Capítulo 7 - Uma tremenda confusão

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Trilha sonora do capítulo: Lauren Daigle: O Lord

Trilha sonora do capítulo: Lauren Daigle: O Lord

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7 – Melina Soares – Uma tremenda confusão

         Não consigo explicar como me sinto, apenas como se estivesse num grande vazio, do qual não consigo encontrar uma saída. Não consigo encontrar nada na verdade, nem ao menos consigo achar uma razão para estar viva.

— Licença! — Mariana abre a porta de repente.

Havia acabado de tomar um banho, mas ainda não havia comido nada. Como imaginei, assim que ergo o olhar para a mulher, a vejo com uma bandeja em mãos.

— Trouxe uma comidinha para você. — Ela diz pondo a bandeja com a comida sobre a cômoda. — Você não pode ficar sem se alimentar, até porque passou por muita coisa hoje. Precisa comer, ficar forte para aos poucos se reerguer. — Ela me olha com seu olhar meigo.

— Obrigada dona Mariana. — Dou um sorrisinho. — Mesmo contra a vontade, vou me esforçar para comer.

— Me chame só de Mari, como costumam. — Ela pede gentilmente.

— Ok, Mari. — Assinto.

— Você precisa de mais alguma coisa? Quer conversar? — Ela pergunta atenciosa sentando-se a beira da cama.

— Não, estou bem! — Declaro. — Assim que comer, irei dormir, preciso levantar cedo para o trabalho. — Forço um riso.

— Está certo. Precisando de mim é só chamar. — A mulher diz de um jeito amoroso.

Não sei por qual motivo, mas sinto algo bom quando estou perto dela, muito bom.

— Pode deixar. — Concordo e ela logo sai do quarto.

Levanto-me da cama, tranco a porta e vou até a bandeja de comida. Ainda que sem a mínima vontade, me esforço para comer.

Sentindo uma forte dor de cabeça, planejo deitar e adormecer de uma vez.

Mais cedo antes de tomar banho, Mariana me disponibilizou algumas roupas e alguns produtos de higiene pessoal. Então logo escovei os dentes, lavei um pouco o rosto na expectativa de aliviar a dor de cabeça e segui em direção a cama.

Antes de me deitar, paro em frente ao espelho e faço um coque no cabelo. Logo meu olhar desce para o meu pescoço. O colar dado por Bianca faz meu coração apertar de saudade.

Seguro as lágrimas, respiro fundo e me deito.

— Como vou viver essa vida sem você, minha amiga?! — Aperto o colar em meu pescoço.

Há tantas perguntas, tantas dúvidas em minha mente, e uma delas é o porquê de tanto sofrimento e desgraça. Aquela garota atrevida e desafiadora, ainda vem dizer para mim que há um Deus. Que belo Deus Ele é...

Ainda não consigo acreditar em tudo que aconteceu e como vim parar aqui. O fato de estar em casa, de certa forma me conforta, mas também me abala.

Acredito que o choro e a forte dor de cabeça contribuíram para que eu pegasse no sono, pois logo adormeci.

...

O alarme do celular dispara pontualmente as seis e vinte da manhã. Logo que abro os olhos e desligo o aparelho, um sentimento de tristeza invade meu coração por não ter a Bianca ao meu lado, me acordando com o jeito animado que tinha. Vou demorar para me acostumar, certeza! Quando me lembro de tudo, sinto vontade de me enfiar num buraco e não sair nunca mais.

Me levanto, arrumo a cama, faço minhas higienes matinais, trato de escolher uma muda de roupa em meio as que Mariana me ofereceu, respiro fundo, tentando buscar forças de algum lugar, pego minha mochila e saio do quarto.

Fecho a porta e analisando algumas coisas no celular, sigo no corredor em direção a sala, até que de repente, sinto um baque forte contra meu corpo e vejo meu celular voar, se espatifando no chão.

— Mas que mer... — Trato de engolir as palavras que estou prestes a proferir ao lembrar de que não estou literalmente na minha casa e que por mais que as coisas estejam uma tremenda confusão, tenho que parecer ao menos educada e agradecida.

Já estou pronta para me abaixar, mas vejo uma mão tomar meu celular do chão antes que eu o faça.

— Foi mal, não te vi! — Um garoto de cabelo cacheado, pele clara e olhos castanhos, diz me estendendo o celular.

Mas quem é esse agora?! — Pergunto-me ao analisar o belo rapaz a minha frente.

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Notas da autora: Eitaaa, quem será que é esse belo rapaz? Lá vem! Não esqueçam de comentar o que estão achando e de votar também. Beijos!

 Beijos!

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