– Francês, ainda está aí? - Perguntou Ikki.
– Seu bastardo filho de uma puta veio ver se já estou morto? Pois tenho uma triste notícia pra você: Não desisto fácil. - Bradou Camus muito, mas muito irritado.
Ikki sorriu, aliviado ao ouvir os xingamentos do francês. - Fui até o meu avião pegar uma corda pra te tirar daí!
Camus calou-se e logo sentiu a ponta da corda em sua cabeça.
– Amarre na cintura, acho que a neve em volta de você vai ceder quando eu tentar te puxar daí.
Dito e feito, a neve caiu assim que Camus vez um movimento mais brusco, por sorte Ikki amarrara a corda em uma árvore antes de jogá-la para Camus.
O ruivo só não caiu por causa disso, e depois de muito sacrifício o ruivo foi resgatado.
Quando finalmente Camus conseguiu dar a mão a Ikki, respirou aliviado.
– Obrigado, eu o teria deixado para morrer. - Confessou Camus.
– Não, não teria, eu sei que não faria isso. - Ikki rebateu, e colocando mais força conseguiu tirar o ruivo do buraco.
– Quero ver quando os seus superiores souberem disso! - Provocou Ikki.
– Disso o quê? - Questionou o ruivo altivo.
– De ter sido enganado por um coelho. - Completou Ikki sorrindo.
Camus ficou sério por um tempo até que começou a rir também.
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Capítulo – 2
– Vamos voltar, com cuidado, acho que eles devem estar preocupados. - Falou Camus já sério.
– Não conseguimos caçar nada. - Replicou Ikki.
– Pensaremos em algo, o importante é estarmos vivos. - Tornou o ruivo.
– Bom, isso é. Acho que seu namorado me mataria se eu chegasse sem você. - Falou Ikki, mas antes que pudesse dar mais um passo sentiu o ruivo o segurar firme pelo casaco e o bater fortemente contra uma árvore.
– Por que está dizendo isso? - Camus perguntou sério.
– Eu falei que meu pai me fez estudar línguas e eu falo francês fluentemente também. Ouvi vocês, o jeito que falou com ele, e entendi o que disse. - Respondeu Ikki devolvendo o olhar penetrante que o ruivo lhe lançava.
– E o que vai fazer a respeito? Pretende nos atacar à noite? Nos queimar como aberrações? - Perguntou novamente Camus, sem afrouxar o aperto.
– Não, não, eu não sou assim, não vou julgar nem agredi-los. Também sou diferente.
Ao ouvir isso Camus o soltou bruscamente, e ordenou. - Como assim? Diga!
Tentando se recompor, Ikki começou a falar. - Eu sou de uma família tradicional japonesa, como eu disse, meu pai é muito rico e ele nunca me aceitou como eu sou, ele arranjou um casamento pra mim e foi quando eu falei pra ele da minha real condição. Tivemos uma briga horrível e no dia seguinte ele me inscreveu para lutar nesta guerra, como sei pilotar desde muito novo fui deslocado para às forças áreas.
Camus ouviu o relato do jovem japonês e apiedou-se, pois ele sabia como aquilo era difícil, foi duro quando revelou ao seu pai também. Obviamente que o Sr. Cristal du Versau não chegou ao extremo de enviá-lo para a guerra, mas cortou relações consigo desde que decidiu ir morar com Milo depois da faculdade.
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No Amor e na Guerra
FanfictionEm meados de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial dois soldados do exercito aliado Camus e Milo acabam na mesma cabana que dois soldados do dito EIXO força aliada aos alemães Ikki e Isaak, depois que seus aviões são mutuamente abatidos durante uma...