Capítulo 4 - O jantar romântico?

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Voltei para casa andando, já que era perto. Fui pegar o elevador para subir e encontrei com Gustavo. Ele me sorriu e perguntou:

- Para quê tudo isso?

- Maioria para hoje à noite. Animado?

- Devo confessar que sim. Devo vestir algum traje especial?

- Não. Pode ir com a roupa que quiser.

- Tudo bem! Até mais tarde! – chegamos no nosso andar

- Até.

Cada um de nós seguiu para uma direção, pois nossos apartamentos ficam em lados opostos. Entrei em casa e comecei a guardar as compras. Separei os ingredientes e coloquei o vinho, escolhido para hoje, e as outras bebidas para gelar. Fiz meu almoço e descansei um pouco. Como estava com as postagens adiantadas, pude tirar esse dia de folga. Mais tarde, retornei a cozinha e já fui colocando a mão na massa para fazer a minha receita especial, que é risoto com salmão grelhado. Levei um bocado de tempo, mas me sobrou o suficiente para tomar um banho e colocar outra roupa antes do Gustavo chegar. Lavei o cabelo, coloquei uma das lingeries que ganhei, coloquei o meu melhor vestido e fiquei esperando. Estou até ansiosa, devo confessar. A campainha tocou e eu sabia bem quem era. Abri e ele estava bem informal, colocou uma camisa de botões estampada, bermuda e uma sandália. Foi ai que percebi que meu visual estava bem mais... Como diria? Ousada!

- Nossa! – ele disse – Se tivesse avisado, eu vinha à altura desse vestido.

- Não precisa. Está bom assim. Eu que quis me arrumar. Não é todo dia que recebo visitas em casa.

- Eu te visitei ontem, H. – reclamou

- Mas veio a trabalho. Não conta! – apontei a mesa – Sente-se que só vou trazer a comida.

A mesa já estava posta. Com os jogos de talheres e taças devidamente posicionadas. Trouxe o vinho primeiro e pedi para ele ir abrindo e servindo. Voltei e peguei os dois pratos de comida. Sentei-me junto com ele e disse:

- Risoto com salmão grelhado. Eu espero que goste.

- Cheiroso e bonito está. Vamos ver se está bom?

Fizemos um brinde e fomos comer. Ele gostou bastante, porque raspou o prato até o final.

- Onde aprendeu a cozinhar assim? – indagou

- Com a minha avó, que já partiu tem um tempo. – sorri nostálgica

- Também sinto falta das minhas.

- Vou tirar a mesa e lavar tudo.

- Nada disso. – protestou – Você fez a comida, eu lavo a louça.

- Que convidado educado você é, G. Tudo bem então! Vou te esperar no sofá! – peguei o vinho e as taças – Com isso aqui!

Não demorou muito e ele voltou, ocupando o outro lado do sofá. E foi ai que a conversa começou. Falamos sobre tudo que se possa imaginar, sobre a família, a faculdade, sobre os planos. Ele me perguntou sobre o blog, toda a origem, porque até isso eu escondi. Eu perguntei a ele sobre seus trabalhos como fotógrafo. O papo foi se estendendo e a garrafa de vinho se esvaziando. Então, olhei para a caixa com os produtos, que ainda estavam na sala. Levantei-me, procurei um dos óleos de massagem e também peguei umas camisinhas. Olhei para ele e questionei:

- Quer ir lá pro quarto?

- Para testar isso? Se você quiser.

- Lembra que eu disse que queria repetir.

- Claro que lembro.

- E se for agora? Tem problema?

- E por que veria problema nisso? – colocou a taça na mesa de centro, levantou-se e veio em minha direção

E diferente da outra vez, ele pegou na minha cintura e me beijou calmamente. Soltei o que segurava – nada que ia quebrar, deixei a taça na mesa também – e respondi a seu ato. Acabamos indo para o sofá e ficamos atracados naqueles beijos por uns minutos. Até que decidimos ir para o quarto, lembrando de levar o que separei. E eu tinha certeza que aquilo ia me render mais um conto no blog, porque ele me olha com esse olhar de admiração que ainda não entendo e isso me cativa e me deixa louca.

Acordei no dia seguinte com o Sol entrando pela janela. Eu estava sem roupa e Gustavo também. Ele fica a coisa mais linda dormindo. Não quis incomodá-lo e como sei que ele ia acordar com fome, fui fazer o café da manhã.

Enquanto preparava tudo, escutei alguns passos arrastados caminhando para meu encontro. Um bom dia foi resmungado e eu disse para ele esperar na mesa que já estava terminando. Levei tudo e fomos fazer a segunda refeição juntos.

- Desculpa ter dormido aqui. – ele falou

- Não tem nada. Depois daquele vinho todo, você não ia chegar do outro lado do corredor e nem eu ia conseguir te levar.

- É... Ficamos um pouco alegres.

- Sim, mas foi bom de qualquer maneira.

- Vai escrever sobre isso mais tarde?

- Provável que sim! Se importa?

- Não. Já disse que gosto de ler o que escreve. Alias, esquecemos de tirar as fotos dos produtos ontem, nem tirei a câmera da bolsa.

- Pois é. Pode fazer depois de terminar de comer. Pode até usar a mesa de centro e aproveitar essa luz linda da manhã.

Enquanto eu escrevia o novo conto para postar mais tarde, Gustavo tirava uma a uma as fotos dos produtos para mim. Na sequência escolhemos as melhores e ele foi para seu apartamento. E eu fiquei o resto do dia escrevendo e pensando no que acontecera na noite anterior, que não ia sair da minha cabeça tão cedo.

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