Meu coração quase saiu pela a boca quando avistei um rapaz alto e com cabelo cacheado sentado em uma mesa no restaurante desse hotel.

E não pude evitar, sai correndo na sua direção, deixando Caleb e Noah para trás. Estávamos na recepção do hotel, pedindo informações quando o vi.

Ele arregalou os olhos e se levantou da mesa e veio na minha direção.

Nos abraçamos por muito tempo.
Suas mãos apertam minha cintura como se eu pudesse escapar de seus braços. Encosto meu rosto em seu peito.

Encostamos as nossas testas.
-Finnie- digo com a voz falhando.
-Millie, eu...- interrompo ele.
-Vamos para um lugar mais reservado?- pergunto ao notar os olhares das pessoas ao redor que estava lanchando no restaurante do hotel.

Seguro sua mão e caminhamos entre as mesas.
-Vamos para o meu quarto-Finn sugere.
-Ok, pode ser- respondo.

Dou um sinal para Caleb e Noah- indicando com a cabeça que vou subir com o Wolfhard- e a essa altura os dois já estão jogados no grande sofá próximo a porta do restaurante.

O cacheado passa o cartão para liberar a porta e entramos no quarto que ele vem praticamente se escondendo.

Sento na ponta da cama de casal e Finn se senta ao meu lado.

Passamos um tempo em silêncio.

-Me desculpa...- Ele começa a falar.

Estava tudo bem, até os meus olhos se encherem de lágrimas.

-Cara, Eu não consigo não chorar- coloco as mãos no rosto.
-Millie, não precisa chorar, por favor- ele passa a mão pelos meus cabelos.

-Eu estou sensível esse período. Mas é inevitável não chorar. Você perdeu! Perdeu o aniversário do primeiro mês da nossa filha!- nesse momento estou de pé, com os braços cruzados.
Meu tom de voz não é de raiva ou algo do tipo. É quase de decepção.

-Millie, eu estava nervoso com a morte de Jack... e a maneira como ele teve a parada cardíaca bem na frente! E eu não fiz nada, entrei em choque- ele despeja, se levantando também.

-Finn, eu também ficaria dessa forma. Só não entendo o porquê de não ao menos mandar mensagem para mim ou perguntando sobre a Gracie. Posso estar sendo egoísta, sei que estou sendo mas poxa! Você prometeu que ia está lá a todo momento... e no primeiro aniversário dela, você nem sinal de vida deu. Eu fiquei desesperada, pensei que alguma coisa mais séria havia acontecido com você- nessa hora eu chorava em seu peito.

Nem percebi o momento que o Wolfhard me puxou para me encaixar em seus braços.

-Só peço que me perdoe. Eu vou estar com vocês no que der e vier. Vocês são as duas pessoas que eu mais amo. Eu só não consegui fazer nada naquela momento, até eu atender uma ligação do Chosen, falando sobre ele- ele beija o topo da minha cabeça.

- Finn— o que vou dizer agora está doendo mesmo antes de falar, penso comigo mesma.
- Pode dizer, Millie- ele encosta seu queixo sobre o topo da minha cabeça.

-Não acho que sejamos maduros o bastante para assumimos essa responsabilidade de namoro e de ser pais- me desvencilho e o encaro em seus olhos.

Sua expressão é indecifrável. Não sei se está triste ou com decepcionado.

-Não podemos continuar namorando sendo que não sabemos lidar nem com os nossos problemas individuais. Imagina os problemas conjuntos. Vamos focar na Gracie. Ela é a nossa maior prioridade agora- lágrimas escorrem pela minha bochecha.

-Millie, Eu te amo e tenho certeza disso. Também amo nossa filha. Eu não esperava ser pai tão cedo mas sei que agora eu não trocaria isso por nada nesse mundo. E se terminar, é o que você quer... Vamos fazer isso ok?- ele beija minha testa.

Ficamos um bom tempo assim: abraçados e chorando.

Eu o amo. Sei disso. Mas precisamos desse tempo. Um tempo que vai nos fazer amadurecer e repensar sobre o que fizemos.

- Agora que terminamos. Vamos continuar como amigos. Saiba que o que precisar sobre Gracie, eu vou correndo para lá, ficar com vocês. Vou respeitar seu espaço e sua decisão porque sei que é verdade, precisamos amadurecer. E nesse momento, a melhor opção é eu arranjar algum lugar para ficar mas não se preocupe com isso.- ele segura minha mão.

Ele sempre vai estar lá. Sempre segurará minha mão. Segurou quando eu o contei sobre a gravidez. Segurou quando eu estava preocupando sobre tudo e quando segurando Gracie em nossos braços pela primeira vez.

Ele errou e eu também já errei. Quem sabe um dia voltamos. Afinal, temos uma certa história juntos.

-Posso ver a Gracie? Estou com saudade da minha pequenininha- Finn sorri fraco.
-Mas é claro, Finnie. Digo Finn. Ela é sua filha- sorrio.
-Pode continuar me chamando de Finnie, não tem problema- pisca para mim.

Uma coisa eu não tenho dúvidas. Ele sempre será o meu Finnie e o Finnie da Gracie.

Meu maior problema Where stories live. Discover now