"Por quê? Ele ficou olhando para você durante todo o jogo. "
"Isso é verdade," Pansy concordou. "Talvez você devesse contar a ele."
"Não."
"O que você vai fazer então?" Blaise bufou. "Ficar atrás dele pelo resto do ano?"
"Cai fora," Draco murmurou. Ele estava começando a se arrepender de sua franqueza.
"Draco." Ele olhou surpreso com o tom sério na voz de Blaise. "Eu vou te dizer isso uma vez, e então vamos fingir que nunca aconteceu. Tudo bem?"
Ele assentiu em silêncio.
Enquanto Blaise o estudava com seus olhos escuros e espertos, Draco sentiu como se estivesse sendo aberto para um exame. Finalmente, ele disse: "Você está pensando demais. Todos podiam ver como Potter olhou para você hoje. Eu sei que você acha que não merece isso, mas você merece. " Ele fez uma pausa. Draco teve a sensação de que deveria responder, mas não conseguiu fazer sua boca funcionar. Quando ele apenas ficou sentado ali, olhando estupidamente, Blaise suspirou. "Fale com ele. Diga à ele. Você vai perder sua chance, e então Pansy e eu teremos que ouvir você reclamar disso pelos próximos dez anos. "
"Ele está certo, Draco," Pansy murmurou.
"E essa é minha última palavra sobre isso", disse Blaise energicamente, pegando a colher e voltando ao seu ensopado. "Algum de vocês ouviu falar de Theo ultimamente?"
Os pensamentos de Draco estavam correndo tão rápido que ele lutou para segurá-los. Blaise só tinha sido franco com ele uma vez antes - uma noite tensa no sexto ano, quando ele começou a suspeitar do que Draco estava planejando e pediu-lhe que fosse até Dumbledore. "Fale com ele", ele disse. E aqui estava ele de novo, pedindo a Draco para falar por si mesmo, para ser vulnerável, para ser aberto. O problema era que ele havia passado anos aperfeiçoando a arte de se fechar, de compartimentar suas emoções até que estivessem firmemente trancadas no fundo de sua mente. Ser vulnerável, ele aprendera, era se abrir para todo tipo de traição. E ele não sabia se suportaria ser decepcionado novamente.
***
Pequenas alfinetadas estouraram em seu braço enquanto Harry examinava a Marca, mas Draco descobriu que não se importava. Ele estava muito ocupado tentando agir como se não estivesse nervoso, como se não tivesse passado horas e horas imaginando como deveria se comportar perto de Harry. Ele nunca se sentiu assim antes. Ao admitir para si mesmo que gostava de Harry, foi como se uma represa tivesse sido aberta, e o dilúvio o engoliu enquanto ele lutava para permanecer flutuando.
Harry, por outro lado, estava indiferente como sempre, as sobrancelhas franzidas enquanto examinava o braço de Draco.
"Doeu muito?" ele perguntou, estendendo a mão para puxar sua varinha.
"Na verdade, não", disse Draco. "Não mais do que o normal."
"Bom. E os flashbacks? "
"Erm ... nenhum desde Poções."
Harry cantarolou para si mesmo, pressionando a ponta de sua varinha contra o braço de Draco, quando de repente ele se lembrou.
"Espere, não, isso não é verdade. Esta manhã, no café da manhã, antes da partida - foi estranho. Não era um flashback, não exatamente, mas estava perto. Parecia que algo horrível estava para acontecer. "
Harry puxou sua varinha. "O que te desencadeou? Você consegue se lembrar? "
"Uma carta da minha mãe." Draco se sentiu bastante patético - foram necessárias hordas de Dementadores para derrubar Harry, enquanto ele quase desmaiou ao ver uma carta ensanguentada.
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Diffraction Patterns
FanfictionQuando Harry Potter, entre todas as pessoas, se oferece para ajudar Draco a apagar sua Marca Negra, ele não tem escolha a não ser aceitar. Ele quer ir embora. Ele quer esquecer. Ele quer reconstituir o passado. Não importa que rasuras deixem marcas...
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