Quando passava das dez horas da noite Sunny chorou pedindo mamar. Me deitei ao seu lado e lhe alimentei até que nós duas caíssemos no sono.

Mas acordo assustada com o barulho da porta da frente se fechando. Vejo que minha filha já havia abandonado meu seio e guardo o mesmo. Ajeito uma barreira de travesseiros para ela e pego meu celular verificando a hora.

Já passa de uma da manhã.

Saio do quarto calmamente e desço as escadas sem fazer o menor barulho possível

Suspiro em alivio ao chegar na sala e ver Heitor sentado no sofá de olhos fechados.

- Você me assustou. - digo e suspiro

Seus olhos verdes se abre e ele me olha rapidamente.

- Desculpa, não foi a intensão. - responde com a voz rouca

- Você sempre chega nesse horário? - pergunto e me sento perto a ele que me olha de cima a baixo

Estou usando calça e casaco moletom.

- Praticamente. - responde e sorrir - Você deu uma geral aqui. - diz e olha ao redor - Obrigada.

- Graças a Deus você gostou. - sorrio - Fiquei com medo de você se sentir ofendido ou algo do tipo.

- Imagina. - dá de ombros e se joga novamente no sofá

- Parece cansado. - digo e ele sorrir

- Estou um pouco. - abre um sorriso de lado - Como conseguiu fazer tudo com uma recém nascida? - questiona

- Foi um pouco complicado. Alguns cômodos tive que limpar com ela em meus braços.

- Bem puxado.

- Não tanto quanto o seu. - digo e ele sorrir - Porque não vai tomar um banho enquanto eu esquento a comida?

- Você cozinhou? - questiona

- Eu tive um tempo livre depois da terceira soneca da Sunny. - respondo o fazendo gargalhar

- Bom, não posso negar. Estou cheio de fome. - diz e se levanta

Heitor caminha até a entrada da porta e volta com suas chaves e uma caixa em mão.

- Isso aqui é para você. - me entrega uma chave - É da casa. - sorrir

- Obrigada.

- E isso é para a Sunny. - diz e me entrega a caixa

- Heitor, não precisa. - digo mas ele nega com a cabeça

- Eu sei que não. Mas eu quis, acho que vai te ajudar. - diz e rir

Pego a caixa ainda contra gosto e abro. Há um bebê conforto na cor rosa, uma babá eletrônica e um papel branco.

- Heitor.

- Para quando você precisar sair de perto dela ou trazer ela para cá para baixo. - responde

- Não precisava. De verdade. - digo mas ao mesmo tempo me emociono

- Está tudo bem. - sorrir - De verdade.

- Muito obrigada. - fico em pé e o abraço apertado - Você é um verdadeiro anjo.

- Eu que agradeço por ter feito essa casa parecer... casa. - diz e se afasta

Sorrio com sua fala e encaro os presentes da minha filha.

- Como funciona isso? - pergunto sobre a babá eletrônica

- Você coloca essa câmera de ursinho perto da cama e conecta no tablet. - abre uma gaveta ao seu lado e retira um tablet branco - E poderá ver e ouvir quando ela acorda. - diz

- E esse papel branco? - pergunta

- Ah, na loja tinha muitas variedades de carrinhos de bebê e eu não soube qual você gostaria. - coça a nuca - Então é só você entrar na loja e escolher que logo eles entregam. Já está tudo pago. - diz e sorrir

- Meu Deus. - exclamo - Prometo que assim que puder, pago você.

- Não é necessário. Fico feliz se vocês estão bem e confortáveis. - responde e eu abro um sorriso - Bom, irei tomar um banho. - sorrir para mim

- E eu esquentarei a comida para você. - digo ainda toda boba

Heitor pega seu casaco e seus sapatos e caminha em direção as escadas.

- Heitor. - ele se vira - Muito obrigada.

- Para de sempre me agradecer. - diz divertido

Ele sobe as escadas e eu encaro mais uma vez tudo aquilo que ele havia comprado. Pego o tablet desbloqueado e entro no site do papel vendo os carrinhos disponíveis para mim. Um mais lindo que o outro. Parece até que estou no paraíso.

 Parece até que estou no paraíso

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Um príncipe estrelinhas. Um verdadeiro príncipe. sz

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Xxlys

RainWhere stories live. Discover now