— Hã... Você já saiu do colégio? — ele pergunta com a voz estranha e eu franzo a testa, ele está envergonhado ou é impressão minha?

— Sim Chaz, eu já saí. Por que?

— Posso ir aí te pegar?

— Por que? — pergunto imediatamente já pensando na desculpa que provavelmente vou inventar se ele me chamar pra mais uma festa de boate ou algo do gênero.

— Eu preciso de um favor seu, explico no caminho. — ele diz e eu suspiro sabendo que ele não ia dizer mesmo.

— Tudo bem, eu vou te esperar em frente a biblioteca. — digo já juntando minhas coisas com uma mão só mesmo.

— Certo. — ele responde e eu desligo o celular o guardando no bolso.

Termino de guardar todas as minhas coisas na bolsa e já a coloco nas costas caminhando para fora da biblioteca recebendo o olhar de algumas pessoas que me encaravam como se fosse louca por mal chegar e já ir embora. Felizmente eu não preciso esperar muito e Chaz estaciona uma Ferrari  amarela em meu lado. Eu já ando para o outro lado do carro e abrindo a porta.

— E aí. — ele me comprimenta.

— Oi, tudo bem? — pergunto enquanto ponho o cinto e me acomodo no banco vendo até o modo como ele dirigia que era muito mais devagar que Justin. Merda, já estou pensando nele de novo!

Chaz suspira antes de responder.

— Não pense que é grande coisa mas eu só preciso que me ajude a escolher um presente pra minha coroa. — ele diz sem me olhar e coça a cabeça sem jeito.

— Então por que está tão nervoso? — pergunto erguendo uma sombrancelha e ele me olha de testa franzida.

— Não estou nervoso.

— Claro que não. — ironizo olhando pra frente e ele suspira.

— É só que... faz muito, muito tempo que não vejo ela então... — ele diz incomodado e lhe dou um olhar de compaixão.

— Tá tudo bem Chaz. — certifico e ele pigarreia.

— E então, gostou de sábado? — ele já pergunta mais animado e percebo que é pra mudar de assunto e mesmo não querendo falar disso eu dou um desconto pois ele estava tenso com o assunto da mãe.

— Mais ou menos. — digo sem muito interesse.

— Já quero logo avisar que meu plano não era te deixar sozinha. — ele é rápido em se explicar e usa a mão que não está no volante para se render e eu reviro os olhos.

— Você poderia ter me dito que tinha uma namorada. — eu digo e ele franze a testa só faltando rir da minha cara.

— Você tá falando da Brena?

— Seja lá qual for o nome dela. — digo dando de ombro e ele ri.

— Ela não é minha namorada. — ele diz fazendo uma careta.

— Não?

— Não, era só uma gostosinha que me deu bola. — ele me olha. — Com todo respeito. — eu reviro os olhos novamente.

— Vocês homens são tão nojentos. — digo fazendo uma careta.

— Deixa de frescura Sheryl, admite que é muito mais divertido pegar vários do que um só. — ele diz zombeteiro e estaciona em frente a um shopping.

— Eu... não tenho muita certeza disso. — digo confusa antes de descer do carro levando em consideração que a minha experiência com meninos não tenha sido lá às mil maravilhas, mas Chaz não precisava saber disso.

DealOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz