- Quer conversar sobre isso?

Sabia que algo havia acontecido.  Algo de errado. Sina nunca concordava com ele sobre não existir príncipes encantados, uma alma gêmea, amor verdadeiro e eterno. Noah só acreditava que o amor era eterno enquanto durasse, ela acreditava que se fosse verdadeiro seria para sempre. Mas o para sempre, nunca existiu.

- Não. – Fora sútil em sua resposta sentindo uma outra lágrima escorrer e Noahentendeu.

Rapidamente se levantou e a abraçou, reconfortando-a mesmo que seu corpo fosse menor que o dela.

(...)

As sete horas em ponto Sina estava em frente a casa de Heyoon. Não porque ela havia pedido, mas sim porque era de costume e hábito rotineiros a pontualidade. Tocou a campanha e logo a porta fora aberta. A morena trajava uma calça jeans apertada que deixava bem visível a sua bunda avantajada e uma blusa acima do umbigo e com o casaquinho no ombro caso fizesse frio. O cabelo longo e solto com leves cachos ondulados nas pontas recaiam perfeitamente em suas costas.

O caminho fora feito em silêncio, uma música qualquer ressoava no rádio. Heyoon cantava junto a ela e balançava o corpo se divertindo com a língua entre os dentes. Sina a olhava de relance e quase sorriu. Quase meia hora depois, chegaram ao ponto destinado.

- Então... – Sina começou incerta. Estava constrangida por estar segurando a mão de Heyoon. A garota pelo contrário, olhava para todos os lados do parque abarrotado de pessoas, parecia encantada se decidindo em qual brinquedo iria primeiro.

- Olha mamãe o monstro feioso. – Apontou uma menininha para um dos grandes cartazes que ficavam ao lado dos castelo de horrores.

- Vai deixar? – Sina perguntou com um sorriso maldoso, não conseguiu evitar perder a piada, mesmo se arrependendo segundos depois.

- Deixar o que?

- Não... Nada! – Suspirou aliviada por ela não ter ouvido.Depois de rodarem quase o parque inteiro, Heyoon se decidiu em ir atirar nos patinhos.

- Isso não tem graça... Não consigo acertar um! – Resmungou errando os três tiros sem derrumar nenhum dos patos.

- Minha vez... – Sina sorriu e pegou a arma de brinquedo na mão de Heyoon, mirou e atirou acertando um pato em movimento.

- Não acredito. Como fez isso? – Arregalou os olhos incrédula fazendo Heyoon gargalhar. - Acertou o menorzinho!

- Para a ganhandora. – Disse o dono do brinquedo, simpático entregando um pequeno urso rosa de pelúcia como prêmio.

- Um ursinho para o meu ursinho. – Sorriu doce colocando novamente a língua entre os dentes que Sina já estava achando adorável.

- Vai me dar? – Perguntou espontaneamente meio sem jeito com o gesto da garota. - Mas você ganhou...

- É seu. – Aproximou-se e beijou o canto dos lábios ainda o olhando nos olhos.

Sina sorriu verdadeiramente naquela noite.

- Então você vai se chamar Blue. – Falava com a voz meiga detendo o olhar para o urso e brincando com sua patinha.

- Blue? – Riu em divertimento. - Mas ele é rosa.

- Eu sei. Por isso que é divertido, certo? – Respondia sem tirar os olhos do pequeno urso.

Heyoon sorriu novamente, mas de uma forma diferente desta vez. Olhou Noah por alguns segundos e viu ele passar a mão na cabeça entre os cabelos e as sobrancelhas dele se achatarem. Ela estranhou pois ele não tinha aquela mania. Mas não ligou muito.

Se Eu Fosse VocêKde žijí příběhy. Začni objevovat