O início

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Eu levantei a cabeça, tirando os olhos dos documentos que eu avaliava, esfregando a mão em meus olhos. Reclino-me em minha cadeira giratória, meus olhos fechando, enquanto sinto uma crescente dor de cabeça surgir. Por um momento, eu pensei na possibilidade de eu estar contaminado com o "Kalavirus" mas logo, descartei essa possibilidade, eu não tive contato direto com nenhum infectado, minha própria irmã mais nova, era a pessoa mais limpa que eu conhecia, em níveis doentios, e a pessoa mais próxima a mim. 

Meus funcionários, não haviam sido dispensados, no entanto foi montado uma estratégia de escala, onde minha equipe trabalharia em grupos, dia sim e dia não. Portanto minha empresa a "Atlantic Group" estava funcionando com menos de 40% da equipe. 

Eu não quis olhar meu celular, as notícias verdadeiras e falsas corriam em um ritmo frenético, causando em sua grande maioria, Pânico. Então quando meu celular vibra mais uma vez, eu nem olho, apenas silêncio a minha chamada. 

Me levanto, pego um copo de água e me viro, meus olhos piscando rapidamente, para o sol poente brilhando sobre a janela tingida do chão ao teto que me dá uma visão ampla dos outros prédios. 

A cidade antes cheia, movimentada por pessoas, carros, táxis...estava parcialmente vazia. Não havia tido qualquer anúncio do governo sobre uma possível quarentena, mas a gente sabia que isso iria acontecer. Além da minha crescente preocupação sobre a economia, eu também me preocupava em como quando tudo iria terminar. Os casos de Kalavirus eram extremamentes severos, incluiam tosse, febre, calafrios e dores de cabeça, dor de cabeça, fadiga e náusea. Por último, dificuldades respiratórias, parada respiratória, sangramento interno e falência de órgãos. Não era bonito de ver a decadência dos pacientes, e eu sabia que logo o pânico se instalaria. 

O bipe do telefone da minha mesa soa, e a voz suave da minha secretária, Não, a voz Fodida de sexy da minha secretária soou do outro lado da linha. 

— hmm — Limpa a garganta. — Sr. Maverick. — Precisamos falar, pessoalmente... — Ella parecia um tanto nervosa. — Também trouxe alguns documentos para você avaliar...mas posso enviar  depois para o seu endereço caso prefira. 

— Não — A minha voz sai grossa, e mais arrogante do que deveria, então eu me concerto. — Não é necessário Srta Ella. Pode só deixar aqui. 

Ela não responde, eu destravo a porta e ouço o leve tintiliar dos seus saltos altos. Eu acompanho, com olhos desejosos quando ela atravessa o corredor, com alguns envelopes no braço. 

Ela usa uma saia lápis marrom e um terninho que faz conjunto. Santo Deus! Quem fica bonita com marrom? Ela segura firme os envelopes, e vejo a ponta do papel enrugado pela força que ela segura, suas mãos  também estavam suadas. 

Ela estava nervosa

Eu lambo os lábios, quando olho volta para seus olhos escuros e brilhantes, ela sorri um pouco, seu rosto estava um pouco vermelho, como se estivesse enrusbecido. 

— Aqui está. — Ela inclina o corpo curvilíneo um pouco sobre a minha mesa. Não deixo de fantasiar com os seios grandes, cobertos pela sua roupa.  Eu quero desesperadamente arrancar a blusa dela chupá-los até que estejam rosados e doloridos.  

Totalmente alheia aos meus pensamentos pervertidos, Ella, deixa os meus documentos. Eu não deixei de notar a sua voz tensa e sua postura rígida. Ela ergue os olhos e diz com suavidade. — Você vai ficar aqui? 

Eu cruzo os braços sobre o peito, meu terno Armani moldando meus músculos sobre a pele. 

— Você vai ficar aqui? — Eu devolvo a pergunta. Era para ser uma brincadeira, mas percebi que o vermelho da sua bochecha irradiou para seu pescoço. 

MaverickOnde as histórias ganham vida. Descobre agora