Capítulo Extra II - É assim que o amor nasce

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Além disso, também tinha o compromisso com todas as crianças beneficiadas com os direitos autorais dos livros e eu não ia deixar de cumprir.

- Não conseguiu terminar? - Sam colocou as crianças de volta na cama, beijou o topo da cabeça de cada uma delas, e logo depois veio em minha direção para me dar um abraço e me beijar. - Estava com saudades... - Sussurrou em meu ouvido quando se aproximou de mim.

Entrelacei meus braços em sua cintura e repousei minha cabeça em seu peito. Desde que conheci Sam, esse lugar sempre era o melhor do mundo. Quantas e quantas vezes quando o cansaço batia nas gravações de Outlander, eu o procurava para ficar exatamente assim, entregue e em paz.

- Você precisa parar um pouco, relaxar, mudar o foco e logo a inspiração volta. Sabe disso, não sabe? - Apenas assenti com a cabeça sem dizer nada. E ele continuou. - Fiz de tudo para conseguir voltar mais cedo justamente para ajudar com toda a preparação do Natal.

Diante da minha afirmação positiva, ele deu a ideia de irmos comer fora aquela noite, assim mudaríamos o ambiente, as crianças brincariam e quem sabe na volta eu pudesse escrever mais um pouco. O bolo, que eu quase esqueço no forno, poderia ficar para o café da manhã.

Fomos até o centro de Glasgow, em uma lanchonete que as crianças amavam porque tinha um play e elas sempre se divertiam à vontade. 

Assim que chegamos em casa, Sam foi tomar um banho e eu subi para colocar os pequenos na cama. Quando cheguei em nosso quarto não o encontrei, verifiquei no banheiro e ele também não estava. Segui até o final do corredor, encontrei a porta do escritório aberta e vi o Sam concentrado, sentado na minha mesa com os olhos fixos na tela do computador, lendo meu livro

Cruzei os braços e escorei na porta para admirar esta outra cena magnífica que se desenrolava na minha frente. Sam continuava lindo e charmoso, mesmo com o passar dos anos. Acredito que só ficava melhor, para dizer a verdade. Mordi o lábio inferior ao vê-lo apenas com uma toalha na cintura. Isso só era possível porque o aquecedor estava ligado. Com o tanto de neve que caía lá fora nós tínhamos que nos manter aquecidos.

Assim que percebeu minha presença, Sam sorriu e pediu que eu me aproximasse dele.

- Que cena mais linda, Baby! Eu amei isso aqui. - Disse apontando para uma passagem específica do livro. - Está maravilhoso este livro, vai fazer tanto sucesso quanto o primeiro.

Aproximei devagarinho, absorvendo o cheiro bom de sabonete misturado com cheiro próprio da sua pele. Sam estava há quase um mês fora e a saudade que estava dele era notória. Assim que ele se afastou da mesa, abriu espaço pra mim e eu fiquei de frente pra ele, sentando-me em seu colo logo em seguida.

- Gostou mesmo? - Perguntei sentindo as mãos quentes que agora circulavam meu corpo na altura dos quadris.

- Sim, meu amor, está ficando ótimo e tenho certeza de que achará o final ideal pra ele. Pode confiar. - Sam me beijou cuidadosamente nos lábios e senti meu corpo todo ficar arrepiado. Algumas coisas nunca mudavam.

O livro já era algo que não ocupava minha mente naquele momento, precisava me reabastecer emocionalmente, as últimas semanas tinham sido corridas e talvez Sam tivesse razão, a história viria pra mim, só precisava estar descansada o suficiente pra isso.

Assim que terminou de me beijar, Sam permaneceu em silêncio e ficou me olhando fixamente, passando os dedos pelos meus cabelos, agora curtos, tirando as pequenas mechas que caíam sobre meu rosto.

- O que está pensando, Sam!? - Perguntei, um pouco sem graça. Realmente algumas coisas não mudavam mesmo.

- O quanto você é perfeita... e o quanto eu desejo você cada vez mais. - Sam desceu os dedos até as alças da blusa que eu usava por baixo do Trench Coat, que era a única peça que eu vestia naquele momento, até ela cair deixando meus seios à mostra.

Quando nasce o amor? - Sam & Cait (Outlander)Onde histórias criam vida. Descubra agora