Capítulo Único - Independência ou Morte!

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Brasil caminhava lentamente pelo palácio, o sol estava brilhando em seu ponto e os pássaros cantavam uma melódia calma e serena. A capa vermelha do monarca se arrastava pelo chão, que gerava um belo contraste com o piso branco, na bainha de sua calça estava sua espada dava leve batidas em sua roupa formal. 

A coroa dourada com esmeraldas estava sob sua cabeça, e fazia seus cabelos castanhos escuros ficarem em maior destaque. Seus passos eram firmes e com um semblante sério em seu rosto moreno. O mesmo respirava fundo, tentava controlar sua respiração e emoções.

"Esse... É o caminho certo? Será que devo fazer isso?" pensou, parando de frente a porta do grande escritório.

- Okay, eu vou! - disse, mas quando sua mão estava indo em direção, ele recuou. - Não! Talvez seria melhor esperar mais um pouco... Não, Brasil! Você deve seguir em frente! Avante! - disse, começando a andar de um lado pro outro. - Ah!!! Mas, e se der tudo errado?! E se eu travar?! E se...

O mesmo é interrompido, com as grandes portas de madeira sendo abertas por um country alto, vestido com roupas formais e uma coroa dourada com pedras avermelhadas, mas o que mais chamava atenção era seu tapa-olho dourado e sua face séria.

- Brasil? O que fazes aqui, miúdo? - disse, encarando o brasileiro ainda sério. - Não deverias está em sua aula de...

-  Foi cancelada. - disse Brasil, engolindo seco e encarando o outro com a melhor postura. - Preciso falar com o senhor.

- Brasil, eu preciso...

- Por favor.

Portugal suspira, entrando em sua sala e esperando que o outro seguisse. Brasil entra na grande sala, fechando a porta de madeira e vendo seu pai se sentar na cadeira estofada.

- Diga.

- Eu... Q-quero... Er... - Brasil tremia nas palavras, o que fez o português levantar o cenho.

- Quer...?

Brasil fecha os olhos, suspirando fortemente e fechando seu punho. Era agora ou nunca.

- Quero ser independente. - disse, encarando o outro country seriamente e com um olhar firme. Entretanto, Portugal ri.

- Você? Independente?! - disse rindo, mas ao encarar o garoto ele o olha desconfiado. - Não és mais uma de suas brincadeiras?

- Não, papai. Eu quero ser independente. - disse firme, ainda encarando seu pai que fecha o rosto.

- Para que? Estamos tão felizes! - disse, arrumando sua postura e encarando o jovem country em pé. 

- "Independência é a separação de um ser em relação a outro, qual dependia ou era por ele dominado. É quando se tem liberdade ou autonomia". Eu quero isso, pai. Eu não quero mais depender do senhor, eu quero minha liberdade, quero ser livre e ter voz. - disse sério, encarando o outro que ficava cada vez mais incrédulo.

- Brasil, você NUNCA deixará de ser colonia. Me ouviu? COLONIA! - gritou, batendo as mãos em sua mesa de madeira e o encarando com raiva.

- Não, Portugal. Eu quero ser livre de ti. - disse sério, encarando ainda firme. - Eu vou conseguir isso, custe o que custar. - disse, se virando e indo em direção a porta.

- Brasil, volte. - Portugal disse irritado, se levantando de sua cadeira. O brasileiro apenas o encara com raiva, enquanto abria a porta.

- INDEPENDÊNCIA OU MORTE! - gritou, batendo a grande porta de madeira.


Anos depois.


Portugal encarava sua xícara de chá, estava na sacada de seu grande casarão. Encarava o mesmo sem expressão alguma e perdido em pensamentos. Fazia anos que não via Brasil, só sabia o que acontecia com ele por conta do que os outros países falavam. Ele só queria ter um momento pra sentar e conversar com o filho, mas o mesmo não conseguiram se encarar mais depois da discussão que tiveram.

- Senhor? - seu mordomo aparece, tirando os mesmo de seus devaneios. - O senhor tem visita.

- Hm? Ah, deve ser Espanha, pode mandar ele entrar. - disse, pegando seu jornal e começando a ler distraído.

Os sapatos sociais batiam contra a velha madeira do casarão, o country estavam com uma roupa formal (uma camisa social, calça social e um chapéu branco), ele encara de longe o mais velho de longe. O perfume amadeirado entrou pelas suas narinas, além do cheiro amargo de chá.

- Oi. - Brasil diz, vendo o jornal das mãos de Portugal caírem.

- Brasil... - Portugal sussurra, encarando o filho com os olhos marejados. - Filho...

- E aí, meu velho. Podemos conversar? - O brasileiro sorri, colando as mãos no bolso da calça e ficando envergonhado.

- Sim... Sim! Pode se sentar! Aceita uma xícara de chá? - questionou o português empolgado, finalmente suas preces. Brasil dá um riso soprado pela atitude do outro, se sentando com um sorriso nos lábios.

- Não, obrigado. Você sabe que eu nunca fui fã de chá. - disse o brasileiro, encarando o outro. - Bem, você deve está se perguntando o por quê estou aqui, certo? Bem, agradeça Tio Espanha, ele me fez enxergar algo que eu queria tanto fechar os olhos. Afinal, o que custa sentar e conversar... - disse, suspirando e encarando o português que o olhava sério. - Nada terminou bem naquele 7 de Setembro, e eu só queria... E-eu...

Portugal se levanta de sua cadeira e ajoelha na frente de seu filho, acariciando a mão do country com as lágrimas em seus rosto e um soluço eminente.

- Me desculpe... Por t-tudo, me perdoe p-por todo mal que l-lhe fiz e... Perdoe-me, Brasil. - disse, e o brasileiro encarava aquilo com os olhos marejados. Mesmo depois de tudo, ele ainda amava o pai e morria de saudades do mais velho.

- Eu te amo, pai... - disse, se ajoelhando na frente do mesmo e o abraçando, que é rapidamente correspondido pelo outro de maneira apertada.

Afinal, por quê as coisas não podem ser resolvidas em uma simples conversa?











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- Hey, pessoal! Como vão? =D

- sei lá, senti vontade de escrever algo fofinho e como hoje é aniversário do Brasil... Acho que juntei o útil ao agradável ksks

- Espero que tenham gostado! Até a próxima! <3



Independência ou Morte! - Uma OneShort CountryHumansWhere stories live. Discover now