4. de janeiro a janeiro

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Não sei o que responder. Mal consigo respirar. Klaus não mexe comigo de forma romântica, mas tenho ansiedade e tudo que é diferente da minha rotina, acelera meu coração, deixa minhas mãos suadas e me dá vontade de chorar.

Eu respirei fundo. Outra mensagem dele já havia chegado.

KLAUS: Laura?

KLAUS: Me responde, por favor.

EU: Ok. Te encontro .

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

Fico deitada na cama até as sete e meia. Geralmente deixo para me arrumar faltando poucos minutos para conseguir sair na hora exata ou me atrasar, uma mania que adquiri para não chegar mais adiantada nos lugares.

Trêmula e com o coração pulando, me visto com calça jeans e blusa de alças finas, ambas pretas. Prendo meu cabelo num rabo de cavalo e sinto vontade de corta-lo. Já está batendo na cintura.
Tiro de minha bolsa meu vidro de clonazepam e tomo um pouco antes de guarda-lo novamente.
J

á estou na porta quando percebo que estou descalça ainda. Rolo meus olhos e volto para meu quarto, calçando meu vans preto totalmente surrado que só uso tanto porque não tenho outro tão confortável quanto.


Pronta, e sem esquecer mais nada, eu finalmente saio pela porta.

Já são 20:19 quando chego na enorme porta da Matriz.

A Matriz é um espaço enorme, que têm bar, lanchonete, várias e várias mesas com cadeiras, diversos jogos de sofás espalhados, mesa de ping pong, totó, sinuca... Mas só para entrar você paga cinco reais. Cinco reais é caro para mim. Faço uma anotação mental de pedir o dinheiro de volta para Klaus, afinal, ele que me chamou aqui.


A Matriz está movimentada demais para uma segunda feira, mas não se compara à um final de semana. Ainda assim, é difícil encontrar Klaus no meio das pessoas ali.

Num jogo de sofá vermelho, sentado com mais três rapazes e uma garota loira, Klaus está distraído mexendo no telefone. Os seus amigos riem alto, mas ele não esboça nenhuma reação.

Eu me aproximo deles em passos contidos, porém firmes.
Eu não tenho motivos para ficar nervosa. Puta que pariu, Maria Laura, é só um macho.

- Klaus?

Os olhos dele se direcionam a mim no mesmo instante que eu chamo.

- Ei.

Klaus se põe de pé e vem até mim, logo colocando sua mão destra sobre meu ombro.

- O que precisa de mim?

Eu questiono num tom duro. Seus olhos se estreitam.

- Quem é ela?

Uma voz estridente pergunta. Todos seus amigos estão olhando para nós. A voz que perguntou vem de um menino loiro, de olhos marrons e a pele manchada de algumas espinhas. Nunca vi ele antes, mas pelos seus olhos avermelhados sei que usou maconha.

Quase rio.

Um professor maconheiro é o auge, meu Deus.

- Uma amiga. - Klaus murmura sem nenhum sentimento na voz. Ele aperta mais meu ombro. - Já estamos de saída.

Antes que eu possa responder, Klaus me guia para longe do pessoal sentado no sofá.

-Vocês pareciam amigos, mas me tirou de perto deles como se eu fosse um pedaço de carne sendo balançado para leões.


Klaus sorri e passa sua destra pelos cabelos. Sua mão deixa os fios de sua cabeça e ele a coloca em meu rosto. Eu suspiro, e me afasto.

- Qual é a sua, Klaus? Eu vim aqui porque pensei que você estava precisando urgentemente me dizer alguma coisa, mas ao que parece...

Ele me cala com um beijo.

Eu tento o empurrar, mas ele é mais forte e me pressiona contra a parede, sua língua invadindo minha boca, me fazendo ceder ao seu toque.

- Eu preciso sentir você...

Ele sussurra e eu quase me derreto por inteiro.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

FIM DE CAPÍTULO.

Oi, amores! Hoje teve dois capítulos por que eu não consegui postar ontem! Se você está lendo a história, deixe seus comentários. EU AMO MAIS COMENTÁRIOS DO QUE TUDO MAIS, POR FAVORRRRRR. OBRIGADA.

ATÉ AMANHÃ.

Se você quiser uma cena no livro, que combine com a temática, é comentar aqui que eu tento fazer.

professor é o car#lho. | CONCLUÍDO!Onde histórias criam vida. Descubra agora