Capítulo 1 - Corpo Celeste

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Originalmente postada em: 10.08.2016
Última correção feita em: 18.02.2021

Eu fiz um mapa das suas estrelas e então tive uma revelação: 

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Eu fiz um mapa das suas estrelas e então tive uma revelação: 

você é tão bonito quanto é infinito.

— Venus, Sleeping At Last

Seoul, primavera de 2016

Jeongguk nunca experimentou experiências amorosas tão espetaculares quanto diziam por aí. Aos 13 anos, perdera seu bv na escola elementar com a garota mais descolada da última turma. Ainda se recordava dos detalhes que fizeram dela a primeira garota com quem ele partilhara nada mais do que um ingênuo selar. O beijo não aqueceu seu coração como esperava.

Não sabia se sensações podiam ter gosto de fruta, mas tocar nos lábios com gloss de morango de uma garota bonita fez seu peito sufocar – mesmo que não tivesse tido a "sorte" de sentir borboletas no estômago. Jeongguk nunca acreditara em "borboletas no estômago".

Era uma coisa fisicamente impossível.

Nascida em Taiwan e transferida para a Coréia do Sul, Zhou Tzuyu tinha beleza de sobra e um belo par de seios. Seus cabelos escorriam até a cintura e tinham um suave tom de rosa, como pétalas de pêssego.

Jeongguk ainda se lembrava das lentes coloridas que a garota usava, tal como as longas pernas – que a faziam se parecer com qualquer personagem graciosa de animes consumidos por adolescentes virgens. Orgulhava-se em dizer que nunca se tocou pensando na princesa de mechas cor de rosa – independente de tê-la beijado.

A fofoca lhe rendera uma surra dos valentões da escola, mas ele não se arrependia da recompensa. Perder o bv fizera com que a escola toda o visse como o garoto mais descolado da turma. Todos o questionaram sobre a sensação de provar lábios de menina. Se ele sentira estranheza ou se e a deixara comer na palma de sua mão.

Tzuyu se transferiu uma semana após o beijo. Algumas colegas de classe lhe pregaram uma peça maldosa que custara a aparência de sua pele. Elas acharam que seria divertido jogar uma lâmina de apontador em seu rosto.

Depois daquele incidente, a garota nunca mais foi vista – talvez tenha voltado para Taiwan, Jeongguk imaginava – e todas as salas tiveram que aderir um apontador elétrico de mesa. Era uma norma velha e muito antiquada, em sua opinião.

Foi somente aos 16 anos que Jeongguk beijara de verdade. Como alguns amigos gostavam de dizer, ele beijara de língua.

Desvendara o calor de uma boca manchada de batom; o estranho toque de saliva contra a ponta de sua língua. Sentira ainda mais estranheza do que na primeira vez, mas Momo lhe ensinara todos os truques de um beijo perfeito, e também do bem-estar sob os lençóis.

Corpo Celeste | TaekookМесто, где живут истории. Откройте их для себя