Hunter - Jacksung (ABO) Era d...

By Lariekookie

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Tradução do Título: Caçador Era Dourada da Pirataria - Livro - 2 Em breve, livro físico pela Editora Euphoria... More

Personagens
[0] Prólogo
[1] De Volta ao Mar
[2] Normandia
[3] Sangue Frio
[4] Estratégia
[5] Seguindo Viagem
[6] Perseguidor
[7] Entendimento
[8] O Vilarejo - Parte 1
[9] O Vilarejo - Parte 2
[10] Bandoleiros
[11] Transparência
[12] Reino da Coréia
[13] A Ordem
[14] Seja Forte
[15] Atiçando a Curiosidade
[16] Perda
[17] Luto
[18] Evento Desagradável
[19] Flores e Espinhos
[20] Fazendo as Pazes
[22] Seguindo o Rastro
[23] Êxito
[24] Em Dupla
[25] Voltando Para Casa
[26] Amor Equino
[27] A Última Fase
[28] Um Ômega Forte
[29] Luna
[30] Sombras do Passado
[31] Segredos
[32] A Missão
[33] Velho Amigo
[34] Perseguição
[35] O Plano
[36] Instintos
[37] Entre Amigos
[38] Sob Ataques
[39] Aliados
[40] Em Preparação
[41] Acordo
[42] A Investida
[43] Caçadores - FINAL

[21] Altruísmo Dissimulado

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By Lariekookie

Boa leitura:

Duas malas já estavam prontas, agora Jisung só precisava decidir se levaria os livros ou as roupas, as duas opções não caberiam na última. Ele chamou Baekhyun para ajudar, mas o ômega ficou o tempo todo brincando com a ponta de uma flecha. 

Após um tempo indeciso, Jisung suspirou frustrado.

— O que foi agora? — Baekhyun perguntou.

— Não quero levar quatro bagagens, será muita coisa... mas estou em dúvida entre essas roupas e aqueles livros. Não consigo escolher.

— Certo, vou te ajudar — o arqueiro se aproximou da cama e empurrou todas as malas para ao chão, deixando apenas um cantil, a katana, a pistola, o arco e uma aljava com dezenas de flechas. — Aí está, você já tá pronto pra missão.

— E as roupas? Devo levar apenas a que estou usando?

— Você não está saindo de férias — Baekhyun disse, simplesmente. O outro permaneceu em silêncio, não crendo que ele estava falando sério. O caçador deu de ombros: — Ah, leve dois ou três pares.

— E os livros?

— Pra quê livros?

— Para ler? — O ruivo comprimiu os lábios e ergueu uma sobrancelha. — Ora, e se a viagem ficar maçante?

— Você vai estar sozinho com o Jackson. Não terá chances de entrar no tédio.

Jisung desviou o olhar e fingiu estar ocupado organizando alguma coisa dentro do baú. Ele entendeu sobre o que Baekhyun estava se referindo, e ficou muito constrangido.

Ouviram batidas na porta e assim que olharam para trás, encontraram Jackson encostado no umbral, olhando para a bagunça que ocupava o chão, graças a Baekhyun.

— Precisa de ajuda? — Ele perguntou.

— Não! — Jisung respondeu antes que o ruivo mencionasse o assunto do tédio. — Estou quase pronto.

O alfa estudou o chão mais uma vez e depois o encarou com um pequeno sorriso que curvou em seus lábios. Ele apenas assentiu, voltando para a sala.

— O que ainda falta? — Baekhyun perguntou assim que voltaram a ficar a sós.

Jisung buscou pelo brinquedo que pertenceu a Jackson quando criança, ele estava guardado dentro de um pequeno baú sobre a cômoda. 

— Preciso que leve esse boneco para que o escultor o conserte — Pediu, entregando o objeto ao outro.

— Ele não é um marceneiro de brinquedos. Riko cria armas.

— Diga a ele que será bem recompensado.

— Gastou suas moedas com essas flores, como pretende pagar?

— Gastei a minha parte do tesouro, sim. Mas possuo uma enorme fortuna de herança.

— Nossa, esqueci que você é um burguês safado — Baekhyun disse rindo e recebeu o boneco. — Pode ir, eu cuido disso. — Ele afirmou apontando para as bagagens que ele próprio jogou no chão.

Jisung pegou suas armas e uma pequena bolsa com algumas roupas e outros pertences, e desceu para encontrar o caçador. Jackson o estudou alguns segundos antes de perguntar:

— Só vai levar isso mesmo?

— Sim, o Baek disse que não estou indo pra uma viagem de férias, então...

— Quem vai para essa missão é você, não ele. Você decide o que levará para a viagem. Ignore-o

— Eu ouvi isso! — Baekhyun gritou lá do quarto.

— Problema seu! — Jackson ditou por cima.

Enquanto os dois continuavam trocando farpas, Chanyeol segurou na mão de Jisung e o puxou para um canto mais calmo.

— Você lembra do que eu disse sobre suas escolhas colocar em risco a vida do Jackson? — Ele perguntou e o ômega balançou a cabeça positivamente. — Assim que você pegar a estrada todo mundo é um inimigo em potencial, seja ômega, alfa, homem ou mulher... ou até mesmo uma senhora gentil e aparentemente inofensiva. Não hesite em seguir seus instintos e mate qualquer um que colocar em risco a sua vida e a do seu parceiro. 

— Entendi. 

Um objeto foi lançado do alto da escada e só não atingiu Jackson porque ele desviou. 

— Melhor vocês irem, antes que eles se matem. — Chanyeol disse e Jisung concordou.

— Baek, cuida do meu jardim quando Celina não estiver? — O ômega pediu.

— Cuido sim. 

Jisung olhou para trás uma última vez e segurou firmemente na mão de Jackson. Estava se sentindo um pouco nervoso, mas sempre que sentia que  tem o alfa ao seu lado, ele  encontra força e coragem para fazer qualquer coisa.

— Nós vamos a cavalo — O caçador disse, indicando dois que estavam na frente da casa. — Este é o seu.

— É uma égua — Jisung o corrigiu. — Posso chamá-la de Pérola?

Jackson olhou para ele com o cenho franzido, mas assentiu.

— Antes de irmos, você precisa se encontrar com algumas pessoas. Trata-se do assassinato do Tenente Jo.

— O que vai acontecer? — Quase sentiu o coração saltar para fora.

— Lee convocou uma reunião com a côrte e falará em seu favor. Ele possui grande influência, vai ajudar.

Muitas questões surgiram na mente do ômega, como por exemplo, por que alguém como Lee Seungho estaria interessado em lhe ajudar? Jisung não era nada para ele, embora ele tenha criado Jackson como um filho, mas não estava certo se este é um motivo para o líder da Ordem dos Caçadores deixar suas obrigações, apenas para intervir em seu favor.

Mas, deixando as indagações de lado por um instante, Jisung ficou encantado quando  Jackson o ensinou a montar na égua e logo após seguiram até a côrte, uma das moradias da soberana em Busan. O ômega conhecia bem esse lugar, já esteve na côrte acompanhando seu pai em muitas das várias ocasiões em que o governador foi convidado. Jisung nunca gostou de estar entre essas pessoas, e dessa vez não seria diferente. 

— Apenas o ômega — um homem que guardava a porta do gabinete onde iria acontecer a reunião afirmou.

Isso era o que Jisung mais temia, ficar sozinho durante a sessão. Tentou conter seu desespero na frente do desconhecido e olhou para Jackson, pela sua expressão o ômega notou que ele já sabia o que se passava em seu coração, e mesmo diante da fala do guarda, o alfa não soltou a sua mão.

— E vou entrar com ele — Jackson afirmou.

— Não pode. 

O caçador suspirou irritado, demonstrando impaciência quando perguntou:

— E quem vai me impedir? — Deu um passo à frente e Jisung o acompanhou. O guarda recuou engolindo em seco. — Você?

— Pode entrar — o guarda disse rapidamente, abaixando a cabeça e saindo do caminho.

Assim que o casal entrou no salão, vários pares de olhos se dirigiram aos dois. Alguns, se perguntando claramente por quê o caçador estava presente. É claro que a decisão de que apenas o ômega poderia participar da reunião não haveria de ter partido daquele guarda. 

Não tinha nenhum outro ômega na sala, a não ser ele. Havia um lugar destinado a Jisung no qual foi guiado até ele por uma mulher. Jackson não saiu do seu lado e esse fato incomodou a maioria daqueles pessoas, mas nenhum deles teve coragem de dizer qualquer palavra. 

— Estou atrasado? — Um alfa lúpus de meia idade entrou na sala poucos minutos depois. — Estava ajudando um senhor a atravessar a rua.

— Você precisa ser canonizado, Seungho — uma alfa brincou. — Nunca vi mais santo.

— E você é uma cobra venenosa — Lee revirou os olhos e ambos riram se cumprimentando.

— Então, estamos todos aqui — Um outro alfa, pertencente a uma das famílias mais aristocratas de Busan disse. — Vamos acabar logo com isso, o ômega matou um oficial da Marinha, a sentença para isso é a morte, a lei deixa bastante claro.

— Não é tão simples — a mulher chamada de cobra opinou. — O garoto é filho de Park Shinsung. 

— E daí? A forca não discrimina berços.

— Se é assim, então por que você ainda vive? 

Uma intensa comoção se formou entre os presentes. Alguns ao favor do ômega e toda a Marinha contra. Era um pouco intimidante estar no meio de tudo isso, vários alfas exalando seus feromônios e rosnando como lobos enfurecidos. O suave aroma de menta ao lado do ômega foi o que lhe manteve calmo. Jisung se sentiu seguro com o caçador alí, consigo.

Seus olhos não saíram de Lee Seungho. Lembrou-se de quando esteve em sua sala e de toda a história que fez com que seu nome se tornasse tão famoso e respeitado.

— Eu posso sentir, daqui, o cheiro de pau na sua boca! — A discussão continuava.

Diferente do que as pessoas geralmente pensam, os nobres conseguem ser mais estúpidos e mal educados, do que aqueles que vivem sob condições extremas. 

— Senhoras e senhores, por favor, tenham modos — Lee se manifestou. — Estamos diante de um ômega.

— Um ômega assassino — Um marinheiro lembrou. 

Se Jisung não estivesse errado, ele foi um dos oficiais que estava no galeão por onde ele fugiu há dois anos. 

— Vocês estão sendo duros, juízes impiedosos. Olhem para ele — Lee apontou para o ômega. — Acredito que ele só estava tentando proteger o pai, e a julgar pela sua falta de experiência em batalha, acabou por matar o Tenente por engano. Olhem para ele, é apenas um jovem inocente. Não foi um assassinato, senhoras e senhores, foi uma fatalidade.

O silêncio dominou o salão enquanto os olhares se dirigiam na direção do ômega. Jisung sentiu-se exposto e se forçou a manter a cabeça erguida, ignorando o constrangimento por ser o centro das atenções naquele momento.

— Vejo neste ômega, o mesmo menino assustado que acolhi há vinte anos. Um pequeno alfa que recebeu olhares de reprovação por ser filho de um pirata condenado — Lee continuou, e estendeu a mão para Jisung. — Eu o acolho igualmente, como um filho.

Jackson assentiu para o ômega, e este segurou na mão do líder da Ordem.  Lee o puxou para um abraço quando disse:

— Minhas condolências, pequeno Jisung.

— Suas palavras me tocaram verdadeiramente — uma alfa disse sincera. 

— Meu sentimentos, Jisung. Sinto muito pela sua perda e pela triste situação que os forçamos a participar.

— O ômega matou o nosso Tenente! 

— Cale-se, Siwon — O Almirante Zhang se pronunciou. Ele trocou olhares com Lee e voltou a falar em seguida: — A Marinha chinesa se compadece pelo rapaz, mas entende que a situação é realmente conflituosa.

— Façamos uma votação — Lee sugeriu erguendo a mão direita. — Antes de tomarem suas decisões, deixo claro que sou a favor de inocentar o ômega da acusação de assassinato, e me disponho a ser seu tutor. — Houve movimentação e o Seungho esclareceu: —  Jisung ainda não possui vinte e um anos completos.

Os alfas se entreolharam e grande parte deles ergueu a mão. Não foi preciso muito esforço para que Lee Seungho ganhasse o apoio da maioria, apenas algumas palavras foram necessárias para que ele conseguisse o que queria.

— Então, que seja — um alfa escreveu algo em um pergaminho e voltou sua atenção à Marinha. — Não haverá julgamento.

Os oficiais foram se levantando e deixando seus lugares ao mesmo tempo, todos visivelmente indignados, com exceção do Almirante Zhang, que permaneceu austero mesmo diante do resultado.

— Você ficará responsável pela herança do ômega, então? — uma alfa perguntou.

Lee abriu a boca para responder, mas Jisung respondeu em seu lugar:

— Não será necessário, meu irmão tem vinte e um anos, ele pode...

— Seu irmão é considerado um criminoso traidor da coroa. A lei o deserdou há muito tempo — Lee o cortou. — Ele não pode.

— Eu sou marcado, tenho um alfa — o ômega argumentou. — Quero que Jackson cuide dos meus bens até que eu tenha a idade necessária.

A lei estava ao seu lado, já não tinha voz por ser um ômega e tudo piorava por ser menor de 21 anos, mas a partir do momento que ele está marcado, seu alfa pode falar por si. Querendo ou não, Lee é obrigado a aceitar. Mesmo que Jisung não tenha pedido, com a ausência do governador, Jackson é o único que pode permitir que Lee Seungho ponha as mãos na herança do ômega.

Lee olhou para o caçador, certamente esperando alguma atitude da parte dele. Mas Jackson, assim como Jisung, permaneceu esperando pelo que Seungho faria diante do pedido. Lee encarou o loiro intensamente por um longo tempo e depois do que pareceu uma eternidade, sorriu para ele.

— Você me lembra um ômega que conheci há muito tempo. Tem a mesma astúcia no olhar — Seungho afirmou ainda encarando-o, em seguida, ele girou para uma alfa: — Este concílio está encerrado — e se retirou do salão.

Alguns alfas que ainda estavam na reunião permaneceram, conversando entre si, outros mexendo em alguns documentos, e ninguém dando atenção a Jisung ou Jackson. 

— É isso? Eu não serei mais enforcado? 

— Não. 

— Meu pobre pescocinho. — Jisung o abraçou e sentiu ele rindo. 

— Seu rico pescocinho — Jackson afirmou, exibindo um documento que uma alfa o entregou.

No pergaminho continha todo o valor em ouro e propriedades em nome do governador Park Shinsung, e que agora pertenciam apenas à Jisung. Jimin estava fora dos direitos, pelo fato de ter se tornado pirata da tripulação do Black Swan, tornando-se ômega do Capitão Jeon, assim, perdendo todos os seus direitos como cidadão. 

Naquele pergaminho havia mais zeros do que Jisung poderia contar e, é claro, ele guardaria a parte do irmão e concederia a Jimin assim que tivesse oportunidade.

 Continua...

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