Capítulo 2

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No dia seguinte Ana Carolina está saindo para trabalhar quando Penha pergunta:
— Não vai tomar café?
— Bom dia, eu estou sem tempo, obrigada! - Ela esbarra em Júlio e fala: - Desculpe, tchau.
Enquanto ela sai apressada ele questiona:
— Quem é essa, mãe?
— É a nova inquilina e acho bom você se comportar, não vai me arrumar dor de cabeça com as moradoras!
— Claro que não, só fiquei curioso, ela nem faz meu tipo.

— Melhor assim ela só vai ficar aqui um mês até encontrar um lugar.
Ana Carolina chega ao trabalho e diz à secretária:
— Bom dia! Eu vim transferida da filial de São Paulo, Ana Carolina Ferreira, tudo bem?
— Oi, me avisaram do seu caso você vai trabalhar com o Raul a mesa é aquela ali, eu sou a Beatriz, prazer e espero que goste daqui e da cidade, estávamos precisando mesmo de mais gente para construir o novo banco de dados.
— Ah que bom então vim em boa hora, com licença.
Ana Carolina senta no lugar indicado por Beatriz e tira da bolsa um bloco de anotações e uma garrafa térmica e pensa:
"Agora posso tomar meu café"

Alguns minutos Raul chega e fala alto:

— Olá, você deve ser a minha nova parceira!

— Sim, prazer, Ana Carolina.

— Bora trabalhar?

— Claro.

Algumas horas depois ele diz:

— Vamos almoçar?

— Eu trouxe meu almoço, obrigada! - ela coloca a marmita elétrica na tomada e aguarda a comida esquentar, enquanto isso Raul fala:

— Beleza, eu vou nessa, até mais tarde, Carol.

— Até. - ela está comendo quando Beatriz chega com bolinhos e pergunta:

— Sobremesa, Ana Carolina?

— Não, obrigada, eu trouxe chocolate, você quer?

— Nossa, você tem tudo nessa bolsa?

— Em São Paulo eu trabalhava muito longe de casa, então eu tinha que estar prevenida, por causa do trânsito, agora eu consigo vir a pé. - Seu rosto entristece ao falar de São Paulo e Beatriz questiona:

— Mas afinal o que te fez mudar pra cá?

— Eu já estava cansada de onde eu morava, só isso.

— Sério? Aqui recebemos uma mensagem de que era urgente a sua transferência.

— Bom...é que eu pedi urgência, por pressa somente.

— Se você diz. - Beatriz vai pro seu lugar.

Raul chega e fala:

— Carol a Bia já está te interrogando?

— Não, só estávamos conversando.

— É que você está com uma cara péssima.

— Ela não fez por mal, mas eu não quero ficar falando do que passou.

Ele faz carinho em sua mão e diz:

— Eu entendo, o passado ás vezes é uma bosta!

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