Capítulo 2

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Brock.

Fico olhando para ela rir sobre minha cama, e sorrio, eu deveria mostrar a ela que sou forte, nao fofo, mas o que posso fazer? Ela me tem por completo, estive olhando por ela nos ultimos dois meses, imaginando essa cena, ela, toda linda, deitada em nossa cama, sorridente, enquanto eu preparo uma refeição para nos dois. 

É o que eu chamo de sonho americano. 

Suspiro, finalmente, sentindo felicidade no peito, o cheiro dela rodeia minha cabana inteira, é um sonho, e nao vou mudar isso, apenas pela palavra fofo. 

Preparo uma salada e alguns pedaços de frango grelhados para ela comer, arrumo tudo e coloco na bandeja, que comprei a uma semana, imaginando como seria servir ela na cama depois de uma noite de amor intensa. O pensamento me tem duro e preciso de um segundo ou dois para me acalmar. Resmungando o quanto sou despreparado ao redor dela, me viro e a vejo sentada na cama, me olhando curiosa. 

- Espero que goste de frango. - Eu sei que ela gosta, mas nao quero a assustar por pensar que sei seus gostos, ou seus pratos preferidos. 

- Eu amo! - Ela responde se ajeitando na cama e me sorrindo, preciso parar meus passos para me recompor, seus olhos em mim ainda é uma novidade, e gosto, mas sera que ela gosta? Acho que sim, se nao, nao teria me chamado de fofo. 

- Coma. - Falo suave enquanto coloco a bandeja sobre a cama. 

- E voce, nao quer comer? - Ela diz enquanto pega o prato. 

Sim, eu quero comer voce, de quatro, em cima, em baixo, me molhar inteiro com seus sucos... Fazer um belo banquete entre suas pernas... 

Sinto meu rosto pegar fogo quando penso em tudo o que quero comer agora, meu urso tenta subir mais sobre mim, ele quer o controle, mas ainda nao.

- Brock. - Sua voz me tem sobre a borda, estive esperando por dois malditos meses, essa chance, e deuses, nao posso perder o controle assim, mas estar tão perto dela depois me segurar por tanto tempo. - Seus olhos...

Encaro seu rosto vermelho, como se ela estivesse com medo, e me afasto rapidamente, olho minhas mãos e noto o pelo cobrindo cada quanto, minhas unhas estão mais cumpridas, e sinto que meu corpo começou a inchar. Tento manter a respiração sobre controle. 7

Não podemos, ainda nao... 

Minha

- Brock! - Escuto Helena me chamar enquanto ando ate a porta, me viro um pouco, evitando seus olhos. 

- Me desculpe. - Saio da minha cabana e fecho a porta, vou me acalmando aos poucos, mantendo a respiração sobre controle. 

Oh, droga! Quase me transformo em um urso de quase tres metros na frente de Helena, que provavelmente iria infartar de medo, e que nesse momento, deve estar pensando em uma forma de ir embora e nunca mais olhar em meus olhos.

Escuto a porta se abrir, e seus passos atras de mim. 

- Brock, podemos voltar para dentro? Estou com frio. - Escuto seus sussurros e me viro, ela esta embrulhada com minha colcha, e seus labios estão tremendo levemente. Franzo as sobrancelhas, chateado que ela saiu para fora com o frio que esta fazendo aqui fora. 

- Volte para dentro, esta congelando aqui fora. - Rosno ainda tentando me controlar e não pular em cima e arrancar suas roupas e foder seu pequeno corpo.

- Voce esta aqui fora. - Ela diz quase como se estivesse irritada.

- Eu sou diferente! - Rosno e ela me olha seria, mas logo sorri animada. 

- Somos companheiros? - Suas palavras me batem forte do peito. Fico em choque, nao sei o que fazer, ou falar, apenas fico ali, paralizado a olhando. - Porque se somos, estamos perdendo tempo aqui fora, vamos, estou com frio. - Ela me estende os braços, a colcha ao redor de seus ombros, seus olhos quentes e seu sorriso largo. Ainda sem reação, vejo ela começar a ficar sem graça. - Estou errada? Desculpe, é que quando vi que quase se transformou, eu pensei... - Antes que ela possa terminar suas palavras, estou a pegando no colo e a levando para dentro, me sento na cama comno meu colo e a olho em confusão. 

- Não esta assustada? - Pergunto baixo, tentando descobrir o que esta acontecendo. 

- Não. No que você pode se transformar? - Ela pergunta me olhando fascinada, como uma criança na noite de Natal, seus olhos brilham, e o cheirode felicidade que emana dela, me conquista, e eu não poderia a amar mais por isso. Ela me aceita, e me adora por quem eu sou. Pode demorar a me amar, mas nao me importo, enquanto ela estiver feliz ao meu lado, eu estarei feliz e realizado.

- Eu sou um urso. - Digo a olhando com puro amor. Ela coloca o rosto contra minha barba e sussurra.

- Voce é tão quente. - Ela começa a acariciar minha barba, levanta o rosto e me sorri.

Seguro suas mãos e beijo de leve seu pequeno biquinho, apenas esse leve toque me tem em chamas, mas tento me concentrar. 

- Não consigo pensar com voce me tocando. - Falo para acalmar seu coração. - Como sabe sobre mim? Sobre companheiros? Isso é algo que nao saimos por ai contando para todos, é nosso segredo. - Digo completamente confuso, não conheço nenhum shifter que vive nessas areas que possa ter a coragem de dizer algo sobre nos sem temer as consequencias. 

- Bem... - Ela me olha travessa, e droga, eu amo esse olhar. Balanço a cabeça tentando me concentrar. 

- Helena! - Digo um pouco mais firme.

- Vai ser mandão assim sempre, ou só quando quer algo? Porque isso meio que me excita. - Beija minha bochecha e sorri ao ver meu olhar de choque, posso sentir seu cheiro de excitação, sua boceta molhada me deixa com agua na boca. Meus dentes de alongam, e Helena me olha fascinada. 

- Diga como sabe de tudo isso, baby. - Rosno apertando minhas mãos em sua cintura. - Então ela  suspira, passa seus braços ao redor de meu pescoço e me olha séria.

- Há alguns atrás, meu avô me contou uma história. O pai de um de seus amigos, era diferente, era algo que muitos se negam acreditar que exista, e que muitos nem ao menos cogita a ideia, ele era forte demais, grande, e era rápido como ninguém nunca tinha visto, ele era feroz, mas era doce e amoroso com sua família, principalmente com sua esposa, a qual ele perseguiu desde o segundo que a tinha visto, ela era a única capaz de acalmar o pai do amigo de meu avô. Até que um dia meu avô viu o seu homem se transformar em um lobo enorme, naquele dia mais cedo, sua esposa tinha morrido de velhice, meu avô disse que o homem estava completamente incontrolável, ele chorava muito, dizia que a dor era demais, então ele deixou os seus filhos e netos e foi embora, ele entrou na floresta e nunca mais foi visto. Mas antes dele partir, ele olhou para meu avô com os olhos de lobo, meu avô disse que a única coisa que viu, foi dor. Ele nunca contou para ninguém o que viu naquela noite, ele tinha apenas nove anos. Ele me contou isso quando estava em seus ultimos dias, minha avó já tinha partido, e ele disse que precisa acompanhar ela, porque ela sempre foi ruim em se guiar. - Ela sorri entre as lágrimas que escapam de seus olhos, nao gostando de ver ela assim, beijo abaixo de seus olhos, afastando as lagrimas. - Ela era a única que sabia disso, porque vovô nunca escondeu nada dela. - Sussurra e olha, estou meio que sem reação, então apenas continuo beijando suas bochechas. - Você é como o pai do amigo do meu avô não é? Vovô disse que vocês existiam, e que seria muita sorte ver algum de vocês tão de perto. - Ela sorri e beija meu nariz. 

- Bem... Parece que seu avô me ajudou bastante. - Sorrio e beijo seus labios, não consigo mais conter essa necessidade. Aperto seu corpo contra o meu, desfrutando de todas as sensações. 

Me TenhaWhere stories live. Discover now