Capítulo 6 - Sob a Luz do Luar.

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  - O céu está bonito não é? - perguntou Diane. David começou a reparar no céu noturno, observando as estrelas. Diane havia conseguido finalmente a atenção de David.

  - É verdade. Já faz um tempo que não noto isso. - Diane se sentou no chão, deixando David confuso. - Ué, você não queria ir embora?!

  - Só vou observar o céu um pouquinho.

  - Então. Adeus. - disse David já pondo o saco com as armas sob o ombro.

  - Fica só mais um pouquinho! Por favoooorrr! - disse juntando as mãos.

  - Está bem, está bem. - disse David, jogando as saco no chão e se sentando junto de Diane.

  Depois de um instante de silêncio David começou....

  - Sabe, não sei por que, mas acho que posso te contar isso.

  - O que?

  - Na realidade, eu não sou filho de Willians, o antigo duque.

  -  Não!? - perguntou Diane descrente naquilo.

  - Não. - David confirmou. - Willians, não tinha nenhum filho homem, apenas Laura e Karen. O antigo duque amava muito Karen. Já Laura, era birrenta; prepotente; grossa e ele não gostava disso. Ele sempre buscou ensinar as duas garotas a tratar as outras pessoas com respeito, não importando a classe social. Karen entendeu, já Laura, achou que o pai estava equivocado, que eles tinham que deixar bem claro quem estava no comando, mostrando seu jeito arrogante. Ele se entristecia com aquilo, até eu chegar.

  - O que houve depois?

  - Ele me encontrou vagando pelas ruas e me ajuntou. Eu so era um plebeu. Ainda hoje me lembro da cena: ele me olhava não com desprezo, como as outras pessoas, mas sim com olhar de um pai.  Eu no começo estranhei, mas depois me acostumei, ele passou a me expressar confiança. Tempos depois ele deixou toda sua herança em meu nome. Willians não deixou para Laura ou Alda, por que sabia como era o gênio exbanjador da esposa e da filha. E nem para Karen por que ela é muito nova para esse tipo de coisa. Por isso Alda e Laura me odeiam tanto. Karen é a única que gosta de mim e da mesma forma eu sou. Somos praticamente irmãos, e ela é única razão deu suportar tudo isso.

  - Sua história é bem bonita. - disse Diane sorrindo.  - Já a minha não é muito inspiradora.

  - Mas eu quero saber, vamos quero detalhes! - disse David se virando para ela esperando ela começar.

  - Tá bom. - falou a marquesa sorrindo. - Por incrível que pareça, eu também não pertenço a família nobre.

  - Não?!

  - Não mesmo! - falou ela rindo. - Eu era de uma família plebeia, mas não tenho muitas lembranças da minha infância. Eu me lembro de uma vez que. Era a noite, nos estávamos muito felizes. Era época de colheita. - Diane falava com orgulho e alegria, até que do nada fica com uma expressão seria. - Mas naquela noite, um homem com roupas bem elegantes, acompanhado de mais dois homens invadiram nossa casa.
   O nome do homem era Rawod Stephen, ele era o marquês da região de Lismels, que era onde eu morava. Ele tinha vindo pedir minha mão em casamento, eu achei aquilo horrível! Casar com um homem 25 anos mais velho que eu! Naquele tempo eu tinha 19 anos.
  Meu pai não permitiu aquilo, então, Rawod nos ameaçou, dizendo que se meu pai não permitir o casamento, ele nos expulsaria da nossa própria casa. Mesmo assim, meu pai não cederia se eu não tivesse concordado com o casamento, afinal não queria ver minha família no olho da rua.
  O casamento foi realizado, só que não consumado. Rawod não me obrigava a nada, pelo contrário, ele era muito gentil comigo. Graças a ele eu pude ajudar minha família financeiramente. Foi assim que me tornei uma marquesa. 

  - E onde ele está agora?

  - Tempos depois, ele se mostrou muito ignorante. Notei que ele ficou assim depois  que começou a beber. Em uma noite, ele tentou me obrigar a manter relação com ele, mas eu o rejeitei le dando um tapa e saí correndo. Logo depois ele veio e me pediu desculpas.
  Mas não parou por aí. Em outra noite, ele apareceu em casa fedendo a bebida e tentou repetir o ato, foi então que eu o empurrei e tive que sair correndo para dentro do quarto e tranquei a porta. Horas depois saí do quarto pensando dele estar mais calmo, foi quando eu o encontrei o corpo dele já sem vida no chão da sala de star. Ele havia sido esfaqueado várias vezes. Nunca foi descoberto o assassino. Após o enterro, todos os bens dele passaram para mim. Quando eu passei a ser a dona das terras dele, a esposa de Rawod, Siguna, que havia sido repudiada por ele; e os dois filhos dele : Narvi e Valle, vieram para reclamar seus direitos. Mas até hoje, não conseguiram, só que até hoje vivem a me importunar. - David pode perceber que enquanto Diane falava, lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

  David à envolveu em um abraço consolando ela, le tentando passar conforto e segurança, e de fato, foi o que a dama sentiu.

  - Obrigada David! - disse ela querendo chorar ainda mais. 

  - Desculpe por ter insistido tanto em saber sobre seu passado.

  - Não tem problema. - disse limpando do rosto as lágrimas. - As vezes é bom desabafar com alguém. - Diane, de certa forma, se sentia segura. Não via mais David como um estranho. Do dia para noite, ambos criaram uma afinidade bem íntima. David pegou sua capa e a envolveu a redor de Diane.

  - Tome, você deve estar com frio. - de fato ela estava. Até porque, ela apenas se encontrava com suas vestes de dormir. Ela rejeitou no começo mas pela insistência de David ela aceitou.
   David recolheu o saco com armas e pôs sob os ombros. Diane não entendeu a razão pela qual David estava caminhando para um rumo oposto ao que ela tomara.

  - Hum! David, aonde você vai?

  - Para casa! - afirmou David.

  - Mas esse, não é o caminho? - perguntou apontando para a floresta.

  -  Costumava a ser. Só que já faz um tempo, eu ordenei que fizessem uma estrada de terra que vai daqui até chegar aos fundos da mansão. - Diane não conseguia acreditar no que me ouvia. Ela havia passado aquele perigo na floresta à toa, quando ela podia utilizar a estrada de terra dita por David. Os dois foram caminhando até chegar na mansão. O duque caminhou um pouco e parou se voltando para Diane. - Ah! Eu quase me esqueci, sobre aquilo que você me disse, eu pensei bem e decidir que vou.

  - Sobre o que mesmo? - a marquesa se esqueceu completamente.

  - A Seleção Real. Eu vou me apresentar no dia. Será daqui a um mês, certo?

  - SIM!! - respondeu ansiosa e abraçando David fortemente.

  - Ei, calma aí, por qual razão está tão feliz assim? - perguntou sorrindo. David não fazia a menor ideia do que estava se passando e o motivo de tanta alegria

  - Nada de mais! - respondeu ela ainda alegre. David havia tirado um grande peso das costas de Diane. Para alívio dela.

 

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⏰ Last updated: Sep 20, 2019 ⏰

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Coração Nobre - O DuqueWhere stories live. Discover now