar vingador e seu pai. É, como eu disse antes, nada demais...

Contendo o suspiro derrotado, Peter começa a desmanchar a mochila – tomando o maior cuidado de não pegar nadar que o podia o incriminar. Tony continuava olhado para o filho, com a expressão fechada, tentando ler o que passa na mente do pirralho. O olhar queimante do engenheiro, acompanhado com a expressão séria, apenas permitiu que Peter sentisse a pressão do segredo muito mais em seus ombros. Era a primeira vez que Tony não estava sorrindo ou até mesmo fazendo uma piadinha na presença de Peter, o que deixava o momento mais tenso ainda.

Cansado da enrolação e o silêncio de Peter, Tony solta um bufo irritado, chamando a atenção do adolescente, que apenas encolheu os ombros e virou lentamente na direção do pai. Ambos logo começaram a ter uma troca de olhares, tão profundo e intenso, que até pareciam que ambos se conversavam – talvez eles estavam lendo o interior de cada um.

- Então, não vai falar nada, apenas ficar quieto, Pirralho Aranha? – Tony pergunta, e logo o menino desvia o olhar.

- Eu não sei do que o senhor está falando. – Peter comenta, se concentrando nas mãos – Eu não sou o Homem Aranha. Quer dizer, como eu posso ser um herói?

- É, como voce pode ser um herói? – Tony refaz a mesma pergunta, estalando a língua enquanto se levanta – Um nerd, que pode muito bem desenvolver aquele fio grudento, como se chama mesma?

- Fluído de Teia. – Peter balbucia automaticamente, vendo o pai o olhar sorrindo debochadamente.

- Isso mesmo! – o engenheiro solta um riso forçado – Além disso, ambos tem uma relação com o bairro do Queens! Provavelmente devem ter a mesma faixa etária, que dizer, apenas um adolescente teria coragem de combater o crime com aquele pijama...

- Uniforme. – Peter interrompe o pai, formando um bico, todos sabem que era um uniforme.

- Tanto faz... - Tony olha de relance ao filho – E não podemos esquecer que ambos tem a voz parecida! Mas tirando isso, o que vocês tem em comum, né?

- Tony, eu realmente não sei o que deu em você hoje. Mas eu não sou o Homem Aranha! – Peter exclama, mexendo desconfortavelmente no seu porta retrato – Olha eu não sei onde você viu essa barbaridade, mas devo admitir que é tudo inventado! Quer dizer, se foi na internet, todos sabem muito bem que, a maioria das informações são falsas... como aquela das pirâmides!

- Sei muito bem da qual você está falando. – Tony comenta, estreitando os olhos e entortando levemente a boca na direção da mochila.

- E ainda existe muitas outras... – Peter resmunga, ainda sem olhar para o pai, que olhou de relance para o filho.

- Hum... – Tony derruba a mochila propositalmente, que por estar aberta, acaba deixando o uniforme vermelho e azul, bem amostra - Opa, olha aí.

- Não! – Peter exclama, catando a roupa e escondendo atrás de si, já o Stark mais velho, esse apenas olhou para o filho esperando alguma reação – Não é meu...

- Claro que não é. Está apenas na sua mochila, para voce costurar e limpar, para o seu Amigão, estou certo? – Tony pergunta claramente sendo debochado – Vai continuar mesmo com essa história? Ou vamos logo pular essa parte, e começar a falar do que interessa?

- Não era para você saber... – Peter resmunga, descontente e cruzando os braços.

- Então, você é o aranhazinha? O Aranha que combate o crime? Garoto Aranha? – Tony pergunta, vendo o negar de cabeça do filho.

- Sou o Homem Aranha. – o pequeno gênio confessa, desviando os olhos de Tony.

- Com esse pijaminha aí, não é não!

- Não é pijama! – o garoto retruca, ás vezes ele destetava o senso de humor do seu pai.

- E então? Pepper? May? Nat? Bruce? Rhodes? Algum deles sabem? – o menino nega com a cabeça.

- Se May soubesse ela iria pirar, e quando ela pira, eu piro junto! – Tony segurou o leve sorriso, quando uma lembrança invadiu sua mente – E se Pepper ou qualquer um dos três soubesse, eles iriam te contar...

- Então ninguém mais sabe. – Tony afirma, mas logo percebe a careta de Peter – Tirando eu, quem mais?

- MJ. – Peter responde, suspirando – E o senhor também.

- Quando você iria me contar? Ou estava planejando esconder isso pra sempre? – o engenheiro acusa, olhando seriamente ao Stark júnior.

- Pra sempre é muito tempo. – Peter retruca, e logo percebe o olhar sério do pai – Eu não iria te contar...

- Então você esconderia isso de mim?

- Eu prefiro identidade secreta! – Peter responde, sem olhar para o pai.

- Até você se machucar ou até mesmo coisa pior acontecer, e daí ninguém iria saber. Porque você preferiu esconder esse segredo! – Tony exclama levemente irritado, fazendo o menino encolher os ombros.

- Sabe de uma coisa, Senhor Stark? Nem todos querem anunciar ao mundo todo que são heróis! Tem alguns que preferem ficar anônimos! – Peter rebate, com a voz carregada de atrevimento e indignação – Do que colocar a família em risco!

- Pelo menos se acontecer algo comigo, a minha família iria saber. Enquanto a você? Iriamos descobrir quando? Quando você aparecesse todo machucado na nossa frente? Ou somente quando algo realmente sério tivesse acontecido? – Peter forma uma careta na face, ao ouvir as acusações de Tony, quem ele pensava que era?

- Não sei porque você está tendo esse surto aí! Até alguns meses atrás, eu era apenas mais um adolescente, na sua visão! – Peter bufa irritado, enquanto Tony apenas deixava uma carranca na face – Estou mentindo? Se fosse alguns meses atrás, o senhor estaria fazendo esse chilique todo? Eu acho que não! – Tony nada fala, apenas desvia os olhos – Foi o que eu pensei...

- Se não fosse eu fazendo esse chilique, - Tony praticamente cospe a palavra – seria May. Você iria deixar a sua tia, preocupada com você! Pois ela não iria saber onde você está, se está bem ou com vida. Você entende a gravidade disso, Peter?

- Pare de tentar me fazer culpado! - Peter retruca, cruzando os braços – Eu prefiro que Tia May ficasse preocupada, do que em perigo!

- Peter, vê se entende de uma vez por todas. Eu, Pepper e May, se preocupamos com você! Você é basicamente a nossa prioridade! E como vamos te proteger, se você esconde algo assim de nós?

- Eu não preciso de ninguém me protegendo! – Tony bufa irritado – Que saber? Você não precisa me proteger e muito menos se preocupar comigo! Você não fazia isso, até algumas semanas atrás, então volta a não fazer nada a respeito a mim! – Peter esbraveja irritado, sem um pingo de paciência.

- Você é meu filho, Peter! É dever e direito meu, preocupar com você! – Tony revida, no mesmo volume.

- Para de agir como se eu fosse importante para você! – Peter fecha os punhos com raiva – Eu não sou Seth! Seth morreu naquele porcaria de acidente! Eu sou apenas Peter Parker! Então pare de agir como se me conhecesse! – Tony apenas negou com a cabeça, enquanto deixava uma risada forçada preencher o cômodo.

- Não me importa se você é ou não o Seth, eu vou continuar me preocupando com você! Porque você é meu filho, Peter Parker!

- Não sou! Eu sou apenas um orfão, que até alguns dias atrás morava com a tia. Esse sou eu! E não o Filho de Tony Stark! O filho até então morto! – Peter deixa um barulho nasal escapar – Eu queria tanto que Tia May não tivesse contado nada! Eu queria tanto.... não ser o seu filho!

Peter esbraveja com a raiva explodindo nas suas veias. Com toda a certeza, Peter não sabia o que falava ou fazia, ele apenas estava com todos os seus sentidos trabalhando a todo vapor, e infelizmente para o lado negativo. Nunca na vida, ele iria falar tantas bobagens, como estava falando nesse exato momento, para ninguém menos, que o homem que ele mais admirava.

Entretanto, a sua vida inteira sempre foi uma bagunça nem um pouco agradável. Anos ele acumulando tudo, toda a raiva e angústia que o cercaram, todos os segredos que sempre o estavam rodeando. E mais agora, aquela sentimento que Tony havia transmitido, tão desconhecido pelo Parker, foi o suficiente para explodir igual uma bomba relógio – infelizmente na pessoa errada.

Já Tony, esse assim que ouviu aquela frase sair pela a boca de Peter, sentiu tudo se desmoronar. A raiva, indignação, preocupação que estava sendo como uma névoa ao seu redor, simplesmente se dissipou rapidamente. A carranca formada em sua face, logo se desmanchou, dando espaço total para uma face angustiada. Os olhos castanhos de Tony, estavam opacos, com uma névoa turva encobrindo eles totalmente.

Sentimentos negativos, começaram a rastejar rapidamente entre o interior de Tony. Todos os medos e pesadelos de Tony, emergindo das sombras, para o arrastar. Por algum motivo, ele pressentia que também decepcionaria Peter, e que até mesmo aquele garoto inocente, iria o desprezar. Céus, ele queria estar tão errado sobre isso, mas essa era a maldição de ser um gênio, raramente você errava.

- Eu sinto muito, Peter. – Tony comenta, a sua voz não se encontrava alguns timbres acima, na verdade, ela estava bem baixa e embargada, o engenheiro não olhava para os olhos furiosos de Peter, na verdade, ele tentava continuar com a mesma prepotência de sempre – Eu não vou mais perturbar. – Peter não fala nada, apenas continuava olhando para o pai que começou a sair do quarto, mas antes de fechar a porta, o garoto ouviu o balbuciar tristonho e sofrido de Tony – Eu só não quero te perder novamente...

E então, finalmente todo aquele sentimento que apoderava o interior de Peter, dissipou rapidamente, dando espaço para o remorso e culpa. Peter logo desmancha a carranca, e apenas deixa os ombros cair, enquanto soltava um gemido frustrado. Ele não acreditava no que ele acabou de fazer, Tony não merecia nada disso...

- Parabéns Peter, você acabou de fazer a maior burrada da sua vida!

*

*

*

Assim que barulhos de salto altos costumeiros, ecoaram pelo o corredor silencioso, Pepper soube que algo estava errado. Primeiro, nem Peter ou Tony apareceram para a receber, e em segundo, o lugar estava silencioso demais. Sem nenhuma briga infantil ou conversas complexas entre os gênios da Torre, até mesmo as gargalhadas de Peter, não podiam ser ouvidos, e isso apenas deixava Pepper ainda mais confusa com tudo.

Assim que deixou a bolsa descansar no final do corredor, Pepper pode ver alguns da sua família, espalhados entre a sala comunal – mas sem sinal de Peter ou Tony. Wanda, Steve e Bucky, estavam concentrados em uma revista culinária – o que era engraçado de ver. Clint, Rhodes e Scott, esses jogavam Cobras e Escadas, com Visão observando tudo. E para completar a cena, Natasha se encontrava sentada no sofá, com Bruce deitado nas suas pernas, lendo um livro distraidamente.

A cena parecia normal, mas ao mesmo tempo não. A Potts estreitou os olhos, e observou cada um dos heróis, nenhum deles pareciam estar felizes, como costumavam ser – está certo que eles hoje salvaram pessoas de um metrô instável, porém, como a missão foi um sucesso, a mesma esperava encontrar eles festejando ou algo semelhante.

Olhando diretamente para Natasha, a ruiva logo pode ver aflição estampada nos olhos de oliva da mesma. Não precisava ser um gênio ou ter um QI elevado, para saber que algo ruim aconteceu na Torre. E a Potts desconfiava, que esse algo ruim, foi entre os dois Stark's que faltavam na sala.

- Onde eles estão? – a voz suave de Pepper, chamou a atenção de todos.

- Tony está no laboratório, ele proibiu a entrada de qualquer pessoa... – Natasha responde – Peter está no quarto, desde que chegou da escola...

- O que aconteceu? – novamente a Potts pergunta, agora tirando rapidamente os salto altos.

- Ninguém sabe ao certo. – desta vez, Rogers responde – Apenas sabemos que ambos brigaram, e parece que foi sério a situação.

Pepper nada mais fala, apenas se dirige até o elevador, com o objetivo de acabar com aquele clima tenso. Assim que as portas de metal do elevador se abriram, a Potts se pôs a caminhar até o quarto de Peter. Ela não fazia a mínima ideia do que havia rolado naquele andar, quando esteve fora. Mas para Tony estar no laboratório, e proibido a entrada de todos, algo serio ocorreu mesmo, e isso apavorava a CEO.

Parando na porta de Peter, a ruiva logo bate cautelosamente na porta. Depois de três batidas, a ruiva não ouve nenhuma resposta, e logo um suspiro sai dos seus lábios. Abrindo a porta lentamente e hesitante, a Potts aperta levemente os olhos ao ver a escuridão que o mesmo se encontrava. A mesma estava preste a sair do quarto, achando que Peter estava dormindo, até que ela ouviu um barulho de fungada, o que a deixou mais preocupada ainda.

Adentrando no quarto, a Potts fecha a porta novamente, enquanto ligava a luz em apenas 50%. Assim que a luz chegou no quarto, a Potts pode ver Peter totalmente encolhido na cama, de costas para a porta. Os ombros do menino tremiam devagar, enquanto ele apertava cada vez mais o travesseiro. A ruiva sentiu seu coração desmanchar ao ver a situação do Stark. O quer que tenha acontecido, abalou mesmo Peter.

Andando a passos silenciosos e rápidos, Pepper se sentou na cama de Peter, e sem receio passou lentamente as mãos nos cachos de Peter. O garoto sentindo o toque, levantou o olhar para a Potts, dando para a CEO a visão perfeita da sua situação. Seus olhos estavam literalmente transbordando lágrimas, e sua face estava totalmente molhada e levemente vermelha.

- Pepper? – a voz de Peter saiu embargada e logo um soluço rasgou sua garganta.

- O que houve meu amor? – a Potts pergunta, limpando as lágrimas do menino, que havia se sentado.

- O Senhor Stark não te contou? – Peter balbucia, abraçando os joelhos, enquanto Pepper franziu o cenho, Senhor Stark? Não era mais Tony?

- Tony não quer falar com ninguém, está trancado no laboratório. – Pepper responde, sentando mais perto de Peter – O que ele fez, Pety?

- Ele não fez nada. – Peter responde mais que imediato – Eu que fiz burrada, Pepper... Uma das grandes, que vai fazer Tony me odiar pra sempre...

- Oh não fala isso, Peter. Tony nunca vai odiar você, Peter. – a ruiva comenta, colocando a mão em cima das mãos de Peter – Tony te ama demais, ele nunca iria te odiar, por causa de uma burrada.

- Não Pepper, não foi apenas uma burrada, foi várias... Até mesmo você vai me odiar quando ouvir! – a Potts deixa um sorriso carinhoso brincar nos lábios, ao ver Peter se levantar.

- Eu nunca irei te odiar.

- Depois de saber o que eu fiz, vai sim... – Peter resmunga, tristonho.

- Então, me diga o que aconteceu? – a CEO pede, e logo Peter desvia os olhos – Peter?

- Tony descobriu algo sobre mim... que ninguém sabia. – a Potts arregala os olhos.

- Oh meu Deus. Peter você usa Drogas? Você é um garoto esperto, Peter. Sabe como isso estraga a vida, então por que entrou nesse mundo? – o menino arregala os olhos e nega com a cabeça.

- Eu não uso Drogas, Pepper. – a Potts suspira aliviada, e logo o olha interrogativa - Pepper, se eu te contar algo, voce jura não pirar? Ou me proibir?

- Você sabe que eu não posso jurar falso. Se Tony, pirou ou proibiu, com certeza deve ser algo perigoso.

- Ele não me proibiu... mas também não aceitou. Ele apenas pirou e eu pirei junto.

- May comentou que você pira junto com as pessoas, de vez em quando. – a Potts comenta divertida, e isso causou um sorriso fraco no Parker – Mas me explica, o que realmente aconteceu?

- Senhor Stark descobriu que eu sou o... – Peter deu uma pausa, tomando coragem – Homem Aranha.

- Você? – a ruiva pisca os olhos algumas vezes, ela já havia ouvido falar do herói do Queens, mas nunca iria imaginar, que Peter era esse herói - Peter, você sabe como isso é perigoso? Você pode se machucar! Céus, e se algo mais drástico acontecesse? Como eu e seu pai ou tia iria saber?

- Eu sinto muito... – Peter balbucia tristonho, olhando para as mãos – Eu apenas queria proteger vocês... e também, não sabia como falar para vocês, que eu era o Homem Aranha. Sem ser proibido... Quando eu levei a picada, alguns meses atrás, eu reaprendi a viver... Além disso, quando eu consigo salvar alguma pessoa, eu me sinto bem.... é como se eu evitasse que mais uma família se desmoronasse. Que algum pai ou mãe, teria seu filho de volta, ou que ele, não precisasse enterrar os pais.

- Oh, Peter... – Pepper balbucia, puxando o menino para um abraço apertado – Tony não aceitou você ser o herói?

- Não sei ao certo, se foi isso... ou porque eu escondi. Só sei que eu falei muitas coisas que me arrependo... – Peter resmunga, sentindo as lágrimas começar a rolar, junto com as fungadas, o menino mordeu o lábio fortemente, tentando conter o soluço.

- Querido, foi tudo no calor do momento, Tony vai compreender.

- Eu falei que não queria ser o filho dele! – Peter exclamou, totalmente desesperado. Sua voz saiu sofrida, enquanto ele abraçava mais forte a ruiva, que sentiu a dor de Peter em si mesma.

- Hey, Peter? – a ruiva olha nos olhos de corça do menino, que estavam levemente opacos – Eu sei que você não quis falar isso... Eu imagino que deve ser muito estranho e complexo tudo isso que aconteceu na sua vida. Quer dizer, eu levei um baque grande, ao descobrir tudo, e olha que eu não sou você ou o Tony. – o menino desvia os olhos – Eu sei que ás vezes, você se sente deslocado, pois algumas vezes você recebe olhares estranhos, de mim, Happy, Rhodes ou até mesmo Tony. Mas, é que ainda é inacreditável que você retornou para casa, depois de anos achando que você estava junto com os anjos. – algumas lágrimas rolaram na face de Pepper.

- Eu não sou aquele menino que vocês conheceram... eu sinto que ás vezes, estou ocupando o lugar de outra criança.

- Não, você não está ocupando lugar de ninguém, apenas o seu. Seth e Peter são pessoas totalmente diferentes, isso é um fato. Seth, era um menino de apenas quatro anos, que sempre teve a mãe e o pai por perto, o mimando, e tinha os tios e a tia também. Já Peter, é um garoto que precisou enfrentar coisas, que nenhuma criança ou adolescente deviam enfrentar. Mas sabe o que ambos tem em comum?

- Não... o que?

- Ambos tem os cabelos cacheados, o sorriso radiante, os olhos de corça mais encantador desse mundo, a áurea mais pura e inocente... E ambos são amados incondicionalmente. – Pepper deu um selar carinhoso na testa do menino – Você e Seth são diferentes, mas ao mesmo tempo não. Você está certo, você não é mais aquele menino. Mas mesmo assim, é o filho que Tony sempre amou perdidamente. É o filho que eu sempre quis ter, é o sobrinho que Rhodes e Happy, sempre quiseram ter...

- Obrigado... – o menino balbucia, mais calmo – Você acha que o Senhor Stark, vai me perdoar?

- Por que você não vai ver isso agora? – a CEO propôs, vendo o menino assentir hesitante - Peter, todos te amam perdidamente, não se esqueça disso. E sobre o Homem Aranha, depois eu, você, May e Tony, vamos ter uma conversa seria.

- Tia May também?

- Sim, ela também. – a Potts sorri docemente, ao ver o assentir e a careta de Peter – Agora vai lá falar com seu pai.

*

*

*

Peter se sentia um pouco melhor, depois da conversa que teve com Pepper. Realmente, aquela mulher era extraordinária e maravilhosa. Pepper era uma mulher tão compreensiva e calma, ao dar um sermão, ela conseguia ser realista – e dura - mas, ao mesmo tempo carinhosa e suave, e ainda radiar calmaria. Isso era uma das qualidades mais esplêndidas que a Potts tinha, e Peter não duvidava que Pepper seria uma boa mãe, algum dia – que dizer, na opinião dele, ela já era.

Sorrindo fraco, o garoto logo viu a entrada do laboratório de Tony. As portas de metal do elevador estavam abertas, mas as portas de vidro blindado e turvo, do laboratório pessoal de Tony, estavam literalmente lacrados – e até mesmo, escurecido, algo que o engenheiro pediu para SEXTA fazer. E isso apenas deixou o remorso invadir novamente o interior de Peter, porém, em um volume maior que antes.

Tony estava trancado no refúgio dele, por causa do que Peter falou. E como se fosse tortura, novamente aquelas palavras sofridas de Tony ecoaram na mente do mini Stark. Eu só não quero te perder novamente... Aquela frase, é muito pior que mil tapas, é pior que levar uma facada ou um soco... Quem inventou aquele ditado "As palavras, ditas no calor da ira, machucam e ferem mais do que flecha envenenada... E quando ditas de caso pensado, podem ser até fatais. Já estive dos dois lados, e posso afirmar que tanto ouvi-las quanto dizê-las, trazem dores e promovem danos irreversíveis.", realmente sabia o que estava falando.

- SEXTA? Você pode abrir as portas? – Peter balbucia, ainda olhando para as portas lacradas.

- Sinto muito, Mini Stark. Mas o Chefe não quer ver ninguém. – a voz da I.A estava carregada de preocupação.

- Por favor, SEXTA... Eu preciso me desculpar com Tony. – o menino implora, para a I.A - SEX, eu preciso pedir desculpa, pro meu pai....

- O Chefe, me ordenou para não deixar ninguém entrar. – Peter forma uma expressão melancólica - Mas, a Senhorita Potts e Senhor Stark, também me programou, para caso algum Stark, esteja em um momento delicado, eu tinha a total liberdade, de desobedecer uma ordem.

- Isso quer dizer?

- Que eu permito a sua entrada. – Peter deixou um sorriso fraco brincar nos lábios, SEXTA era a I.A mais legal, que a Torre poderia ter.

Assim que a porta se abriu um pouco, o menino adentrou no local, e logo seus sentidos começaram a trabalhar. O local estava quase escuro, nenhuma das luzes ligadas, apenas uma, que ficava em um canto mais afastado da entrada. Olhando diretamente naquela direção, Peter logo pode ver uma tela holográfica, que reproduzia algo, e logo um homem que se encontrava sentado no Ford Flathead Roadster, o único carro que Tony insistia em deixar no laboratório – Peter às vezes se pegava imaginando, como Tony havia trazido aquele carro até os andares superiores.

Mas a sua atenção logo foi desviada para aquilo que a tela projetava. Era um vídeo antigo, Peter imaginou por causa dos elementos da cena. Um garoto que batia as mãos animadamente, enquanto andava cautelosamente, apareceu no campo de vista do Stark Junior. Risos alegres preenchiam o vídeo, enquanto o garoto – que o Parker deduziu ter no máximo um ano – caminhava até uma pessoa, específico.

Estreitando os olhos, Peter logo reconheceu o menino. Era Seth, aquele menino era ele quando menor. Ver aquele garoto, tão feliz e em volta das pessoas que o amavam, faziam ele se sentir estranho, mas um estranho bom. Analisado mais o vídeo, Peter pode perceber a voz de Pepper no fundo, o incentivando, os risos compartilhados de Rhodes e Happy. E céus, até mesmo as palavras encorajadoras de sua mãe... Porém, o que realmente fez o menino deixar uma lágrima escorrer na sua face, foi ver o destino de Seth.

O menino, mesmo cambaleando e quase caindo, logo agarrou as pernas de um homem. Assim que ele se abaixou, Peter pode ver perfeitamente, a face dele. Peter agora reconhecia aquele cabelo desgrenhado, aquela barba perfeitamente alinhada e feita, aquele cheiro irreconhecível, de óleo de motor e perfume masculino.

Fechando os olhos, Peter pode sentir como se estivesse voltado para o passado. Ele não precisava ver o vídeo, para saber que seu pai, o havia pegado no colo. Que havia dado um beijo estalado na sua bochecha, e que agora estava o jogando para cima e o pegando, enquanto ele apenas gargalhava alegremente. Céus, Peter sentia todas aquelas sensações, que aquele vídeo estava o proporcionando.

Abrindo os olhos, Peter logo pode ver que o vídeo havia acabado e as risadas, haviam desaparecido no cômodo. A única coisa que ele escutava, era a respiração lenta de Tony, que continuava olhando para a tela holográfica levemente escura. Tomando coragem, Peter se aproxima mais do carro, onde o pai se encontrava, com os passos cautelosos e silenciosos. Aparentemente, o engenheiro não havia percebido a presença de Peter, já que ele estava preso nas suas lembranças.

- Senhor Stark? – Peter balbucia, e logo Tony se vira na direção de Peter, os olhos levemente arregalados com a presença de Peter. Falando nele, esse apenas apertou os lábios ao ver como o pai estava melancólico – Eu sei que o Senhor deve estar com raiva de mim, ou que você pode até mesmo me odiar. Mas eu quero pedir desculpa para o senhor, por tudo que eu falei e fiz. – Tony não falou nada, apenas olhou de volta para a tela – Senhor Stark?

- Já falei que Senhor Stark era o meu pai... eu sou apenas Tony. – a voz do homem, saiu meia quebrada – Eu não estou com raiva de você, e muito menos te odeio, Pety. E quem deve desculpa nisso tudo, sou eu...

- O Senhor não errou em nada. Na verdade, você só estava tentando me proteger e cuidar, o que eu agora entendi. Você estava certo, eu não precisava contar para todos, sobre o Homem Aranha, - Peter comentava, se aproximando mais do carro, ficando na porta do passageiro, enquanto olhava para o pai - porém, devia ter contado para o senhor, Pepper e Tia May. Vocês tem o total direito de saber disso, eu realmente sinto muito por ter escondido isso... Eu só não queria colocar em risco a vida de vocês...

- E eu não quero que você se machuca...- Tony balbucia, sentindo os olhos lacrimejar - Peter, durante anos na minha vida, Seth me assombrava em praticamente tudo. Eu não conseguia ver crianças, porque elas me lembravam o que eu havia perdido. Eu não conseguia ficar com um adolescente por mais de dez minutos, porque eu me lembrava que Seth seria um adolescente algum dia... – Tony olhou para o menino, que o observava atentamente – Eu só não quero, que algo aconteça com você novamente, eu não sei se conseguiria suportar novamente a mesma dor...

- Eu... – Peter mordeu os lábios, enquanto olhava para os próprios pés – eu... eu nunca quis que nada disso acontecesse... eu, eu.... – o menino se perdeu nas palavras, e Tony logo saiu do carro e caminhou até o menino.

- Eu sei disso... – Tony murmura, e logo é surpreendido por um abraço repentino do menino.

- Eu sinto muito, por tudo... – o menino falava desesperadamente e com a voz melancólica – Eu nunca quis dizer aquilo! Você é o melhor pai que eu poderia pedir! E eu estou muito orgulhoso de poder dizer que você é meu pai...

Tony, assim que ouviu aquelas palavras, simplesmente não aguentou mais. As lágrimas rolaram dos seus olhos, enquanto ele apertava seu menino, em um abraço de aço. O garoto afundou o rosto no peito do pai, respirando profundamente aquela essência que apenas o seu pai tinha, e que transmitia várias sensações. Já Tony, esse apenas deixou o queixo descansar na cabeça de Peter, e fechou os olhos para aproveitar aquele momento.

Céus, depois daquela discussão, Tony jurava que Peter nunca mais iria querer ver a sua face novamente. Jurava que estava perdendo o filho novamente, e desta vez, era simplesmente e totalmente culpa dele. E Peter, ele achava que Tony o odiava com todas as forças possíveis e impossíveis. E que nunca mais iria querer ver ele, nunca mais mesmo. Ambos não podiam estar mais errados – e ainda falam que são gênios.

- Eu também estou orgulhoso, de poder espalhar para todos, que você é meu filho, Bambino. – Peter sorriu entre as lágrimas depois de ouvir a frase do pai – O que acha, de conversarmos um pouco? Sobre tudo?

- Eu acho que seria perfeito... – Peter concorda, vendo o sorriso do pai.

Logo Tony voltou para o lugar que estava antes de Peter chegar, e Peter meio hesitante, se sentou ao lado do pai, no banco do passageiro. A dupla de pai e filho, começaram a conversar sobre tudo, tudo mesmo, sem deixar nada de fora. Os medos e receios, dessa nova realidade, tudo esparramado na mesa, sem nenhum segredo mais os cercando. Até mesmo os pesadelos, que emergiam das sombras, foram revelados.

Não sabe ao certo quando tempo durou, pode ter sido apenas minutos, ou até mesmo horas. Mas os dois Stark's não podiam estar se sentindo mais livres, relaxados do que estavam. Tudo que estava escondido em uma parte de si, durante esse tempo, finalmente havia sido esvaziado. Eles nem sabiam ao certo porque estavam adiando essa conversa, talvez eles não deviam ter dado ouvidos aos receios ou medos, de antes.

A risada fraca de Peter saiu dos lábios, ao ouvir o que Tony acabou de revelar. Realmente, até parecia que eles estavam mais próximos, e de fato, estavam. Talvez aquela discussão e essa conversa, era o que realmente faltava para a relação deles. Olhando de relance na direção de Peter, Tony suspirou profundamente. Saber que Peter arriscava a sua vida, para salvar outras, o deixa extremamente assustado, mas ao mesmo tempo orgulhoso pelo filho que tinha.

- Por que está fazendo isso? – Tony pergunta, e Peter apenas o olha confuso – Qual é a sua motivação? O que te faz levantar da cama de manhã?

- É porque... – Peter olha para as mãos, e começa a brincar com os dedos, enquanto Tony o olhava – Eu tenho sido eu desde sempre. E tenho esses poderes há uns oito meses.

- Hum... – Tony concorda, se lembrando das primeiras gravações.

- Eu leio livros, monto cenários de LEGO, ajudo o senhor no laboratório... – Peter comenta, falando algumas das atividades dele – E olha, eu adoraria jogar Futebol, mas eu não jogava antes, não devo agora.

- Claro, porque é diferente...

- Exatamente, mas eu não posso contar isso pra ninguém, então eu não sou. – Peter olha nos olhos do pai, que assente – Quando consegue fazer as coisas que eu consigo, mas não faz, - Tony se inclina levemente na direção do filho, interessado no que o menino iria falar – e aí coisas ruim acontece, a culpa é sua. – Tony desvia os olhos pensativo com a fala do filho, realmente, aquele menino era de ouro.

- Então quer ajudar os outros? Fazer a sua parte? Tornar o mundo um lugar melhor? É isso?

- É, é, é... ajudar os outros, é exatamente isso! – Peter concorda, vendo o olhar de Tony.

- Tirando a teia, a agilidade, a força... quais são os seus outros poderes?

- Quando isso aconteceu, os meus sentidos estavam ligados no máximo. É sério, é muita informação...

- Então, sentidos apurados? – Peter assente – Você precisa de um upgrade urgentemente.

- Pera aí? Upgrade? – Peter pergunta, vendo o pai sair do carro e luzes começarem a surgir em 25%.

- Sim... não vou deixar o meu filho ir salvar as pessoas com aquele pijaminha. – os olhos de Peter arregalaram, ao ouvir aquilo.

- Espera, você vai deixar eu ser o Homem Aranha? – Peter pergunta esperançoso, pulando para fora do carro.

- Sim, com algumas condições é claro! – Tony olhou de relance para o filho – E sem mais segredos, beleza?

- Obrigado, Tony... - Peter sorri animadamente, enquanto abraçava o pai.

- Não é por nada, Pirralho Aranha. – o engenheiro sorriu, enquanto se afastava de Peter – E Peter, você errou em um pequeno detalhe...

- No que?

- Eu já me preocupava com você, no mesmo dia que eu te vi pela a primeira vez. Não foi à-toa, que você foi o meu primeiro e único estagiário pessoal! E principalmente adolescente. – Tony confessa, deixando um jovem perplexo com a revelação – E então? Vamos fazer o uniforme logo? Ou vai ficar aí?





* Primeiramente, Feliz Natal atrasado!

* Desculpa qualquer erro de ortografia!

* Finalmente Tony descobriu a verdade...

* Eis que ocorreu a primeira briga de ambos, mas graças a Deus tudo terminou bem!

* Tenho dois recados para passar:
1°: a primeira parte dessa fanfic está chegando ao fim... tirando esse capítulo, tem apenas mais um para encerrar essa fase. daí vamos conhecer um pouco sobre o passado dos nosso personagens, para compreender sobre tudo. Devo admitir que estou animada para ver as reações de vocês!
2°: Eu ia postar ontem o capítulo normalmente e mais uma One Natalina. Porém, eu ganhei quatro quebra-cabeças (três sendo da Marvel), e eu sou apaixonada por isso, então me perdi brincando disso. E quando eu ia postar, meu afilhado chegou e novamente eu adiei... Resumindo, eu não tive muito tempo para postar... Mas estou atualizando hoje, e ainda pretendo postar a One!

* Até mais!

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