1. Músico metido a besta

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"As pessoas estão particularmente idiotas hoje em dia. Não posso mais conversar com elas" - Gilmore Girls

Finalmente depois de meses eu teria um momento relaxante na minha cama junto com todas as minhas séries favoritas

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Finalmente depois de meses eu teria um momento relaxante na minha cama junto com todas as minhas séries favoritas. Passei o final do segundo período da minha faculdade de jornalismo estudando feito louca, e tirando o atraso das matérias. Eu havia acumulado muito conteúdo. Por isso aquele momento deitada na minha cama com uma xícara de café nas mãos e uma das minhas séries favoritas passando na tv, era uma maravilha!

Eu precisava descansar a mente e ter um tempo só pra mim. Chega de produzir matérias e seminários sobre Sociologia e Antropologia. Eu já estava farta daquilo. Tudo o que mais queria era ação, poder estudar de verdade como ser uma jornalista. Eu estava louca para finalmente começar a estudar as técnicas de apuração e entrevista.

Entrevistar as pessoas, pesquisar dados, e fazer observações sempre fez parte do meu estilo. Desde pequena eu gostava de parar as pessoas na rua e perguntar sobre alguns tipos de assuntos como rotina diária delas, ou quais eram as suas opiniões sobre alguns problemas que eu como criança achava gravíssimos na comunidade.

Por esse motivo eu sempre era a escolhida para apresentar e elaborar trabalhos durante o meu período escolar. As pessoas me achavam super comunicativas e criativa, e por essa causa eu era a líder de todos os trabalhos, e todo mundo queria fazer parte do meu grupo. Pois quem ficasse no grupo perfeitinho da Alana tiraria dez de cara!

Acho que agora já deu para perceber como eu era uma aluna aplicada na escola. Graças a Deus eu nunca preocupei os meus pais no quesito notas. Eles nem precisavam mandar eu ir estudar, pois eu já fazia sem nem precisar. Sim, eu estudava até quando não tinha necessidade. Às vezes o professor falava que ele ia começar a apresentar tal assunto, mas que não ia se aprofundar, pois nós não iríamos precisar. E enquanto todos da turma comemoravam por ter um assunto a menos na prova eu ficava indignada e iria estudar todo o conteúdo sozinha. Não sei explicar o porquê eu era assim. Talvez eu só tivesse medo de precisar saber mais sobre tal coisa no futuro.

Mas voltando ao assunto do jornalismo, eu nunca tive certeza mesmo se era isso o que eu queria. Tive que me decidir em cima da hora, quando já estava no último ano e o vestibular que estava próximo.

Eu sempre fui uma pessoa com muitas habilidades e gostos. Então decidir o que fazer no futuro como uma profissão foi meio complicado. Porque, onde eu iria encontrar uma profissão que eu escrevesse, me comunicasse com as pessoas, falasse sobre assuntos que eu gostava como indicação para alguém e pudesse mostrar para o mundo a minha forma de pensar?

Eu estava com a mente tão cheia na época que a palavra "jornalismo" nem tinha me passado pela cabeça. Lembro me até que eu já tinha feito vários testes vocacionais e que a maioria deles dizia que eu deveria ir para a área da publicidade. E eu até tinha pensado sobre isso, mas a única coisa que me vinha a cabeça era "Eu não sei fazer propagandas". E claro que publicidade não abrange só isso, mas quando você não se identifica com algo, ou simplesmente nunca se interessou, você vê só a parte pequena daquela coisa. Você não procura saber mais.

Apenas um fim de semana [concluído]Where stories live. Discover now