A Presa E O Caçador

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A mulher que antes tinha um semblante meigo e gentil, mostra um sorriso ardiloso que faz meu coração disparar.

— Você fez sua escolha, espero que se responsabilize pelas consequências que...

Sinto meu corpo ser puxado violentamente para baixo e quando me dou conta estou no quarto cinza de Dominic, com ele me chacoalhando em seus braços.

— Vamos Liz, acorde, o que há de errado?

Meus olhos se acostumam aos poucos a claridade e o vejo me encarando com os olhos arregalados.

— Olá senhor Mackenzie.

Ele se levanta comigo ainda nos braços e vai em direção a porta.

— Vou te levar ao hospital.

— O que foi agora? Me largue, Dominic, está louco? - Coloco meus pés no chão.

— Você está ardendo em febre e não quis acordar durante três minutos inteiros, não importava o que eu fizesse. Não interessa o que você diga, iremos ver um médico.

Lembro-me do sonho que tive e da sensação de desespero, talvez eu esteja delirando de febre.

Toco minha testa e a sinto normal.

— Não estou com febre, estou até bem gelada senhor fera.

Ele repete meu gesto.

— A um minuto eu vi com um termômetro sua temperatura, você estava com 39,4° C, não é possível que tenha baixado tão rápido.

A fera vai até o criado mudo, pega um termômetro e confere novamente minha temperatura: 35,7°C.

— Eu te disse que não estou com febre, talvez eu estivesse quente por conta desse monte de cobertores que enfiou em mim.

— Você tem um sono muito pesado, senhora Mackenzie.

— Na verdade não - Sento-me novamente na cama - mas estava tendo um sonho muito realista, talvez por isso não acordei.

— Sonhou com o que?

— Com um castelo e gente estranha, mas nada fora do comum para meus sonhos, geralmente são muito esquisitos.

De repente Dominic fica sério e encara o vazio por longos segundos.

— O que há?

— Nada...  Achei que iria ficar viúvo sem antes aproveitar os encantamentos da minha pequena deusa. - Sua mão acaricia a minha, enviando arrepios para meu corpo.

— Bom, eu não vou a lugar nenhum. - Seu sorriso diabólico revela que eu não poderia nem se quisesse.

— Senti-se dolorida hoje, minha ESPOSA? - ele pergunta retirando sua camisa verde limão.

Meu coração quase pula pela boca.

— Eu... - minha mente fica branca - quero.

vejo sua sobrancelha arquear em curiosidade.

— Quer? - Aquele sorriso pervertido está novamente ali - Eu não te ofereci nada, pequena deusa.

Engulo em seco. Ele está apenas de roupa íntima na minha frente.

Quando foi que me tornei uma pervertida?

Dominic se abaixa na minha frente e retira a meia dos meus pés.

— Vou te ajudar com isso. - Suas mãos vão para minha cintura e me jogam para trás, me fazendo deitar sobre a cama.

Minha blusa é levantada até pouco acima do meu umbigo e ele deposita um beijo ali.

FeraWhere stories live. Discover now