Capítulo 27 Julia

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- Ah meu anjo. Consegui resolver nosso problema com as datas. The Rock vai trocar a agenda dele comigo aqui, assim poderei estar em Londres quando você chegar.

- Jura? Que maravilha Henry. Nem acredito que vou te ver de novo.

- Sim baby. Não vai dar para ficar muito tempo, mas pelo menos uma semana vamos estar juntos.

- Já é muito bom. Não quero que prejudique seu trabalho por minha causa Henry. Eu te aviso assim que souber onde vou ficar.

- Você vai ficar na minha casa Julia.

- Henry não... Isso não está certo.

- E por que não? Você mesma disse que não gosta de hotel. Eu não vou poder te acompanhar em suas visitas, porque senão não vai conseguir trabalhar sossegada, então te esperarei em casa, e passaremos todas as noites juntos.

- Henry, você quer que eu more com você durante uma semana, não acho uma boa ideia.

- Meu anjo, pense nisso como uma viajem de férias entre um casal de namorados.

- Mas nós não somos namorados Henry...

- Ainda não, mas vamos chegar a isso, pode apostar.

- Henry...

Continuamos conversando mais um pouco, até ele me convencer a aceitar o convite. Nos despedimos e voltei a dormir. E dessa vez, só tive sonhos bons.

Os dias correram sem mais problemas, e a companhia de Chiara me ajudou bastante. Nós nos divertíamos muito juntas, e nas horas de folga, ela me ajudava a não sentir tanta falta do Henry.

Finalmente o dia de deixar Dublin chegou e no aeroporto tive que me despedir da minha amiga.

- Foi tão bom passar mais tempo com você Chiara.

- Eu também gostei muito Julia. É uma pena que acabou.

- Se eu pudesse te levava o resto da viagem comigo amiga.

- Quem sabe nos veremos de novo em breve. Talvez Henry te sequestre e te mantenha em Londres.

Eu dei uma gargalhada, mas neguei com a cabeça. Isso jamais aconteceria. Falamos adeus, e cada uma seguiu para seu embarque.

Eu estava muito nervosa com a ida para casa do Henry. Isso com certeza iria fazer eu me apegar mais a ele, mas não consegui dissuadi-lo de jeito nenhum.

Mandei uma mensagem avisando o número do voo, e ele respondeu dizendo que o Tom me buscaria, para evitar tumulto, e me levaria direto para Kensington.

A viagem foi bem mais tranquila que a anterior, e em menos de duas horas, eu desembarquei no aeroporto de Londres. Tom já estava me esperando.

- É muito bom revê-la Srta.

- Por favor Tom, só Julia.

- Ok...Julia! O Henry está super ansioso. Já me ligou umas quatro vezes querendo saber se você já tinha chegado.

- Eu também estou louca para vê-lo.

Seguimos para o estacionamento, e entramos no carro.

- Tom, posso te fazer uma pergunta?

- Claro! Se eu puder respondê-la.

- O que o Henry quer realmente comigo?

Ele pensou por um momento e coçou o queixo antes de responder.

- Olha Julia, eu não posso responder por ele.

- Oh! Claro... Que idiotice a minha. Desculpe Tom.

- Não... relaxa. Mas eu nunca vi o Henry interessado assim em alguém. Não faço ideia do que vai acontecer com vocês, dadas as complicações geográficas, mas ele gosta de você, e muito. Isso eu posso dizer.

- Ele mal me conhece Tom.

- E você a ele, mas está aqui, não é?

- Que mulher neste mundo não estaria. Um ator famoso e lindo...

- Julia, você não é qualquer mulher. Sei que não está aqui por isso. Além de fazer seu trabalho na cidade, você veio ficar com ele, porque houve uma conexão entre vocês. E isso não se vê com frequência. Eu sei ler as pessoas Julia, e nunca vi em você alguém que quisesse se aproveitar da fama do Henry.

- Obrigado por isso Tom. Realmente não faz diferença para mim o fato dele ser quem é. O que me importa, é o quanto ele é gentil e cavalheiro. E claro, lindo daquele jeito. Mas eu estou com medo. Isso tudo é muito louco.

- Eu imagino como pode ser intimidante Julia. E vou ser sincero com você, não vai ser fácil. Mas eu acho que você é uma mulher forte e pode dar conta dos obstáculos que surgirem no caminho de vocês.

Eu respirei fundo e dei um beijo no rosto do Tom, que ficou todo envergonhado.

- Obrigado Tom! Henry tem sorte em ter você como amigo, além de tudo.

- E você também pode contar comigo Julia. Para o que for.

Seguimos o resto do caminho apenas falando sobre a cidade, e os lugares que eu tinha em mente para visitar. Tom também me indicou alguns.

Depois de uns vinte minutos, o carro passou por um portão de ferro enorme, e parou em frente a uma casa estilo vila espanhola, maravilhosa. Era toda em terracota, e com um jardim belíssimo. Tinha dois andares, com grandes janelas e sacadas no andar de cima. Ao lado, pude ver a garagem aberta, com duas motos, um Audi Q8 preto e um Aston Martin prata. Eu estava mais impressionada e mais assustada em ficar naquela casa.

Descemos e estávamos tirando minhas coisas do porta-malas, quando a grande porta de madeira da frente se abriu, e o Henry apareceu mais lindo do que nunca, de bermuda jeans, camisa branca e chinelos.

- Finalmente você chegou!

Ele abriu aquele sorriso divino, e correu até mim, me pegando pela cintura e me levantando até que nossos olhos estavam na mesma altura.

- Oi Julia!

- Oi Henry!

Então ele me beijou insanamente. E o beijo foi longo, muito longo. Minhas pernas viraram geleia, e se ele não estivesse me segurando, tenho certeza de que despencaria no chão. Ele só deixou meus lábios, quando o Tom pigarreou, e perguntou onde levar minhas malas.

Sem me soltar e ainda me olhando nos olhos, ele respondeu:

- Para o meu quarto, onde mais?

- Ok... Estou entrando...

Depois que Tom se afastou eu falei com ele.

- Henry...tem certeza disso? Eu ainda posso ir para um hotel.

- Não vamos começar com isso de novo Julia. Eu te quero no meu quarto, na minha cama. Eu senti tanta "saudade" de você.

- Ohhh....Você aprendeu mesmo a palavra.

- E quero aprender muitas mais. Tudo sobre você, sua língua, seu país. Quero fazer parte de tudo que diga respeito à sua vida meu anjo. Porque pretendo ficar nela um longo, longo tempo.

Meu corpo inteiro reagiu ao que ele disse, e eu já estava pronta para ele, querendo-o desesperadamente dentro de mim. E Henry parecia ler meus pensamentos, pois ele me levantou pelas coxas até que eu estivesse enganchada na cintura dele e andou até que minhas costas estivessem contra a lateral do carro, se esfregando em mim até que eu gemi em sua boca.

- Eu sei meu anjo.... Também me sinto assim. Mas teremos que ter um pouquinho mais de paciência. Quando Tom for embora, teremos a casa toda para nós, e eu te darei tudo o que você quer... Eu prometo.

Romance IntercontinentalWhere stories live. Discover now