Cap. 1 - Esbarrão

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*MELISSA*

Havia acabado de me mudar para um novo apartamento, não era grande, mas era o suficiente para mim. Estava feliz com a mudança e por isso decidi dar uma volta para conhecer melhor o bairro.

Quando estava chegando no apartamento notei que no caminho tinha um mercadinho aqui perto.  Optei por passar nele para comprar uma latinha de cerveja. Depois de comprar, fui voltando a andar e observando a rua, as crianças e pessoas que andavam despreocupadas. O bairro parecia bem calmo e relaxante. 

Passei boa parte da tarde andando e conhecendo tudo. Já estava tarde e eu nunca gostei de andar sozinha na rua, muito menos tão tarde da noite. Pensando nisso quis voltar para casa. No caminho de volta, acabei me distraindo e alguém esbarrou com força em mim, fazendo com que eu derrubasse toda a cerveja em cima de mim e molhando minha roupa. Olhei com raiva em direção da pessoa e então empurrei seu ombro - mesmo ele sendo maior que eu -.

- Qual o seu problema, hein? Olha só o que você fez! - Ele olhou para mim, após eu tocar seu ombro, mas não pareceu nem um pouco arrependido do que havia feito. - Derrubou toda minha cerveja!

- Eu não ligo para sua cerveja. - Ele disse se aproximando e agora tocou meu ombro com força com a palma de sua mão. - E não toque em mim, novamente.

- Hum, vai fazer o que? Me bater? - Perguntei o olhando e revirando os olhos, enquanto bufava. Ele simplesmente negou com a cabeça e ia voltar a começar a andar novamente. Então segurei seu punho e o puxei de volta. - Não vai pagar pela cerveja que derrubou? Ou pedir desculpas por isso? 

- Não. - Ele respondeu seco e voltou a andar. Respirei fundo, olhando ele se afastar e peguei a latinha do chão, em seguida a joguei no lixo.

Antes de voltar para casa. Pensei em ir até a faculdade, para ver a distância certa e qual o caminho a fazer. Pois só conhecia o caminho de quando morava com minha mãe. Depois de alguns minutos, eu vi que era bem longe e desisti, pensei em ir no dia seguinte de uber ou ônibus. Seria mais fácil. "Eu poderia ter pensado nisso antes." - Pensei.

Comprei algumas coisas aproveitando que ainda estava na rua para fazer o jantar e logo estava voltando para casa, ainda um tanto estressada com minha cerveja que havia caído e molhado minha roupa e com o garoto mau-educado. 

(...)

{Outro dia de manhã - Domingo}

Acordei um pouco cedo, não soube exatamente o motivo, mas, não conseguia voltar a dormir. Me levantei da cama, ainda com preguiça e fui fazer minha higienes matinais.

Em seguida, tomei meu café, sem pressa alguma. Após terminar, liguei minha caixinha de som, conectando no Bluetooth do celular e fui deixando as músicas da minha playlist do YouTube tocar num volume médio para não incomodar o vizinho. Enquanto isso ia arrumando minha casa, cantando e dançando.

Já era domingo e eu ainda estava terminando de arrumar minha casa e faltava comprar coisas para ela. Faltavam coisas para sala e cozinha. Do quarto e do banheiro eu já tinha a maioria, havia ganhado de uma de minhas tias.

Hoje, eu iria comprar o resto das coisas que faltavam. Talvez, eu tenha acordado cedo por esse motivo. A ansiedade havia me dominado sem eu perceber.

/De noite/

Estava cansada, havia andado a tarde toda, comprei diversas coisas então agora estava acabada, deitada na cama com as pernas pulsando de cansaço e a respiração levemente ofegante depois do banho. Me virei na cama, me cobri e fechei os olhos para dormir.

Não demorou mais que 10 minutos para que um som muito alto começasse no apartamento da minha frente.

- Só pode ser palhaçada... - Falei abrindo os olhos e olhando para o teto.

Parecia ser uma festa, dava para ouvir pessoas gritando, rindo, xingando. Sem contar a música que já estava bem alta. Pensei duas vezes, antes de ir arrumar confusão, até porque, sou nova aqui. Não queria causar problemas logo de início. Mas, cadê o senso(?)

Me levantei e fui até porta do apartamento da frente.(Apto.34) Bati na porta e dei de cara com o homem que esbarrou comigo no dia anterior, ri baixinho de forma irônica e revirei meus olhos não acreditando naquilo.

- Olha só. O que foi florzinha? Quer participar da festa? Pena que são só para os meus amigos. - Ele disse rindo. Estava explícito que já estava bêbado. Que irritante.

- Não seja mais idiota do que já é! Vim aqui para falar para você abaixar a porra do seu som! Está tarde pra cassete e eu tenho faculdade amanhã de manhã.

- Que pena para você. - Ele fez biquinho com os lábios, me olhando bem debochado. Agora virando a garrafa de bebida na boca pela terceira vez. - Se quiser, eu te dou um desconto e deixo você ficar aqui.

- Só abaixa esse som e me deixa dormir. - respondi e antes mesmo dele falar alguma coisa, me virei e entrei em casa batendo a porta em seguida.

[Cá estou com uma história de verdade! Com início, meio e fim. Espero que gostem, me dediquei bastante a essa história.]

(Essa história é um clichê! Muito clichê. Espero que gostem)

Amor Por AcasoWhere stories live. Discover now