Pantufas?

— Para quê precisarei de pantufas? — murmuro para a Julia.

— A casa é toda em mármore, quartos incluídos.

Subimos uma escada de muitos degraus, toda ornada para chegar ao andar superior. O homem abre a porta do quarto e me surpreendo mais. Uau, é para cá que os meus impostos vem, então. Deixo a mala em um canto e o homem aponta onde está cada coisa, aí vira para mim.

— Quanto você calça?

— Quarenta e sete.

Os dois olham para os meus pés.

— Sou um homem alto, preciso de equilíbrio.

— Vou ver se temos pantufas no seu tamanho. Com licença. — o homem sai, e a minha mulher coloca as mãos na cintura.

— Mais uns dois centímetros e você poderia me levantar com os pés.

— Você calça trinta e três, não fale de mim.

— Trinta e quatro, obrigada por checar. Bem, este é o inferno. Bem-vindo. Aparentemente calmo, um lugar pacífico, mas você não está apto a ouvir os gritos ainda.

— Não é tão ruim assim. Além do mais, a cama é gigante, eu vou poder dormir tranquilo.

— As molas não fazem barulho também, são novas. Eu dormi por um mês nessa cama antes de ir para a casa do Pierre.

Sinto um formigamento na barriga.

— Por que importa se fazem barulho ou não?

— Porque não vou conseguir dormir facilmente, então vou levantar da cama com frequência. Não estranhe. Provavelmente estarei lendo ali no canto.

É óbvio que é isso. Preciso lembrar a mim mesmo com quem estou casado.

— Vou tomar um banho, não me deixe sozinho neste lugar. Fique aí.

Ela se joga na cama, que quase joga ela pra fora, e coloca as mãos atrás da cabeça.

— Nunca pensei que seria babá de um adulto. A hora é em libras esterlinas, a gente acerta depois.

— Que mulherzinha cara essa minha.

— Posso dar um desconto se você se comportar.

Mal sabe ela que tudo que quero é não me comportar nem um pouco.

~~~

Saio do banho e a Julia não está na cama. O que eu poderia esperar dela se não desobediência? Não é como se fosse alguém muito confi...

— Finalmente você saiu. Achei que a minha bexiga ia explodir, então tive que usar o banheiro comum. Tem camisinhas usadas no lixo de lá, por isso precisei ser cuidadosa para não encostar no vaso, e isso dá um pouco de trabalho. Acho que preciso malhar as pernas.

Ela fecha a porta atrás dela. Eu grunho de alívio e jogo a toalha nela pra vestir a cueca. Ela me olha com irritação.

— Eu não vou olhar nada aí. — resmunga.

Quando em VegasHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin