Capítulo 7 (MODIFICADO)

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Zane

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Zane

Naquela mesma madrugada, eu não consegui dormir, pois me sentia extremamente inquieto. A raiva por tudo o que vi; por Calvin e Katie e toda aquela situação no beco estava me deixando sufocado.

Eu sabia que não deveria, mas acabei batendo na porta da casa da Luci, já que notei algumas luzes acesas.

Quando ela abriu a porta, de roupão, e me viu ali parado, vi suas sobrancelhas se arquearem.

— Zane? — Parecia genuinamente surpresa.

Juntei as mãos e esfreguei uma na outra, sem jeito. Cocei a garganta.

— Bom, eu... — gaguejei, tentando raciocinar. Olhei para meus pés, sentindo o nervosismo tomar conta das minhas veias. Voltei a encarar seu rosto e notei sua inquietação. A porta não estava aberta totalmente, e Luci olhava para além dos meus ombros a todo o momento. Eu sabia que ela estava com medo de mim. Não precisava ser um gênio. — O que foi?

Ela piscou, como se tivesse sido pega no flagra.

— O que foi, o quê? Foi você quem bateu na minha porta, Zane.

— Me refiro a sua inquietação, oras — expliquei sem negar o incômodo. — Seu medo está nítido para mim.

— Da última vez, você não foi amigável comigo, Zane. Me desculpe, eu só... você me acordou, legal? Eu não esperava.

Mesmo nervosa, ela deu um passo para o lado e gesticulou para que eu entrasse. Relaxei quando ela fechou a porta atrás de si.

— Afinal, por que está aqui?

Não respondi de imediato.

— Eu a vi, Luci. Vi a Katie hoje.

— Oh, meu Deus, Zane. E como foi? Vocês se falaram? Não tive tempo de conversar com ela hoje, então não estava sabendo disso.

— Seus pais não estão em casa? — perguntei, olhando ao redor.

— Não. Eles se mudaram para Nova Jersey e deixaram essa casa para mim.

Mesmo se esforçando para parecer natural na minha frente, eu ainda sentia que ela estava inquieta.

— Eu não vou machucar você, Luci, mas se não estiver confortável com a minha presença, eu posso ir embora.

— Não, nada disso. — Ela me indicou a sala. — Sente sua bunda aí e me diga o motivo de ter me tirado da cama no meio da madrugada. — Vi um ensaio de sorriso no canto dos seus lábios.

Baixei a cabeça e fiquei brincando com meus dedos.

— Bom, como eu disse agora a pouco: eu vi a Katie mais cedo, contudo não falei com ela — expliquei. — Calvin também estava lá e... — rangi os dentes, sentindo minha boca salivar. — Eu fiquei me controlando para não quebrar a cara dele, Luci. E... e... Katie ficou apenas lá... me olhando sem dizer nada. Nada.

AMARGA SOLIDÃO - Duologia Sombrios SOMENTE DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora