Capítulo 4 - Expresso Sem Açúcar

26 5 2
                                    

-Oi, alô Gabi? É a Helen, sei que você está de folga, mas poderia passar na cafeteria? Assim... Meio que urgente? Precisei sair e deixei tudo aberto você acredita? É, preciso que você feche a loja, pode deixar tudo do jeito que está, só trancar. Tá bom. Obrigado, depois a gente se fala.

Helen guardou seu celular no bolso da saia, logo depois encarou Lucio que estava sério com rugas na testa e sobrancelhas arqueadas.

-E então? Pra onde estamos indo?

Lucio encarou Helen, não queria que ela o tivesse seguido.

-Olha Helen, escuta... Você não precisava ter vindo comigo, não sei o que está acontecendo direito, mas não quero te envolver em nada.

Helen continuava o encarando, enquanto o rapaz aumentava a velocidade do carro.

-Perguntei onde estamos indo... Aliás, já estou envolvida, não tem o que você fazer...

Lucio suspirou, pois sabia que não adiantaria tentar convencê-la o contrário, Helen era decidida e quando queria algo, sempre conseguia. O carro sacudiu bruscamente ao realizar uma curva fechada, Lucio perseguia um carro preto e veloz, havia uma grande diferença de distância o que obrigava Lucio a acelerar cada vez mais. Helen transpassou o cinto de segurança e o prendeu, por precaução segurava-se no apoio em cima da porta.

-Tinha alguém parado na esquina da cafeteria, não consegui ver quem era, ele ou ela sei lá, estava escondendo o rosto, tinha um capuz estranho e quando me viu do lado de fora... Fugiu, entrou no carro e foi embora...

-Você acha que...

-Não sei, não sei de nada Helen, mas é muito estranho.

Helen respirou fundo e se segurou firme após Lucio passar velozmente sobre uma lombada, o carro bateu no chão com força, fez um barulho de metal raspado no concreto e logo seguiu a diante.

-Se você parar eu posso voltar e verificar nas câmeras de segurança...

-Não posso... Se eu parar vou perder o carro de vista.

Ambos se olharam, Lucio suava entre as rugas de expressão na testa e nos cantos das temporadas, seu olhar era preocupado e de alguém doente, estava pálido.

-Vou ver se a Gabi consegue então, ela está indo pra loja, acho que já está chegando.

Lucio acenou positivamente com a cabeça, acelerou o carro que balançou novamente ao fazer uma ultrapassagem perigosa e arriscada em um van escolar. Helen ligava para Gabi e conversava com ela por telefone, mas Lucio mal ouvia o que Helen dizia, sua mente estava sobrecarregada, sentia tremores nas pernas e suas duas pálpebras tremiam involuntariamente, não sabia ao certo se era medo ou nervosismo, ou mesmo os efeitos colaterais do veneno. O carro negro e veloz aproximava-se de uma encruzilhada movimentada alguns metros a frente, Lucio apertou o volante com todas suas forças, rangeu os dentes e deixou escapar alguns palavrões em sussurros abafados. O sinal estava aberto para Lucio que ultrapassava alguns veículos rapidamente, mas sabia que provavelmente iria perder de vista seu alvo caso ele atravessasse a encruzilhada e o sinal fechasse antes de conseguir passar até o outro lado. Ao lado esquerdo e direito da encruzilhada havia carros e motos aguardando para atravessarem ao lado opostos.

Helen guardou o celular e encarou Lucio concentrado e de olhos arregalados.

-Lucio o que tá fazendo?

Lucio não respondeu, apenas acelerou o máximo que conseguiu. Helen foi jogada para trás e se recostou no banco.

-Lucio para!

O carro negro avançou a encruzilhada e seguiu com facilidade deixando para trás um semáforo com sinal vermelho. Lucio não se intimidou e avançou sem pensar nas consequências.

Je hebt het einde van de gepubliceerde delen bereikt.

⏰ Laatst bijgewerkt: May 10 ⏰

Voeg dit verhaal toe aan je bibliotheek om op de hoogte gebracht te worden van nieuwe delen!

Sangue e CaféWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu