Comando Vermelho 🔥 - Lealdade / Pausa.

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🔥 Raissa 🔥

Fiquei a tarde toda em casa, coisa rara. Andreza teve que ir embora, ainda ia trampar e eu nem tchum pro meu.

Fiquei batendo cabeça com isso o dia todo. Eu não tinha engolido nada, parecia até um caco de vidro entalado na garganta. Eu sabia que tinha dedo da Nathália nisso, se fosse assim a outra já teria feito isso bem antes, pprt. Tu acha mesmo que eu ia deixar passar? Nem pensar. O outro lá ia cobrar e eu logo atrás cobrando também, ia pagar o dobro pra deixar de ser mandada.

Henrique: Tu vai comprar aquele dogão pra mim? Eu nunca te pedi nada. To mortão de fome. - Na hora eu olhei, né. Sem lógica ele ter fome, senfo

Raissa : Tá abusando já, pprt. Aproveitando da minha boa vontade.

Henrique: Olha o tamanho disso. - Disse apontando pros pontos. - Quase fiquei sem a cabeça, olha. - Bufei. - To falando sério, queria ver se tu fosse contigo.

Raissa : Pelo amor, que drama.

Henrique : Ué, tu não vai trabalhar? - Olhei as horas que já marcaram cinco. Eu sabia que isso ia foder com o meu pagamento, mas isso mexeu comigo de uma forma firme, viu. Ligava pra quase nada, mas meu ponto fraquinho era esse povo. Por mais que um tentava matar o outro, era sem lógica eu aceitar alguma coisa contra eles. Eram a minha vida todinha, eu só não assumia. Mato e morro por cada um aqui, independente de qualquer coisa.

A única pessoa que eu dei satisfação foi a Mayara que me ligou mega preocupada, a única também. Nem o Eduardo que é meu gerente eu dei.

Raissa : Tu vem me perguntar isso agora?

Henrique: Lembrei que tu deixou de ser vagabunda agora. - Revirei os olhos. Não demorou a minha mãe aparecer da porta do quarto.

Marta : Já tá bem, Henrique? - Ele negou. - Tá ótimo! amanhã você vai pra escola. A gente passa um remédio bacaninha aí e você vai.

Henrique:  Sacanagem purinha! to mal abeça e vocês aí, ninguém tem dó de mim nesse lugar.

Raissa : Qual foi? Ficou o dia todo só na beleza e tá aí pagando pro meu lado. Menos, seja bem menos. 

Henrique: Beleza? Tu só me bateu o dia todo, cara. Tá se achando demais, pô. Vai morrer por causa de um dogão? Vai fazer falta? - Ma hora minha mãe guiou, sabia que ia sobrar pra ela e saiu fora. Revirei os olhos e já chamei eles no wpp fazendo o meu pedido.

Raissa : Tu vai ter que comer tudo, tá sabendo? não quero saber. - Ele assentiu sorrindo. - Isso não vai prestar não. - Disse vendo ele aparecer com um bolo de cartinha na mão. - Daqui a pouco tá um estranhando o outro, falo é nada.

Junio: Claro que vai, deixa de ser enjoada. - Ele começou a brincar com o Junio e não demorou um querer voar no outro. Não conseguiam ficar suave não, tinha que ter agressão.

Junio : Viaja em mim que eu forço o dedo nesse buraco da tua testa. - Não demorou Henrique tentar ir pra cima dele.

Raissa : Já deu! antes tivesse ido trabalhar. - Disse vendo os dois ainda se encarando. - Pprt, era menos problema. - Só foram quietar quando o meu pai apareceu na porta, aí sim geral esqueceu o tumulto. Fiquei pianinha na minha antes que sobrasse pra mim também.

Junio : Não vou jogar mais nada também, cansei. - Disse se levantando e saindo do quarto. Aproveitei pra ir pra rua esperar o lanche, tava calor mesmo, era suave.

As ruas como sempre parecia um formigueiro. Eu me sentei na entrada do beco e fiquei ali com o Junio e a minha mãe esperando. Foi quando a mãe do GB apontou na esquina pela primeira vez sem as crianças.