Meu, não meu amado

Prólogo

Não tive muitos amores.

Meu primeiro amor tinha olhos mel.

Por muito tempo achei que não amaria outro como ele

Foi o que mais senti

O que mais chorei

Mas no fim só eu senti, chorei, só eu amei.

O segundo tinha olhos castanhos

Ele foi minha janela de ar fresco

Quando tudo que eu sentia era falta de ar.

E eu, que nunca fui corajosa

Achei que ele, um aventureiro

Seria meu paraquedas.

O Terceiro tinha olhos azuis

Me lembrava o céu em uma noite repleto de estrelas

E me fazia sentir cada uma delas.

Não o amei à primeira vista, nem à segunda

Na verdade, não sei quando começou

Mas foi em um ponto que não tinha mais volta.

Tínhamos promessas só nossas

Que quando o deixei ir ainda esperavam ser cumpridas.

Talvez se eu fosse mais corajosa, um pouco mais egoísta

Tivesse me confessado aos olhos mel;

Talvez eu tivesse pulado de paraquedas;

Talvez eu pedisse que ele ficasse.

Mas com o tempo eu entendi que não posso viver presa a suposições.

Que as estrelas não virão até mim, mas posso ir até elas.