12 - Capítulo doze

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Seria um problema.

Seria um problema

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O dia foi longo.

Hyungwon aparentemente estava numa espécie de tour entre o céu e o inferno porque as coisas entre ele e Changkyun haviam se resolvido, de fato, mas ele precisava se posicionar de forma diferente se quisesse que as coisas ficassem realmente bem dali em diante. Para que isso acontecesse, a primeira coisa que teve que fazer foi pedir desculpas a Soonyoung, que foi até o MonCafe naquele dia, convidado por Changkyun.

Hyungwon parecia inseguro no início, provavelmente envergonhado pelo que tinha ocorrido naquele domingo, mas Hoshi novamente exibiu a fileira de dentes num sorriso gracioso e compreensivo e, orgulhosamente, meu amigo foi capaz de se desculpar devidamente. Sabia que não seria um caminho tão curto e que ele precisaria se policiar para que aquilo não se repetisse, mas eu confiava que ele aprenderia a lidar com aquele sentimento.

Hoseok e Kihyun estavam em um clima fofo porque em breve completariam um ano de namoro e sabe-se lá o que estavam planejando para que ficassem trocando olhares tão melosos a cada cinco segundos em plena cafeteria.

Estava tudo bem com todo mundo, ao que parecia.

Mas é claro que eu não estava no mesmo clima. Não me entendam mal, eu não conseguiria nem imaginar um motivo para reclamar. Além de estar dando continuidade ao tal plano de psicologia reversa, eu ainda estava beijando na boca de graça. Acontece que estar beijando a boca de Jooheon parecia ter destravado alguma coisa dentro de mim e eu, simplesmente, não queria admitir.

Não queria mesmo ter que lidar com isso de novo.

Preferia mil vezes ter que enfrentar as minhas desilusões com os amores da minha vida que mudavam a cada seis meses a ter que encarar meu coração sendo partido novamente pela mesma pessoa sem que ele nem se desse conta disso.

Enquanto voltava do mercado com algumas coisas - inclusive carne de porco para o jantar - eu me perguntei se era prudente estar me deixando levar por todos os adendos que Jooheon estava incluindo àquele plano. A conclusão era óbvia e por isso, me perguntei porque eu demonstrei tão pouco interesse em negar aquele contato.

Eu sempre chegava primeiro em casa e, como de costume, tomei um banho longo e troquei de roupa antes de ir até a cozinha preparar algo para comermos. Enquanto cozinhava, conversando com as mini baleias na minha cabeça, pensei qual era o meu prazer em ser tão cruel comigo mesmo ao me colocar naquela situação. Era só dizer que não, que não precisávamos de tudo aquilo, que estávamos indo meio longe e aquilo tudo podia deixar nossa relação estranha. Assim podíamos voltar a fingir só no nível básico, com beijinhos no rosto e frases falsamente descaradas.

Desse modo, talvez eu parasse de devanear por tantas horas sobre como a boca de Jooheon era gostosa e macia e como ele sabia exatamente a forma de encaixá-la na minha.

— Que cheiro bom - a voz do meu melhor amigo tomou a cozinha, mas estava próxima demais.

Apenas virei um pouco a cabeça para descobrir que ele estava atrás de mim, tentando ver o que eu fazia. Seus braços passaram ao redor da minha cintura e seu queixo descansou no meu ombro.

— Você tem cozinhado bastante ultimamente - disse baixinho e eu precisei espantar o arrepio.

— Você reclamou do fast food.

— Eu te amo.

Seus braços se apertaram ao redor de mim e seu nariz roçou a pele do meu pescoço quando ele disse aquela frase, deixando um beijo bem ali. Não apenas um, na verdade, mas uma série de selos que tornou impossível a tarefa de não me arrepiar.

Foi inevitável soltar uma risada, tanto porque eu queria esconder o constrangimento quanto pelas cócegas que acompanharam aquele gesto. Jooheon riu também, menos envergonhado e fez eu me virar pra ele.

— Nós temos uma coisa muito importante para decidir, hyung - Jooheon, repentinamente, ficou mais sério.

— O-o que?

— Temos os filmes da Marvel pra maratonar - avisou, fazendo com que o suor nas minhas mãos parasse por hora - E temos que fazer uma faxina.

— Temos mesmo.

— E precisamos fazer ainda essa semana.

— Primeiro a maratona e depois...

— Não, hyung - Jooheon bronqueou - Primeiro a faxina. Eu não quero ter que me preocupar com isso depois de dormir tarde.

— Ah, honey, você é chato.

— E você é um hyung irresponsável - Jooheon se aproximou mais, roubando de mim um beijo curto.

— Honey...

— O que? - ele teve a coragem de sorrir e me beijar novamente.

— De novo isso? - perguntei, forçando uma risada.

— Até você se acostumar, hyung - mais um beijo, um pouco mais demorado dessa vez - Não foi isso que combinamos?

Cedi em meio segundo, esquecendo-me de todos os alertas anteriores. E quando era diferente, afinal? Se eu sabia cada ponto fraco de chantagens para que Jooheon cedesse aos meus caprichos - como entrar naquele plano, por exemplo - ele também sabia todos os meus.

Por isso, quando meu amigo se aproximou outra vez, eu deixei que meu corpo agisse como bem queria. Permiti que meus braços passassem ao redor do pescoço e que o beijo se aprofundasse aos poucos. Senti suas mãos apertarem minha cintura e juntar mais os nossos corpos enquanto sua língua procurava a minha.

Era mais um beijo intenso demais para ser trocado por melhores amigos, no meio da cozinha, mas só me afastei quando senti o cheiro forte da carne prestes a queimar. Entrar em combustão assim como eu, porque meu desejo de me preservar não era nada comparado aquela avalanche que um único beijo me causava.

E mesmo sabendo que cedo ou tarde aquele teatro teria um fim e eu teria que me recompor, uma parte muito grande de mim só queria aproveitar enquanto as cortinas do espetáculo ainda estavam abertas.

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OLÁAAAARRR

POIS É, o min já tá bastante ciente do q tá rolando com ele, né gente. Mas só se enrola mais esse garoto. E o Jooheon k muito saidinho AMO

ESPERO Q TENHAM GOSTADO XUXUS

UM BEIJO NO CORAÇÃO E ATÉ SEMANA QUE VEEEEM <3

Psicologia Reversa | JooHyukWhere stories live. Discover now