Chapter 3 Profanação no Santuário Puji

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A pele de Feng Xin era mesmo quente como o sol da manhã e a sensação que Mu Qing tinha, era que sua pele também estivesse nua contra a dele.

Para não ficar de mau jeito, passou um dos braços por cima dele, ajeitou-se respirando e aspirando o aroma da nuca e sua mão pousou contra uma parte do peitoral, sentindo perfeitamente o ritmo da respiração dele.

O ritmo da sua, porém, descompassava.

A verdade é que aquele toque com ares de falta de pretensão e possessividade incauta havia se transformado num abraço que deixava seus corpos tão próximos, que encostar os lábios na nuca pareceu tão somente a continuação do gesto.

Foi num abrir e fechar de olhos que caiu em si e não era mais a nuca que beijava e sim a boca dele.

Sua mente absorta perguntava quando Feng Xin acordara, quando ele se virara e encaixara os lábios nos seus.

A resposta não tinha importância.

Suas pernas estavam enlaçadas as dele, as mãos dele tocavam seu corpo, uma luz natural adentrava o ambiente, o ritmo era lento e ao mesmo tempo tórrido.

Era tão bom.

Era tão vívido.

As mãos do arqueiro sem dúvida eram melhores acariciando do que desferindo socos, disso tinha certeza.

Não tinha a bem da verdade, vontade de parar de beijar.

Até que o som da porta abrindo soou como um estalo ruidoso entre o som dos lábios estalando em delícia, o ritmo desmedido de suas respirações.

E aquela voz soando alegremente, tal qual o prenúncio do pesadelo.

— Mu Qing! Feng Xin! Vocês estão aí. Que bom, posso fazer uma boa comida para os dois!

Não, não, definitivamente não!

Mu Qing submergiu do interior de sua roupa de cama, sentando-se abruptamente. Seu corpo havia se lançado num solavanco para despertar e sua tez estava coberta de suor.

Sua respiração estava ofegante e Mu Qing tocou a própria testa coberta de gotículas, realmente se dando conta que havia mais reações em seu corpo do que poderia supor.

"Que porra!" — Mu Qing rangeu os dentes e ergueu a colcha com que dormia, havia um volume pulsante entre suas pernas, formigando, louco por algo que ele provavelmente não podia dar. A calça que usava estava marcada por uma rodela úmida de pré-gozo, suspendeu o tecido dela junto com a roupa íntima e deu uma olhadela.

O que? Que raio ele estava pensando? Um pênis podia mesmo ter um tamanho desses quando ereto?

Ele deixou a colcha cair, tentando se acalmar, como se fosse possível.

Quando tinha por volta de dezesseis, dezessete anos e teve a chance de fazer o Cultivo em Huang Ji, submeteu-se a mesmo tipo de Cultivo que Xie Lian, a qual envolvia a castidade para contribuir com a pureza espiritual, tanto quanto a abstinência de bebidas alcoólicas.

Como isso poderia ser possível agora? Oitocentos anos depois!

E por que tinha que ser justo com Feng Xin?

Sinceramente, não sabia o que era pior!

Estar aos beijos com Feng Xin ou ter que comer a comida de Xie Lian.

Em todo caso, sem importar que horas fossem, Mu Qing saiu da cama.

Como conseguir ter uma ereção ele já tinha descoberto como era, a segunda lição era como se livrar dela...

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Notas sobre o prólogo: Ling Wen¹: uma oficial de literatura de baixa patente da Corte Intermediária. Xuan Xhen³ (Mu Qing) e Nan Yang Zen Jun² (Feng Xin), são exemplos de títulos usados por deuses na Corte Celestial.

Fanart que ilustra Ling Wen

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Fanart que ilustra Ling Wen

Mu Qing e  Feng Xin (Um amor renegado 800 vezes)Onde histórias criam vida. Descubra agora