Capítulo 2

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A estrutura da boate é realmente algo impecável e pelo menos disso eu não posso reclamar. Afinal, não é todo dia que venho nesses lugares.

Tento mover os pés para realmente andar por aí, mas não faço a mínima idéia de pra onde vou. Eu podia simplesmente tentar me divertir normalmente como essas outras pessoas apesar de não achar a forma delas necessariamente uma diversão ou então me esconder no banheiro até provavelmente isso acabar. Confesso que a segunda opção é realmente tentadora mas não cheguei no nível de idiotice para fazer isso.

Fecho os olhos com força quando sinto minha cabeça doer com todas essas luzes piscando e fico horrorizada quando ao meu lado passa uma mulher pode se dizer... Aquilo era realmente um biquíni ou eu estou ficando louca? Que lugar horroroso sinceramente.

Ando sem rumo me sentindo irritada e decido que minhas pernas estão doendo então provavelmente devo me sentar, mas quando vejo o nível de agarração absurda daquelas pessoas no sofá eu saio de perto realmente com medo de que eu fique grávida apenas de respirar aquele ar. Sério, por que eles não vão ao menos pra um quarto? Ando até uma espécie de bar me sentando em um banquinho e olhando pra aquele mar de gente se mechendo. E não consigo realmente acreditar que todas essas pessoas aqui preferem fritar nesse calor, com toda essa gente ou então se agarrando em sofás ao invés de ficar em casa assistindo um Netflix. Ou então eu que devo ser careta demais ao ponto de nem me mecher ouvindo essa música.

— Você não parece estar se divertindo. — uma voz comenta ao meu lado e eu me viro aliviada ao ver pelo menos o rosto familiar de Christian.

— E não estou exatamente... Você também não. — concluo o olhando e ele remexe sua bebida no copo antes de dar de ombros.

— Só estou cansado, só vim por conta dos caras, mas não pretendo ficar até tarde. — ele diz e eu assenti já me surgindo uma dúvida na cabeça.

— Só por curiosidade... quanto tempo estas festas costumam durar? — pergunto de testa franzida e ele sorri de lado.

— Não tem hora pra acabar exatamente. — ele diz e meu queixo cai. Quanto tempo será que Chaz pretende ficar aqui? Ou melhor eu já devia saber que não posso contar com Chaz pra ir embora.

Minha decisão de ter aceitado vim aqui está se tornando pior a cada minuto que se passa. É por isso que deveria ter pensando melhor e começo a sentir raiva de mim mesma por ser tão inconsequente, sempre fui assim e esse defeito já me rendeu várias situações ruins.

Sinto uma movimentação em meu lado e olho para um homem que abre um saquinho com ansiedade e despeja um pó branco sobre o balcão do bar e o organiza com precisão. Franzo a testa quando o vejo cheirar toda a carreirinha e o balcão ficar limpo quando ele se ergue.

Olho para Christian horrorizada quando o vejo rir daquilo e ele me olha com o sorriso morrendo.

— Ah, você não está muito acostumada a ver isso, né? — ele conclui franzindo a testa e eu passo a língua pelos lábios.

— Já vi algumas vezes no colégio. — minto olhando para frente e ele assente. Franzo a testa quando vejo algo que me incomoda e Christian parece seguir o meu olhar.

— O que foi?

— Acho que a namorada dele não gostou muito de mim. — digo sentindo a amargura na voz enquanto aponto para o amigo loiro de Christian que está sentado no sofá com uma morena no colo. Ela me encara com a raiva estampada na testa e dá um beijo no pescoço do garoto como se quisesse marcar território ou algo do tipo enquanto ele esta entretido conversando com outro cara. Sinceramente está cena me faz embrulhar o estômago e não é nem por admitir que eles são realmente um casal que combina, mas é só o tapa na cara que a realidade me deu por achar que um garoto tão bonito como aquele não tivesse namorada. E ela deve ser realmente paciente por aguentar todas as grosserias dele.

DealWhere stories live. Discover now